Três pontos sobre…
… A explicação para o inexplicável
16 de julho, 72 anos depois do Maracanazzo, uma narrativa de uma alma que sentiu a emoção que não viveu e as explicações para a inexplicável e amarga derrota.
Esse vídeo vale os seus minutos.
Três pontos sobre…
… A explicação para o inexplicável
16 de julho, 72 anos depois do Maracanazzo, uma narrativa de uma alma que sentiu a emoção que não viveu e as explicações para a inexplicável e amarga derrota.
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Três pontos sobre…
… Cafu jogando no Juventude em 1995
Você sabia que Cafu jogou no Juventude um ano depois de ser campeão do mundo pela Seleção Brasileira?
A Parmalat, patrocinadora do Palmeiras e do Juventude na época, usou o clube gaúcho como uma ponte para burlar uma cláusula que o São Paulo incluiu na venda de Cafu ao Zaragoza.
Veja todos os detalhes no vídeo.
Três pontos sobre…
… Eternamente campeões
No último dia 28/11 completou-se cinco anos da tragédia que vitimou 71 tripulantes do voo 2933 da LaMia, inclusive praticamente todo o elenco principal da Chapecoense e parte da equipe de transmissão da Fox Sports.
Veja mais no vídeo.
Três pontos sobre…
… A Copa do Mundo que me fez apaixonar de vez por futebol
● Minha paixão por futebol é hereditária e eu herdei do meu pai.
Mas se na Copa de 1990 eu era muito pequeno e me recordo vagamente dos nomes de Maradona e Matthäus, em 1994 eu já tinha oito anos e começava a entender alguma coisa sobre futebol. Começava a brincar de bola na escola e, pra apaixonar de vez mesmo, tinha uma Copa do Mundo para assistir.
Hoje muitos criticam o nível do futebol apresentado, especificamente da Seleção Brasileira, o que é uma injustiça tremenda.
● Vamos lembrar de algumas seleções marcantes daquela edição do Mundial.
Uma das favoritas era a então campeã Alemanha, na primeira Copa depois da reunificação. Contava com grandes jogadores como os experientes Bodo Illgner, Andreas Brehme, Matthias Sammer, Guido Buchwald, Andreas Möller, o baixinho Thomas Häßler, Rudi Völler, Jürgen Klinsmann e, claro, Lothar Matthäus.
Essa Alemanha caiu nas quartas de final para a mítica Bulgária, do genial e genioso Hristo Stoichkov, de Borislav Mihaylov (o goleiro que usava peruca), do ídolo cult Trifon Ivanov, o “Lobo Búlgaro”, do carequinha Yordan Lechkov, além dos perigosos Krasimir Balakov, Nasko Sirakov e Emil Kostadinov. Vale ressaltar que a Bulgária nunca tinha vencido uma partida em Copas e chegou nas semifinais.
(Imagem: Getty Images)
Mas no mesmo grupo da Alemanha, ainda tinha a Espanha, do goleiro Andoni Zubizarreta, Fernando Hierro, Pep Guardiola e Luis Enrique.
Até a fraca Bolívia tinha Julio César Baldivieso, Erwin “Platini” Sánchez e Marco “El Diablo” Etcheverry.
A Colômbia era a favorita para Pelé. Depois de enfiar 5 a 0 na Argentina em pleno Monumental de Núñez nas eliminatórias, o mundo inteiro ficou esperando mais de jogadores como Carlos “El Pibe” Valderrama, Freddy Rincón, Faustino Asprilla, Adolfo Valencia, Iván Valenciano, Antony de Ávila, Víctor Aristizábal. Mas o que vimos foi Andrés Escobar fazer um gol contra e ser tristemente assassinado. Cabe ressaltar que René Higuita – o goleiro espetáculo, desfalcou sua seleção por ter sido acusado de ter participado de um sequestro e acabou ficando preso por seis meses, em 1993. Depois ele seria inocentado pela justiça, mas ficou fora da Copa.
A Rússia veio toda remendada, com um amontoado de jogadores nascidos em outros países da União Soviética. Mas seis de seus melhores atletas não gostavam dos métodos do técnico Pavel Sadyrin e fizeram boicote, ficando fora do Mundial.
Camarões tinham encantado em 1990, mas fizeram feio em 1994, mesmo com uma seleção ainda mais forte.
A surpresa africana ficou por conta da Nigéria, que disputava sua primeira Copa. Foi lá que ouvimos pela primeira vez os nomes de Rashid Yekini, Sunday Oliseh, Finidi George, Augustine “Jay-Jay” Okocha, Victor Ikpeba, Emmanuel Amunike e Daniel Amokachi. Ficou em primeiro lugar do Grupo D, que tinha a poderosa Argentina.
A Argentina é um capítulo a parte. Se a ridícula seleção de 1990 chegou na final, imagina o que poderiam fazer em 1994?! Diego Maradona continuava tendo a companhia de Sergio Goycochea, Claudio “El Pájaro” Caniggia, José Basualdo, mas agora tinha também Gabriel Batistuta – o “Batigol”, Fernando Redondo – genial, Diego Simeone – que jogava demais, além do jovem Ariel Ortega. Mas tudo ruiu com o doping de Maradona. Sem ele, caiu nas oitavas de final em um jogaço diante da Romênia, do maestro Gheorghe Hagi, Ilie Dumitrescu, Gheorghe Popescu e do goleiro Florin Prunea.
(Imagem: Pinterest)
A Irlanda tinha um time limitado, mas chegou a vencer a Itália na estreia. No mesmo grupo tinha a Noruega e o México, do goleiro baixinho e espalhafatoso Jorge Campos e do veterano Hugo Sánchez.
No Grupo F, Arábia Saudita contou com um golaço de Saeed Al-Owairan para vencer a Bélgica por 1 x 0. Bélgica que tinha o fantástico goleiro Michel Preud’homme – o melhor da Copa, além de Marc Wilmots, Enzo Scifo e Luc Nilis, que seria parceiro de Ronaldo no PSV.
A líder desse grupo foi a Holanda, que já não contava com Ruud Gullit e Marco Van Basten, mas ainda tinha Frank Rijkaard e Ronald Koeman (novo técnico do Barcelona), além de talentos como os irmãos Frank e Ronald de Boer, o arisco ponta Marc Overmars e o genial Dennis Bergkamp.
● A Seleção Brasileira sempre foi cobrada para jogar bonito e criticada quando isso não acontecia. E em 1994, muitos dizem que era um futebol burocrático, que dava sono. Mas devemos confessar que sentimos muita saudade daquele nosso futebol.
Taffarel era criticado, chamado de frangueiro, mas na “hora H” foi fundamental e um dos esteios do time.
Os cruzamentos de Jorginho eram certeiros, assim como as “bombas santas” de Branco.
Aldair e Márcio Santos a dupla de zaga reserva, que o destino fez se tornar titular e incontestável durante o torneio.
Mauro Silva era um grande volante, o pilar defensivo e ainda quase fez o gol do título, em uma bola que o goleiro Pagliuca deixou escapar e parou na trave.
Muitos criticam Dunga, mas o capitão marcava bem e era muito bom na saída de bola e nos passes em profundidade, com uma excelente visão de jogo. Basta ver um jogo completo de Dunga na Copa de 1994 para parar de criticar.
(Imagem: Pinterest)
Zinho era o mais criticado. Enceradeira, jogador de passes laterais… mas fundamental para que a seleção não rifasse a bola. Era ele o responsável pelo equilíbrio do time. Só depois, ao vê-lo jogar no Palmeiras, eu fui entender isso. Ele era bom. Sacrificou seu talento para fazer o que o time precisava.
Raí não estava em boa fase e perdeu o lugar no time. Com a visão e conhecimento de futebol que eu tenho hoje, eu teria colocado Paulo Sérgio ou até Müller em seu lugar. Mas o pragmático Parreira colocou Mazinho, que deu conta do recado e foi muito bem.
Bebeto não era apenas o coadjuvante de Romário. Em seu auge, Bebeto foi um dos melhores atacantes do mundo. Foi fundamental no título.
Título que só veio com a genialidade de Romário. Nem preciso citar a última partida das Eliminatórias. Quem viu o “Baixinho” jogar apenas no fim da carreira, viu um centroavante de área, que ficava parado esperando a bola para tocar para o gol. Mas, no auge de seus 28 anos, Romário era o melhor jogador do mundo. E tratou se mostrar isso naquela Copa. Tinha velocidade, habilidade, faro de gol e não era fominha. Sem ele, muito provavelmente o Brasil não teria conquistado o título.
(Imagem: Globo)
● Era lindo ver a Seleção Brasileira entrando de mãos dadas.
Na primeira partida, vitória sobre a Rússia por 2 x 0, com gols de Romário e Raí.
Depois, 3 x 0 sobre Camarões. Gols de Romário, Márcio Santos e Bebeto.
Na terceira partida, com a Seleção já classificada, empate em 1 x 1 contra a ótima Suécia, do goleiro Thomas Ravelli, Patrik Andersson, do cabeludo Larsson, de Dahlin, Ingesson, Thomas Brolin e Kennet Andersson. E foi justamente ele, o gigante Kennet Andersson, quem usou sua habilidade para abrir o placar encobrindo Taffarel. E eu, um menino de oito anos, que nunca tinha visto o Brasil sair atrás do placar em uma Copa, caí no choro. Mas Romário, tratou de empatar a partida e devolver meu sorriso.
Nas oitavas de final, o Brasil enfrentou os Estados Unidos no território americano e em pleno Dia da Independência, 04 de julho. A torcida, que sempre era verde e amarela, mudou de lado e os gritos de “USA” chegaram a me assustar. Leonardo tratou de piorar as coisas ao ser expulso por dar uma cotovelada estúpida em Tab Ramos. Mas Romário, sempre ele, tratou de fazer uma jogada genial e serviu para Bebeto fazer o único gol do jogo, a menos de 20 minutos do fim. Caía os donos da casa e suas figuras folclóricas, como o goleiro Tony Meola e os zagueiros Marcelo Balboa e Alexi Lalas.
Nas quartas de final, 3 x 2 sobre a Holanda. Romário abriu o placar em um sem-pulo e Bebeto ampliou após driblar o goleiro, tocar para a rede e comemorar no ritmo de “embala Mattheus”, junto com Romário e Mazinho. Aron Winter e Dennis Bergkamp empataram em dois raros vacilos defensivos do Brasil. E o gol da vitória veio de um personagem emblemático. Branco teve sua convocação criticada, foi mantido pela equipe médica mesmo estando lesionado e foi fundamental naquela partida. Além de parar Marc Overmars, ele cavou a falta no fim do jogo e bateu com perfeição. Era o gol “cala a boca” para mostrar aos críticos que ainda podia ser importante em sua terceira Copa.
Na semifinal, o Brasil perdeu várias chances de matar o jogo e sofreu para vencer a Suécia por 1 a 0. Cruzamento perfeito de Jorginho e gol de… adivinha de quem? Romário. O “Baixinho” apareceu entre os gigantes suecos e fez o gol da vitória.
(Imagem: FIFA)
● Na final, a Itália de Paolo Maldini, Franco Baresi, Dino Baggio e dele… Roberto Baggio… um dos melhores jogadores que já vi. O craque perfeito, responsável por cinco dos seis gols italianos na fase de mata-mata. Um gênio.
Quem nunca viu essa partida na íntegra, aconselho a ver. Foi um baita jogo, com chances dos dois lados. Duas grandes seleções. Mas que não saíram do zero. Pela primeira vez não houve gol em uma final de Copa. Pela primeira vez, o campeão foi decidido nos pênaltis.
No começo do jogo eu cantei a pedra: o jogo vai pros pênaltis. Eu tinha ficado tão encantado com os pênaltis entre Suécia e Romênia, que eu queria mais. E foi atendido pelos deuses do futebol.
Baresi, que voltava de uma artroscopia feita durante a Copa e marcou Romário por 120 minutos de forma limpa e perfeita, começou chutando para o alto.
Márcio Santos, melhor cobrador brasileiro nos treinos, bateu mal e Pagliuca pegou.
Demetrio Albertini mandou a primeira bola na rede.
Romário, que até então não gostava de bater pênalti, converteu.
Alberigo Evani também fez e Branco empatou.
Daniele Massaro bateu e Taffarel pegou.
Dunga bateu com perfeição e comemorou com raiva.
Roberto Baggio, o gênio, que em sua longa carreira bateu 159 pênaltis e converteu 141 e perdeu apenas 18 (incríveis 89% de aproveitamento), com certeza faria o gol. Mas poucos se lembram que ele foi substituído por lesão no meio do segundo tempo da semifinal diante da Bulgária. Ele jogou contra o Brasil no sacrifício, com uma proteção na coxa. E Baggio bateu o pênalti lá na lua.
Nocaute Jack dava cambalhota, o menino Ronaldo se abraçava aos demais, Zagallo era campeão de novo, os atletas com a faixa homenageando Ayrton Senna, Dunga levantando a taça e xingando meio mundo e Galvão Bueno se abraçando a Pelé e gritando “É Tetra! É Tetra!”
Foi nessa época, nessa Copa, que o vírus do futebol me pegou definitivamente. O resto é história.
(Imagem: IFDB)
*¹ Hoje completamos quatro anos do blog. Agradecemos demais a sua companhia nesse tempo e que venham vários anos.
“Três pontos: paixão com conteúdo.”
Três pontos sobre…
… 50 anos do Tri
(Imagem: CBF)
Considerada a melhor Copa do Mundo em todos os tempos, só poderia ter sido vencida pela melhor Seleção de todos os tempos. E foi!
E exatamente hoje essa conquista completa meio século.
Um esquadrão formado por cinco “camisas 10” (Jairzinho, Gérson, Tostão, Pelé e Rivellino), um ótimo volante (Clodoaldo), um dos melhores laterais direitos da história (Carlos Alberto), uma dupla de zaga que se completava com raça e técnica (Brito e Piazza), um goleiro e um lateral esquerdo que cumpriram bem suas funções (Félix e Everaldo).
Relembre em nossas matérias como foi a conquista definitiva da Taça Jules Rimet, passo a passo.
… 03/06/1970 – Brasil 4 x 1 Tchecoslováquia (1ª rodada do Grupo 4)
… 07/06/1970 – Brasil 1 x 0 Inglaterra (2ª rodada do Grupo 4)
… 10/06/1970 – Brasil 3 x 2 Romênia (3ª rodada do Grupo 4)
… 14/06/1970 – Brasil 4 x 2 Peru (Quartas de final)
… 17/06/1970 – Brasil 3 x 1 Uruguai (Semifinal)
… 21/06/1970 – Brasil 4 x 1 Itália (Final)
Veja nossas matérias sobre outras partidas e alguns personagens importantes da Copa de 1970:
… 17/06/1970 – Itália 4 x 3 Alemanha Ocidental (Semifinal)
… 14/06/1970 – Alemanha Ocidental 3 x 2 Inglaterra (Quartas de final)
… 02/06/1970 – Peru 3 x 2 Bulgária (1ª rodada do Grupo 4)
… 06/06/1970 – Romênia 2 x 1 Tchecoslováquia (2ª rodada do Grupo 3)
… Rei Pelé: primeiro e único! (Coletânea de matérias sobre Pelé)
… Carlos Alberto Torres: o eterno Capitão
… Roberto Rivellino, a Patada Atômica
… Dadá Maravilha: goleador, filósofo e campeão
… Tospericargerja: uma homenagem sem igual
… Gigi Riva: o “Estouro do Trovão”
… Ladislao Mazurkiewicz: muito mais do que um drible de Pelé
… Gerd Müller: o maior bombardeiro alemão (Artilheiro da Copa)
… Uwe Seeler: o professor dos centroavantes alemães
… Ladislav Petráš
Três pontos sobre…
… Melhor jogador da história de cada estado do Brasil
(Imagem: Depositphotos) — As demais imagens foram localizadas no Google
Seguindo a nossa sequência de listas, elegemos o melhor jogador da história nascido em cada Unidade Federativa do Brasil.
Alguns são unanimidades. Mas, como é comum a qualquer “seleção”, são critérios subjetivos.
AM – AMAZONAS
Gilmar Popoca
Medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1988. Dentre vários outros clubes, jogou por cinco anos no Flamengo, onde começou a carreira.
RR – RORAIMA
Thiago Maia
Medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Começou no Santos e está no Lille, da França, desde o meio de 2017. Mesmo com apenas 22 anos, com certeza já é o melhor jogador nascido em Roraima.
AP – AMAPÁ
Aldo Silva do Espírito Santo
Foi multicampeão com o Fluminense na década de 1980: campeão brasileiro em 1984 e tricampeão carioca em 1983, 1984 e 1985.
PA – PARÁ
Sócrates
O Dr. Sócrates é nascido em Belém. Revolucionário dentro e fora de campo, é o maior (ou, no mínimo, um dos maiores) ídolo da história do Corinthians. Brilhou também na Seleção Brasileira, mesmo não conquistando nenhum título.
AC – ACRE
Artur
Artur Duarte brilhou por sete anos em Portugal. Pelo Boavista (1992-1996), fez 47 gols em 119 jogos. Pelo Porto (1996-1999) foi tricampeão português.
RO – RONDÔNIA
Silvinho
Esse foi o estado que mais deu trabalho. Não há nenhum grande nome. Assim, mais por falta de opções, escolhemos Silvinho, atacante revelado pelo Corinthians e campeão da Série A2 do Campeonato Paulista em 2009. Atualmente com 29 anos, Silvinho atua no Albirex Niigata, da segunda divisão do Japão.
TO – TOCANTINS
Roni
Atacante baixo e rápido, teve algum sucesso no Fluminense, clube onde marcou 37 gols em 141 jogos, em três passagens. Um concorrente tocantinense de peso é Lúcio Bala, meia de Goiás, Flamengo, Santos e muitos outros. Escolhemos Roni por ter vestido a camisa da Seleção Brasileira. Fez 2 gols em 5 partidas.
GO – GOIÁS
Túlio Maravilha
Não é qualquer um que chega aos 1.000 gols. Mesmo que a contagem de Túlio seja deveras polêmica, ele fez incontáveis gols e tem seu lugar na história. Seu maior feito foi levar o Botafogo ao título brasileiro de 1995 (arbitragem à parte). Tem uma ótima média de gols pela Seleção, anotando 13 em 15 jogos.
DF – DISTRITO FEDERAL
Kaká
De ascensão meteórica no São Paulo, fez parte do elenco campeão do mundo em 2002. No ano seguinte, se transferiu para o Milan, onde fez história e se sagrou o melhor jogador do mundo em 2007.
MT – MATO GROSSO
Fábio
O goleiro é o recordista de jogos com a camisa do Cruzeiro, com 841 partidas. Pelo time mineiro, se sagrou bicampeão brasileiro em 2013 e 2014. Injustiçado na Seleção principal, foi um dos destaques e campeão mundial sub-17 em 1997.
MS – MATO GROSSO DO SUL
Müller
Bicampeão mundial pelo São Paulo em 1992 e 1993 e campeão da Copa do Mundo em 1994, Müller teve uma extensa e vitoriosa carreira, inclusive passando pelos quatro grandes clubes do estado de São Paulo.
MA – MARANHÃO
Canhoteiro
Ponta esquerda do São Paulo entre 1953 e 1963, marcou 105 gols em 415 partidas. Poderia ter sido o titular na Copa do Mundo de 1958, mas a vida boêmia e o medo de avião o impediram de ser maior do que é. Inspirou a música com seu nome, de Raimundo Fagner e Zeca Baleiro.
PI – PIAUÍ
Leonardo
Um gigante de 1,66 m. O maior ídolo do Sport Recife na década de 1990. Entre idas e vindas, se tornou o 3º maior artilheiro do clube, com 133 gols. Infelizmente, faleceu em 2006, após uma lesão cerebral.
CE – CEARÁ
Jardel
Foi um dos maiores goleadores do mundo em seu auge. Ganhou o prêmio Chuteira de Ouro como o maior goleador da Europa em 1999 e 2002. No Velho Mundo, teve sucesso em Porto, Galatasaray e Sporting. No Brasil, é ídolo do Grêmio.
RN – RIO GRANDE DO NORTE
Marinho Chagas
Irreverente, polêmico e muito talentoso com a bola nos pés. Começou no ABC e explodiu mesmo no Botafogo. Chegou a jogar com Franz Beckenbauer no New York Cosmos. Foi um dos destaques da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1974, tanto positiva quanto negativamente.
PB – PARAÍBA
Júnior
Maior ídolo da história do Flamengo (Zico é hors-concours). Brilhou naquele esquadrão campeão da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes. Conquistou quatro Campeonatos Brasileiros pelo Flamengo, sendo o último aos 38 anos. Encantou o mundo também na Copa de 1982, principalmente com o gol marcado sobre a Argentina.
PE – PERNAMBUCO
Rivaldo
No Palmeiras, fez parte do esquadrão montado pela Parmalat. Chegou em 1994 e venceu o Brasileirão. No Paulistão de 1996, foi protagonista no “ataque de 102 gols”. No Barcelona, chegou a seu auge, sendo eleito o melhor jogador do mundo em 1999. Discutivelmente, foi o melhor jogador da Copa do Mundo de 2002, quando se sagrou campeão.
AL – ALAGOAS
Zagallo
Antes de se tornar o “Velho Lobo”, ele era “A Formiguinha”. Apesar de ser ponta esquerda e marcar seus gols, foi um dos primeiros da posição a fazer a recomposição no meio campo, ajudando a marcar. Com isso, revolucionou, ajudando a criar o 4-3-3. É o único tetracampeão do mundo. Venceu as Copas de 1958 e 1962 como jogador, a de 1970 como técnico e a de 1994 como coordenador técnico.
SE – SERGIPE
Clodoaldo
Clodoaldo Tavares Santana foi um dos grandes de seu tempo. Com apenas 20 anos, assumia com maestria as responsabilidades do balanço defensivo da Seleção Brasileira campeã da Copa do Mundo de 1970. Ídolo do Santos, teve a carreira interrompida precocemente por uma séria lesão no joelho.
BA – BAHIA
Bebeto
Brilhou e foi campeão brasileiro pelo Flamengo (1987) e Vasco (1989). Ainda hoje é o maior artilheiro da história do Deportivo La Coruña. Com Romário, fez uma das maiores duplas de ataque da história, levando a Seleção Brasileira à conquista da Copa de 1994.
MG – MINAS GERAIS
Pelé
Dispensa comentários. O “Atleta do Século”.
SP – SÃO PAULO
Rivellino
De “Reizinho do Parque” a “Patada Atômica”. É destaque no panteão dos “deuses do futebol”. Ídolo e inspiração de Maradona. Roberto Rivellino brilhou muito na fase de seca Corinthians e foi conquistar seus títulos pelo Fluminense. Foi fundamental na Seleção que conquistou a Copa do Mundo de 1970.
RJ – RIO DE JANEIRO
Garrincha
O Mané é unanimidade nacional. Com suas pernas tortas, ele é, discutivelmente, o maior driblador de todos os tempos. Fazia a alegria do povo. Levava tudo na brincadeira, mas quando a situação se tornava séria, ele resolvia. Foi assim na Copa do Mundo de 1962, quando liderou tecnicamente a Seleção rumo ao bicampeonato mundial, na ausência de Pelé.
ES – ESPÍRITO SANTO
Sávio
O “Anjo Loiro da Gávea” encantou no Flamengo, entre 1992 e 1997. Depois, foi ser um coadjuvante de luxo no Real Madrid, apesar de ter tido vários momentos de protagonismo. Faltou um brilho a mais com a camisa da Seleção principal, apesar dos seus 32 jogos e seis gols.
PR – PARANÁ
Rogério Ceni
Tecnicamente, Alex foi superior. Mas Rogério se tornou uma lenda. Um M1T0. O jogador que mais defendeu uma única camisa, com 1238 jogos pelo São Paulo. Se tornou o maior goleiro artilheiro da história, com 132 gols marcados. Além disso, teve fases brilhantes em suas funções de goleiro. Liderou o SPFC na conquista da Libertadores e do Mundial Interclubes em 2005, além do tricampeonato brasileiro em 2006, 2007 e 2008. Esteve entre os 23 campeões da Copa de 2002.
SC – SANTA CATARINA
Falcão
Embora tenha brilhado no Internacional de Porto Alegre, Paulo Roberto Falcão nasceu em Abelardo Luz-SC. Foi tricampeão brasileiro pelo Inter em 1975, 1976 e 1979. Na Itália, se tornou o “Rei de Roma”, levando o time a conquistar o scudetto após 41 anos de jejum. Na Seleção, encantou, mas não venceu, na Copa do Mundo de 1982.
RS – RIO GRANDE DO SUL
Ronaldinho Gaúcho
R10 jogava sorrindo, como se fosse um garoto brincando no meio de um campo de terra. Sua habilidade era única. Foi o maior “Showman” que o futebol já viu. E além disso conquistou muitos títulos. Pela Seleção, conquistou a Copa do Mundo de 2002, a Copa América de 1999 e a Copa das Confederações de 2005. Pelo Barcelona, foi o protagonista no título da UEFA Champions League de 2005/06. No Atlético Mineiro, conquistou a Taça Libertadores da América em 2013. Foi eleito o melhor jogador do mundo em 2004 e 2005.
E você? Concorda? Discorda? Trocaria alguém dessa lista?
P. S.: Muito obrigado leitores por esses três anos de parceria. Continuem conosco!
Três pontos sobre…
… Jogadores que atuaram nos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro
Já falamos sobre jogadores que jogaram em todos os quatro grandes clubes paulistas. Agora chegou a vez do Rio de Janeiro.
Se em SP eram apenas seis, no RJ o número é maior. São 17 (dezessete) atletas que vestiram a camisa dos quatro times considerados “grandes” do futebol carioca: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama.
A maioria desses nomes se concentram nos últimos 20 anos.
Destaques para os que foram campeões em todos esses times: Cláudio Adão, Leandro Ávila, Beto, Renato Silva e Júlio César, além de Diego Souza, que inicia agora sua caminhada no Botafogo, mas já conquistou títulos nos outros três gigantes do Rio.
Seguem abaixo os atletas e o período que representaram, respectivamente, cada clube. Com um asterisco (*) destacamos os clubes pelos quais foram campeões de algum torneio oficial.
(Imagens localizadas no Google)
● 1) Paulo Cézar Caju:
Botafogo: 1967-1971, 1978*
Flamengo: 1972-1974*
Fluminense: 1975-1977*
Vasco: 1979
● 2) Afonsinho:
Botafogo: 1965-1969, 1970*
Vasco: 1971
Flamengo: 1973-1974
Fluminense: 1981-1982
● 3) Moisés:
Flamengo: 1968, 1975, 1978-1979
Vasco: 1968-1974*
Botafogo: 1976
Fluminense: 1979
● 4) Nielsen:
Fluminense: 1971-1977*
Flamengo: 1978-1980*
Vasco: 1981
Botafogo: 1982
● 5) Cláudio Adão:
Flamengo: 1977-1980, 1983*
Fluminense: 1980-1981*
Vasco: 1981-1982, 1985*
Botafogo: 1980, 1984, 1988*
● 6) Vítor:
Flamengo: 1977-1983, 1985*
Vasco: 1985-1987*
Botafogo: 1987-1988, 1989-1990*
Fluminense: 1988
● 7) Carlos Alberto Dias:
Botafogo: 1990-1992*
Vasco: 1993*
Flamengo: 1994
Fluminense: 1998
● 8) Válber:
Fluminense: 1990-1991, 1999, 2002*
Botafogo: 1991-1992, 1999
Flamengo: 1995*
Vasco: 1997-1998, 2000*
● 9) Leandro Ávila:
Vasco: 1991-1995, 1996*
Botafogo: 1995, 2001*
Fluminense: 1998*
Flamengo: 1998-2001*
● 10) Bruno Carvalho:
Vasco: 1993-1995*
Botafogo: 1996*
Fluminense: 1998
Flamengo: 2000-2001*
● 11) Beto:
Botafogo: 1994-1996*
Flamengo: 1998-2002*
Fluminense: 2002*
Vasco: 2003-2004*
● 12) Léo Inácio:
Flamengo: 1993-2000*
Botafogo: 2001
Fluminense: 2003
Vasco: 2003-2004
● 13) Leandro Eugênio:
Botafogo: 1997-2001
Flamengo: 2002
Vasco: 2003
Fluminense: 2005
● 14) Leonardo Moura:
Botafogo: 1999-2001
Vasco: 2002
Fluminense: 2004
Flamengo: 2005-2013*
● 15) Renato Silva:
Flamengo: 2005-2006*
Fluminense: 2007*
Botafogo: 2007-2008*
Vasco: 2011-2013*
● 16) Júlio César:
Flamengo: 2003-2005*
Fluminense: 2010-2012*
Botafogo: 2013-2014*
Vasco: 2015-2017*
● 17) Diego Souza:
Fluminense: 2005-2008, 2016*
Flamengo: 2005-2006*
Vasco: 2011-2012*
Botafogo: 2019-
— Menção honrosa para o ex-atacante Luizão, que além de ter defendido os quatro grandes de São Paulo, defendeu três no Rio de Janeiro. Faltou apenas o Fluminense para completar todo o ciclo nos dois estados:
Palmeiras: 1996-1997*
Vasco: 1998*
Corinthians: 1999-2002*
Botafogo: 2004
São Paulo: 2005*
Santos: 2005
Flamengo: 2006*
Três pontos sobre…
… Jogadores que atuaram nos quatro grandes clubes de São Paulo
Em toda região onde há grandes clubes, vencedores tanto em âmbito local, nacional e até internacionalmente, há de surgir uma grande rivalidade entre eles. Afinal, brigam pelos mesmos títulos e pela mesma torcida.
Com isso, essas equipes costumam ter jogadores bastante identificados com sua camisa e, consequentemente, odiados pelos rivais.
Acontece a mesma coisa entre os quatro times considerados “grandes” do futebol paulista: Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo.
Mesmo assim temos uma lista extensa de atletas que representaram mais de um desses times.
E temos também alguns casos, mais restritos, de craques que vestiram a camisa de todos esses quatro.
Praticamente todos jogaram nos anos 1990, quando a mercantilidade já era maior que a rivalidade.
Mas o primeiro caso se destaca: Cláudio Christóvam de Pinho, um dos grandes jogadores de sua época. Começou a carreira no Santos, marcou o primeiro gol da história do Palmeiras após deixar de ser chamado de Palestra Itália, fez história e se tornou o maior artilheiro da história do Corinthians e encerrou a carreira no São Paulo.
Seguem abaixo os atletas e o período que representaram, respectivamente, cada clube. Com um asterisco (*) destacamos os clubes pelos quais foram campeões de algum torneio oficial. O único a ser campeão pelos quatro foi o ex-zagueiro Antonio Carlos Zago.
(Imagens localizadas no Google)
● 1) Cláudio Christóvam de Pinho:
Santos: 1940-1941, 1943-1944
Palmeiras: 1942-1943*
Corinthians: 1945-1957*
São Paulo: 1959-1960
● 2) Neto:
São Paulo: 1987*
Palmeiras: 1988
Corinthians: 1989-1993, 1997*
Santos: 1994
● 3) Antonio Carlos Zago:
São Paulo: 1990-1992*
Palmeiras: 1993-1995*
Corinthians: 1997-1998*
Santos: 2004-2005, 2007*
● 4) Müller:
São Paulo: 1984-1987, 1991-1994, 1996*
Palmeiras: 1995-1996*
Santos: 1997-1998
Corinthians: 2001
● 5) César Sampaio:
Santos: 1986-1991
Palmeiras: 1991-1994, 1999-2000*
Corinthians: 2001
São Paulo: 2004
● 6) Luizão:
Palmeiras: 1996-1997*
Corinthians: 1999-2002*
São Paulo: 2005*
Santos: 2005
Três pontos sobre…
… 26/05/1999 – Manchester United 2 x 1 Bayern de Munique
(Imagem: Getty Images)
● Essa partida é histórica e conhecida até mesmo por quem não assistiu. É um enredo que aparece em qualquer lista dos grandes épicos da história esportiva. Os três minutos finais desse jogo talvez sejam os mais fantásticos da história da UEFA Champions League.
O Bayern de Munique voltava à uma final após doze anos. Com um esquadrão liderado por Franz Beckenbauer, havia vencido o tricampeonato consecutivo em 1973/74, 1974/75 e 1975/76. Com um time mais limitado, foi vice em 1981/82 e 1987/88.
O Manchester United tinha uma história menor e um jejum muito maior no torneio. Havia conquistado a única final que disputou, em 1967/68, impulsionado pela “trindade” George Best, Bobby Charlton e Denis Law. Esse foi o primeiro título inglês e o segundo britânico na competição. Mas o incômodo jejum mancuniano já durava 31 anos. Pior ainda, os ingleses estavam ausentes da decisão desde 1984/85, quando ocorreu a “Tragédia de Heysel”.
O Bayern era comandado por Ottmar Hitzfeld, campeão pelo Borussia Dortmund em 1996/97. O United era dirigido pelo escocês Alex Ferguson, que já era e se tornaria ainda mais uma verdadeira lenda em Old Trafford.
Ambos os times atuaram desfalcados de jogadores fundamentais. O Manchester United não pôde contar com seus meio campistas centrais, Paul Scholes e o capitão Roy Keane. David Beckham atuou centralizado, ao lado de Nicky Butt. Com isso, Ryan Giggs foi deslocado para a direita e Jesper Blonqvist jogou na esquerda. O norueguês Henning Berg também foi ausência na zaga, substituído pelo seu compatriota Ronny Johnsen.
O Bayern sofreu a ausência do ótimo lateral esquerdo Bixente Lizarazu e de seu grande artilheiro, o brasileiro Giovane Élber. Foram substituídos por Michael Tarnat e Alexander Zickler, respectivamente.
Guardando as metas de ambos os times, dois dos maiores goleiros da história. Ambos capitães de seus clubes naquele dia. De um lado, o dinamarquês Peter Schmeichel. Do outro, Oliver Kahn.
Assim, dia 26 de maio de 1999, ambos se enfrentaram no estádio Camp Nou, em Barcelona.
O Manchester United de Alex Ferguson jogava no 4-4-2. Como não pôde contar com Keane e Scholes, escalou Beckham para o meio e deslocou Giggs para a direita, colocando Blomqvist na esquerda. No ataque, a dupla Yorke e Cole era infernal.
Ottmar Hitzfeld era um adepto do sistema com três zagueiros centrais, sendo um líbero. Sem Élber, preferiu a experiência de Basler e Zickler para fazerem companhia a Jancker. No meio, Effenberg era o dínamo da equipe.
● O primeiro tempo foi fraco. O placar foi inaugurado pelos alemães logo aos seis minutos. Johnsen derrubou Carsten Jancker quase na entrada da área. Mario Basler cobrou a falta e Markus Babbel fez o corta luz, para a bola que morreu rasteira, no canto esquerdo do goleiro. Um péssimo início para o Manchester, que tinha vários jogadores brilhando na Premier League, mas não conseguiam se afirmar em nível continental.
Embora até tivessem ímpeto ofensivo, os times não conseguiam criar chances de gols.
Na segunda etapa, Blomqvist se antecipou à marcação e perdeu uma clara oportunidade na pequena área, aos dez minutos. Era a chance do empate.
Mas foi o Bayern quem voltou melhor do intervalo e passou a exercer uma pressão enorme e quase anotou alguns dos maiores golaços das finais da Champions.
Basler arriscou do meio campo e quase encobriu Schmeichel, que sempre jogava adiantado. Seria um gol antológico.
Depois, Stefan Effenberg finalizou com um belo voleio, mas o goleiro dinamarquês espalmou por cima, com a ponta dos dedos.
Aos 33′, Mehmet Scholl tentou uma linda cavadinha, mas a bola bateu na trave e não entrou.
Cinco minutos depois, Carsten Jancker deu uma bicicleta, mas a bola explodiu no travessão.
O Bayern perdia chances de matar o jogo. O placar poderia estar elástico a favor dos alemães. Mas o destino tinha outros planos.
(Imagem: Getty Images)
● O Bayern tinha uma consistência defensiva muito grande, liderada pelo veterano líbero Lothar Matthäus. Já perto do fim, tentando dar fôlego para o time suportar a pressão, Hitzfeld trocou Matthäus por Thorsten Fink e Basler por Hasan Salihamidžić. O Bayern perdeu entrosamento na defesa e o Manchester soube se aproveitar dessa falta de organização.
Em busca do empate, Ferguson já tinha feito duas alterações. No meio do segundo tempo, havia trocado Blonqvist por Teddy Sheringham – um típico centroavante inglês: forte, ótimo nas jogadas aéreas (embora não fosse um gigante, com 1,83 m), experiente e goleador. Aos 36′, uma troca simples de atacantes: saiu Andy Cole e entrou o norueguês Ole Gunnar Solskjær. Ambos seriam os personagens principais do milagre.
Aos 45 minutos do segundo tempo, o United já estava no desespero. Mestre das bolas paradas, David Beckham cobrou um escanteio da esquerda ao seu estilo. O goleirão Schmeichel (que marcou 13 gols durante toda sua carreira e estava na área rival) subiu para cabecear. A defesa alemã tentou afastar, mas Ryan Giggs bateu de primeira. A bola sobrou macia para Sheringham só completar para as redes. Fatal! Dramático! Esse gol levaria a partida para a prorrogação.
Levaria. O Bayern sentia os efeitos de estar deixando escapar o título que esteve em suas mãos por quase todos os 90 minutos. E o Manchester, depois de estar nas cordas, agora estava de novo no jogo. A vitória psicológica já era dos Red Devils. Faltava o placar.
Dois minutos depois, quando todos ainda estavam sob os efeitos do gol, surgiu outro escanteio para o United. Parecia replay. Outra vez cobrado por David Beckham, de forma magistral. Sheringham desviou na primeira trave e a bola sairia. Mas Solskjær “honrou” o apelido. O “Baby-faced Assassin” (“Assassino com cara de bebê”) destruiu os sonhos dos bávaros, completando para o gol.
Nem o mais otimista dos torcedores mancunianos poderiam imaginar um final mais épico. Todos estavam incrédulos, desde os 90.245 presentes no Camp Nou, até os expectadores amantes de futebol de todo o mundo, independente de para qual time torcem.
(Imagem: UOL)
● E essa final de 1998/99 ganhou um capítulo emocionante e eternamente especial na história da UEFA Champions League.
Foi o auge do “Fergie Time”, fama que já corria há alguns anos, desde o início da Premier League, pelo fato de o Manchester United marcar constantemente muitos gols nos acréscimos.
O Manchester United é até hoje o único clube inglês a conquistar a “Tríplice Coroa”, vencendo a Champions, o Campeonato Inglês e a Copa da Inglaterra na mesma temporada.
No fim, uma bela cena foi a atitude do árbitro italiano Pierluigi Collina tentando levantar os jogadores do Bayern do gramado, derrotados no placar, física e psicologicamente. Certamente essa derrota foi importante para moldar o gigante de Munique para as temporadas seguintes, quando conquistou a Liga dos Campeões de 2000/01 ao derrotar o Valencia nos pênaltis.
(Imagem: UOL)
● FICHA TÉCNICA: |
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MANCHESTER UNITED 2 x 1 BAYERN DE MUNIQUE |
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Data: 26/05/1999 Horário: 20h45 locais Estádio: Camp Nou Público: 90.245 Cidade: Barcelona (Espanha) Árbitro: Pierluigi Collina (Itália) |
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MANCHESTER UNITED (4-4-2): |
BAYERN DE MUNIQUE (5-3-2): |
1 Peter Schmeichel (G)(C) |
1 Oliver Kahn (G)(C) |
2 Gary Neville |
2 Markus Babbel |
5 Ronny Johnsen |
25 Thomas Linke |
6 Jaap Stam |
10 Lothar Matthäus |
3 Denis Irwin |
4 Samuel Kuffour |
8 Nicky Butt |
18 Michael Tarnat |
15 Jesper Blomqvist |
11 Stefan Effenberg |
7 David Beckham |
16 Jens Jeremies |
11 Ryan Giggs |
14 Mario Basler |
19 Dwight Yorke |
19 Carsten Jancker |
9 Andy Cole |
21 Alexander Zickler |
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Técnico: Sir Alex Ferguson |
Técnico: Ottmar Hitzfeld |
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SUPLENTES: |
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17 Raimond van der Gouw (G) |
22 Bernd Dreher (G) |
4 David May |
5 Thomas Helmer |
12 Phil Neville |
17 Thorsten Fink |
30 Wes Brown |
20 Hasan Salihamidžić |
34 Jonathan Greening |
7 Mehmet Scholl |
10 Teddy Sheringham |
8 Thomas Strunz |
20 Ole Gunnar Solskjær |
24 Ali Daei |
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GOLS: |
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6′ Mario Basler (BAY) |
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90+1′ Teddy Sheringham (MAN) |
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90+3′ Ole Gunnar Solskjær (MAN) |
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CARTÃO AMARELO: 60′ Stefan Effenberg (BAY) |
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SUBSTITUIÇÕES: |
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67′ Jesper Blomqvist (MAN) ↓ |
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Teddy Sheringham (MAN) ↑ |
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71′ Alexander Zickler (BAY) ↓ |
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Mehmet Scholl (BAY) ↑ |
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80′ Lothar Matthäus (BAY) ↓ |
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Thorsten Fink (BAY) ↑ |
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81′ Andy Cole (MAN) ↓ |
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Ole Gunnar Solskjær (MAN) ↑ |
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87′ Mario Basler (BAY) ↓ |
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Hasan Salihamidžić (BAY) ↑ |
Melhores momentos da partida:
Últimos três minutos do jogo, filmados da beira do gramado:
Peter Schmeichel e Oliver Kahn assistiram à partida e cornetaram Ottmar Hitzfeld (em inglês):
Três pontos sobre…
… Técnicos da seleção da Alemanha: apenas dez na história
Dentre todos os fatores responsáveis pelo sucesso da seleção da Alemanha de futebol desde sempre, um dos principais provavelmente seja a histórica manutenção dos técnicos.
Desde seu primeiro treinador, Otto Nerz, em 1926, o “Mannschaft” teve apenas outros nove, já contando com o atual, Joachim Löw.
Mesmo nas raras vezes em que os nomes mudaram, a filosofia continuou. E outro detalhe relevante é que esses dez nomes conhecem o futebol de dentro do campo, pois todos foram jogadores profissionais.
Desde o fim do século XIX já existia um “amontoado” de jogadores alemães que representavam o país, mas a seleção nacional só surgiu mesmo em 1908. Sua primeira partida oficial foi há quase 110 anos, em 05/04/1908, quando perdeu para a Suíça por 5 a 3. Até 1926, a “Nationalelf” não tinha um treinador. Eram os próprios dirigentes da Federação quem selecionavam os jogadores convocados e escolhiam os titulares nas partidas. Nesse período, foram 58 jogos, com 16 vitórias, 12 empates e 30 derrotas. O aproveitamento ruim deixou claro que era necessária uma maior organização. Assim, decidiram contratar o primeiro técnico.
● 1. Otto Nerz — De 31/10/1926 a 07/08/1936
(Imagem: Tennis Borussia)
Jogou entre 1910 e 1924 como meio-campista lateral do VfR Mannheim e do Tennis Borussia Berlin, mesmo time onde se tornou técnico. Em 1926 foi nomeado o primeiro técnico da história da seleção alemã de futebol. Na época, Nerz transformou uma equipe medíocre em uma camisa respeitada no futebol europeu. Seu maior mérito era estar sempre aberto a novas aprendizagens, estudando e absorvendo conhecimentos técnicos e táticos de lendas como James Hogan, Hugo Meisl e Vittorio Pozzo. Em dez anos, foram 70 partidas, com 42 vitórias, 10 empates, 18 derrotas, 192 gols marcados e 113 sofridos. Seu melhor resultado em competições oficiais foi o 3º lugar na Copa do Mundo de 1934.
● 2. Sepp Herberger — De 13/09/1936 a 07/06/1964
(Imagem: Alchetron)
Assim como seu antecessor, jogou no VfR Mannheim e encerrou a carreira de jogador (atacante) e começou a de técnico no Tennis Borussia Berlin. A partir de 1932, trabalhou quatro anos como auxiliar de Otto Nerz na “Nationalelf”. Em 1936, naturalmente se tornou o sucessor como treinador principal da seleção. Embora fosse filiado desde 1933 ao Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores, sua real participação junto ao nazismo nunca pôde ser comprovada. Ficou na seleção até 1942, quando ela teve que ser dissolvida por causa da Segunda Guerra Mundial, ficando inativa até 1950. Em 1945, trabalhou rapidamente no Eintracht Frankfurt e a partir de 1950 voltou a treinar seleção alemã (que com o fim da Guerra passou a ser Alemanha Ocidental – a Alemanha Oriental era comunista e passou a ser outra equipe nacional diferente), ficando até 1964. Foi o principal responsável pelo primeiro título mundial alemão, o famoso “Milagre de Berna”, quando a Alemanha Ocidental venceu a fortíssima Hungria de virada por 3 a 2 na final da Copa do Mundo de 1954. Fez um bom papel também em 1958, levando seu país ao 4º lugar na Copa. No geral, foram 167 jogos, vencendo 94, empatando 27 e perdendo 46 vezes, anotando 435 gols e tomando 250.
● 3. Helmut Schön — De 04/11/1964 a 21/06/1978
(Imagem: DFB)
Era um bom atacante, que em 16 jogos pela seleção marcou 17 gols, mas foi prejudicado pelo advento da Segunda Guerra Mundial. Entre 1956 e 1964 foi assistente técnico de Sepp Herberger na “Nationalelf” e o sucedeu em 1964, ficando até 1978. Montou equipes com alma de campeão, além de contar com jogadores excepcionais à época, como Franz Beckenbauer, Sepp Maier, Gerd Müller, Uwe Seeler, Wolfgang Overath e outros. Provou seus conhecimentos táticos na final da Copa do Mundo de 1974, quando escalou o “carrapato” Berti Vogts para marcar individualmente o genial Johan Cruijff e a Alemanha Ocidental venceu a Holanda de virada por 2 a 1. Conquistou também a Eurocopa de 1972. Além disso, foi vice-campeão na Copa de 1966 e 3º lugar na Copa de 1970, além de vice na Euro de 1976. Foram 139 jogos, com 87 vitórias, 31 empates e 21 derrotas; 292 gols pró e 107 contra.
● 4. Jupp Derwall — De 11/10/1978 a 20/06/1984
(Imagem: UEFA)
Jogou como atacante nas décadas de 1940 e 1950. Foi assistente de Schön na seleção entre 1970 e 1978 e se tornou técnico principal logo depois. Ficou no cargo até 1984. Das 67 partidas, venceu 44, empatou 12 e perdeu 11, com 144 gols feitos e 60 tomados. Seu melhor resultado foi o título da Euro de 1980 e o vice da Copa de 1982.
● 5. Franz Beckenbauer — De 12/09/1984 a 08/07/1990
(Imagem: Soccer Blog)
O maior jogador e ídolo da história do país tinha acabado de pendurar as chuteiras e não tinha nenhuma experiência como técnico, mas foi contratado pela federação alemã em 1984. Em seis anos de trabalho, foram 66 jogos sob sua batuta, com 34 vitórias, 20 empates e 12 derrotas, marcando 107 vezes e sofrendo 61 gols. Além do vice-campeonato na Copa de 1986, conquistou a Copa do Mundo de 1990, se tornando o segundo a ser campeão como jogador e técnico (juntamente com Zagallo). É o único a ser campeão como capitão e técnico.
● 6. Berti Vogts — De 29/08/1990 a 05/09/1998
(Imagem: DFB)
Enorme como jogador, nem tanto como treinador. Assim como sucedeu Beckenbauer na braçadeira de capitão, também o fez como técnico na seleção. Após encerrar a carreira, treinou a seleção sub-21 (1979-1990) e foi assistente técnico da seleção principal (1986-1990). Depois, se tornou o técnico principal, ficando até 1998. Nesses oito anos, mesmo com bons jogadores (Lothar Matthäus, Jürgen Klinsmann, Thomas Häßler, Matthias Sammer e outros), sua equipe era muito pragmática, sempre praticando um futebol feio. Apesar dos vários fracassos, mesmo assim conseguiu ser campeão da Eurocopa em 1996 e vice em 1992. Nesses oito anos, foram 102 jogos, 66 vitórias, 24 empates e 12 derrotas, 206 gols marcados e 86 sofridos.
● 7. Erich Ribbeck — De 10/10/1998 a 20/06/2000
(Imagem: Fussball Sammler)
O ex-zagueiro de equipes pequenas na década de 1960 tinha muita experiência na prancheta. Mesmo com pouco sucesso, era técnico desde 1965 e já havia passado por sete clubes, além de ter sido auxiliar de Jupp Derwall na seleção entre 1978 e 1984. Dessa vez a federação alemã quebrou a tradição de investir em nomes emergentes para apostar em um “medalhão”. Foi um verdadeiro fiasco! A Alemanha caiu logo na primeira fase da Euro 2000 e Ribbeck foi demitido. Era uma transição entre gerações e os atletas disponíveis tinham um nível bem abaixo dos campeões de 1990. Tanto, que chegou a ponto de Ribbeck convocar o brasileiro Paulo Rink para compor seu ataque. Foram apenas 24 jogos, dos quais venceu 10, empatou 6 e perdeu 8; marcou 42 tentos e sofreu 31. Mas esses maus resultados foram importantes, pois foi a constação de que algo deveria mudar no futebol alemão, principiando pela formação dos atletas; ao invés de privilegiar a força física de sempre, passaram a focar em jogadores mais técnicos. Se não houvesse esse fiasco na Euro 2000, dificilmente veríamos destaques como Philipp Lahm, Mario Götze, Marco Reus…
● 8. Rudi Völler — De 16/08/2000 a 24/06/2004
(Imagem: Oliver Berg – DPA)
Assim a federação alemã voltou a apostar em ex-atletas com histórico campeão na seleção. Foi a vez de Rudi Völler, que tinha menos de seis meses de experiência como técnico no Bayer Leverkusen. Mas, aos trancos e barrancos, resgatou o respeito do mundo pela “Nationalelf”, levando uma equipe mediana à final da Copa do Mundo de 2002. Caiu na primeira fase da Euro 2004. Em 53 jogos, foram 29 vitórias, 11 empates e 13 derrotas, 109 gols marcados e 57 sofridos.
● 9. Jürgen Klinsmann — De 24/07/2004 a 08/07/2006
(Imagem: AFP)
Após a saída de Völler, ninguém queria assumir o “Mannschaft”. Por indicação de Berti Vogts, Jürgen Klinsmann foi convidado. Após se aposentar, o ex-atacante só queria paz e tranquilidade, morando na Califórnia. Mas aceitou essa duríssima missão. Como seu auxiliar, trabalhava um ex-meia do Freiburg, Joachim Löw. Já era o momento de começar a colher os frutos que estavam sendo plantados pela federação. A dupla rejuvenesceu o elenco, com jogadores como Philipp Lahm, Bastian Schweinsteiger, Per Mertesacker e Lukas Podolski. Klinsmann soube potencializar o fato de disputar uma Copa do Mundo em casa e conseguiu unir jogadores e torcida. O resultado final foi um belo 3º lugar, com uma nova mentalidade implantada na seleção alemã. Foram intensos 34 jogos, vencendo 20, empatando 8 e perdendo apenas 6; fez 81 gols e tomou 43.
● 10. Joachim Löw — De 16/08/2006 até hoje
(Imagem: DFB)
Conhecido mundialmente também pelos hábitos nada higiênicos, Löw deu sequência ao trabalho de Klinsmann e melhorou os resultados. Com (por enquanto) doze anos no cargo, já foram 168 partidas (até o momento), com 111 vitórias, 31 empates e 26 derrotas. Foi vice-campeão na Eurocopa de 2008, semifinalista nas Euros de 2012 e 2016; ficou em 3º lugar na Copa de 2010 e venceu o troféu da Copa das Confederações de 2017. Mas, a cereja do bolo foi realmente a conquista da Copa do Mundo de 2014, vencendo a Argentina na decisão, além do massacre sobre o anfitrião Brasil na semifinal, por 7 a 1. Mas, no momento atual, está em baixa, devido ao fiasco na Copa do Mundo de 2018, quando a seleção alemã foi eliminada ainda na primeira fase, com a pior campanha de sua história. Mesmo assim, Joachim Löw manteve a confiança da federação e seguirá no comando da Nationalelf.