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… 06/07/2018 – Uruguai 0 x 2 França

Três pontos sobre…
… 06/07/2018 – Uruguai 0 x 2 França


(Imagem: FIFA.com)

● O Uruguai é uma seleção bastante conhecida internacionalmente. É sabido que possui uma defesa extremamente segura, um meio campo marcador e pouco criativo e uma dupla de ataque entrosada e de nível mundial. No duelo de hoje faltou Edinson Cavani, simplesmente o melhor jogador do time nessa Copa do Mundo. Ele se lesionou na partida anterior, quando fez os dois gols contra Portugal, nas oitavas de final. Sem Cavani, faltou qualidade na criação e profundidade no ataque uruguaio. Se já não bastassem os problemas ofensivos, o goleiro Muslera não passava a menor confiança e ainda falhou feio no segundo gol francês.

A França estava desfalcada do meia Blaise Matuidi, suspenso pelo segundo cartão amarelo. Corentin Tolisso foi escalado no meio por Didier Deschamps. Mas o infernal trio de ataque estava completo: o craque Antoine Griezmann, o lépido Kylian Mbappé e Olivier Giroud, o homem de área.


O Uruguai jogou no tradicional 4-4-2. Cristhian Stuani não conseguiu suprir a ausência de Edinson Cavani.


Didier Deschamps escalou a França no 4-3-3. Sem a bola, Mbappé e Griezmann recuavam e o sistema se transformava no 4-2-3-1.

● Quem começou assustando foi o Uruguai. Aos cinco minutos, Stuani invadiu a área pela ponta direita e chutou cruzado, mas a bola foi para fora.

Aos 13′, Torreira cobrou escanteio bem aberto, Giménez cabeceou e Lloris saiu para socar a bola antes que um uruguaio a desviasse para o gol.

Um minuto depois, Pavard cruzou da direita na segunda trave, Giroud escorou para o meio, mas Mbappé cabeceou fraco e por cima do travessão.

Aos 35′, Vecino aproveitou um bate-rebate na área, dominou no peito e virou chutando, mas Lloris fez a defesa facilmente.

A França abriu o placar aos 40 minutos do primeiro tempo. Griezmann cobrou falta da intermediária pelo lado direito para a marca do pênalti. Varane se antecipou à marcação de Stuani e desviou de cabeça, no cantinho direito de Muslera. Mais um gol de bola parada anotado nessa Copa do Mundo.

Aos 44′, Torreira cobrou falta da meia direita e Cáceres cabeceou firme. Seria um gol certo. Mas Lloris fez uma das maiores defesas da história das Copas. O goleiro voou no cantinho direito e salvou os franceses. No rebote, Godín chegou chutando por cima, mas Lloris ainda foi para a dividida com ele.

No início do segundo tempo, Muslera começou a dar mostras de que entregaria o segundo gol francês.

No primeiro minuto, Godín recuou a bola, o goleiro ficou esperando ela no pé e Griezmann tentou roubá-la, mas ela se perdeu pela linha de fundo.

Mas o gol francês em falha de Muslera sairia de qualquer jeito. Aos 16′, Pogba roubou uma bola no meio campo, avançou e passou para Tolisso, que deixou com Griezmann pela esquerda. O francês arriscou um chute despretensioso e o goleiro aceitou. Um frango!

É inegável a importância de Muslera nessa geração que fez ressurgir o futebol uruguaio, mas ele falhou em um momento crucial da partida e da competição.

Com 2 a 0 no placar, Mbappé deu um toque de letra no meio do campo e Cebolla Rodríguez deixou o braço, dando um leve toque no peito do adversário. Luisito Suárez e Godín ficaram loucos, acusando o francês de simulação para ganhar tempo. O capitão uruguaio tentou levantar o garoto à força e aí começou a troca de empurrões e insultos de ambos os lados. O árbitro controlou bem e distribuiu cartão amarelo aos dois envolvidos no lance. Ao ser substituído, a torcida russa vaiou Mbappé e o comparou a Neymar.

Aos 27′, Tolisso chutou colocado e a bola passou por cima, chegando a assustar os uruguaios.

Depois, o jogo esfriou. A França não forçou para marcar o terceiro e o Uruguai não mostrava ter qualidade para marcar seu gol.


(Imagem: FIFA.com)

● O Uruguai demonstrou a mesma raça de sempre, mas falhou na marcação no primeiro gol. E teve a falha individual do goleiro Muslera no segundo. Além disso, a ausência de Edinson Cavani foi muito sentida no ataque charrua, que errou mais passes que o habitual e não conseguiu ser incisivo. Mesmo lutando, passou quase todo o segundo tempo sem dar um mísero chute a gol. Luis Suárez esteve muito apagado durante quase toda a Copa. Provou que o bom da dupla (ou pelo menos o mais dinâmico) é o Cavani.

A técnica do ataque francês se sobressaiu diante da forte marcação da defesa uruguaia. Les Bleus são os maiores favoritos ao título. Pelo menos é a seleção que está demonstrando mais qualidades para isso. Agora, enfrenta a Bélgica em uma semifinal que tende a ser espetacular.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

URUGUAI 0 x 2 FRANÇA

 

Data: 06/07/2018

Horário: 17h00 locais

Estádio: Nizhny Novgorod Stadium

Público: 43.319

Cidade: Nizhny Novgorod (Rússia)

Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)

 

URUGUAI (4-4-2):

FRANÇA (4-3-3):

1  Fernando Muslera (G)

1  Hugo Lloris (G)(C)

22 Martín Cáceres

2  Benjamin Pavard

2  José Giménez

4  Raphaël Varane

3  Diego Godín (C)

5  Samuel Umtiti

17 Diego Laxalt

21 Lucas Hernández

14 Lucas Torreira

13 N’Golo Kanté

15 Matías Vecino

6  Paul Pogba

8  Nahitan Nández

12 Corentin Tolisso

6  Rodrigo Bentancur

10 Kylian Mbappé

11 Cristhian Stuani

7  Antoine Griezmann

9  Luis Suárez

9  Olivier Giroud

 

Técnico: Óscar Tabárez

Técnico: Didier Deschamps

 

SUPLENTES:

 

 

23 Martín Silva (G)

16 Steve Mandanda (G)

12 Martín Campaña (G)

23 Alphonse Areola (G)

19 Sebastián Coates

19 Djibril Sidibé

16 Maxi Pereira

3  Presnel Kimpembe

4  Guillermo Varela

17 Adil Rami

5  Carlos Sánchez

22 Benjamin Mendy

7  Cristian Rodríguez

15 Steven Nzonzi

10 Giorgian De Arrascaeta

14 Blaise Matuidi (suspenso)

20 Jonathan Urretaviscaya

8  Thomas Lemar

13 Gastón Silva

18 Nabil Fekir

18 Maxi Gómez

20 Florian Thauvin

21 Edinson Cavani (lesionado)

11 Ousmane Dembélé

 

GOLS:

40′ Raphaël Varane (FRA)

61′ Antoine Griezmann (FRA)

 

CARTÕES AMARELOS:

33′ Lucas Hernández (FRA)

38′ Rodrigo Bentancur (URU)

69′ Cristian Rodríguez (URU)

69′ Kylian Mbappé (FRA)

 

SUBSTITUIÇÕES:

59′ Cristhian Stuani (URU) ↓

Maxi Gómez (URU) ↑

 

59′ Rodrigo Bentancur (URU) ↓

Cristian Rodríguez (URU) ↑

 

73′ Nahitan Nández (URU) ↓

Jonathan Urretaviscaya (URU) ↑

 

80′ Corentin Tolisso (FRA) ↓

Steven Nzonzi (FRA) ↑

 

88′ Kylian Mbappé (FRA) ↓

Ousmane Dembélé (FRA) ↑

 

90+3′ Antoine Griezmann (FRA) ↓

Nabil Fekir (FRA) ↑

Melhores momentos da partida:

… 30/06/2018 – França 4 x 3 Argentina

Três pontos sobre…
… 30/06/2018 – França 4 x 3 Argentina


(Imagem: FIFA.com)

● Essa partida já entrou para a história das Copas do Mundo. Sete gols, sendo três golaços.

Foi o primeiro confronto entra campeões mundiais na Copa de 2018. E nas oitavas de final, quem perdesse cairia fora e embarcaria de volta para o seu país. Como esperado, a França venceu. Mas se enganou quem pensou que fosse fácil.

Foi uma prova de maturidade da seleção francesa. Se já era uma boa equipe, que foi vice-campeã da Eurocopa de 2016, agora subiu de nível. Com apenas 19 anos, Kylian Mbappé era o que faltava para subir essa França de nível. Um extra-classe. Um menino, que jogou como gente grande hoje.


Didier Deschamps escalou a França no 4-3-3. Sem a bola, Mbappé e Griezmann recuavam e o sistema se transformava no 4-2-3-1.


Jorge Sampaoli mandou sua equipe a campo com um 4-3-3 no papel. Na prática, tendo Messi como único atacante e com muita mobilidade, acabava sendo um 4-3-2-1.

● No comecinho do jogo, Griezmann cobrou uma falta no travessão. Era uma bela amostra do que queria a França.

Mas o favoritismo começou a se transformar em números aos onze minutos de jogo. Após uma roubada de bola, Mbappé avançou com a bola desde perto de sua área defensiva até a área adversária. Nesse trajeto de cerca de 70 metros, deixou quatro adversários para trás. Para evitar o gol certo, Rojo teve que pará-lo segurando-o dentro da área. Penalidade clara, que Griezmann cobrou no canto esquerdo, deslocando o goleiro Armani.

Pouco depois, Griezmann passou fácil por Rojo, foi à linha de fundo, bateu para o meio da área, mas Armani pegou. E isso seria uma das poucas coisas que Griezmann fez hoje com a bola rolando, ofuscado por Mbappé.

E a França não forçou o jogo para ampliar. Por muito tempo, deu a bola para a Argentina e esperou o contra-ataque que demorou a vir. E levou o empate.

Aos 41′, Pavón começou a jogada pela esquerda e Banega viu Di María sozinho na intermediária. Kanté deu um raro espaço no meio e o camisa 11 acertou um raro tiro, no canto esquerdo do e Lloris, sem chances para o goleiro. Um dentre os vários golaços desse jogo.

A virada albiceleste veio aos 3 min do segundo tempo. Banega cobrou falta para a área, Pogba desviou mal e a bola sobrou com Messi. Quando Ele pega a bola dentro da área, tende a sair algo bom. Ele girou sobre a marcação de Matuidi e chutou fraco, mas a bola desviou em Mercado no meio do caminho e tomou o rumo do gol. Agora, os hermanos estavam na frente!

Mas foi por pouco tempo, só por nove minutos. Para estragar o meu palpite no bolão, Matuidi lançou na ponta esquerda para Lucas Hernández que cruzou para a área. A bola passou por todo mundo e encontrou o outro lateral, Pavard, que emendou um chutaço de primeira e a bola foi rodopiando até ter seu caminho interrompido ao bater nas redes do ângulo esquerdo. Um dos mais belos gols da Copa.

Aos 19′, Hernández apareceu novamente bem no apoio cruzando rasteiro para o meio da área. Matuidi chutou em cima da zaga e a bola sobrou para Mbappé. O prodígio parisiense cortou para a esquerda, chutou a queima roupa e a bola passou por baixo de Armani. Era uma nova virada, dessa vez francesa.


(Imagem: FIFA.com)

E Les Bleus queriam mais. E conseguiram quatro minutos depois. Em um ataque muito veloz, a bola começou com o goleiro Lloris, passou com passes verticais por Kanté, Griezmann e Matuidi, até Giroud dar o último toque e deixar Mbappé em condições de chutar cruzado, fazendo o quarto gol francês. Em termos coletivos, foi o gol mais lindo desse mundial. Mbappé se tornou o segundo jogador mais jovem a fazer dois gols em um jogo de Copa. Só perde para um tal de Pelé, que tinha 17 anos em 1958.

Depois, Pogba limpou a marcação e abriu com Giroud na esquerda. O centroavante dominou, mas chutou na rede pelo lado de fora. Muita gente gritou gol no estádio.

Próximo ao fim do tempo regulamentar, Mascherano roubou a bola no campo de ataque e ela ficou com Messi. O camisa 10 arrancou do jeito que gosta, passou no meio de dois marcadores, mas finalizou fraco de direita, para a defesa fácil de Lloris.

Já nos acréscimos, aos 47′, Messi dominou na meia direita e cruzou na cabeça de Kun Agüero, que cabeceou forte no canto direito baixo, sem chances para o goleiro francês.

Mas era tarde demais. Ainda deu tempo de ter uma confusão entre os jogadores. Onde tem Argentina perdendo, costuma ter confusão. Mercado derrubou Pogba e Otamendi chutou a bola nas costas do francês, que estava caído no chão. Houve uma troca de empurrões dos dois lados e o árbitro iraniano Alireza Faghani conduziu bem a situação. Enquanto isso, o tempo foi se esgotando, junto com a chance dos argentinos.

No último lance do jogo, Pavón chutou cruzado para o meio da área, mas Di María desviou mal e perdeu a última chance de levar o jogo para a prorrogação.


(Imagem: FIFA.com)

● A cada erro dos colegas ou a cada gol sofrido por sua equipe, Messi só abaixava a cabeça. Nunca justificou o papel de liderança que a braçadeira de capitão lhe sugeria. É um dos maiores craques que o futebol já viu. É um dos grandes gênios dentre todos os segmentos na história da humanidade. Mas nunca foi líder. E se despede de uma Copa em que fez um golaço importante contra a Nigéria, mas é muito pouco perto do que ele é capaz de produzir. Culpa dele, que nos acostumou mal.

Mas Messi não é o culpado de tudo. A confusão na AFA (Associação de Futebol Argentina) existe desde sempre, mas ficou acentuada após a morte do ex-presidente Julio Grondona. Em 2015, uma eleição na entidade, que tinham 75 votantes, terminou empatada em 38 a 38. Nesse ciclo desde a última Copa, foram três técnicos e três rupturas de estilos de jogo: Gerardo “Tata” Martino, mais técnico; Edgardo Bauza, mais de marcação; e Jorge Sampaoli, um “bielsista” tão maluco quanto seu mestre.

É fato que Sampaoli não convocou bem e depositou confiança em quem não deveria. Com a lesão do goleiro Romero, deu chances a Caballero ao invés de escalar logo Armani. No meio, convocou Biglia machucado e manteve Mascherano como titular, mesmo que o “Jefecito” se mostrasse cada dia mais fora de forma. Levou a campo muitas vezes Mezza e Pavón, quando tinha Paulo Dybala no banco. Utilizou Messi de atacante, tendo no elenco Agüero e Higuaín – fora Mauri Icardi, que nem foi convocado.

Sem falar na mudança repentina dos sistemas táticos. Em quase todas as partidas das eliminatórias e em amistosos, Sampaoli escalou sua seleção no 3-4-3. Na Copa, optou pelo 4-4-2 na estreia, quando empatou com a Islândia por 1 a 1. Na segunda partida, voltou ao 3-4-3 e foi goleado pela Croácia por 3 a 0. Contra a Nigéria, regressou ao 4-4-2. Hoje, foi uma espécie de 4-3-2-1, com Messi isolado no ataque.

O universo todo sabe que a defesa argentina é frágil. E, desde a saída de Alejandro Sabella em 2014, nenhum técnico conseguiu dar consistência ao setor, independentemente dos jogadores. Esse conjunto de problemas levou a Argentina de volta para a casa precocemente. Pode ter sido o fim dessa geração talentosa, mas que não traduziu sua qualidade em títulos: Lionel Messi, Javier Mascherano, Ángel Di María, Kun Agüero, Gonzalo Higuaín e outros.

Como era esperado desde antes da Copa, a França segue firme nas quartas de final, onde vai enfrentar o Uruguai, que eliminou Portugal com uma vitória de 2 a 1 hoje.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

FRANÇA 4 x 3 ARGENTINA

 

Data: 30/06/2018

Horário: 17h00 locais

Estádio: Arena Kazan

Público: 42.873

Cidade: Kazan (Rússia)

Árbitro: Alireza Faghani (Irã)

 

FRANÇA (4-3-3):

ARGENTINA (4-3-3):

1  Hugo Lloris (G)(C)

12 Franco Armani (G)

2  Benjamin Pavard

2  Gabriel Mercado

4  Raphaël Varane

17 Nicolás Otamendi

5  Samuel Umtiti

16 Marcos Rojo

21 Lucas Hernández

3  Nicolás Tagliafico

13 N’Golo Kanté

14 Javier Mascherano

6  Paul Pogba

15 Enzo Pérez

14 Blaise Matuidi

7  Éver Banega

10 Kylian Mbappé

11 Ángel Di María

7  Antoine Griezmann

22 Cristian Pavón

9  Olivier Giroud

10 Lionel Messi (C)

 

Técnico: Didier Deschamps

Técnico: Jorge Sampaoli

 

SUPLENTES:

 

 

16 Steve Mandanda (G)

23 Willy Caballero (G)

23 Alphonse Areola (G)

1  Nahuel Guzmán (G)

19 Djibril Sidibé

6  Federico Fazio

3  Presnel Kimpembe

4  Cristian Ansaldi

17 Adil Rami

8  Marcos Acuña

22 Benjamin Mendy

18 Eduardo Salvio

15 Steven Nzonzi

5  Lucas Biglia

12 Corentin Tolisso

20 Giovani Lo Celso

8  Thomas Lemar

13 Maximiliano Meza

18 Nabil Fekir

21 Paulo Dybala

20 Florian Thauvin

19 Sergio Agüero

11 Ousmane Dembélé

9  Gonzalo Higuaín

 

GOLS:

13′ Antoine Griezmann (FRA)(pen)

41′ Ángel Di María (ARG)

48′ Gabriel Mercado (ARG)

57′ Benjamin Pavard (FRA)

64′ Kylian Mbappé (FRA)

68′ Kylian Mbappé (FRA)

90+3′ Sergio Agüero (ARG)

 

CARTÕES AMARELOS:

11′ Marcos Rojo (ARG)

19′ Nicolás Tagliafico (ARG)

43′ Javier Mascherano (ARG)

50′ Éver Banega (ARG)

72′ Blaise Matuidi (FRA)

73′ Benjamin Pavard (FRA)

90+3′ Nicolás Otamendi (ARG)

90+3′ Olivier Giroud (FRA)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Marcos Rojo (ARG) ↓

Federico Fazio

 

66′ Enzo Pérez (ARG) ↓

Sergio Agüero (ARG) ↑

 

75′ Cristian Pavón (ARG) ↓

Maximiliano Meza (ARG) ↑

 

75′ Blaise Matuidi (FRA) ↓

Corentin Tolisso (FRA) ↑

 

83′ Antoine Griezmann (FRA) ↓

Nabil Fekir (FRA) ↑

 

89′ Kylian Mbappé (FRA) ↓

Florian Thauvin (FRA) ↑

Gols da partida:

… 26/06/2018 – O melhor do 13º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 26/06/2018 – O melhor do 13º dia da Copa


(Imagem: Getty Images)

A Argentina sofre muito e consegue sua classificação a poucos minutos do fim.
França e Dinamarca não quiseram jogar e protagonizaram a primeira partida sem gols da Copa.
A Croácia mostra a força de seu elenco e, mesmo com o time reserva, vence a Islândia.
O Peru volta para casa com a sensação de dever cumprido.

… Dinamarca 0 x 0 França


(Imagem: FIFA.com)

O empate era um bom resultado para ambos. A Dinamarca se classificava independentemente do resultado entre “Austrália x Peru”. A França garantiria o primeiro lugar do Grupo C. E em uma partida que ninguém precisa vencer, não há como ser diferente: foi o primeiro jogo sem gols da Copa do Mundo de 2018.

Pouco aconteceu durante a partida. Mesmo sem levar perigo, a França foi mais perigosa.

Aos 15 minutos do primeiro tempo, Nzonzi abre na esquerda e Hérnández faz tabela com Giroud dentro da área. O centroavante francês finaliza fraco e Schmeichel espalma.

Aos 29′, Delaney lança na ponta esquerda para Cornelius, que cruza para o meio da área. Christian Eriksen vinha na corrida, mas não alcança a bola. Ele pede pênalti, mas o árbitro ignora.

Quatro minutos depois, Dembélé arrisca da intermediária e a bola passa assustando o arqueiro dinamarquês.

Aos 9 min do segundo tempo, Eriksen cobra falta de muito longe e Mandanda defende em dois tempos.

No minuto 25, Lemar toca para Fekir e ele chuta forte, mas a bola bate nas redes pelo lado de fora.

Aos 37′, Mbappé toca para Fekir que, de novo, chuta bem, mas Schmeichel espalma para o lado.

Nos acréscimos, Mbappé avança pela direita e toca para o meio da área, mas a zaga dinamarquesa afasta o perigo.

No segundo tempo, a torcida presente no estádio Luzhniki vaiou as equipes, que pouco faziam.

Nas oitavas de final, a França vai enfrentar a Argentina, enquanto a Dinamarca encara a Croácia. Um bom castigo para as duas seleções que não quiseram nada hoje, mas agora vão precisar jogar muito.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Dinamarca 0 x 0 França
Data: 26/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Olímpico Luzhniki — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 78.011
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Brasil)
Cartão Amarelo: 45+3′ Mathias Jørgensen (DIN)
Dinamarca (4-1-4-1): 1.Kasper Schmeichel; 14.Henrik Dalsgaard, 4.Simon Kjær (C), 13.Mathias Jørgensen e 17.Jens Stryger Larsen; 6.Andreas Christensen; 11.Martin Braithwaite, 10.Christian Eriksen, 8.Thomas Delaney (18.Lukas Lerager ↑90+2′) e 23.Pione Sisto (15.Viktor Fischer ↑60′); 21.Andreas Cornelius (12.Kasper Dolberg ↑75′). Técnico: Åge Hareide
França (4-2-3-1): 16.Steve Mandanda; 19.Djibril Sidibé, 4.Raphaël Varane (C), 3.Presnel Kimpembe e 21.Lucas Hernández (22.Benjamin Mendy ↑50′); 13.N’Golo Kanté e 15.Steven Nzonzi; 11.Ousmane Dembélé (10.Kylian Mbappé ↑78′), 7.Antoine Griezmann (18.Nabil Fekir ↑68′) e 8.Thomas Lemar; 9.Olivier Giroud. Técnico: Didier Deschamps

 

… Austrália 0 x 2 Peru


(Imagem: FIFA.com)

Devido ao bom futebol que exibia nos amistosos dos últimos meses, o Peru prometia ser uma das sensações da Copa do Mundo. Mas foram duas derrotas nos dois primeiros jogos e a frustrante eliminação precoce. Perdeu, mesmo tento sido melhor que a Dinamarca e encarando a França em boa parte do tempo.

Mas a vitória que não vinha há 36 anos, veio hoje.

Eram jogados 18 minutos quando Guerrero, já dentro da área, faz a inversão da esquerda para a direita. André Carrillo emenda de primeira, com a bola ainda no ar, e faz um golaço. Primeiro gol peruano em Copas do Mundo desde 1982.

Aos 27′, Rogić fez fila dentro da área e chuta firme, mas Gallese defendeu com os pés.

Sete minutos depois, Rogić tocou para Kruse, que entrou na área e cruzou para o meio. Mas Advíncula estava lá para impedir que a bola chegasse a Leckie.

Aos cinco minutos do segundo tempo, Cueva fez das suas e encontrou Guerrero dentro da área. O capitão peruano virou chutando e fez o segundo de sua seleção. Um gol muito emblemático, se lembrarmos toda a trama e o trauma que Paolo Guerrero tem sofrido nos últimos meses, suspenso por doping. Mas ele teve a punição suspendida para jogar essa Copa do Mundo e fez o gol que dele se esperava. A bola ainda desviou no zagueiro Miligan antes de entrar.

Depois, a Austrália passou a assustar em cobranças de escanteio, mas não conseguiu seu gol. Em uma delas, Tim Cahill teve a chance de marcar o gol e se tornar o primeiro australiano a anotar gols em quatro Copas do Mundo diferentes, mas a defesa peruana não permitiu que essa lenda alcançasse esse feito.

Mesmo sendo a lanterna do Grupo C, a Austrália merece os parabéns por ter vendido caro a derrota para a França e por ter empatado com a Dinamarca, embora merecesse vencer. Em uma chave difícil, acabou saindo de cabeça erguida.

Ao Peru, fica a euforia pela vitória e a frustração pela não classificação. E se Christian Cueva tivesse convertido aquele pênalti na primeira partida, contra a Dinamarca quando o placar ainda estava zerado?! Provavelmente os incas estariam em festa hoje, ao invés de estarem voltando para casa.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Austrália 0 x 2 Peru
Data: 26/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Olímpico de Fisht (Fisht Stadium) — Cidade: Sóchi (Rússia)
Público: 44.073
Árbitro: Sergei Karasev (Rússia)
Gols: 18′ André Carrillo (PER); 50′ Paolo Guerrero (PER)
Cartões Amarelos: 10′ Mile Jedinak (AUS); 45′ Yoshimar Yotún (PER); 60′ Daniel Arzani (AUS); 66′ Tom Rogić (AUS); 79′ Paolo Hurtado (PER); 88′ Mark Miligan (AUS)
Austrália (4-2-3-1): 1.Mathew Ryan; 19.Joshua Risdon, 20.Trent Sainsbury, 5.Mark Miligan e 16.Aziz Behich; 15.Mile Jedinak (C) e 13.Aaron Mooy; 7.Matthew Leckie, 23.Tom Rogić (22.Jackson Irvine ↑72′) e 10.Robbie Kruse (17.Daniel Arzani ↑58′); 9.Tomi Jurić (4.Tim Cahill ↑53′). Técnico: Bert van Marwijk
Peru (4-2-3-1): 1.Pedro Gallese; 17.Luis Advíncula, 15.Christian Ramos, 4.Anderson Santamaría e 6.Miguel Trauco; 13.Renato Tapia (7.Paolo Hurtado ↑63′) e 19.Yoshimar Yotún (23.Pedro Aquino ↑INTERVALO); 18.André Carrillo (16.Wilder Cartagena ↑79′), 8.Christian Cueva e 20.Edison Flores; 9.Paolo Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca

 

… Nigéria 1 x 2 Argentina


(Imagem: FIFA.com)

Em um sinal de desespero, segundo a imprensa argentina, o técnico Jorge Sampaoli seguiu o pedido dos jogadores e não inventou. Escalou uma equipe parecida com a finalista do Mundial quatro anos atrás, com Lionel Messi partindo da ponta direita para o meio, como rende mais.

E foi assim que ele abriu o placar aos 14 minutos. Éver Banega fez um ótimo lançamento para Messi. O gênio dominou, trouxe para a perna direita e chutou cruzado no alto, sem chances para o goleiro Uzoho. Primeiro gol de Messi na Copa.

No minuto 34, Di María foi derrubado na entrada da área. Messi bateu bem, mas a bola tocou na trave e saiu.

A Nigéria voltou para o segundo tempo assustando. Logo aos cinco munitos, Mascherano agarrou Balogun dentro da área. Pênalti marcado por Cüneyt Çakır e confirmado pelo VAR. Victor Moses nem tomou distância e bateu com enorme categoria, no canto esquerdo do goleiro Armani.

Depois, a Argentina ficava com a bola, mas não sabia o que fazer. O experiente Javier Mascherano, líder inconstestável da equipe, estava colocando tudo a perder. Mas Sampaoli seguiu o exemplo de Joachim Löw na Alemanha: foi tirando lateral e meio campistas, lançando atacantes em campo.

Mas o caldo quase entornou de vez aos 30 minutos, quando Musa recebeu um lançamento e avançou na esquerda. Quando ele cruzou, a bola desviou no carrinho de Mascherano e subiu. Tagliafico tentou cabecear para trás e a bola bateu em seu braço esquerdo. Mas dessa vez o árbitro se acovardou e não marcou o segundo pênalti para as “Super Águias”. Na sobra, Ighalo perdeu uma chance claríssima ao finalizar para fora, com muito perigo.

Àquela altura, a Argentina estava sendo eliminada. Mas aos 41′, Mercado cruzou da direita e Rojo emendou um torpedo de pé direito para o gol. Um zagueiro que joga pelo lado esquerdo, canhoto, finalizou de pé direito, e estufou as redes de Uzoho. Seria e foi o gol da classificação!

Agora, a Argentina vai encarar a França nas oitavas de final e as dificuldades tendem a ser maiores. A chance dos argentinos é a genialidade de Messi. Caso contrário, já pode comprar a passagem de volta no próximo sábado.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Nigéria 1 x 2 Argentina
Data: 26/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Krestovsky Stadium (Saint Petesburg Stadium) — Cidade: São Petesburgo (Rússia)
Público: 64.468
Árbitro: Cüneyt Çakır (Turquia)
Gols: 14′ Lionel Messi (ARG); 51′ Victor Moses (NIG)(pen); 86′ Marcos Rojo (ARG)
Cartões Amarelos: 32′ Leon Balogun (NIG); 49′ Javier Mascherano (ARG); 64′ Éver Banega (ARG); 90+1′ John Obi Mikel (NIG); 90+4′ Lionel Messi (ARG)
Nigéria (3-5-2): 23.Francis Uzoho; 6.Leon Balogun, 5.William Troost-Ekong e 22. Kenneth Omeruo (18.Alex Iwobi ↑90′); 11.Victor Moses, 8.Oghenekaro Etebo, 10.John Obi Mikel (C), 4.Wilfred Ndidi e 2.Brian Idowu; 7.Ahmed Musa (13.Simeon Nwankwo ↑90+2′) e 14’Kelechi Iheanacho (9.Odion Ighalo ↑INTERVALO). Técnico: Gernot Rohr
Argentina (4-4-2): 12.Franco Armani; 2.Gabriel Mercado, 17.Nicolás Otamendi, 16.Marcos Rojo e 3.Nicolás Tagliafico (19.Sergio Agüero ↑80′); 14.Javier Mascherano, 15.Enzo Pérez (22.Cristian Pavón ↑61′), 7.Éver Banega e 11.Ángel Di María (13.Maximiliano Meza ↑72′); 10.Lionel Messi (C) e 9.Gonzalo Higuaín. Técnico: Jorge Sampaoli

 

… Islândia 1 x 2 Croácia


(Imagem: FIFA.com)

A Croácia poupou nove de seus titulares. Apenas Luka Modrić e Ivan Perišić começaram jogando hoje. Apenas um desastre tiraria a primeira colocação dos croatas e ele não aconteceu. Pelo contrário: terminou a primeira fase com 100% de aproveitamento.

E os reservas de Zlatko Dalić mostraram um nível muito bom, conseguindo envolver o adversário com trocas de passes, embora não conseguisse furar o bloqueio defensivo com facilidade.

E a Islândia, uma boa equipe, mas que possui claras limitações, sonhava com a classificação. Precisaria vencer e torcer ao menos para um empate da Argentina contra a Nigéria.

No minuto 40′, Guðmundsson roubou uma bola na intermediária, tabelou com Gylfi Sigurðsson e chutou para fora, assustando o goleiro Kalinić.

Nos acréscimos da etapa inicial, Guðmundsson avançou pela direita e rolou para trás. O capitão Gunnarsson chegou batendo com muito perigo e Kalinić defendeu bem.

Aos sete minuto do segundo tempo, Badelj arriscou de longe e a bola ainda tocou no travessão antes de sair.

No minuto seguinte, o camisa 19 da Croácia não perdoou. Ele mesmo começou a jogada, abrindo na esquerda para Pivarić. O lateral esquerdo cruzou, a bola desviou em um adversário e subiu, ficando na medida para Badelj chutar bonito, de cima para baixo.

Aos dez minutos, Gunnarsson cobrou lateral para o meio da área. Hallfreðsson subiu para dividir com o goleiro croata e Ingason cabeceou sozinho, para boa defesa do goleiro. Na sequência, Gylfi Sigurðsson cobrou o escanteio e o mesmo Ingason cabeceou a bola no travessão.

Aos 30′, Guðmundsson e Gylfi Sigurðsson tabelam na área e a bola bate no braço de Lovren. O próprio Gylfi foi para a cobrança para não repetir seu erro contra a Nigéria. Ele cobrou alta, no meio do gol, devolvendo as esperanças de classificação à Islândia.

Mas no derradeiro minuto, Perišić recebeu a bola na esquerda e chutou cruzado, anotando o segundo tento da Croácia.

A seleção da Islândia deixa um legado de simpatia à Copa. Embora seja eliminada na primeira fase, fez uma ótima partida diante da Argentina. O mundo do futebol torce para que a Islândia esteja na Copa de 2022, no Qatar.

A Croácia está no auge de seu potencial e vem forte para enfrentar a Dinamarca. Será um belo duelo entre os envolventes croatas e os pragmáticos dinamarqueses.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Islândia 1 x 2 Croácia
Data: 26/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Rostov — Cidade: Rostov-on-Don (Rússia)
Público: 43.472
Árbitro: Antonio Mateu Lahoz (Espanha)
Gols: 53′ Milan Badelj (CRO); 76′ Gylfi Sigurðsson (ISL); 90′ Ivan Perišić (CRO)
Cartões Amarelos: 14′ Marko Pjaca (CRO); 59′ Emil Hallfreðsson (ISL); 64′ Alfreð Finnbogason (ISL); 83′ Tin Jedvaj (CRO); 84′ Birkir Sævarsson (ISL)
Islândia (4-2-3-1): 1.Hannes Halldórsson; 2.Birkir Sævarsson, 5.Sverrir Ingi Ingason, 6.Ragnar Sigurðsson (9.Björn Sigurðarson ↑70′) e 18.Hörður Magnússon; 17.Aron Gunnarsson (C) e 20.Emil Hallfreðsson; 7.Jóhann Berg Guðmundsson, 10.Gylfi Sigurðsson e 8.Birkir Bjarnason (21.Arnór Ingvi Traustason ↑90′); 11.Alfreð Finnbogason (4.Albert Guðmundsson ↑85′). Técnico: Heimir Hallgrímsson
Croácia (4-2-3-1): 12.Lovre Kalinić; 13.Tin Jedvaj, 5.Vedran Ćorluka, 15.Duje Ćaleta-Car e 22.Josip Pivarić; 19.Milan Badelj e 10.Luka Modrić (C) (14.Filip Bradarić ↑65′); 20.Marko Pjaca (6.Dejan Lovren ↑70′), 8.Mateo Kovačić (7.Ivan Rakitić ↑81′) e 4.Ivan Perišić; 9.Andrej Kramarić. Técnico: Zlatko Dalić

… 21/06/2018 – O melhor do oitavo dia da Copa

Três pontos sobre…
… 21/06/2018 – O melhor do oitavo dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

Dinamarca e Austrália empatam, França classificada e Peru eliminado.
Argentina decepciona, leva um “chocolate” do bom time Croácia e agora corre sérios riscos para se classificar às oitavas de final.
Veja os detalhes das partidas, inclusive nossa opinião sobre o fiasco da seleção argentina e de Lionel Messi.


… Dinamarca 1 x 1 Austrália


(Imagem: FIFA.com)

A Dinamarca começou com tudo, mostrando o que tem de melhor. Logo aos sete minutos, Jørgensen preparou bem a bola dentro da área e Christian Eriksen pegou de primeira, de perna esquerda, em finalização plástica, com alto grau de dificuldade. Mas não para quem é craque. Primeiro gol de Eriksen na Copa. Já havia dado a assistência contra o Peru. Ele é a alma e o bastião de qualidade do time.

Doze minutos depois, após cobrança de escanteio, Leckie cabeceia a bola na mão de Poulsen, que saltou mesmo com o braço esquerdo aberto. Com a ajuda do VAR, o árbitro espanhol Mateu Lahoz assinalou a penalidade máxima. Especialista em cobranças de pênalti, o capitão Mile Jedinak (e sua barba estilo “lenhador”) bateu bem no canto esquerdo, deslocando o goleiro Schmeichel e empatando o jogo.

Aos 27 da etapa final, Tom Rogić se livrou da marcação e chutou bem da meia lua, mas Schmeichel pegou.

O empate não fez justiça à partida, já que a Austrália dominou a partida após sofrer o gol. Só não venceu por falta de qualidade técnica dos meias e atacantes. Por outro lado, a Dinamarca foi pior que o adversário na segunda partida seguida (foi assim também contra o Peru). Enquanto os resultados estiverem vindo, tudo bem. O time tem potencial (e tem Eriksen), mas demonstra em poucos momentos. Mas será difícil passar das oitavas de final atuando dessa forma.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Dinamarca 1 x 1 Austrália
Data: 21/06/2018 — Horário: 16h00 locais
Estádio: Cosmos Arena (Arena Samara) — Cidade: Samara (Rússia)
Público: 40.727
Árbitro: Antonio Mateu Lahoz (Espanha)
Gols: 7′ Christian Eriksen (DIN); 38′ Mile Jedinak (AUS)(pen)
Cartões Amarelos: 37′ Yussuf Yurary Poulsen (DIN); 84′ Pione Sisto (DIN)
Dinamarca (4-2-3-1): 1.Kasper Schmeichel; 14.Henrik Dalsgaard, 4.Simon Kjær (C), 6.Andreas Christensen e 17.Jens Stryger Larsen; 19.Lasse Schöne e 8.Thomas Delaney; 20.Yussuf Yurary Poulsen (11.Martin Braithwaite ↑59′), 10.Christian Eriksen e 23.Pione Sisto; 9.Nicolai Jørgensen (21.Andreas Cornelius ↑68′). Técnico: Åge Hareide
Austrália (4-2-3-1): 1.Mathew Ryan; 19.Joshua Risdon, 20.Trent Sainsbury, 5.Mark Miligan e 16.Aziz Behich; 15.Mile Jedinak (C) e 13.Aaron Mooy; 7.Matthew Leckie, 23.Tom Rogić (22.Jackson Irvine ↑82′) e 10.Robbie Kruse (17.Daniel Arzani ↑68′); 11.Andrew Nabbout (9.Tomi Jurić ↑75′). Técnico: Bert van Marwijk

… França 1 x 0 Peru


(Imagem: FIFA.com)

O primeiro lance de perigo foi da França, aos doze minutos. Pogba dominou e girou na intermediária e arriscou de muito longe. A bola passou muito perto, assustando o goleiro Gallese.

Na sequência, Griezmann cobrou escanteio e Varane apareceu para desviar na primeira trave, mas a bola foi para fora.

Pouco depois, Varane lançou de seu campo de defesa, Giroud escora e Griezmann bate forte de direita, para boa defesa do goleiro peruano.

A melhor chance do Peru veio aos 31′, com seu melhor jogador. Cueva carregou pela ponta esquerda e encontrou Guerrero na área. O centroavante do Flamengo girou sobre a marcação de Umtiti e chutou de esquerda, mas a bola foi em cima do goleiro Lloris, que fez uma ótima e importante defesa.

Dois minutos depois, Pogba fez um ótimo lançamento na área para Mbappé, mas o prodígio do PSG errou o calcanhar na bola. Seria um golaço. Mas logo ele teria outra chance de marcar.

No lance seguinte, Pogba rouba a bola de Guerrero e toca para Giroud dentro da área. O centroavante chuta, a bola bate em Rodríguez e sobe, tirando o goleiro da jogada. Ela cai na linha de gol para Mbappé completar para o gol vazio. A camisa 10 de Platini e Zidane parece não pesar para o jovem francês.

Les Bleus continuaram atacando. Mbappé começou a jogada pela direita, passou para Kanté, que deixou para Griezmann tocar de primeira para Lucas Hernández. O lateral esquerdo dominou e chutou forte de esquerda. Gallese defendeu e no rebote Hernández chutou mascado para fora.

Aos cinco minutos do segundo tempo, Farfán ajeitou para Aquino arriscar da intermediária. A bola pegou um efeito contrário e tocou na trave antes de sair. Seria um lindo gol.

Do lado francês, destaque para as alterações promovidas no time titular por Didier Deschamps. A entrada de Matuidi no lugar de Tolisso deu mais marcação, transição e velocidade pelo lado esquerdo. Giroud entrou na vaga de Dembélé e provou o quanto um centroavante fez falta no jogo anterior, contra a Austrália. Isso acabou dando liberdade a Griezmann, o deixando jogar livre, na posição em que mais produz.

A França dominou o primeiro tempo e perdeu oportunidades para fazer um placar maior. No segundo tempo, levou o jogo em “banho-maria”, esperando o apito final. O Peru até tentou pressionar. Teve mais posse de bola, sobrou vontade, mas faltou qualidade. Enquanto os franceses garantiram classificação antecipada, os peruanos estão eliminados.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — França 1 x 0 Peru
Data: 21/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Estádio Central (Ekaterinburg Arena) — Cidade: Ecaterimburgo (Rússia)
Público: 32.789
Árbitro: Mohammed Abdulla Hassan Mohamed (Emirados Árabes Unidos)
Gol: 34′ Kylian Mbappé (FRA)
Cartões Amarelos: 16′ Blaise Matuidi (FRA); 23′ Paolo Guerrero (PER); 81′ Pedro Aquino (PER); 86′ Paul Pogba (FRA)
França (4-3-3): 1.Hugo Lloris (C); 2.Benjamin Pavard, 4.Raphaël Varane, 5.Samuel Umtiti e 21.Lucas Hernández; 13.N’Golo Kanté, 6.Paul Pogba (15.Steven Nzonzi ↑89′) e 14.Blaise Matuidi; 10.Kylian Mbappé (11.Ousmane Dembélé ↑75′), 7.Antoine Griezmann (18.Nabil Fékir ↑80′) e 9.Olivier Giroud. Técnico: Didier Deschamps
Peru (4-2-3-1): 1.Pedro Gallese; 17.Luis Advíncula, 15.Christian Ramos, 2.Alberto Rodríguez (4.Anderson Santamaría ↑INTERVALO) e 6.Miguel Trauco; 23.Pedro Aquino e 19.Yoshimar Yotún (10.Jefferson Farfán ↑INTERVALO); 18.André Carrillo, 8.Christian Cueva (11.Raúl Ruidíaz ↑82′) e 20.Edison Flores; 9.Paolo Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca

… Argentina 0 x 3 Croácia


(Imagem: FIFA.com)

Em cerca de um ano de trabalho, nem o técnico Jorge Sampaoli sabe qual sistema tático usar na seleção e nem quais jogadores escalar. É um “bielsista”, mas só herdou as manias ruins de seu professor. Na primeira partida, um 4-4-2 quase em duas linhas de quatro. No segundo jogo, uma espécie do 3-4-3 de Bielsa, com apenas um zagueiro de ofício. No meio, dois alas lentos na recomposição, além de dois volantes prestes a se aposentar: Mascherano e Enzo Pérez. No ataque, Meza e Agüero ao lado de Messi.

Nem preciso dizer que não deu certo. A Croácia é uma seleção entrosada e com muita qualidade, e se aproveitou das fragilidades do sistema. Quem poderia equilibrar a partida pelo lado argentino seria Messi. Mas ele nem apareceu.

A primeira oportunidade de gol apareceu após meia hora de jogo. Acuña acreditou em uma bola perdida dentro da área, ganhou de Lovren e cruzou para o meio da área. Vida tirou mal e Enzo Pérez chutou para fora, já sem goleiro. Não se pode perder um gol feito como esse.

Três minutos depois, Perišić faz um lançamento para a área tentando achar Mandžukić. Ele desvia de cabeça, mas a bola acaba passando perto da trave, chegando a assustar.

Aos oito minutos do segundo tempo, Mercado atrasa a bola para Caballero. O goleiro tenta devolver por cima, mas repõe a bola fraca e ela fica fácil para Ante Rebić emendar o voleio. Um erro simplório e infantil para um goleiro de uma seleção como a Argentina.

Os albicelestes estiveram muito perto do empate onze minutos depois. Enzo Pérez encontra Higuaín dentro da área. Ele vai até a linha de fundo e cruza. Mas Meza finaliza em cima do goleiro Subašić. No rebote, Messi é travado por Vida, que evita o gol certo.

Aos 35′, Luka Modrić dominou com liberdade pouco antes da meia lua e cortou para os dois lados, fazendo Otamendi dançar. Depois, chutou forte, de longe, sem chances para Caballero. Um golaço.

O caixão foi fechado já nos acréscimos. A primeira tentativa de Rakitić foi uma cobrança de falta magistral, que tocou na junção da trave e do travessão. Um pecado.

Mas logo depois, em um contra-ataque mortal, Rakitić chuta e Caballero espalma. Na sobra, Kovačić devolve para Rakitić, já sem goleiro, só completar para o gol. Causou espanto ver a defesa argentina parada reclamando um impedimento não existente, ao invés de ir na disputa da jogada. Placar de 3 a 0 humilhante para a Argentina.

Sergio Romero seria o goleiro titular, mas se lesionou. Faz muita falta. Franco Armani é o melhor goleiro à disposição, mas Sampaoli preferiu Caballero incrivelmente por ser mais hábil com os pés. Não se podia prever uma falha horrorosa como essa do goleiro reserva do Chelsea.

Pelo que demonstraram na temporada, Paulo Dybala e Gonzalo Higuaín não podem ser reserva dessa Argentina, que escala Meza e Agüero.

O capitão Lionel Messi, ao invés de aparecer para decidir (ou ao menos para buscar jogo), se escondeu. O capitão, o melhor do mundo não pode ser covarde como foi. Nunca será Maradona! Ele não apareceu nem para tentar “arribar”, dar forças ao seu time e ao seu goleiro. Uma decepção nessa Copa, por enquanto. Espero queimar minha língua na próxima partida.

O camisa 10 do Real Madrid fez o jogo que se esperava do camisa 10 do Barcelona.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Argentina 0 x 3 Croácia
Data: 21/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 43.319
Árbitro: Ravshan Irmatov (Uzbequistão)
Gols: 53′ Ante Rebić (CRO); 80′ Luka Modrić (CRO); 90+1′ Ivan Rakitić (CRO)
Cartões Amarelos: 39′ Ante Rebić (CRO); 51′ Gabriel Mercado (ARG); 58′ Mario Mandžukić (CRO); 67′ Šime Vrsaljko (CRO); 85′ Nicolás Otamendi (ARG); 87′ Marcos Acuña (ARG); 90+4′ Marcelo Brozović (CRO)
Argentina (3-4-3): 23.Willy Caballero; 2.Gabriel Mercado, 17.Nicolás Otamendi e 3.Nicolás Tagliafico; 18.Eduardo Salvio (22.Cristian Pavón ↑56′), 14.Javier Mascherano, 15.Enzo Pérez (21.Paulo Dybala ↑68′) e 8.Marcos Acuña; 13.Maximiliano Meza, 10.Lionel Messi (C) e 19.Sergio Agüero (9.Gonzalo Higuaín ↑54′). Técnico: Jorge Sampaoli
Croácia (4-2-3-1): 23.Danijel Subašić; 2.Šime Vrsaljko, 6.Dejan Lovren, 21.Domagoj Vida e 3.Ivan Strinić; 7.Ivan Rakitić e 11.Marcelo Brozović; 18.Ante Rebić (9.Andrej Kramarić ↑57′), 10.Luka Modrić (C) e 4.Ivan Perišić (8.Mateo Kovačić ↑82′); 17.Mario Mandžukić (5.Vedran Ćorluka ↑90+3′). Técnico: Zlatko Dalić

… 16/06/2018 – O melhor do terceiro dia da Copa

Três pontos sobre…
… 16/06/2018 – O melhor do terceiro dia da Copa


Messi cobra pênalti e Halldórsson defende (Imagem: FIFA.com)

Foi uma maratona com quatro jogos.
O VAR e a Islândia debutaram em Copas do Mundo e se saíram vitoriosos.
França e Argentina deixaram a desejar e o Peru pagou pelo que não fez.
Veja abaixo como foram todas as partidas de hoje.

… França 2 x 1 Austrália


Griezmann ficou devendo hoje… (Imagem: FIFA.com)

A França venceu a Austrália “no piloto automático”. Com uma atuação ruim, Les Bleus não conseguiram trabalhar como um time e contaram com lances isolados para conseguir a vitória.

Dentro de suas limitações, a Austrália foi brava. Soube se fechar muito bem, mas faltou poder de fogo no ataque.

Mas quem foi realmente decisiva foi a tecnologia. O VAR marcou pênalti em Griezmann e ele mesmo converteu, aos 13′ do segundo tempo. Quatro minutos depois, o VAR confirmou que Umtiti meteu a mão na bola. Pênalti para os australianos, que o capitão Mile Jedinak mandou para as redes. Finalmente, a nove minutos do fim, Pogba fez tabela pelo meio e dividiu com Behich. A bola bateu no travessão e pingou dentro do gol. A tecnologia da linha do gol confirmou o tento e a vitória francesa.

É muito pouco para uma seleção tão talentosa e cotada como uma das favoritas ao título. Pogba e Griezmann (autores dos gols hoje) já provaram mais de uma vez que não são confiáveis para liderar essa geração. Mbappé já mostrou capacidade, mas é muito novo para isso. Mesmo com todas as polêmicas extracampo, a França vai sentir muita falta de alguém como Karim Benzema, acostumado a ser importante coletivamente no Real Madrid.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — França 2 x 1 Austrália
Data: 16/06/2018 — Horário: 13h00 locais
Estádio: Arena Kazan — Cidade: Kazan (Rússia)
Público: 41.279
Árbitro: Andrés Cunha (Uruguai)
Gols: 58′ Antoine Griezmann (FRA)(pen); 62′ Mile Jedinak (AUS)(pen); 81′ Aziz Behich (FRA)(gol contra)
Cartões Amarelos: 13′ Matthew Leckie (AUS); 57′ Joshua Risdon (AUS); 76′ Corentin Tolisso (FRA); 87′ Aziz Behich (AUS)
França (4-3-3): 1.Hugo Lloris (C); 2.Benjamin Pavard, 4.Raphaël Varane, 5.Samuel Umtiti e 21.Lucas Hernández; 13.N’Golo Kanté, 12.Corentin Tolisso (14.Blaise Matuidi ↑78′) e 6.Paul Pogba; 11.Ousmane Dembélé (18.Nabil Fékir ↑70′), 10.Kylian Mbappé e 7.Antoine Griezmann (9.Olivier Giroud ↑70′). Técnico: Didier Deschamps
Austrália (4-2-3-1): 1.Mathew Ryan; 19.Joshua Risdon, 5.Mark Miligan, 20.Trent Sainsbury e 16.Aziz Behich; 15.Mile Jedinak (C) e 13.Aaron Mooy; 7.Matthew Leckie, 23.Tom Rogić (22.Jackson Irvine ↑72′) e 10.Robbie Kruse (17.Daniel Arzani ↑84′); 11.Andrew Nabbout (9.Tomi Jurić ↑64′). Técnico: Bert van Marwijk

 

… Argentina 1 x 1 Islândia


Messi tentou, tentou e tentou. Mas não conseguiu passar pelos guerreiros vikings (Imagem: FIFA.com)

A Argentina é outra favorita que decepcionou. Até começou bem quando, aos 19′ de jogo, Kun Agüero aproveitou uma bola na área, girou bem e chutou forte de esquerda, no ângulo. Tudo no script até aí.

Mas quatro minutos depois, Finnbogason pega o rebote do goleiro Caballero e marca o primeiro gol da Islândia na história das Copas e empata o jogo.

Depois disso, a partida se tornou ataque contra defesa. E, incrivelmente, a defesa se sobressaiu. Em vários momentos, eram os onze atletas atrás da linha da bola. Liderada pelos volantes Gunnarsson e Hallfreðsson, a marcação em cima de Lionel Messi foi muito forte. Ele até teve suas chances, mas não conseguiu marcar.

A chance mais clara para o camisa 10 albiceleste foi em um pênalti, cometido por Magnússon em cima de Meza. Messi bateu à meia altura no canto esquerdo, mas o goleiro Halldórsson pulou certo e fez a defesa.

Messi participou muito do jogo, mas não estava em seus melhores dias. Ele, e toda a Argentina, insistiram muito pelo meio. Meza e Di María foram escalados para jogarem abertos, mas afunilavam demais. Pelo meio, a “parede de gelo” da Islândia resistiu aos ataques. E os vikings debutaram em Copas do Mundo com um empate contra a poderosa Argentina de Messi.

A Islândia não é surpresa e muito menos zebra. Quem acompanha mais de perto o futebol tem visto a evolução de seus jogadores e, consequentemente, de sua seleção.

Na próxima partida, contra a Croácia, a Argentina necessita da vitória. Caso contrário, pode ficar próxima de repetir o pesadelo de 2002.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Argentina 1 x 1 Islândia
Data: 16/06/2018 — Horário: 16h00 locais
Estádio: Otkritie Arena (Spartak Stadium) — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 44.190
Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia)
Gols: 19′ Sergio Agüero (ARG); 23′ Alfreð Finnbogason (ISL)
Argentina (4-2-3-1): 23.Willy Caballero; 18.Eduardo Salvio, 17.Nicolás Otamendi, 16.Marcos Rojo e 3.Nicolás Tagliafico; 14.Javier Mascherano e 5.Lucas Biglia (7.Éver Banega ↑54′); 13.Maximiliano Meza (9.Gonzalo Higuaín ↑84′), 11.Ángel Di María (22.Cristian Pavón ↑75′) e 10.Lionel Messi (C); 19.Sergio Agüero. Técnico: Jorge Sampaoli
Islândia (4-4-1-1): 1.Hannes Halldórsson; 2.Birkir Sævarsson, 14.Kári Árnason, 6.Ragnar Sigurðsson e 18.Hörður Magnússon; 17.Aron Gunnarsson (C) (23.Ari Freyr Skúlason ↑76′), 20.Emil Hallfreðsson, 7.Jóhann Berg Guðmundsson (19.Rúrik Gíslason ↑63′) e 8.Birkir Bjarnason; 10.Gylfi Sigurðsson; 11.Alfreð Finnbogason (9.Björn Sigurðarson ↑89′). Técnico: Heimir Hallgrímsson.

 

… Peru 0 x 1 Dinamarca


Cueva e Poulsen, os protagonistas da partida (Imagem: FIFA.com)

Foram 36 anos de espera para que o Peru voltasse a disputar uma Copa do Mundo. E começou com a corda toda, controlando as ações da partida e acuando o adversário. Mas este não era qualquer um. Era a Dinamarca, fria, calculista e efetiva.

Enquanto o Peru ficava com a bola e tentava criar chances para abrir o placar, os dinamarqueses pareciam ter o jogo sob controle. O goleiro Kasper Schmeichel honrou o sobrenome e fechou o gol nas melhores chances dos sul-americanos.

No finalzinho do primeiro tempo, o VAR apareceu, ajudando o árbitro gambiano Bakary Gassama a apitar um pênalti sofrido por Christian Cueva. O meia do São Paulo deslocou o goleiro, mas a bola foi por cima do gol. Goleiro bom tem que ter sorte, também.

Aos 14 minutos do segundo tempo, a Dinamarca saiu em um contra-ataque bem armado, até que a bola caiu nos pés de Christian Eriksen, o craque do time. Ele sabe o que faz. E fez de forma perfeita, ao conduzir a bola pelo meio e deixar Poulsen na cara do gol, para anotar o único tento da partida.

Paolo Guerrero (anistiado de suspensão apenas para jogar a Copa) entrou pouco depois. Até teve suas oportunidades, mas não conseguiu empatar. Mas mostrou que está em forma. Tecnicamente, é muito superior aos seus companheiros e deve ser titular nos próximos jogos.

A Dinamarca venceu o confronto direto mais importante. Deve vencer também a Austrália e, praticamente, se garantir na próxima fase.

Mesmo jogando melhor, o Peru perde a partida e se complica para a sequência da competição. Os pontos perdidos agora terão que ser recuperados contra a França, se quiserem continuar sonhando em avançar para as oitavas de final. Pelo que os franceses mostraram mais cedo, não é impossível.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Peru 0 x 1 Dinamarca
Data: 16/06/2018 — Horário: 19h00 locais
Estádio: Arena Mordovia — Cidade: Saransk (Rússia)
Público: 40.502
Árbitro: Bakary Gassama (Gâmbia)
Gol: 59′ Yussuf Yurary Poulsen (DIN)
Cartões Amarelos: 38′ Renato Tapia (PER); 86′ Thomas Delaney (DIN); 90+3′ Yussuf Yurary Poulsen (DIN)
Peru (4-2-3-1): 1.Pedro Gallese; 17.Luis Advíncula, 2.Alberto Rodríguez (C), 15.Christian Ramos e 6.Miguel Trauco; 13.Renato Tapia (23.Pedro Aquino ↑87′) e 19.Yoshimar Yotún; 18.André Carrillo, 8.Christian Cueva e 20.Edison Flores (9.Paolo Guerrero ↑62′); 10.Jefferson Farfán (11.Raúl Ruidíaz ↑85′). Técnico: Ricardo Gareca
Dinamarca (4-2-3-1): 1.Kasper Schmeichel; 14.Henrik Dalsgaard, 4.Simon Kjær (C), 6.Andreas Christensen (13.Mathias Jørgensen ↑81′) e 17.Jens Stryger Larsen; 7.William Kvist (19.Lasse Schöne ↑35′) e 8.Thomas Delaney; 20.Yussuf Yurary Poulsen, 10.Christian Eriksen e 23.Pione Sisto (11.Martin Braithwaite ↑67′); 9.Nicolai Jørgensen. Técnico: Åge Hareide

 

… Croácia 2 x 0 Nigéria


Pra variar, Modrić foi o destaque do jogo (Imagem: FIFA.com)

E a maratona de futebol deste sábado terminou com o pior dos quatro jogos. Confesso que fiquei com sono em grande parte do tempo. É incrível como a Nigéria consegue fazer jogos chatos. Foi assim também contra o Irã em 2014. Mas a culpa não é só dos africanos. O árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci pensou que estava no Brasil e não deixou o jogo correr, apitando tudo e tornendo o jogo mais feio ainda.

O técnico croata escalou uma equipe super ofensiva no papel e desentrosada na prática, com Rakitić e Modrić de volantes, Perišić na esquerda, Rebić na direita e Kramarić pelo meio se aproximando de Mandžukić.

A Nigéria é muita correria e nada mais. Uma decepção, se lembrarmos daquele time de 1998, com Okocha, Ikpeba, Amokachi e outros.

A dupla Modrić e Mandžukić decidiram a partida. Aos 32′, o camisa 10 do Real Madrid cobrou um escanteio, Mandžukić cabeceou e a bola bateu nas pernas do volante Etebo e morreu no fundo do gol de Uzoho. Gol contra.

Já aos 26 do segundo tempo, o zagueirão Troost-Ekong abraçou Mandžukić e o árbitro Sandro Meira Ricci apitou pênalto. Modrić cobrou com perfeição, para marcar pela primeira vez em Copas do Mundo.

Se jogar como estava treinando, com o meio mais fechado e Modrić se aproximando mais do ataque, a Croácia tem time para dificultar as coisas para a Argentina. Veremos na próxima quinta feira.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Croácia 2 x 0 Nigéria
Data: 16/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Baltika (Kaliningrado Stadium) — Cidade: Kaliningrado (Rússia)
Público: 31.136
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Brasil)
Gols: 32′ Oghenekaro Etebo (CRO)(gol contra); 71′ Luka Modrić (CRO)(pen)
Cartões Amarelos: 30′ Ivan Rakitić (CRO); 70′ William Troost-Ekong (NIG); 89′ Marcelo Brozović (CRO)
Croácia (4-2-3-1): 23.Danijel Subašić; 2.Šime Vrsaljko, 6.Dejan Lovren, 21.Domagoj Vida e 3.Ivan Strinić; 7.Ivan Rakitić e 10.Luka Modrić (C); 18.Ante Rebić (8.Mateo Kovačić ↑78′), 9.Andrej Kramarić (11.Marcelo Brozović ↑60′) e 4.Ivan Perišić; 17.Mario Mandžukić (20.Marko Pjaca ↑86′). Técnico: Zlatko Dalić
Nigéria (4-2-3-1): 23.Francis Uzoho; 12.Abdullahi Shehu, 5.William Troost-Ekong, 6.Leon Balogun e 2.Brian Idowu; 4.Wilfred Ndidi e 8.Oghenekaro Etebo; 11.Victor Moses, 10.John Obi Mikel (C) (13.Simeon Nwankwo ↑88′) e 18.Alex Iwobi (7.Ahmed Musa ↑62′); 9.Odion Ighalo (14.Kelechi Iheanacho ↑72′). Técnico: Gernot Rohr

… 12/07/1998 – França 3 x 0 Brasil

Três pontos sobre…
… 12/07/1998 – França 3 x 0 Brasil

Allez Le Bleus!”


Zinedine Zidane desfilou em campo. (Imagem: Globo Esporte)

● Era a final dos sonhos: França e Brasil. Considerados favoritos desde o início, era a primeira decisão entre o país sede e o então campeão mundial. Era a primeira decisão dos franceses e a quinta dos brasileiros. Até então, a melhor classificação da França em uma Copa do Mundo tinha sido o 3º lugar em 1958 e 1986 (eles não disputavam um Mundial desde então). Mesmo anfitriã, “Les Bleus” não eram favoritos diante do Brasil, que defendia o título e tinha uma camisa pesada, com quatro títulos mundiais.

A França mostrava a sinergia de um grupo heterogêneo ao cantar emocionadamente o hino nacional, a linda “Marselhesa“, repetida por 80 mil pessoas no Stade de France, em Saint-Denis. Ainda houve tempo para o zagueiro Laurent Blanc dar o tradicional beijo na careca de Barthez, como tinha feito antes de cada jogo. Blanc estava suspenso. Em seu lugar, entrou o (também) ótimo Frank Leboeuf.

Na escalação, uma surpresa: Edmundo jogaria na vaga de Ronaldo. Mas na entrada em campo, o “Fenômeno” estava lá no lugar do “Animal”. Haviam rumores de que Ronaldo tinha sofrido um mal-estar à tarde (leia sobre isso mais abaixo). Cafu, suspenso na semifinal contra a Holanda, estava de volta ao time.

VEJA MAIS:
… 07/07/1998 – Brasil 1 x 1 Holanda
… 08/07/1998 – França 2 x 1 Croácia
… 28/06/1998 – França 1 x 0 Paraguai
… 27/06/1998 – Brasil 4 x 1 Chile
… 10/06/1998 – Brasil 2 x 1 Escócia

Mesmo com as críticas da torcida e da imprensa, o técnico francês Aimé Jacquet demonstrava total confiança em seu próprio trabalho e deu um “nó tático” no ultrapassado Zagallo. Um ano antes do Mundial aconteceu o Torneio da França, uma competição amistosa que reunia brasileiros, franceses, italianos e ingleses. Aquele mesmo torneio em que Roberto Carlos fez um gol de falta contra a França, em que a bola fez uma curva incrível, em um empate por 1 a 1. Naqueles dias, o esperto treinador francês tomou nota de tudo que viu em campo. Mas, principalmente uma sobre a Seleção Brasileira: era preciso impedir os avanços pelas laterais; se os laterais não jogassem, o time também não jogava. Assim, a estratégia estava bem definida: Karembeu foi escalado para marcar Rivaldo, mas fechava para ajudar Thuram a cercar Roberto Carlos. Da mesma forma era do outro lado: Petit marcava Leonardo, mas auxiliava Lizarazu a barrar Cafu. Foi uma marcação que não deu a mínima chance ao ataque brasileiro.


A França jogou no sistema 4-5-1, fechando os espaços do Brasil e apostando no contra-ataque.


O Brasil apostava no talento dos jogadores de frente e nos apoios dos laterais. Jogava no 4-3-1-2. Rivaldo era o “número 1”, fazendo a ligação entre meio e ataque, no sistema de Zagallo.

● Logo aos 28 segundos, o péssimo atacante francês Stéphane Guivarc’h quase fez um gol de puxeta, na primeira das inúmeras falhas do zagueiro Júnior Baiano nessa final.

A primeira jogada do ataque canarinho foi aos 21 minutos, quando Ronaldo (mesmo com todos os problemas) cruzou fechado para o gol. O excêntrico e careca goleiro Barthez quase falhou, mas desviou para fora.

Aos 23′, Leonardo cobrou escanteio para a cabeçada de Rivaldo, mas Barthez foi seguro na defesa.

Quando o Brasil errava menos passes e parecia se encontrar no jogo, Roberto Carlos desarma Karembeu, mas deixa a bola escapar e concede um escanteio bobo no lado direito do ataque francês. Petit cobrou de pé trocado, de esquerda, e Zidane veio correndo da entrada da área para desviar de cabeça para o gol, se antecipando a Leonardo e marcando seu primeiro gol na Copa. O técnico Jacquet sabia que não teria marcação sobre Zidane, já que ele (apesar de alto) não era conhecido como um bom cabeceador (e normalmente, ele era o responsável por várias das bolas paradas). Assim, aos 26 minutos, a dona da casa abria o placar. Foi o primeiro gol de cabeça de Zizou pela seleção (e logo viria o segundo…).

Poucos minutos após o gol francês, um lance ilustrou o frágil estado emocional do time brasileiro. Ronaldo recebeu lançamento de Dunga na entrada da área adversária e se chocou com Barthez, caindo imóvel no chão. Os jogadores do Brasil se desesperaram, pensando que algo mais grave poderia ter acontecido. Mas, felizmente, foi um choque normal. Mas esse fato só deixou ainda mais clara a preocupação que todos os jogadores tinham com Ronaldo, com medo de que ele repetisse a crise.

Uma incessante troca de passes, que até fez a torcida gritar “olé“, terminou no pé direito de Petit, que perdeu a chance de ampliar o marcador.

No fim do tempo regulamentar, Guivarc’h recebeu lançamento livre, após nova falha de Júnior Baiano, e chutou cruzado para uma excelente defesa de Taffarel. Na sequência, novo escanteio. Dessa vez era do lado esquerdo e foi cobrado também de pé trocado por Djorkaeff. A bola foi fechada, Dunga caiu e Zidane se antecipou e entrou de cabeça. A bola passou entre as pernas de Roberto Carlos. Dois gols de Zidane de cabeça! Inédito!

O Brasil voltou melhor para o segundo tempo. Zagallo atirou o Brasil no ataque. No intervalo, tirou Leonardo e colocou Denílson aberto na ponta esquerda e abriu Bebeto na direita. Avançou Rivaldo para ajudar Ronaldo no centro do ataque. Em determinado momento, o Brasil teve, ao mesmo tempo, cinco atacantes em campo: Bebeto, Ronaldo, Rivaldo, Denílson e Edmundo. Mas não conseguiu produzir como precisava.

A primeira grande chance foi de Ronaldo, aos 11 minutos. Rivaldo cobrou falta ensaiada com Roberto Carlos, que cruzou para o segundo pau. O camisa 9 apareceu livre, na pequena área, mas chutou sem ângulo em cima de Barthez.

Aos 15′, Roberto Carlos alçou uma cobrança de arremesso lateral para a área. Barthez saiu “catando borboletas” e a bola sobrou para Bebeto finalizar e Desailly salvar quase em cima da linha.

A França passou todo o segundo tempo tocando a bola e esperando o fim do jogo, ajudado pela apatia do time brasileiro. Mas ainda teve suas chances.

Foi uma aula de futebol do maestro Zinedine Zidane, muito mais do que os dois gols de cabeça. No meio campo, ele era marcado à distância por Dunga e César Sampaio, jogando livre e tomando conta do jogo. No lado esquerdo, Djorkaeff caía pelo meio para ajudar a armar as jogadas ofensivas. Os laterais Thuram e Lizarazu não apoiavam, cumprindo estritamente seus papeis defensivos.

Na metade do segundo tempo, Desailly avançou em contra-ataque, perdeu a bola e fez falta dura em Cafu, recebendo o segundo cartão amarelo e, por consequência, sendo expulso.

Aos 18′, pela terceira vez no jogo, Guivarc’h apareceu livre e isolou a bola. Aos 37, Dugarry imitou o colega e “conseguiu” perder um gol feito, chutando de forma bisonha à direita de Taffarel. Poderia ter sido uma goleada histórica, se os atacantes franceses tivessem acertado alguma das muitas chances perdidas.

No minuto 45, Edmundo fez uma boa jogada e tocou para Denílson. De esquerda, o chute tocou no travessão e foi para fora.

No fim, uma discussão sem necessidade entre Edmundo e Rivaldo, quando o camisa 10 colocou uma bola para fora para que Zidane recebesse atendimento médico. Edmundo, com seu excesso de vontade, foi contra o “fair play” do camisa 10.

A Seleção Canarinho foi definitivamente destroçada aos 47 minutos do segundo tempo. Denílson cobrou escanteio, Rivaldo não dominou a bola e Dugarry puxou o contra-ataque. Ele tocou para Vieira, que lançou de primeira para Petit nas costas de Cafu. O cabeludo, camisa nº 17, tocou cruzado na saída de Taffarel. 3 a 0.

Festa em todo o país! Enfim, a França conquistava sua primeira Copa do Mundo. O presidente Jacques Chirac entregou a taça ao capitão Didier Deschamps, que, merecidamente, a levantou. Justíssimo!


Zizou abriu o placar de cabeça. (Imagem: Baú do Futebol)

● Não faltaram motivos para o Brasil perder a final da Copa de 1998 para a França por 3 a 0. Mas até hoje há diversas pessoas que acreditam piamente em teorias da conspiração. Uma delas diz que o Brasil “vendeu” o jogo em troca de ser a sede da Copa do Mundo de 2014. Outra diz que houve um acordo entre Nike (fornecedora de material esportivo da Seleção Brasileira) e a Adidas (fornecedora dos franceses), para que o título de 1998 ficasse na França e o de 2002 viesse para o Brasil (mas será que acertaram também com todas as seleções que jogaram em 2002?) Outra versão diz que Ronaldo foi envenenado por um cozinheiro francês na concentração. A mais pura verdade é que a França se preparou e fez um Copa do Mundo melhor do que o Brasil. Os franceses anularam Ronaldo e Rivaldo, as principais peças do Brasil até a final, e explorou os contra-ataques e as deficiências da defesa brasileira.

A França era o primeiro país sede a conquistar o título desde a Argentina em 1978. Foi o primeiro país campeão a terminar uma Copa com o melhor ataque (15 gols) e a melhor defesa (dois gols). Já o Brasil sofreu seu maior revés em Copas (0 x 3 contra a França) e terminou com a defesa mais vazada da competição (dez gols).


O mundo parou quando Ronaldo se chocou com Barthez. Felizmente, nada mais grave. (Imagem localizada no Google)

● Primeiro, falou-se em uma lesão no tornozelo. Depois, descobriu-se que o atacante havia sofrido um mal súbito na concentração durante a tarde. Existem várias versões: uma diz que foi um colapso nervoso, outra que foi o excesso de infiltrações de xilocaína no joelho (oito injeções em 32 dias) e até uma que diz que foi um ataque cardíaco.

Segue abaixo a reprodução do “Guia dos Curiosos das Copas do Mundo“, de Marcelo Duarte:

“No dia da decisão da Copa, por volta das 14 horas, Roberto Carlos levou o maior susto ao ver seu companheiro de quarto, Ronaldo, salivando, revirando os olhos, respirando com dificuldade. “Para com isso, Ronaldo, acorda!”, disse Roberto Carlos. Vendo que a coisa era séria, o jogador saiu do quarto correndo, pedindo ajuda. César Sampaio e Leonardo prestaram os primeiros socorros, enquanto Bebeto e Edmundo foram chamar o médico Lídio Toledo. Edmundo chegou a gritar pelos corredores que “Ronaldinho estava morrendo”. Quando o médico chegou, Ronaldo pediu para continuar a dormir. Ao acordar para o lanche, ele não se lembrava da crise convulsiva. Foi levado a uma clínica para fazer exames neurológicos completos, que nada acusaram. A convulsão, segundo uma das versões, teria sido causada por uma injeção de xilocaína aplicada no joelho do jogador. Mesmo assim, Edmundo foi escalado como titular. Ronaldo chegou ao estádio às 20h10, trocou-se rapidamente e pediu para ser escalado – o jogo começaria às 21 horas, no horário local. A comissão técnica fez uma reunião numa sala ao lado do vestiário:
– Estou bem, professor, ninguém me tira desse jogo – disse Ronaldo.
– Como é, Lídio? – perguntou o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que desceu apressado das tribunas ao receber a escalação da equipe sem Ronaldo.
– Não vou assumir sozinho. É muita responsabilidade – respondeu Lídio.
– Está bem? Não sente nada? Então, pronto, está decidido: você vai jogar – disparou o técnico Zagallo.
– Então, bota o garoto – ordenou Ricardo Teixeira.”

FICHA TÉCNICA:

 

FRANÇA 3 X 0 BRASIL

 

Data: 12/07/1998

Horário: 21h00 locais

Estádio: Stade de France

Público: 80.000

Cidade: Saint-Denis (França)

Árbitro: Said Belqola (Marrocos)

 

FRANÇA (4-5-1):

BRASIL (4-3-1-2):

16 Fabien Barthez (G)

1  Taffarel (G)

15 Lilian Thuram

2  Cafu

18 Frank Leboeuf

4  Júnior Baiano

8  Marcel Desailly

3  Aldair

3  Bixente Lizarazu

6  Roberto Carlos

7  Didier Deschamps (C)

5  César Sampaio

19 Christian Karembeu

8  Dunga (C)

17 Emmanuel Petit

18 Leonardo

10 Zinedine Zidane

10 Rivaldo

6  Youri Djorkaeff

20 Bebeto

9  Stéphane Guivarc’h

9  Ronaldo

 

Técnico: Aimé Jacquet

Técnico: Zagallo

 

SUPLENTES:

 

 

1  Bernard Lama (G)

12 Carlos Germano (G)

22 Lionel Charbonnier (G)

22 Dida (G)

5  Laurent Blanc

13 Zé Carlos

2  Vincent Candela

14 Gonçalves

14 Alain Boghossian

15 André Cruz

4  Patrick Vieira

16 Zé Roberto

11 Robert Pirès

17 Doriva

13 Bernard Diomède

11 Emerson

21 Christophe Dugarry

7  Giovanni

12 Thierry Henry

19 Denílson

20 David Trezeguet

21 Edmundo

 

GOLS:

27′ Zinedine Zidane (FRA)

45+1′ Zinedine Zidane (FRA)

90+3′ Emmanuel Petit (FRA)

 

CARTÕES AMARELOS:

33′ Júnior Baiano (BRA)

39′ Didier Deschamps (FRA)

48′ Marcel Desailly (FRA)

56′ Christian Karembeu (FRA)

 

CARTÃO VERMELHO: 68′ Marcel Desailly (FRA)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Leonardo (BRA) ↓

Denílson (BRA) ↑

 

57′ Christian Karembeu (FRA) ↓

Alain Boghossian (FRA) ↑

 

66′ Stéphane Guivarc’h (FRA) ↓

Christophe Dugarry (FRA) ↑

 

73′ César Sampaio (BRA) ↓

Edmundo (BRA) ↑

 

74′ Youri Djorkaeff (FRA) ↓

Patrick Vieira (FRA) ↑

VEJA OUTROS JOGOS DA COPA DE 1998:
… 30/06/1998 – Argentina 2 x 2 Inglaterra
… 04/07/1998 – Holanda 2 x 1 Argentina
… 29/06/1998 – Holanda 2 x 1 Iugoslávia
… 13/06/1998 – Nigéria 3 x 2 Espanha
… 11/07/1998 – Croácia 2 x 1 Holanda
… 20/06/1998 – Bélgica 2 x 2 México
… 11/06/1998 – Itália 2 x 2 Chile


França campeã do mundo em 1998. (Imagem: AFP / Getty Images)

Gols da decisão:

Jogo completo:

… 31/05/2002 – França 0 x 1 Senegal

Três pontos sobre…
… 31/05/2002 – França 0 x 1 Senegal

Gol de Senegal (Imagem: FIFA)

● Foi a abertura da primeira Copa do Mundo sediada em dois países: Coreia do Sul e Japão.

A França era a então campeã mundial e a maior favorita ao título, junto com a Argentina. Os franceses estavam ainda mais fortes do que em 1998, com a evolução de alguns jogadores como Thierry Henry, David Trezeguet e Patrick Vieira. O astro principal ainda era Zinedine Zidane, recém campeão da UEFA Champions League pelo Real Madrid, inclusive fazendo um gol histórico na final. Porém, como uma peça pregada pelo destino, Zizou se contundiu em um amistoso contra a Coreia do Sul, a quatro dias da estreia na Copa.

Leia mais:
… 11/06/2002 – Senegal 3 x 3 Uruguai
… 11/06/2002 – Dinamarca 2 x 0 França

Enquanto todos admiravam os Bleus, poucos conheciam a equipe senegalesa, exceto pelo surpreendente vice-campeonato na Copa Africana das Nações no início do ano. Os franceses deveriam conhecer bem seus primeiros adversários, pois, dos 23 jogadores senegaleses, 21 atuavam na França (apenas os dois goleiros reservas jogavam em clubes africanos), dois jogadores nasceram na França (Habib Beye e Sylvain N’Diaye), além do próprio técnico, Bruno Metsu, também francês.

A França jogava em um 4-5-1 bem compacto, com liberdade total para os ponteiros.

Senegal era quase um “futebol total”, em que os jogadores largavam suas posições em busca do contra-ataque. No papel, era um 4-5-1.

● Mas o desnível da tradição entre os dois era absurdo, dando à França um favoritismo cego. Se os astros não goleassem os “ingênuos debutantes”, seria uma zebra enorme.

A França mostrou 90 minutos de um jogo pesado, com pouca criatividade, sentindo falta de Zidane. No início do jogo, Trezeguet finalizou na trave. Depois, Senegal começou a encantar o mundo, com habilidade, velocidade e passes rápidos.

Dessa forma, a zebra africana começou a passear. Aos 30 minutos do primeiro tempo, El Hadji Diouf fez fila entre os marcadores na ponta esquerda, junto à linha de fundo, e cruzou rasteiro. Papa Bouba Diop finaliza em cima do goleiro Barthez, mas aproveitou o rebote, mandando para o fundo da rede. E houve a comemoração que rodou o planeta, com uma dança típica dos africanos, junto à bandeirinha de escanteio.

A França tentou pressionou em busca do empate, criou inúmeras chances, mas o goleiro Sylva fechou o gol. Henry chegou a acertar a trave, mas não conseguiu marcar. Senegal continuava ameaçando em diversos contra-ataques. Em um deles, Fadiga acertou o travessão.

● Na sequência do Grupo A, a França empataria em 0 a 0 com o Uruguai e perderia para a Dinamarca por 2 a 0. Zidane jogou apenas o último jogo de sua seleção, mas não impediu a derrota para os dinamarqueses.

Assim, a França protagonizou o maior vexame de um campeão na Copa seguinte à da conquista do título. Foi a primeira e única vez que uma seleção que defendia o título foi eliminada sem marcar gols na competição.

El Hadji Diouf, o craque do time (Imagem: Footy Fair)

FICHA TÉCNICA:

 

FRANÇA 0 x 1 SENEGAL

 

Data: 31/05/2002

Horário: 20h30 locais

Estádio: Seoul World Cup Stadium (Sangam Stadium)

Público: 62.561

Cidade: Seul (Coreia do Sul)

Árbitro: Ali Bujsaim (Emirados Árabes Unidos)

 

FRANÇA (4-2-3-1):

SENEGAL (4-1-4-1):

16 Fabien Barthez (G)

1  Tony Sylva (G)

15 Lilian Thuram

17 Ferdinand Coly

18 Frank Leboeuf

13 Lamine Diatta

8 Marcel Desailly (C)

4  Pape Malick Diop

3  Bixente Lizarazu

2  Omar Daf

4  Patrick Vieira

6  Aliou Cissé (C)

17 Emmanuel Petit

14 Moussa N’Diaye

11 Sylvain Wiltord

15 Salif Diao

6  Youri Djorkaeff

19 Papa Bouba Diop

12 Thierry Henry

10 Khalilou Fadiga

20 David Trezeguet

11 El Hadji Diouf

 

Técnico: Roger Lemerre

Técnico: Bruno Metsu

 

SUPLENTES:

 

 

23 Grégory Coupet (G)

16 Omar Diallo (G)

1  Ulrich Ramé (G)

22 Kalidou Cissokho (G)

19 Willy Sagnol

21 Habib Beye

5  Philippe Christanval

5  Alassane N’Dour

13 Mikaël Silvestre

3  Pape Sarr

2  Vincent Candela

20 Sylvain N’Diaye

7  Claude Makélélé

12 Amdy Faye

14 Alain Boghossian

23 Makhtar N’Diaye

22 Johan Micoud

7  Henri Camara

10 Zinedine Zidane

18 Pape Thiaw

21 Christophe Dugarry

8  Amara Traoré

9  Djibril Cissé

9  Souleymane Camara

 

GOL: 30′ Papa Bouba Diop (SEN)

 

CARTÕES AMARELOS:

45+2′ Emmanuel Petit (FRA)

51′ Aliou Cissé (SEN)

 

SUBSTITUIÇÕES:

60′ Youri Djorkaeff (FRA) ↓

Christophe Dugarry (FRA) ↑

 

81′ Sylvain Wiltord (FRA) ↓

Djibril Cissé (FRA) ↑

Melhores momentos da partida:

 Duas curiosidades sobre Khalilou Fadiga:

1- Quatro dias antes do início da Copa, ele foi acusado de roubar um colar de ouro de uma joalheria em Daegu (Coreia do Sul), foi detido pela polícia e liberado logo em seguida, após reconhecer o erro e ter dito que “fez aquilo somente por curiosidade”. Ao final, foram retiradas as acusações contra o jogador e o dono da loja furtada chegou a enviar a ele um pingente e uma carta desejando boa sorte no Mundial.

2- No início da temporada 2003/04, foi contratado pela Internazionale, mas os exames cardíacos diagnosticaram uma anomalia, impedindo o senegalês de atuar pelo clube de Milão. Dispensado um ano depois, ele deu sequência à carreira, mesmo sofrendo uma parada cardíaca em 2004, enquanto atuava pelo Bolton Wanderers.


Khalilou Fadiga, líder técnico da equipe (Imagem: Daily Mail)

… Lucien Laurent: autor do primeiro gol em Copas do Mundo

Três pontos sobre…
… Lucien Laurent: autor do primeiro gol em Copas do Mundo


(Imagem: O Gol)

● Eram jogados 19 minutos do primeiro tempo, quando o goleiro Aléxis Thépot jogou a bola para o meio campo. Após troca de passes, o ponta esquerda Marcel Langiller cruza para a marca do pênalti. O zagueiro Manuel Rosas fura a jogada e a bola sobra para Lucien Laurent que domina na direita da grande área. A 16 metros do gol, ele chuta forte e à meia altura, no canto direito em diagonal, sem chances para o goleiro Oscar Bonfiglio. Estava aberto o placar das Copas do Mundo.

Eram exatamente 15h19 do dia 13/07/1930, no acanhado Estádio Pocitos (antiga casa do Peñarol), em Montevidéu, onde 4.444 expectadores assistiram o feito. No fim, a França venceu o México por 4 x 1. Com esse seu gol inaugural das Copas, Laurent ficou conhecido como “Le 1er” (“o primeiro”). Essa foi a segunda partida de Laurent pela seleção francesa.

Ele se lesionou no segundo jogo contra a a Argentina (recebeu uma forte pancada de Luis Monti logo aos 2 minutos) e teve que sair de campo. Devido a essa lesão, também não atuou contra o Chile. A França perdeu esses dois jogos por 1 a 0 e foi eliminada ainda na primeira fase do torneio.

● Os primeiros jogos da Copa do Mundo de 1930 ocorreram antes mesmo da abertura do campeonato. França x México e Estados Unidos x Bélgica se enfrentavam ao mesmo tempo no dia 13, enquanto a abertura estava marcada para o dia 15, por atrasos na conclusão da obra do Estádio Centenário. Embora a FIFA (e todo o mundo, inclusive nós) considere seu gol como o pioneiro em Copas, documentos indicam o lance com o terceiro. Quando Laurent abriu o placar contra o México, os Estados Unidos já venciam a Bélgica por 2 a 0 no exato momento. Mas oficialmente, os EUA fizeram o primeiro gol aos 22 minutos de jogo. Essa confusão fez com que o feito de Laurent fosse ignorado pela FIFA por quarenta anos, mas a importância desse gol voltou à tona em 1970. A entidade reconheceu corretamente o gol como o primeiro da história das Copas, destronando o americano Bert McGhee (que abriu o placar na vitória por 3 x 0 contra os belgas em partida no Estádio Parque Central). Nem mesmo o próprio Laurent compreendia a importância de seu gol. Em uma época em que o futebol era completamente amador em todo o mundo (raras exceções), foi cumprimentado pelos companheiros timidamente e voltaram a a jogar normalmente.

VEJA MAIS:
… 13/07/1930 – França 4 x 1 México – Primeiro jogo em uma Copa do Mundo

● Lucien Laurent nasceu em Saint-Maur-des-Fossés, Val-de-Marne, perto de Paris, em 10/12/1907. Em tempos de amadorismo, Laurent trabalhava em uma gráfica quando estreou pelo Cercle Athlétique de Paris, ainda menino, em 1921. Depois, foi morar na cidade de Sochaux para trabalhar na Peugeot; atuou por dois anos na equipe do FC Sochaux, que era um time formado por empregados da montadora de automóveis. Treinava de manhã e trabalhava no turno da tarde. Em incríveis 25 anos de carreira, atuou pelos clubes: CA Paris (1921-1930 e 1933-1934), Sochaux (1930-1932 e 1935-1936)), Club Français (1932-1933), FC Mulhouse (1934-1935), Stade Rennais (1936-1937), Strasbourg (1937-1939), Toulouse (1939-1943) e Besançon (1943-1946). Era um meia esquerda baixinho (1,62 m) e discreto em campo. Era mais atuante na construção de jogadas e raramente chegava ao gol adversário. Nunca conquistou um título no futebol.

Fez sua estreia pela seleção francesa em 23/02/1930, em um amistoso com derrota para Portugal, por 2 a 0. Veio ao Uruguai para disputar a primeira Copa do Mundo, em 1930, embarcando no navio Conte Verde, junto de seus companheiros (inclusive seu irmão Jean, que era volante) e, após quatorze dias no mar, desembarcaram em Montevidéu.
Esteve entre os selecionados para a Copa do Mundo de 1934, mas não jogou devido a uma lesão no joelho. A França perdeu por 3 x 2 para a fortíssima Áustria e foi eliminada logo no primeiro jogo.

Jogou pela sua seleção até 1935 e, ao todo, marcou 2 gols em 10 jogos pelos “Les Bleus”. Seu outro gol foi em uma vitória histórica (a primeira na história) da França sobre a Inglaterra por 5 a 2, em amistoso disputado no Estádio Olímpico Yves-du-Manoir, na cidade francesa de Colombes, no dia 14/05/1931.

Parou de jogar para se integrar às forças armadas francesas durante a 2ª Guerra Mundial, onde foi capturado pelos alemães em 1942 e passou três anos como prisioneiro de guerra. Depois, foi encerrar a carreira no time do Besançon, onde se estabeleceu, na região leste da França. Quando se retirou definitivamente dos gramados, aos 39 anos, abriu um bar na cidade e a treinar jovens talentos locais até 1957.

Em 2000, foi homenageado com o Troféu Peugeot dos Campeões. Na final da Copa da França, entre Nantes e Monaco, no estádio do Sochaux, voltou a pisar nos gramados, com direito a pontapé inicial. Lucien Laurent faleceu aos 97 anos de idade, em 11/04/2005, no hospital Jean-Minjoz, em Besançon. Era o último jogador ainda vivo da seleção francesa que disputou a Copa de 1930 e o único que viu seu país se tornar campeão do mundo em 1998.

Um jovem operário da Peugeot que deixou de lado o anonimato para se transformar na primeira lenda do torneio esportivo mais importante do planeta.


(Imagem localizada no Google)