Três pontos sobre…
… 11/07/1982 – Itália 3 x 1 Alemanha Ocidental
(Imagem: Getty Images)
● A decisão da Copa do Mundo de 1982 foi entre as bicampeãs Itália e Alemanha Ocidental. Quem vencesse, se tornaria tricampeão e igualaria o número de títulos da Seleção Brasileira.
Havia também uma disputa particular pela artilharia, já que Paolo Rossi e Karl-Heinz Rummenigge tinham cinco gols cada.
O árbitro brasileiro Arnaldo Cezar Coelho se tornou o primeiro não-europeu a apitar uma final de Copa do Mundo.
(Imagem: Imortais do Futebol)
● Na estreia, a Alemanha Ocidental perdeu por 2 x 1 para a surpreendente Argélia, de Rabah Madjer e Lakhdar Belloumi. Se recuperou na rodada seguinte ao bater o Chile por 4 x 1. Na terceira partida, protagonizou o jogo mais vergonhoso da história das Copas, um jogo de compadres, ao vencer a Áustria por 1 x 0, no único placar possível para classificar as duas seleções e eliminar os argelinos. Essa partida ficou conhecida como “Jogo da Vergonha” ou “A Vergonha de Gijón”. Na fase seguinte, venceu a Espanha, dona da casa, por 2 x 1 e empatou sem gols com a Inglaterra – o suficiente para garantir a vaga entre os quatro primeiros. Na semifinal, esteve perto de perder da França na prorrogação mas, após empate por 3 x 3, venceu nos pênaltis por 5 x 4. Mais uma de muitas decisões para os alemães.
Com esse mesmo time base, a Alemanha havia conquistado o título da Eurocopa de 1980. A principal ausência era o meia Bernd Schuster, do Barcelona. Com apenas 20 anos, era talentoso, mas sua presença dividia o elenco. Ele pediu dispensa da delegação pouco antes da Copa de 1982. Só depois se soube o motivo: ele preferiu passar mais tempo de férias com a esposa Gaby Lehman, dez anos mais velha que ele e famosa por ter pousado nua para a revista Stern. Schuster se aposentaria de vez da Nationalelf em 1984, com apenas 25 anos.
(Imagem: Bob Thomas / Getty Images / FIFA)
● Na fase de grupos, a Itália se classificou como segunda colocada do Grupo 1, com três empates: Polônia (0 x 0), Peru (1 x 1) e Camarões (1 x 1). Só se classificou porque fez um gol a mais que Camarões (que também empatou três vezes). Na primeira partida do grupo C das quartas de final, veio a primeira vitória: sobre a então campeã mundial Argentina por 2 a 1. Na sequência, derrubou o favorito Brasil por 3 a 2. Nas semifinais, venceu por 2 a 0 a forte Polônia, desfalcada de Zbigniew Boniek – suspenso pelo segundo cartão amarelo.
Enzo Bearzot não podia contar com Giancarlo Antognoni, o cérebro do time no meio campo. As opções seriam o reserva imediato Giuseppe Dossena, mas ele ainda não havia estreado na Copa e estava sem ritmo. Franco Causio mexeria muito no ataque e Bruno Conti acabaria sacrificado por jogar por dentro. A escolha mais natural era escalar o volante Gianpiero Marini e adiantar Marco Tardelli para ser o armador do time. Mas, Claudio Gentile de volta ao time e o jovem zagueiro Giuseppe Bergomi, de 18 anos, normalmente voltaria ao banco de reservas. Surpreendentemente, o treinador preferiu manter Bergomi no time, fortalecendo o sistema defensivo para liberar mais o meio de campo como um todo.
Havia também uma mudança de visual. Gentile não havia atuado na semifinal diante da Polônia e entrou em campo sem seu vasto bigode, raspado na véspera. Como tinha feito em toda a fase final, ele era responsável pela marcação individual no craque adversário – no caso, em Rummenigge. Curiosamente, Gentile era nascido na Líbia, uma ex-colônia italiana.
A Itália jogava no “4-4-2 italiano”, com um líbero atrás da defesa. O lateral esquerdo apoiava, enquanto o ponta direita recuava para fechar os espaços. Atacava no 3-4-3 e se defendia no 4-5-1.
A Itália fazia a chamada “zona mista”, combinando a marcação individual na defesa e a marcação por zona no meio de campo. O sistema era uma espécie de 4-4-2 adaptado e era imutável, rígido há alguns anos.
O time era formado por quatro defensores: um líbero (Scirea) atrás de dois zagueiros mais centralizados (Gentile, o centrale, mais à direita, e Collovati, o stopper, mais à esquerda) e um lateral mais ofensivo (chamado terzino fluidificante, que era Cabrini, pela esquerda, com liberdade para avançar. O meio de campo tinha outras quatro funções: o mediano (uma espécie de volante, que normalmente era Oriali, mas nessa partida foi Bergomi); o centrocampista centrale (que marcava e armava, uma espécie de box-to-box, que geralmente era Tardelli, mas que na decisão foi Oriali); o regista ou fantasista (o meia mais criativo, que era a função de Antognoni, mas na decisão foi de Tardelli) e o ala tornante que jogada do lado contrário do lateral ofensivo (era uma espécia de ponta que voltava para ajudar a marcação e organização ofensiva, que era Bruno Conti, pela direita). Dois eram os homens de ataque: o centravanti (homem de área, Paolo Rossi) e o seconda punta (que voltava para marcar o lateral rival, função de Graziani).
A Alemanha Ocidental do técnico Jupp Derwall atuava em um falso 4-4-2 em um misto de 3-5-2. O lateral esquerdo Bernd Förster fazia o papel de um terceiro zagueiro, a fim de liberar o outro lateral, Kaltz, que apoiava um pouquinho mais pela direita, fazendo o contra-peso do meia esquerda Briegel. Dremmler ficava mais na marcação e Paul Breitner era o “todo-campista” indo de área a área. Littbarski ocupava as pontas e o centroavante era Klaus Fischer. O craque Rummenigge tinha liberdade para flutuar no ataque.
● O rei Juan Carlos I, da Espanha, era o convidado de honra dentre os 90 mil presentes no estádio Santiago Bernabéu, em Madrid, para a 12ª final de Copa do Mundo. Pela sexta vez na história, era uma final com duas seleções europeias.
A Itália chegava com muita moral, após eliminar Argentina e Brasil, os dois principais favoritos ao título. Os alemães chegavam bem desgastados depois de uma difícil prorrogação diante da França. E historicamente, o time italiano sempre foi carrasco dos alemães no futebol.
O técnico alemão Jupp Derwall escalou um time mais ofensivo. Tirou o apagado Felix Magath e trouxe de volta o capitão Karl-Heinz Rummenigge, mesmo em más condições físicas. Ele não poderia prescindir de seu craque em um momento decisivo.
O início do jogo foi truncado, um verdadeiro duelo tático entre ambas as equipes.
Logo nos primeiros minutos, Littbarski escapou dos carrinhos de Gentile e Tardelli, tocou para Klaus Fischer fazer o pivô, cortar a marcação de Collovati e tocar para o meio. Na meia-lua, Littbarsli dominou com a direita e bateu de esquerda, mas Dino Zoff agarrou a bola sem dar rebote.
Paul Breitner lançou a bola para a área, Rumennigge dominou e girou, mas mandou para fora.
Ainda no começo do jogo, Francesco Graziani caiu sobre o ombro direito que havia lesionado durante a semifinal e teve que sair logo aos sete minutos de partida para a entrada de Alessandro Altobelli.
Bergomi chutou de longe, mas a bola foi por cima, sem assustar o goleiro Schumacher.
Aos 25,’ Marco Tardelli abriu na esquerda para Antonio Cabrini, que deixou para Altobelli cruzar na área. Briegel subiu empurrando Bruno Conti e Arnaldo marcou pênalti. Cabrini bateu cruzado no canto esquerdo de Schumacher, mas mandou para fora. Esse foi o terceiro pênalti marcado na história das finais de Copa e até hoje é o único desperdiçado.
“Mudei de ideia no último momento e cometi um erro. Olhei para o lado esquerdo, mas o goleiro pendeu nesse sentido. Bati mais aberto e fui mal.” ― Antonio Cabrini
Oriali foi derrubado por Uli Stielike na entrada da área. Bruno Conti cobrou a falta e chutou forte, mas no centro do gol, facilitando a defesa para Schumacher.
Rummenigge dominou pelo alto e ajeitou para Dremmler, mas ele chutou por cima do gol.
No intervalo, Bearzot tentou levantar a moral de sua equipe, que estava sem Antognoni e Graziani e ainda havia perdido um pênalti. A insegurança não podia tomar conta da Azzurra naquele momento.
(Imagem: Imortais do Futebol)
● O início do segundo tempo foi muito pegado, com os dois times parando muito o jogo com seguidas faltas.
Aos 12 minutos do segundo tempo, Rummenigge fez falta em Gabriele Oriali. Marco Tardelli cobrou rápido com Claudio Gentile na direita e ele cruzou à meia altura para a área. A bola passou por Altobelli, mas Paolo Rossi se antecipou a Kaltz e completou de joelho para o gol. Era o sexto gol de Il Bambino d’Oro na Copa de 1982. Os milhares de tifosi começaram a sonhar com o tricampeonato.
A Alemanha Ocidental buscava o empate e o treinador mandou seu time ao ataque, trocando o volante Wolfgang Dremmler pelo gigante atacante Horst Hrubesch.
Em cobrança de falta da direita, Kaltz cruzou e Zoff saiu catando borboletas, mas Briegel não conseguiu aproveitar.
Briegel passou por Bruno Conti e cruzou da esquerda. A bola bateu em Collovati dentro da pequena área, mas o goleiro Zoff pegou firme.
Aos 24′, Rummenigge tocou para Paul Breitner pelo meio, mas Rossi roubou a bola e o grande Gaetano Scirea avançou em velocidade na transição, como se deve fazer um líbero de verdade. Ele deixou com Bruno Conti, que cortou da direita para o meio. Rossi abriu na direita para Scirea que caiu pela ponta. Ele tocou de calcanhar para Bergomi, recebeu de volta e rolou para Marco Tardelli na entrada da área. O camisa 14 não dominou bem e deixou a bola escapar, mas, mesmo caindo, chutou forte de esquerda, no canto esquerdo do goleiro Harald Schumacher. Tardelli marcou e saiu comemorando em delírio. Uma das imagens mais marcantes de todas as Copas.
(Imagem: Getty Images / FIFA)
“A sensação de fazer um gol como aquele não tem como contar. Apenas sentir. Aquele grito que apareceu na televisão foi como uma libertação. Era um sonho marcar numa final. Também me senti libertado de certas pessoas, que sempre nos criticavam. Foi como se estivéssemos em guerra contra eles. Mas ganhamos no final. E todos tiveram de celebrar com a gente. Gritaram como eu. E devem ter ficado sem ar como eu também quase fiquei.” ― Marco Tardelli
“O protocolo mandava ficar sentado na cadeira, no máximo batendo palmas. Era o que estava fazendo o rei da Espanha ao meu lado, e ao lado do chanceler alemão, todo triste. Mas como eu iria me segurar com um gol daquele? Eu tinha mais é de levantar e comemorar como qualquer italiano estava fazendo!” ― Sandro Pertini, presidente da Itália, que vibrou bastante nas tribunas.
A velocidade italiana foi demais para os desgastados alemães. Logo depois do gol, o técnico Jupp Derwall tirou o baleado Rummenigge para colocar em campo Hansi Müller e sua habilidosa perna esquerda.
O líbero Uli Stielike puxou contra-ataque e foi derrubado por trás por Oriali. Stielike levantou desorientado e partiu para cima do italiano. Arnaldo deu um cartão amarelo justo a Orialli, mas nada sossegou o alemão, que ficou o jogo todo tentando intimidar o árbitro brasileiro.
Aos 36′, a Squadra Azzurra fez o terceiro gol e praticamente matou o jogo e definiu o título. Em um contra-ataque, Bruno Conti avançou sozinho pela direita, entrou na área e rolou para a marca do pênalti. Altobelli dominou, driblou o afobado goleiro Schumacher, que saiu aos seus pés, e chutou de esquerda, já caindo. Um belo gol de Altobelli, seu primeiro e único no Mundial.
Na saída de bola Littbarski cruzou da direita e Hrubesch cabeceou fraco em cima de Zoff.
Os alemães descontaram dois minutos depois. Manfred Kaltz deixou com Uli Stielike pelo meio e ele abriu com Hans-Peter Briegel na esquerda. O Panzer (tanque de guerra alemão) ganhou no corpo de Bruno Conti, o acertando de forma involuntária com o cotovelo, e o italiano respondeu com um carrinho por trás no alemão. Falta do lado esquerdo da área, quase um mini escanteio para a Alemanha. Hansi Müller cruzou para a área, a bola passou por Collovati e Gentile afastou mal, para o meio da área. Paul Breitner emendou um voleio cruzado, de primeira, e mandou no cantinho direito de Zoff.
Breitner se tornou um dos raros jogadores a marcar gols em duas finais de Copas diferentes, pois já havia marcado de pênalti na decisão de 1974, em vitória por 2 x 1 sobre a Holanda de Johan Cruijff. Apenas Vavá, Pelé e Zinedine Zidane repetiram o feito.
Mas o alemão nem comemorou esse gol. A partida estava no fim e a vantagem italiana era muito grande até para os alemães.
Bearzot ainda teve tempo para homenagear Franco Causio, um de seus jogadores prediletos e um dos líderes do elenco. Ele entrou em campo no lugar de Altobelli, que já tinha entrado no início da partida.
E a Squadra Azzurra terminou a partida tocando a bola sob o ritmo tradicional do olé espanhol.
No fim da partida, o árbitro Arnaldo Cezar Coelho se meteu no meio de um passe dos italianos, agarrou a bola e a levantou antes de apitar, como se fosse um troféu. O brasileiro teve uma das melhores arbitragens de uma final de Copa até hoje. A bola do jogo é considerada por ele como seu maior troféu.
(Imagem: Getty Images / FIFA)
● A Itália se sagrava tricampeã do mundo, vencendo 44 anos depois de seu último título. A Azzurra tinha erguido duas vezes a antiga Taça Jules Rimet e agora levantava com justiça o novo troféu da Copa do Mundo. O time treinado por Enzo Bearzot tinha jogadores de alto nível, mas o maior destaque nesse título foi o espírito de luta dos italianos.
Para Enzo Bearzot, o resultado era uma vitória pessoal. Durante anos ele vinha tentando tirar a sua seleção de campanhas medianas e agora a colocou de volta ao topo do mundo.
Por incrível que pareça, era a ressurreição de dois heróis italianos. O goleiro e capitão Dino Zoff havia sido bastante criticado não só pela idade elevada, mas por ter tomado um gol de Nelinho na decisão do 3º lugar da Copa de 1978, diante do Brasil. Zoff se tornou o jogador mais velho a conquistar uma Copa do Mundo, com 40 anos e 133 dias.
Já Paolo Rossi, estava há dois anos sem jogar. Envolvido no escândalo da loteria esportiva italiana, em 1980, ele foi suspenso por três anos, mas teve a pena revogada em abril de 1982. Ou seja, ele voltou a jogar apenas dois meses antes do Mundial. Para piorar mais o clima, a imprensa italiana criou o boato que ele e Antonio Cabrini tinham uma relação homossexual, que fez os atletas romperem de vez com os veículos de comunicação e não darem mais entrevistas. Mas o atacante foi bancado pelo técnico Bearzot mesmo fora de forma e abaixo do peso. Ele passou os quatro primeiro jogos sem marcar gols, mas desencantou contra o Brasil com três, fez dois diante da Polônia e abriu o placar contra os alemães. Paolo Rossi conseguiu um feito que jamais foi repetido: foi campeão, artilheiro e eleito o melhor jogador da competição.
Curiosamente, apenas a Itália de 1938 e 1982 e a Alemanha Ocidental em 1990 foram campeãs do mundo sem ficar em nenhum momento atrás no marcador, em nenhuma partida.
“Vai ser difícil explicar como uma seleção tão ruim foi campeã.” ― Bruno Conti, ironizando os críticos da Azzurra.
“Estávamos totalmente convencidos de que poderíamos chegar até a final e sair de campo vencedores. Jogamos tranquilos a decisão em Madri. O mérito disso é de Enzo Bearzot, homem extraordinário e um talentoso treinador. Ele nos ensinou como perseverar e seguir um objetivo.” ― Dino Zoff
“Nós não éramos presunçosos, e, sim, confiantes. No futebol, não vence quem é forte – forte é quem vence. Tínhamos certeza que ganharíamos a Copa depois de passar pela Polônia. Estávamos tão certos porque estávamos em ótima forma física e mental. A Alemanha, em contrapartida, não estava tão bem. Vinha cansada da prorrogação contra a França.” ― Claudio Gentile
“A vitória contra o Brasil criou uma aura em torno da equipe. Sentíamos que éramos os melhores.” ― Paolo Rossi
(Imagem: Getty Images / FIFA)
● FICHA TÉCNICA: |
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ITÁLIA 3 x 1 ALEMANHA OCIDENTAL |
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Data: 11/07/1982 Horário: 20h00 locais Estádio: Santiago Bernabéu Público: 90.000 Cidade: Madri (Espanha) Árbitro: Arnaldo Cézar Coelho (Brasil) |
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ITÁLIA (4-4-2): |
ALEMANHA OCIDENTAL (4-4-2): |
1 Dino Zoff (G)(C) |
1 Harald Schumacher (G) |
6 Claudio Gentile |
20 Manfred Kaltz |
5 Fulvio Collovati |
4 Karlheinz Förster |
7 Gaetano Scirea |
15 Uli Stielike |
4 Antonio Cabrini |
5 Bernd Förster |
3 Giuseppe Bergomi |
6 Wolfgang Dremmler |
13 Gabriele Oriali |
2 Hans-Peter Briegel |
14 Marco Tardelli |
3 Paul Breitner |
16 Bruno Conti |
7 Pierre Littbarski |
20 Paolo Rossi |
8 Klaus Fischer |
19 Francesco Graziani |
11 Karl-Heinz Rummenigge (C) |
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Técnico: Enzo Bearzot |
Técnico: Jupp Derwall |
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SUPLENTES: |
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12 Ivano Bordon (G) |
21 Bernd Franke (G) |
22 Giovanni Galli (G) |
22 Eike Immel (G) |
2 Franco Baresi |
12 Wilfried Hannes |
8 Pietro Vierchowod |
19 Holger Hieronymus |
10 Giuseppe Dossena |
17 Stephan Engels |
11 Gianpiero Marini |
18 Lothar Matthäus |
9 Giancarlo Antognoni |
14 Felix Magath |
15 Franco Causio |
10 Hansi Müller |
21 Franco Selvaggi |
13 Uwe Reinders |
17 Daniele Massaro |
16 Thomas Allofs |
18 Alessandro Altobelli |
9 Horst Hrubesch |
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GOLS: |
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57′ Paolo Rossi (ITA) |
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69′ Marco Tardelli (ITA) |
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81′ Alessandro Altobelli (ITA) |
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83′ Paul Breitner (ALE) |
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CARTÕES AMARELOS: |
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31′ Bruno Conti (ITA) |
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61′ Wolfgang Dremmler (ALE) |
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73′ Uli Stielike (ALE) |
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73′ Gabriele Oriali (ITA) |
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88′ Pierre Littbarski (ALE) |
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SUBSTITUIÇÕES: |
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7′ Francesco Graziani (ITA) ↓ |
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Alessandro Altobelli (ITA) ↑ |
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62′ Wolfgang Dremmler (ALE) ↓ |
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Horst Hrubesch (ALE) ↑ |
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70′ Karl-Heinz Rummenigge (ALE) ↓ |
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Hansi Müller (ALE) ↑ |
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89′ Alessandro Altobelli (ITA) ↓ |
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Franco Causio (ITA) ↑ |
(Imagem: O Globo)
Melhores momentos da partida, na narração de Luciano do Valle:
Gols italianos na decisão (FIFA TV):