… Marcelo Salas, “El Matador”

Três pontos sobre…
… Marcelo Salas, “El Matador”


(Imagem: Alchetron)

● José Marcelo Salas Melinao nasceu em 24/12/1974 na cidade de Temuco. Ainda criança, começou nas divisões de base do Temuco Santos FC e aos 17 anos foi mostrar seu talento na Universidad de Chile. Estreou pelo time principal em 10/04/1993, contra o Colchagua pela Copa do Chile. Em 1994, marcano 18 gols em 25 jogos da liga chilena. Jogou no clube até 1996 com um total de 50 gols em 77 partidas, se sagrando bicampeão do Campeonato Chileno em 1994 e 1995. Nas semifinais da Copa Libertadores da América de 1996, não bastasse “La U” ter sido eliminada pelo River Plate, os “Millonarios” também levaram Salas, por 3,5 milhões de dólares. “El Matador” chegou após o River ter conquistado a Libertadores, para substituir Hernán Crespo. Apesar de ser uma tarefa muy difícil, mesmo com críticas no início (já que nunca um jogador chileno tinha se destacado na Argentina), Salas conquistou três campeonatos argentinos e a Supercopa da Libertadores em 1997, além de ter sido eleito o melhor jogador da América do Sul no mesmo ano. Em 53 jogos, foram 24 tentos anotados.

Após a Copa do Mundo de 1998, onde se destacou, foi ser destaque também no continente europeu. Em 13/09/1998, fez sua estreia na Lazio pela Serie A, no empate em 1 x 1 com a Piacenza. Foram três anos de intenso brilho na melhor Lazio de todos os tempos, com um Scudetto, uma Coppa Italia, duas Supercopas italianas, uma Recopa Europeia e fazendo o gol do título da Supercopa Europeia. É considerado um dos maiores ídolos do time, tendo anotado 34 gols nas 79 partidas disputadas. Em 17/08/2001 foi comprado pela poderosa Juventus. Mas em 20/10, em Bolonha, sofreu a primeira de uma série de lesões que atrapalhou sua passagem pela “Vecchia Signora”. Com uma entorse no joelho direito e lesão do ligamento cruzado anterior, ficou fora do restante da temporada, em que sua equipe se sagrou campeã italiana. Voltou a campo no ano seguinte e conquistou outro Scudetto e a Supercopa da Itália. Encerrou sua passagem na Juve com apenas dois gols em 18 jogos.

Para 2003/04, voltou por empréstimo ao River Plate, onde jogou por dois anos, fazendo apenas 32 jogos e 10 gols. Conquistou o Clausura de 2004 e chegou nas semifinais da Copa Libertadores de 2005, mas sem sucesso. No meio do ano de 2005, acertou seu retorno à Universidad de Chile. Nessa nova passagem, entre idas e vindas, incluindo seis meses parado, fez 35 gols em 74 partidas. Encerrou a carreira de vez em 25/11/2008.

● Estreou na seleção principal do Chile em 18/05/1994, no Estádio Nacional do Chile, contra a Argentina de Diego Armando Maradona, entrando no segundo tempo e marcando um gol no empate por 3 a 3.

A partir de então, formou a implacável dupla “Sa-Za”, entre ele, Salas, e Iván “Bam-Bam” Zamorano, que liderou o Chile nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1998. Antes da Copa, em 11/02/1998, fez os gols da vitória por 2 x 0 em um amistoso com a Inglaterra, em um Wembley com 65.000 pessoas.

Salas disputou uma única Copa, a de 1998, mas não fez feio e foi o 3º maior artilheiro do torneio, com quatro gols anotados (dois na Itália, um na Áustria e um contra o Brasil).

Após um longo período de ausência da seleção e algumas partidas intermitentes, é convocado novamente pelo técnico Marcelo “El Loco” Bielsa, inclusive para as eliminatórias para a Copa de 2010, quando marcou dois gols em um empate por 2 a 2 contra o Uruguai. Não disputou a Copa porque encerrou a carreira dois anos antes. É o recordista de gols pela seleção do Chile, com 37 marcados em 70 partidas disputadas.

Marcelo Salas foi campeão por todas as equipes pelas quais passou, seja no Chile, na Argentina ou na Itália. Em 509 jogos oficiais, fez 245 gols (média de 0,48). Após pendurar as chuteiras, “El Matador” se tornou patrono, diretor esportivo e presidente do Club de Deportes Temuco, que disputa atualmente a primeira divisão do futebol chileno.

(Imagem: Calciopédia)

Feitos e premiações de Marcelo Salas:

Pela Seleção do Chile:
– Campeão da Copa Canadá em 1995.

Pela Universidad de Chile:
– Bicampeão do Campeonato Chileno em 1994 e 1995.

Pelo River Plate (Argentina):
– Campeão da Supercopa da Libertadores em 1997.
– Campeão do Campeonato Argentino em 1996 (Apertura) 1997 (Apertura e Clausura) e 2004 (Clausura)

Pela Lazio:
– Campeão da Supercopa Europeia em 1999.
– Campeão da Recopa Europeia em 1998/99.
– Campeão do Campeonato Italiano em 1999/2000.
– Campeão da Coppa Italia em 1999/2000.
– Campeão da Supercopa da Itália em 1998 e 2000.
– Campeão da Taça de Amsterdã em 1999.

Pela Juventus:
– Bicampeão do Campeonato Italiano em 2001/02 e 2002/03.
– Bicampeão da Supercopa da Itália em 2001/02 e 2002/03.

Distinções e premiações individuais:
– Maior artilheiro da história da seleção do Chile, com 37 gols.
– Artilheiro da Copa do Chile em 1994 (12 gols).
– Eleito para a seleção ideal da América pelo jornal El País em 1996.
– Eleito o melhor jogador do futebol argentino pelos jornalistas do país em 1997.
– Eleito o melhor jogador do futebol sul-americano pelo jornal El País em 1997.
– Eleito para a seleção ideal da América pelo jornal El País em 1997.
– Eleito melhor esportista do Chile pelos jornalistas do país em 1997.
– Eleito melhor jogador do Chile pelos jornalistas do país em 1997.
– Eleito melhor jogador do Chile pelos jornalistas do país em 1998.
– Incluído entre os 50 votados para a Bola de Ouro da revista France Football em 1998.
– Artilheiro da Lazio na temporada 1998/99 com 11 gols.
– Incluído entre os 50 votados para a Bola de Ouro da revista France Football em 1999.
– Eleito o 32º melhor jogador sul-americano do Século XX pela IFFHS em 1999.
– Eleito o 2º melhor jogador chileno do Século XX pela IFFHS em 1999.
– Eleito o 7º melhor jogador sul-americano canhoto da história pela revista Bleacher Report em 2013.
– Laureado com o prêmio “Filho Ilustre de Temuco” em 2008.

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