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… 11/07/1998 – Croácia 2 x 1 Holanda

Três pontos sobre…
… 11/07/1998 – Croácia 2 x 1 Holanda


(Imagem: Liverpool Echo)

● Normalmente a decisão do terceiro lugar é um jogo desanimado. Em 1998, a Croácia jogou pela honra. A Holanda só estava lá para cumprir tabela.

A Holanda era a cabeça de chave no Grupo E. Na primeira fase, empatou por 0 x 0 com a vizinha Bélgica, goleou a Coreia do Sul por 5 x 0 e empatou por 2 x 0 com o bom time do México. Nas oitavas de final, venceu a Iugoslávia por 2 x 1 com um gol de Edgar Davids no apagar das luzes. Nas quartas, contou com um gol fenomenal de Dennis Bergkamp no último lance da partida para eliminar a ótima seleção argentina pelo placar de 2 x 1. Na semifinal, jogou melhor que o Brasil, saiu atrás e buscou o empate no fim da partida. Na decisão dos pênaltis, Taffarel defendeu as cobranças de Ronald de Boer e Phillip Cocu, colocando o Brasil na decisão.

Na primeira fase, Croácia venceu a Jamaica por 3 x 1 e o Japão por 1 x 0. Já classificada, perdeu para a Argentina por 1 x 0, se classificando em segundo lugar do Grupo H. Nas oitavas, eliminou a Romênia com uma vitória por 1 x 0. Nas quartas, goleou a Alemanha por 3 x 0, demonstrando seu poderio ofensivo. Na semifinal, perdeu de virada para a França por 2 x 1.

Antes da semifinal contra a França, alguns jogadores croatas foram levados pela vaidade e mexeram no cabelo. Os alas Mario Stanić e Robert Jarni descoloriram o cabelo. O capitão Zvonimir Boban desenhou o número 10 em vermelho na parte de trás do cabelo. Tudo isso ajudou a desconcentrar o time.

O técnico Miroslav Blažević, que fora gereral da reserva do Exército Croata durante a guerra separatista nos anos 1990, afastou o craque Prosinečki dos jogos contra alemães e franceses. O artilheiro Šuker e o capitão Boban entraram em conflito com o treinador – o que pode ter atrapalhado internamente o bom time axadrezado. Prosinečki voltou a ser titular contra os holandeses.


A Croácia jogou no sistema 3-6-1, povoando o meio de campo.


A Holanda atuou no 4-4-2.

● Os croatas demonstravam o mesmo empenho das semifinais e saíram na frente logo aos 13 minutos. Robert Jarni avançou da esquerda para o meio e rolou para Robert Prosinečki no lado direito da grande área. Mesmo cercado por três adversários, ele dominou, girou e bateu cruzado. A bola passou entre as pernas de Arthur Numan e entrou à direita do goleiro Edwin van der Sar.

Mesmo desinteressada, a Holanda empatou apenas oito minutos depois em uma das raras investidas ofensivas. Boudewijn Zenden avançou desde seu campo, se livrou de Jarni e, ao “estilo Arjen Robben”, entrou em diagonal da direita para o meio e disparou da meia lua. A bola pegou efeito, fez uma cruva incrível e enganou o goleiro Dražen Ladić, que chegou a tocar na bola antes dela entrar. Uma falha do veterano goleiro croata.

Mas a Croácia passou à frente aos 35′. Aljoša Asanović conduziu a bola e deixou atrás para Zvonimir Boban. Da entrada da área, o camisa 10 rolou de primeira para Davor Šuker chutar rasteiro e cruzado, no cantinho esquerdo do goleiro.

No segundo tempo, bastou que a Croácia segurasse a vantagem e comemorar a terceira colocação – uma posição melhor que a Iugoslávia, com nove Copas no currículo.


(Imagem: Michel Lipchitz / AP Photo)

“Vocês fizeram mais pelo país do que os diplomatas.” ― Franjo Tuđman, primeiro presidente da Croácia independente e presidente do país na ocasião, disse ao receber a delegação.

Robert Prosinečki entrou para a história como o primeiro jogador a marcar gols por duas seleções diferentes. Ele havia marcado em 1990 pela Iugoslávia na vitória por 4 x 1 sobre os Emirados Árabes Unidos. Em 1998, marcou pela Croácia na vitória por 3 x 1 sobre a Jamaica e voltou a marcar na decisão do 3º lugar, na vitória diante da Holanda por 2 x 1.

Com o gol anotado nessa partida, Davor Šuker chegou a seis gols marcados no torneio e se tornou artilheiro isolado da Copa do Mundo de 1998. Mas ele foi muito mais do que isso: Šuker seria eleito o segundo melhor jogador do Mundial (atrás de Ronaldo), o segundo melhor do mundo no prêmio Bola de Ouro da revista France Football (atrás de Zinedine Zidane) e o terceiro melhor do mundo pela FIFA (atrás de Zidane e Ronaldo).


(Imagem: Alamy)

FICHA TÉCNICA:

 

CROÁCIA 2 X 1 HOLANDA

 

Data: 11/07/1998

Horário: 21h00 locais

Estádio: Parc de Princes

Público: 45.500

Cidade: Paris (França)

Árbitro: Epifanio González (Paraguai)

 

CROÁCIA (3-6-1):

HOLANDA (4-4-2):

1  Dražen Ladić (G)

1  Edwin van der Sar (G)

14 Zvonimir Soldo

5  Arthur Numan

6  Slaven Bilić

3  Jaap Stam

4  Igor Štimac

4  Frank de Boer (C)

13 Mario Stanić

11 Phillip Cocu

17 Robert Jarni

6  Wim Jonk

21 Krunoslav Jurčić

16 Edgar Davids

7  Aljoša Asanović

10 Clarence Seedorf

8  Robert Prosinečki

12 Boudewijn Zenden

10 Zvonimir Boban (C)

8  Dennis Bergkamp

9  Davor Šuker

9  Patrick Kluivert

 

Técnico: Miroslav Blažević

Técnico: Guus Hiddink

 

 

 

 

12 Marjan Mrmić (G)

18 Ed de Goey (G)

22 Vladimir Vasilj (G)

22 Ruud Hesp (G)

20 Dario Šimić

2  Michael Reiziger

5  Goran Jurić

13 André Ooijer

15 Igor Tudor

15 Winston Bogarde

18 Zoran Mamić

19 Giovanni van Bronckhorst

3  Anthony Šerić

20 Aron Winter

11 Silvio Marić

7  Ronald de Boer

2  Petar Krpan

14 Marc Overmars

16 Ardian Kozniku

17 Pierre van Hooijdonk

19 Goran Vlaović

21 Jimmy Floyd Hasselbaink

 

GOLS:

14′ Robert Prosinečki

22′ Boudewijn Zenden

36′ Davor Šuker

 

CARTÕES
AMARELOS:

34′ Krunoslav Jurčić (CRO)

52′ Igor Štimac (CRO)

69′ Aljoša Asanović (CRO)

74′ Mario Stanić (CRO)

89′ Wim Jonk (HOL)

89′ Edgar Davids (HOL)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Phillip Cocu (HOL) ↓

Marc Overmars (HOL) ↑

 

58′ Dennis Bergkamp (HOL) ↓

Pierre van Hooijdonk (HOL) ↑

 

79′ Robert Prosinečki (CRO) ↓

Goran Vlaović (CRO) ↑

 

86′ Zvonimir Boban (CRO) ↓

Igor Tudor (CRO) ↑

Gols da partida:

… 08/07/1998 – França 2 x 1 Croácia

Três pontos sobre…
… 08/07/1998 – França 2 x 1 Croácia


(Imagem: World Today News)

● Mesmo contando com bons jogadores como Jean-Pierre Papin, Éric Cantona e David Ginola, a França não conseguiu se qualificar para os Mundiais de 1990 e 1994. Mas esse problema foi resolvido para 1998: Les Bleus eram os donos da casa.

Na primeira fase, pelo Grupo C, os franceses venceram África do Sul por 3 x 0, Arábia Saudita por 4 x 0 e Dinamarca por 2 x 1. Nas oitavas de final, contaram com o gol de ouro do zagueiro Laurent Blanc para vencer o Paraguai (1 x 0). Nas quartas, venceram a Itália por 4 x 3 na decisão por pênaltis depois de um empate sem gols.

Depois da dissolução da antiga Iugoslávia, essa era a primeira Copa do Mundo da Croácia como nação independente. E acabou surpreendendo o mundo do futebol, não apenas por ter uma seleção fortíssima, mas também pelo uniforme bem diferente do convencional: um xadrez de branco e vermelho.

Na primeira fase, a seleção vatreni venceu a Jamaica por 3 x 1 e o Japão por 1 x 0. Já classificada, perdeu para a Argentina por 1 x 0, se classificando em segundo lugar do Grupo H. Nas oitavas, eliminou a Romênia com uma vitória por 1 x 0. Nas quartas, goleou a Alemanha por 3 x 0, demonstrando seu poderio ofensivo.

A França estava aliviada pela vitória da Croácia sobre a Alemanha. Em 1982 e 1986, Les Bleus enfrentaram Die Mannschaft justamente nas semifinais e perderam ambas, mesmo jogando melhor, com um futebol vistoso e ofensivo.

Antes da partida, vários sentimentos distintos. O experiente zagueiro francês Marcel Desailly queria libertar seu país das amarras dos fracassos antigos: “Não aguento mais ouvir falar das glórias e das derrotas das gerações passadas. Precisamos fazer a nossa história. Queremos ir ainda mais longe que Michel Platini, Alain Giresse e Jean Tigana”.

O técnico croata Miroslav Blažević queria estragar a festa dos anfitriões e viu um ponto fraco onde não existia, na tentativa de desestabilizar o adversário: “Não acredito que a França tenha essa defesa toda que dizem”.

Do outro lado, o treinado francês Aimé Jacquet pregava o respeito: “Os croatas podem não ter a força e a camisa dos alemães. Mas têm alguns jogadores que podem definir um jogo”.


A França jogou no sistema 4-5-1, fechando os espaços no meio e com Zidane e Djorkaeff se aproximando do ataque.


A Croácia atuou no esquema 3-5-2, com o constante avanço dos alas e aproximação dos meias.

● Era enorme a expectativa por um grande jogo. A torcida da francesa era um espetáculo no Stade de France, em Saint-Denis.

A França começou no ataque. Youri Djorkaeff avançou pela direita e cruzou para a área. Stéphane Guivarc’h tocou de calcanhar e Zinedine Zidane chutou, mas o goleiro Dražen Ladić segurou sem dar rebote.

Laurent Blanc fez um lançamento longo da direita para a área. Guivarc’h escorou de cabeça para trás e Zidane bateu de primeira. A bola passou perto da trave esquerda do goleiro croata.

Os franceses perderam oportunidades que não podem ser desperdiçadas. O nervosismo era latente nos donos da casa, que não fizeram um bom primeiro tempo e viram a Croácia assustar com um chute de Aljoša Asanović dentro da área.

E foram os croatas quem abriram o placar no primeiro minuto da etapa final.

Davor Šuker recebeu na direita e foi entrando em diagonal pelo meio. Ele deixou com Asanović, que ganhou da marcação e devolveu por elevação para a infiltração de Šuker, no ponto futuro. Dentro da área, o centroavante dominou e bateu rápido por baixo de Fabien Barthez. Os franceses pediram impedimento no lance, mas Thuram errou a linha e deu condições ao camisa 9 da Croácia. Os franceses ficavam em desvantagem no placar pela primeira vez no Mundial. Mas durou pouco.


(Imagem: The42)

Mas Lilian Thuram se redimiu um minuto depois. Ele avançou pela direita e tentou tocar mais a frente para Thierry Henry. Robert Jarni cortou e, próximo à sua área, Zvonimir Boban deu um giro e demorou a decidir o que fazer. Thuram veio por trás e lhe tomou a bola. Djorkaeff recebeu e devolveu para Thuram, já dentro da área. Sem cacoete para finalização, o zagueiro-lateral bateu na bola meio sem jeito, já caindo, mas a bola foi para o gol.

Thuram parecer ter tomado gosto pelo ataque. Zidane virou o jogo na direita para o camisa 15. Ele avançou e tocou para Henry, que foi travado pela marcação. A bola sobrou para Jarni, que demorou demais para se desfazer da bola. Thuram tomou dele e bateu de esquerda de fora da área. A bola quicou e foi morrer no canto esquerdo do goleiro Ladić.

Mas quatro minutos depois, a França ficou com um homem a menos. Henry tocou para Zidane no meio e Zizou abriu na esquerda para o apoio de Bixente Lizarazu. O lateral basco avançou até sofrer falta de Mario Stanić. Zidane cobrou a falta para a área e, na busca por espaço, Blanc empurrou o rosto de Slaven Bilić. O árbitro entendeu como agressão e expulsou o zagueiro francês.


(Imagem: Sportskeeda)

Com um jogador a mais, a Croácia partiu para o ataque em busca do empate.

Jarni cruzou da esquerda. Na segunda trave, Šuker dominou no peito tirando a marcação de Lizarazu e bateu forte de direita. Desailly chegou travando e impediu o que seria o gol de empate.

Zvonimir Soldo cruzou da direita. Silvio Marić fez o corta luz e Goran Vlaović chutou de longe. A bola desviou no meio do caminho e foi descaindo. Ela tinha o rumo do ângulo direito, mas Barthez voou e mandou para escanteio.

Robert Prosinečki cobrou escanteio à meia altura. Igor Štimac desviou de cabeça para trás, mas a bola não chegou a Šuker. Desailly chutou para o alto e afastou o perigo.

Enquanto isso, a torcida francesa cantava o hino nacional, “La Marseillaise”, em plenos pulmões. E explodiu em êxtase após o apito final.


(Imagem: Sportsnet)

● Nascido no dia 01/01/1972 em Guadalupe – um departamento ultramarino da França no Caribe – Ruddy Lilian Thuram-Ulien jogou 142 partidas pela seleção francesa, de 1994 a 2008, e marcou apenas dois gols. Justamente os dois que levaram a França para sua primeira final de Copa.

Após três derrotas em semifinais de Copas do Mundo (1958, 1982 e 1986), finalmente a França chegou à final.

“Eu não acredito. Estamos na final!” ― Emmanuel Petit

“Não faço gols nem nos treinamentos. Numa semifinal de Copa, marquei dois. Não sei o que dizer.” ― Lilian Thuram

“Agora, vamos enfrentar os mestres do futebol.” ― Aimé Jacquet

Na decisão, a França jogou melhor e venceu o Brasil por 3 x 0 e conquistou seu primeiro título da Copa do Mundo de Futebol.


(Imagem: Soccer Museum)

FICHA TÉCNICA:

 

FRANÇA 2 x 1 CROÁCIA

 

Data: 08/07/1998

Horário: 21h00 locais

Estádio: Stade de France

Público: 76.000

Cidade: Saint-Denis (França)

Árbitro: José María García-Aranda (Espanha)

 

FRANÇA (4-5-1):

CROÁCIA (3-5-2):

16 Fabien Barthez (G)

1  Dražen Ladić (G)

15 Lilian Thuram

4  Igor Štimac

5  Laurent Blanc

20 Dario Šimić

8  Marcel Desailly

6  Slaven Bilić

3  Bixente Lizarazu

13 Mario Stanić

7  Didier Deschamps (C)

17 Robert Jarni

19 Christian Karembeu

14 Zvonimir Soldo

17 Emmanuel Petit

7  Aljoša Asanović

10 Zinedine Zidane

10 Zvonimir Boban (C)

6  Youri Djorkaeff

19 Goran Vlaović

9  Stéphane Guivarc’h

9  Davor Šuker

 

Técnico: Aimé Jacquet

Técnico: Miroslav Blažević

 

SUPLENTES:

 

 

1  Bernard Lama (G)

12 Marjan Mrmić (G)

22 Lionel Charbonnier (G)

22 Vladimir Vasilj (G)

18 Frank Leboeuf

5  Goran Jurić

2  Vincent Candela

15 Igor Tudor

14 Alain Boghossian

18 Zoran Mamić

4  Patrick Vieira

3  Anthony Šerić

11 Robert Pirès

21 Krunoslav Jurčić

13 Bernard Diomède

8  Robert Prosinečki

21 Christophe Dugarry

11 Silvio Marić

12 Thierry Henry

2  Petar Krpan

20 David Trezeguet

16 Ardian Kozniku

 

GOLS:

46′ Davor Šuker (CRO)

47′ Lilian Thuram (FRA)

70′ Lilian Thuram (FRA)

 

CARTÕES AMARELOS:

45′ Aljoša Asanović (CRO)

75′ Mario Stanić (CRO)

88′ Dario Šimić (CRO)

 

CARTÃO VERMELHO:
74′ Laurent Blanc (FRA)

 

SUBSTITUIÇÕES:

31′ Christian Karembeu (FRA) ↓

Thierry Henry (FRA) ↑

 

65′ Zvonimir Boban (CRO) ↓

Silvio Marić (CRO) ↑

 

68′ Stéphane Guivarc’h (FRA) ↓

David Trezeguet (FRA) ↑

 

77′ Youri Djorkaeff (FRA) ↓

Frank Leboeuf (FRA) ↑

 

89′ Mario Stanić (CRO) ↓

Robert Prosinečki (CRO) ↑

Melhores momentos da partida:

Jogo completo:

… 13/06/2021 – O melhor do terceiro dia da Euro

Três pontos sobre…
… 13/06/2021 – O melhor do terceiro dia da Euro


(Imagem: UEFA)

A Inglaterra venceu pela primeira vez no jogo de abertura da Euro, a Áustria conseguiu sua primeira vitória na história do torneio e a Holanda venceu a Ucrânia no melhor jogo até o momento.

… Inglaterra 1 x 0 Croácia


(Imagem: UEFA)

● Foi a reedição da semifinal da última Copa do Mundo.

Sem poder contar com o zagueiro Harry Maguire, o técnico Gareth Southgate optou por desfazer de seu tradicional 3-5-2. Mandou seu time a campo no 4-3-3, improvisando Trippier na lateral esquerda.

Jogando em casa, no mítico estádio Wembley, a Inglaterra começou o jogo pressionando e teve a primeira chance logo aos cinco minutos. Phil Foden (com o cabelo descolorido que lembra um pouco Paul Gasgoigne) invadiu a área pelo lado direito e bateu de perna esquerda. A bola passou pelo goleiro Dominik Livaković, mas bateu na trave.

Ainda houve duas outras chances, com Sterling perdendo o tempo de bola pelo lado esquerdo e um chute de fora da área de Kalvin Phillips, que Livaković pegou.

A Inglaterra dominava. Mas, no meio do primeiro tempo, a Croácia compactou as linhas de marcação e passou a impedir a criação do English Team. Com isso, os croatas começaram a ficar mais com a bola no pé. Na melhor das jogadas, Vrsaljko cruzou da direita, Kramarić fez o corta luz e Ivan Perišić bateu por cima, longe do gol.

O segundo tempo começou como uma continuação do primeiro. Luka Modrić, mais apagado que o normal, chutou de longe e Pickford segurou.

Aos 12, o único gol do jogo. Kalvin Phillips apareceu como opção na meia direita, cortou a marcação e tocou na medida para a infiltração de Raheem Sterling, que finalizou de dentro da área. A bola ainda tocou no goleiro antes de entrar.

A sequência da partida foi uma batalha no meio de campo, em que ninguém se sobressaiu. E o jogo terminou assim.

Foi a primeira derrota da Croácia em uma estreia de Euro. Antes, eram quatro vitórias e um empate.

Por sua vez, foi a primeira vitória inglesa na primeira partida de uma Eurocopa. Anteriormente, eram cinco empates e quatro derrotas.

… Áustria 3 x 1 Macedônia do Norte


(Imagem: UEFA)

● Pelo histórico das duas seleções no futebol, muitos esperavam um jogo fácil. Mas não foi.

A Áustria abriu o placar aos 18′. Marcel Sabitzer fez um lançamento sensacional da lateral esquerda. O ala Stefan Lainer apareceu na segunda trave e emendou para o gol.

Mas a Macedônia do Norte empatou o jogo aos dez minutos depois, em uma falha da defesa austríaca. A bola acabou sobrando livre para o melhor jogador macedônio fazer o primeiro gol da história de seu país em uma grande competição. Prestes a completar 38 anos, Goran Pandev é o capitão, camisa 10, mais talentoso do time e com histórico mais vencedor. É um simbolismo enorme ele ter sido o autor do gol.

De forma incoerente, o treinador Franco Foda preferiu escalar David Alaba no centro de uma linha de três zagueiros. Mais técnico de sua seleção, ele dava muita qualide à saída de bola, mas suas características poderiam ser utilizadas melhor na criação das jogadas. Assim, Sabitzer e Konrad Laimer – a dupla do RB Leipzig – tentava fazer sua seleção jogar.

Quando a Macedônia do Norte estava mais confortável em campo e parecia até mais perto da virada, a Áustria fez o segundo gol.

Aos 33′ do segundo tempo, Alaba se projetou pela lateral esquerda e cruzou para Michael Gregoritsch desviar para o gol, antes da chegada do goleiro Dimitrievski.

O terceiro gol saiu a um minuto do fim. Laimer deu um toque de calcanhar, Marko Arnautović dominou, invadiu a área e driblou o goleiro antes de chutar para o gol.

Essa foi a primeira vitória da Áustria na história da Eurocopa. Nas duas participações anteriores (2008 e 2016), haviam sido dois empates e quatro derrotas – e queda na primeira fase em ambos.

… Holanda 3 x 2 Ucrânia


(Imagem: UEFA)

● Andriy Shevchenko mandou a Ucrânia a campo no sistema 4-1-4-1, com muita liberdade para os meias laterais avançarem ao ataque.

Frank de Boer escalou a Holanda no mesmo esquema 5-3-2 que fez a Oranje obter o 4º lugar na Copa de 2014.

No primeiro tempo, as duas seleções jogaram pra ganhar, com muito toque de bola e intensidade. Mas faltou o gol. A Holanda chegou mais perto disso, com chutes de fora da área de Wijnaldum e finalizações imprecisas de Weghorst e Dumfries.

Aos 7′ da etapa final, lançamento em profundidade pela direita do ataque holandês, Mykolenko errou o corte e Dumfries cruzou rasteiro. O goleiro Bushchan ainda tirou da área, mas Georginio Wijnaldum aproveitou o rebote e mandou no alto para abrir o placar.

A Laranja marcou o segundo seis minutos depois, em nova falha do lateral esquerdo ucraniano Vitaliy Mykolenko. Frenkie de Jong tocou para Dumfries dentro da área. Mykolenko caiu na dividida, a zaga tentou tirar e Wout Weghorst emendou de primeira para o gol. Bushchan ainda tentou pegar, mas a bola entrou.

A Holanda tinha controle do jogo, mas a Ucrânia não se deu por vencida e diminuiu aos 30′. Vestindo a camisa 7 que era de seu treinador, Andriy Yarmolenko fez um golaço. Ele tabelou com Yaremchuk, cortou da direita para o centro, ajeitou e bateu de perna esquerda, encobrindo o gigante Stekelenburg.

O empate ucraniano saiu quatro minutos depois. Malinovskyi cobrou falta da esquerda e Roman Yaremchuk apareceu sozinho na entrada da pequena área e cabeceou no canto esquerdo do goleiro.

Quando parecia que a Ucrânia tinha mais moral e estava mais próxima da virada, a Holanda resolveu o jogo a seu favor, com um gol de Denzel Dumfries, o melhor em campo, marcando um gol e participando dos outros dois.

Aos 40′, o zagueiro Nathan Aké cruzou da esquerda e Dumfries se antecipou à marcação de Zinchenko e cabeceou forte no canto esquerdo, sem chances para o goleiro ucraniano.

Final, 3 a 2 para a Holanda.

Um jogaço, o melhor dessa Eurocopa até aqui.

… 15/07/2018 – França 4 x 2 Croácia

Três pontos sobre…
… 15/07/2018 – França 4 x 2 Croácia


(Imagem: FIFA.com)

● A França chegou ao Mundial como uma das favoritas, mas não chegou a encantar em momento algum. Na estreia, sofreu para vencer a Austrália por 2 x 1, com um pênalti marcado pelo VAR e um gol contra. Depois, jogou bem apenas no primeiro tempo e venceu o Peru por 1 x 0. E, com os reservas, decepcionou ao não querer jogar contra a Dinamarca, no único 0 x 0 desse Mundial. Em compensação, fez brilhar os olhos dos amantes do futebol, quando o mancebo Kylian Mbappé destruiu a Argentina e o 4 x 3 foi um placar magro pelo que foi a partida. Nas quartas de final, Les Bleus foram cirúrgicos ao bater o Uruguai por 2 x 0. Nas semi, precisou de um gol de escanteio para vencer a “ótima geração belga” por 1 x 0. Na final, claramente era muito mais time que o adversário e era a grande favorita.

Mas a Croácia já havia dado várias mostras de sua superação em campo. Estreou vencendo a Nigéria por 2 x 0 em um jogo modorrento. Na sequência, arrasou a Argentina com um chocolate de 3 x 0. Na terceira rodada, usou os reservas e venceu a Islândia por 2 x 1. E depois começou o festival de prorrogações. Nas oitavas de final, empatou com a Dinamarca por 1 x 1 e venceu nos pênaltis. Nas quartas, empatou com a Rússia por 2 x 2 e, novamente, se classificou nos pênaltis. Nas semi, empatou com a Inglaterra no tempo normal e só venceu na prorrogação, por 2 x 1. Com isso, os croatas acabaram jogando mais 90 minutos a mais que os franceses, além de terem um dia a menos de descanso – pois jogaram na quarta, enquanto a França jogou na terça.

Separada da Iugoslávia desde 1991, a Croácia chegava à sua primeira final de Copa. Já tinha a sensação de ter cumprido seu papel, superado as expectativas e o que viesse seria lucro.

A França tinha uma equipe melhor tecnicamente e estava em melhor condição física. Era a terceira final de Copa do Mundo em seis edições disputadas. Na primeira delas, em 1998, Zinedine Zidane liderou Les Bleus na vitória por 3 x 0 sobre o Brasil. Na segunda, ainda sob a batuta de Zizou, a França perdeu para a Itália nos pênaltis em 2006. Contra os croatas, era amplamente favorita.

Mas esse mesmo time base já havia falhado em momentos decisivos, especialmente na final da Eurocopa de 2016, quando jogou em casa e perdeu na prorrogação por 1 x 0 para Portugal, que tinha uma equipe inferior tecnicamente. Esse raio ruim não poderia cair duas vezes no mesmo lugar.


Didier Deschamps escalou a França com seus onze considerados titulares, no sistema 4-2-3-1.


Mesmo com o time esgotado fisicamente, Zlatko Dalić mandou seu time a campo no 4-2-3-1 e manteve a escalação da semifinal.

● No início da partida, a Croácia tratou de pressionar a saída de bola, tentando resolver logo o jogo. Mas o cansaço e o esgotamento chegaram antes do gol.

Logo aos 17 minutos de jogo, Antoine Griezmann emulou Neymar, dobrou as pernas ridiculamente e caiu. O árbitro Néstor Pitana enxergou o que não houve e marcou a falta, mesmo com a grande pressão dos croatas – que estavam certos. Griezmann alçou a bola para a área e Mandžukić teve o azar de desviá-la de cabeça para o gol.

Com um gol proveniente de uma falta não existente, a França abriu o placar. Mario Mandžukić marcou o primeiro gol contra em uma final de Copa do Mundo, em toda a história. Esse Mundial dos gols contra, teve seu 12º marcado na final – o dobro do recorde anterior, que era de seis em 1998.

Depois, Luka Modrić cobrou uma falta para a área, mas o zagueiro Domagoj Vida cabeceou por cima.


(Imagem: FIFA.com)

Em nova cobrança de falta, dessa vez do meio campo, aos 28 min, Modrić lançou na direita. Šime Vrsaljko cabeceou para o meio da área. Mandžukić ganhou de Pogba pelo alto, Dejan Lovren desviou de cabeça e Vida tocou para trás. Ivan Perišić estava na meia lua e já dominou cortando para a perna esquerda, invadindo a área e enchendo o pé para o gol. A bola ainda desviou de leve em Varane antes de entrar. A seleção vatreni ainda estava viva na decisão!

Seis minutos depois, Griezmann cobrou escanteio fechado, Matuidi cabeceou e a bola tocou na mão de Perišić, que estava com o braço aberto. Os franceses correram para cima do árbitro para reclamar o toque. E a Copa do VAR foi decidida também pelo VAR. O italiano Massimiliano Irrati, que nunca marca nada, que sempre vê as infrações dentro da área como “normais”, dessa vez chamou a atenção de Pitana e o convidou para ver o lance no vídeo. E o argentino, mesmo vendo e revendo o lance, aparentemente ainda em dúvida, assinalou corretamente o pênalti. A primeira intervenção do VAR em uma final de Copa foi certeira e fatal.

Griezmann partiu para a cobrança. O goleiro Danijel Subašić se mostrou na competição um exímio especialista em defesas de pênaltis, mas caiu um pouco antes para seu lado esquerdo e deixou o outro lado livre para o camisa 7 francês deslocá-lo.

Após cobrança de escanteio, Vida desviou de cabeça para fora.

No segundo tempo, Ivan Rakitić tocou para Ante Rebić, que bateu de esquerda e Lloris espalmou para escanteio.

Mbappé foi lançado em velocidade, passou por Vida e chutou. Mas Subašic se antecipou, diminuindo o ângulo e fazendo a defesa.


(Imagem: FIFA.com)

Pouco depois, quatro pessoas invadiram o campo…

Aos 14′, Paul Pogba começou a jogada lançando Mbappé na ponta direita. O garoto passou por Ivan Strinić, foi à linha de fundo e cruzou para trás. Griezmann dominou e deixou com Pogba que emendou de primeira. Lovren rebateu e a bola voltou para o próprio Pogba chutar colocada de esquerda e marcar o terceiro gol. Subašic nem pulou.

Faltava o gol do prodígio Mbappé, que marcou aos vinte minutos. Lucas Hernández fez boa jogada pela esquerda e tocou para o camisa 10. Ele dominou na entrada da área e chutou rasteiro. Novamente o goleiro croata nem pulou. Com 19 anos e meio, Kylian Mbappé se tornou o segundo jogador mais jovem a marcar gol em uma final – só perde para Pelé, que tinha 17 anos e oito meses quando marcou na decisão de 1958.

Ainda deu tempo de o goleiro e capitão Hugo Lloris fazer uma bobagem. Aos 24′, ele recebeu de Umtiti e tentou driblar Mandžukić, que vinha na corrida. Mas o croata foi mais esperto, deixou o pé e diminuiu o placar. Um gol oriundo de uma das falhas mais bisonhas da história das finais de Copa. Sorte que sua equipe estava com boa diferença no placar. Faltou concentração e sobrou soberba a Lloris.

Mas foi ele, o goleiro e capitão Hugo Lloris, o responsável por levantar a taça no estádio Olímpico Luzhniki, em Moscou.


(Imagem: FIFA.com)

● As seleções europeias venceram os quatro últimos Mundiais, a maior sequência de uma confederação em toda a história.

Algumas observações merecem ser feitas. A França claramente mereceu vencer, mas… no lance do primeiro gol, Antoine Griezmann não sofreu falta. Ele buscou o contato e dobrou as pernas. O mundo inteiro que criticava Neymar por exagerar quando sofre falta, era o mesmo mundo que aplaude Griezmann por ter “cavado” uma falta inexistente. Curiosamente, o árbitro escalado para a final nasceu na mesma Argentina que foi massacrada pela Croácia na primeira fase. Se a FIFA quisesse um árbitro isento, poderia ter escalado outro, como, por exemplo, o brasileiro Sandro Meira Ricci. Néstor Pitana, mesmo vendo o lance do pênalti no vídeo, ainda hesitou algumas vezes antes de assinalá-lo. E deve ter engolido seco.

Bola parada não ganha apenas jogo: ganha Copa do Mundo! Segundo a FIFA, dos 169 gols marcados no torneio, 71 foram originados em bola parada (cobranças de faltas diretas ou indiretas, escanteio e pênaltis). Foi a Copa com o maior número de pênaltis na história, com 29.

A Copa de 2018 bateu o recorde de partidas consecutivas com gol. O primeiro 0 x 0 só aconteceu na 38ª partida, entre França e Dinamarca – um “jogo de compadres” que garantiu ambas seleções nas oitavas de final. Foi o único jogo sem gols no Mundial. Essa marca superou os 26 jogos seguidos sem 0 x 0 da Copa de 1954.

O centroavante Olivier Giroud foi fundamental no estilo de jogo francês. Além do papel de pivô, com sua constante movimentação, ele era o principal responsável para abrir espaços nas defesas adversárias para a infiltração de seus companheiros. Porém, ele terminou o Mundial sem marcar nenhum gol e, pior ainda: sem acertar nenhum chute no alvo.

Antoine Griezmann foi eleito discutivelmente pela FIFA o melhor jogador da partida. Kylian Mbappé praticamente não teve concorrentes para ser o melhor jogador jovem.

Luka Modrić foi o jogador que mais tempo ficou em campo durante a Copa: 694 minutos. Merecidamente, ele recebeu o prêmio de melhor jogador do torneio. Com muita técnica e disposição, o capitão croata liderou sua seleção à final e mereceu o título. Modrić sempre foi um jogador que potencializa o futebol de seus companheiros. E terminou a Copa de 2018 com status de estrela. No fim do ano, seria eleito o melhor jogador do mundo, tanto com a Bola de Ouro da revista France Football, quanto com o prêmio The Best da FIFA. Modrić quebrou uma longa sequência de dez anos em que a premiação era dividida entre Messi e Cristiano Ronaldo.


(Imagem: FIFA.com)

Esse time da Croácia ficou marcado também por não jogar com um meio campista originalmente defensivo. Quem fez essa função na maioria das vezes foi Marcelo Brozović, que na Internazionale era um meia de transição. Outras vezes, o meia mais defensivo era Ivan Rakitić, que de vez em quando fazia essa função no Barcelona. Méritos do ofensivo treinador Zlatko Dalić, que em alguns jogos escalou juntos os atacantes Mario Mandžukić, Ante Rebić e Andrej Kramarić.

Mas Zlatko Dalić deve ser questionado pelo excesso de confiança em seus titulares e a falta dela nos reservas. Milan Badelj fez uma partida formidável contra a Islândia e não recebeu mais oportunidades. Mateo Kovacic é um multifuncional e sempre incisivo, independentemente da função em campo, mas só entrava nos minutos finais das partidas. E, em uma final de Copa, precisando ir em busca do resultado, Dalić fez apenas duas alterações. Contestável.

Danijel Subašic foi um dos destaques da Croácia na Copa do Mundo, mas seu final não refletiu o que apresentou durante a competição. Ele atuava no clube francês Monaco desde 2012. E seus adversários se aproveitaram por conhecer a má fama que o goleiro tem de não se dar bem em chutes de longe. Com certeza Subašic poderia ter feito melhor nos chutes de Pogba e Mbappé que resultaram nos dois últimos gols franceses. Além disso, ainda caiu antes no pênalti cobrado por Griezmann.

A França se valeu de uma defesa muito forte, com o que havia de melhor na época no Real Madrid (Raphaël Varane) e no Barcelona (Samuel Umtiti), além da sempre ótima proteção de N’Golo Kanté e de dois zagueiros nas laterais (Benjamin Pavard e Lucas Hernández). Venceu essa Copa nos contra-ataques e nas bolas paradas. Pode até ser um estilo de jogo chato, mas é mortal e eficiente, principalmente com a jovialidade e a velocidade de Mbappé. Mesmo tendo sua convocação bastante contestada no início, Deschamps tem todos os méritos do mundo ao utilizar o máximo potencial de sua equipe. Ele soube extrair o melhor de seu elenco, montando uma defesa sólida, um meio campo dinâmico e um ataque rápido, direto e efetivo. A conquista do título foi justíssima.


(Imagem: FIFA.com)

Didier Deschamps entrou definitivamente para a história, como o terceiro a vencer a Copa do Mundo como jogador e técnico. Antes dele, somente o brasileiro Zagallo e o alemão Franz Beckenbauer haviam conseguido o feito. E somente o alemão e o francês o fizeram como capitão, o que é ainda mais raro.

Raphaël Varane também entrou para um seleto grupo de atletas que venceram a UEFA Champions League e a Copa do Mundo no mesmo ano. Os alemães Franz Beckenbauer, Gerd Muller, Paul Breitner, Sepp Maier, Uli Hoeneß, Hans-Georg Schwarzenbeck e Jupp Kapellmann venceram a UCL pelo Bayern de Munique em 1974. O francês Christian Karembeu jogava no Real Madrid em 1998, assim como o brasileiro Roberto Carlos em 2002 e o alemão Sami Khedira em 2014.

Se em 1998, 13 dos jogadores do elenco campeão pela França possuíam alguma ligação ou origem estrangeira, no time de 2018, eram vinte dos 23 atletas convocados. Era o auge da França do “black, blanc, beur” (uma alusão aos negros, brancos e árabes), um verdadeiro mapa-múndi do futebol. Apenas Benjamin Pavard, Olivier Giroud e Florian Thauvin eram genuinamente franceses. Samuel Umtiti nasceu em Camarões, Steve Mandanda na República Democrática do Congo e Thomas Lemar em Guadalupe, possessão ultramarina da França. O capitão Hugo Lloris é filho de um banqueiro espanhol. N’Golo Kanté, Ousmane Dembélé e Djibril Sidibé são filho de pais nascidos em Mali. Alphonse Areola é filho de filipinos. Os pais de Raphaël Varane são da Martinica. Kylian Mbappé filho de uma ex-jogadora de handebol argelina e pai camaronês. Paul Pogba é filho de pai congolês e mãe guineense. As famílias de Steven Nzonzi e Presnel Kimpembe têm origem no Congo. Corentin Tolisso tem ascendência em Togo e Nabil Fekir na Argélia. Lucas Hernández descendente de espanhóis. Antoine Griezmann é de origem alemã e portuguesa. Benjamin Mendy descende de senegaleses. Adil Rami é de família marroquina. Blaise Matuidi é descendente de congoleses e angolanos.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

FRANÇA 4 x 2 CROÁCIA

 

Data: 15/07/2018

Horário: 18h00 locais

Estádio: Olímpico Luzhniki

Público: 78.011

Cidade: Moscou (Rússia)

Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)

 

FRANÇA (4-2-3-1):

CROÁCIA (4-2-3-1):

1  Hugo Lloris (G)(C)

23 Danijel Subašić (G)

2  Benjamin Pavard

2  Šime Vrsaljko

4  Raphaël Varane

6  Dejan Lovren

5  Samuel Umtiti

21 Domagoj Vida

21 Lucas Hernández

3  Ivan Strinić

13 N’Golo Kanté

11 Marcelo Brozović

6  Paul Pogba

7  Ivan Rakitić

14 Blaise Matuidi

10 Luka Modrić (C)

10 Kylian Mbappé

4  Ivan Perišić

7  Antoine Griezmann

18 Ante Rebić

9  Olivier Giroud

17 Mario Mandžukić

 

Técnico: Didier Deschamps

Técnico: Zlatko Dalić

 

SUPLENTES:

 

 

16 Steve Mandanda (G)

12 Lovre Kalinić (G)

23 Alphonse Areola (G)

1  Dominik Livaković (G)

19 Djibril Sidibé

13 Tin Jedvaj

3  Presnel Kimpembe

5  Vedran Ćorluka

17 Adil Rami

15 Duje Ćaleta-Car

22 Benjamin Mendy

22 Josip Pivarić

15 Steven Nzonzi

14 Filip Bradarić

12 Corentin Tolisso

19 Milan Badelj

8  Thomas Lemar

8 Mateo Kovačić

18 Nabil Fekir

20 Marko Pjaca

20 Florian Thauvin

9 Andrej Kramarić

11 Ousmane Dembélé

16 Nikola Kalinić (dispensado da delegação)

 

GOLS:

18′ Mario Mandžukić (FRA) (gol contra)

28′ Ivan Perišić (CRO)

38′ Antoine Griezmann (FRA) (pen)

59′ Paul Pogba (FRA)

65′ Kylian Mbappé (FRA)

69′ Mario Mandžukić (CRO)

 

CARTÕES AMARELOS:

27′ N’Golo Kanté (FRA)

41′ Lucas Hernández (FRA)

90+2′ Šime Vrsaljko (CRO)

 

SUBSTITUIÇÕES:

55′ N’Golo Kanté (FRA) ↓

Steven Nzonzi (FRA) ↑

 

71′ Ante Rebić (CRO) ↓

Andrej Kramarić (CRO) ↑

 

73′ Blaise Matuidi (FRA) ↓

Corentin Tolisso (FRA) ↑

 

81′ Olivier Giroud (FRA) ↓

Nabil Fekir (FRA) ↑

 

81′ Ivan Strinić (CRO) ↓

Marko Pjaca (CRO) ↑

Gols da partida:

… 15/07/2018 – França 4 x 2 Croácia

Três pontos sobre…
… 15/07/2018 – França 4 x 2 Croácia


(Imagem: FIFA.com)

● No início da Copa do Mundo de 2018, a França era uma das seleções que chegava como favorita. Em momento algum encantou. Na estreia, sofreu para vencer a Austrália por 2 x 1, com um pênalti marcado pelo VAR e um gol contra. Depois, jogou bem apenas no primeiro tempo e venceu o Peru por 1 x 0. E, com os reservas, decepcionou ao não querer jogar contra a Dinamarca, no único 0 x 0 desse Mundial. Em compensação, fez brilhar os olhos dos amantes do futebol, quando o mancebo Kylian Mbappé destruiu a Argentina e o 4 x 3 foi um placar magro pelo que foi a partida. Nas quartas de final, Les Bleus foram cirúrgicos ao bater o Uruguai por 2 x 0. Nas semi, precisou de um gol de escanteio para vencer a Bélgica por 1 x 0. Na final, claramente era muito mais time que o adversário e era a grande favorita.

Mas a Croácia já havia dado várias mostras de sua superação em campo. Estreou vencendo a Nigéria por 2 x 0 em um jogo modorrento. Na sequência, arrasou a Argentina com um chocolate de 3 x 0. Na terceira rodada, usou os reservas e venceu a Islândia por 2 x 1. E depois começou o festival de prorrogações. Nas oitavas de final, empatou com a Dinamarca por 1 x 1 e venceu nos pênaltis. Nas quartas, empatou com a Rússia por 2 x 2 e, novamente, se classificou nos pênaltis. Nas semi, empatou com a Inglaterra no tempo normal e só venceu na prorrogação, por 2 x 1. Com isso, os croatas acabaram jogando mais 90 minutos a mais que os franceses, além de terem um dia a menos de descanso – pois jogaram na quarta, enquanto a França jogou na terça.


Didier Deschamps escalou a França com seus onze considerados titulares, no sistema 4-2-3-1.


Mesmo com o time esgotado fisicamente, Zlatko Dalić mandou seu time a campo no 4-2-3-1 e manteve a escalação da última partida.

● Logo aos 17 minutos de jogo, Antoine Griezmann emula Neymar, dobra as pernas ridiculamente e cai. O árbitro Néstor Pitana enxergou o que não houve e marcou a falta, mesmo com a grande pressão dos croatas – que estavam certos. Griezmann alçou a bola para a área e Mandžukić teve o azar de desviá-la de cabeça para o gol.

Com um gol proveniente de uma falta não existente, a França abriu o placar. Mario Mandžukić marcou o primeiro gol contra em uma final de Copa do Mundo, em toda a história. Esse Mundial dos gols contra, teve seu 12º marcado na final – o dobro do recorde anterior, que era de seis em 1998.

Luka Modrić cobrou uma falta para a área, mas Vida cabeceou por cima.

Em nova cobrança de falta, dessa vez do meio campo, aos 28 min, Modrić lançou na direita. Vrsaljko cabeceou para o meio da área. Mandžukić ganhou de Pogba pelo alto, Lovren desviou de cabeça e Vida tocou para trás. Perišić estava na meia lua e já dominou cortando para a perna esquerda, invadindo a área e enchendo o pé para o gol. A bola ainda desviou de leve em Varane antes de entrar. A Croácia ainda estava viva na decisão!

Seis minutos depois, Griezmann cobrou escanteio fechado, Matuidi cabeceou e a bola tocou na mão de Perišić, que estava com o braço aberto. Os franceses correram para cima do árbitro para reclamar o toque. E a Copa do VAR foi decidida também pelo VAR. O italiano Massimiliano Irrati, que nunca marca nada, que sempre vê as infrações dentro da área como “normais”, dessa vez chamou a atenção de Pitana e o convidou para ver o lance no vídeo. E o argentino, mesmo vendo e revendo o lance, aparentemente ainda em dúvida, assinalou corretamente o pênalti. A primeira intervenção do VAR em uma final de Copa foi certeira e fatal.


(Imagem: FIFA.com)

Griezmann partiu para a cobrança. O goleiro Subašić se mostrou na competição um exímio especialista em defesas de pênaltis, mas caiu um pouco antes para seu lado esquerdo e deixou o outro lado livre para o camisa 7 francês deslocá-lo.

Após cobrança de escanteio, Vida desviou de cabeça para fora.

No segundo tempo, Rakitić tocou para Rebić, que bateu de esquerda e Lloris espalmou para escanteio.

Mbappé foi lançado em velocidade, passou por Vida e chutou. Mas Subašić se antecipou, diminuindo o ângulo e fazendo a defesa.

Pouco depois, quatro pessoas invadiram o campo…

Aos 14′, Paul Pogba começou a jogada lançando Mbappé na ponta direita. O garoto passou por Strinić, foi à linha de fundo e cruzou para trás. Griezmann dominou e deixou com Pogba que emendou de primeira. Lovren rebateu e a bola voltou para o próprio Pogba chutar colocada de esquerda e marcar o terceiro gol. Subašić nem pulou.

Faltava o gol do prodígio Mbappé, que marcou aos vinte minutos. Lucas Hernández fez boa jogada pela esquerda e tocou para o camisa 10. Ele dominou na entrada da área e chutou rasteiro. Novamente o goleiro croata nem pulou. Com 19 anos e meio, Kylian Mbappé se tornou o segundo jogador mais jovem a marcar gol em uma final – só perde para Pelé, que tinha 17 anos e oito meses quando marcou na decisão de 1958.

Ainda deu tempo de o goleiro e capitão Hugo Lloris fazer uma bobagem. Aos 24′, ele recebeu de Umtiti e tentou driblar Mandžukić, que vinha na corrida. Mas o croata foi mais esperto, deixou o pé e diminuiu o placar. Um gol oriundo de uma das falhas mais bisonhas da história das finais de Copa. Sorte que sua equipe estava com boa diferença no placar. Faltou concentração e sobrou soberba a Lloris.


(Imagem: FIFA.com)

● Algumas observações precisam ser feitas. A França claramente mereceu vencer, mas… no lance do primeiro gol, Antoine Griezmann não sofreu falta. Ele buscou o contato e dobrou as pernas. O mundo inteiro que critica Neymar por exagerar quando sofre falta, é o mesmo mundo que aplaude Griezmann por ter “cavado” uma falta inexistente. Curiosamente, o árbitro escalado para a final nasceu na mesma Argentina que foi massacrada pela Croácia na primeira fase. Se a FIFA quisesse um árbitro isento, poderia ter escalado outro, como, por exemplo, o brasileiro Sandro Meira Ricci. Néstor Pitana, mesmo vendo o lance do pênalti no vídeo, ainda hesitou algumas vezes antes de assinalá-lo. E deve ter engolido seco.

Bola parada não ganha apenas jogo: ganha Copa do Mundo! Segundo a FIFA, dos 169 gols marcados no torneio, 71 foram originados em bola parada (cobranças de faltas diretas ou indiretas, escanteio e pênaltis).

Antoine Griezmann foi eleito discutivelmente pela FIFA o melhor jogador da partida. Kylian Mbappé praticamente não teve concorrentes para ser o melhor jogador jovem. Luka Modrić recebeu o prêmio de melhor jogador do torneio. Com muita técnica e disposição, capitão croata liderou sua seleção à final e mereceu o título. Modrić sempre foi um jogador que potencializa o futebol de seus companheiros. Agora, termina a Copa de 2018 como uma lenda.


(Imagem: FIFA.com)

Essa Croácia fica na história por não jogar com um meio campista originalmente defensivo. Quem fez essa função na maioria das vezes foi Marcelo Brozović, que na Internazionale é um meia de transição. Outras vezes, o meia mais defensivo era Ivan Rakitić, que de vez em quando faz essa função no Barcelona. Méritos do ofensivo treinador Zlatko Dalić, que em alguns jogos escalou juntos os atacantes Mario Mandžukić, Ante Rebić e Andrej Kramarić. (Enquanto isso, Nikola Kalinić deve estar jogando sinuca em algum lugar…)

Mas Zlatko Dalić deve ser questionado pelo excesso de confiança em seus titulares e a falta dela nos reservas. Milan Badelj fez uma partida formidável contra a Islândia e não recebeu mais oportunidades. Mateo Kovačić é um multifuncional e sempre incisivo quando entra, independentemente da função em campo, mas só entrava nos minutos finais das partidas. E, em uma final de Copa, precisando ir em busca do resultado, Dalić fez apenas duas alterações. Contestável.

Danijel Subašić foi um dos destaques da Croácia na Copa do Mundo, mas seu final não condiz com o que apresentou durante a competição. Ele atua no clube francês Monaco desde 2012. E seus adversários dessa noite se aproveitaram por conhecer a má fama que o goleiro tem de não se dar bem em chutes de longe. Com certeza Subašić poderia ter feito melhor nos chutes de Pogba e Mbappé que resultaram nos dois últimos gols franceses. Além disso, ainda caiu antes no pênalti cobrado por Griezmann.

A França se valeu de uma defesa muito forte, com o que há de melhor em Real Madrid (Raphaël Varane) e Barcelona (Samuel Umtiti), além da sempre ótima proteção de N’Golo Kanté e de dois zagueiros nas laterais (Benjamin Pavard e Lucas Hernández). Venceu essa Copa nos contra-ataques e nas bolas paradas. Pode até ser um estilo de jogo chato, mas é mortal e eficiente, principalmente com a jovialidade e a velocidade de Mbappé. Mesmo tendo sua convocação bastante contestada no início, Deschamps tem todos os méritos do mundo ao utilizar o máximo potencial de sua equipe e levá-la ao título. Foi justíssimo.


(Imagem: FIFA.com)

Didier Deschamps entra definitivamente para a história. É o terceiro na história a vencer a Copa do Mundo como jogador e técnico. Antes dele, somente o brasileiro Zagallo e o alemão Franz Beckenbauer haviam conseguido o feito. E somente o alemão e o francês o fizeram como capitão, o que é ainda mais raro.

Raphaël Varane também entrou para um seleto grupo de atletas que venceram a UEFA Champions League e a Copa do Mundo no mesmo ano. Os alemães Franz Beckenbauer, Gerd Muller, Paul Breitner, Sepp Maier, Uli Hoeneß, Hans-Georg Schwarzenbeck e Jupp Kapellmann venceram a UCL pelo Bayern de Munique em 1974. O francês Christian Karembeu jogava no Real Madrid em 1998, assim como o brasileiro Roberto Carlos em 2002 e o alemão Sami Khedira em 2014.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

FRANÇA 4 x 2 CROÁCIA

 

Data: 15/07/2018

Horário: 18h00 locais

Estádio: Olímpico Luzhniki

Público: 78.011

Cidade: Moscou (Rússia)

Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)

 

FRANÇA (4-2-3-1):

CROÁCIA (4-2-3-1):

1  Hugo Lloris (G)(C)

23 Danijel Subašić (G)

2  Benjamin Pavard

2  Šime Vrsaljko

4  Raphaël Varane

6  Dejan Lovren

5  Samuel Umtiti

21 Domagoj Vida

21 Lucas Hernández

3  Ivan Strinić

13 N’Golo Kanté

11 Marcelo Brozović

6  Paul Pogba

7  Ivan Rakitić

14 Blaise Matuidi

10 Luka Modrić (C)

10 Kylian Mbappé

4  Ivan Perišić

7  Antoine Griezmann

18 Ante Rebić

9  Olivier Giroud

17 Mario Mandžukić

 

Técnico: Didier Deschamps

Técnico: Zlatko Dalić

 

SUPLENTES:

 

 

16 Steve Mandanda (G)

12 Lovre Kalinić (G)

23 Alphonse Areola (G)

1  Dominik Livaković (G)

19 Djibril Sidibé

13 Tin Jedvaj

3  Presnel Kimpembe

5  Vedran Ćorluka

17 Adil Rami

15 Duje Ćaleta-Car

22 Benjamin Mendy

22 Josip Pivarić

15 Steven Nzonzi

14 Filip Bradarić

12 Corentin Tolisso

19 Milan Badelj

8  Thomas Lemar

8 Mateo Kovačić

18 Nabil Fekir

20 Marko Pjaca

20 Florian Thauvin

9 Andrej Kramarić

11 Ousmane Dembélé

16 Nikola Kalinić (dispensado da delegação)

 

GOLS:

18′ Mario Mandžukić (FRA) (gol contra)

28′ Ivan Perišić (CRO)

38′ Antoine Griezmann (FRA) (pen)

59′ Paul Pogba (FRA)

65′ Kylian Mbappé (FRA)

69′ Mario Mandžukić (CRO)

 

CARTÕES AMARELOS:

27′ N’Golo Kanté (FRA)

41′ Lucas Hernández (FRA)

90+2′ Šime Vrsaljko (CRO)

 

SUBSTITUIÇÕES:

55′ N’Golo Kanté (FRA) ↓

Steven Nzonzi (FRA) ↑

 

71′ Ante Rebić (CRO) ↓

Andrej Kramarić (CRO) ↑

 

73′ Blaise Matuidi (FRA) ↓

Corentin Tolisso (FRA) ↑

 

81′ Olivier Giroud (FRA) ↓

Nabil Fekir (FRA) ↑

 

81′ Ivan Strinić (CRO) ↓

Marko Pjaca (CRO) ↑

(Imagem: Shaun Botterill / Getty Images)

Gols da decisão:

… 11/07/2018 – Croácia 2 x 1 Inglaterra

Três pontos sobre…
… 11/07/2018 – Croácia 2 x 1 Inglaterra


(Imagem: FIFA.com)

● Durante toda a Copa do Mundo, os ingleses tentaram tirar a pressão de cima de seus jogadores, dizendo que essa equipe estará realmente pronta para disputar o título no Qatar em 2022. Embora possua uma equipe jovem, com média de idade de 25,9 anos, são todos jogadores de nível técnico indiscutível. Quanto mais avançava na competição, mais isso ficava claro. E os torcedores sonhavam.

A Croácia terminou a primeira fase com 100% de aproveitamento, com destaque no “chocolate” diante dos argentinos. Depois, se desgastou muito fisicamente ao precisar passar por duas decisões nos pênaltis. Mesmo com média de idade de 27,5 anos, os destaques são os “vovôs” Luka Modrić (32), Mario Mandžukić (32) e Danijel Subašić (33). Mas foi Ivan Perišić quem liderou as ações ofensivas nessa partida de hoje, que levou sua seleção para primeira final em sua curta história.


Zlatko Dalić escalou a Croácia no sistema 4-2-3-1.


A Inglaterra, do técnico Gareth Southgate, foi ao campo no sistema 3-5-2.

● E o placar foi aberto logo aos cinco minutos. O ala direito Kieran Trippier, um dos melhores jogadores da Copa, cobrou falta pouco antes da meia lua, no ângulo e sem chances de defesa para o goleiro Subašić.

Nesse momento parecia que a camisa dos Three Lions iria pesar mais. Estava com o contra-ataque à sua disposição, mas Raheem Sterling e Jesse Lingard fizeram outra partida desastrosa, em que erraram quase tudo que tentaram.

Henderson cobrou escanteio bem aberto e Maguire escorou para fora.

Por duas vezes, Ivan Perišić chutou de longe, mas em ambas a bola saiu a esquerda da baliza.

Após um lateral aos 30 min, Harry Keane fez o pivô, Dele Alli deixou com Lingard, que colocou Keane na cara do gol. Ele chutou e Subašić defendeu. Na sobra, o próprio Keane chutou na trave, a bola tocou no goleiro croata e saiu de perigo. Mas o bandeirinha já havia assinalado um impedimento bastante duvidoso logo no primeiro lance.

Na sequência, Ante Rebić pegou a sobra de uma jogada que ele mesmo havia criado e chutou de pé esquerdo, mas o goleiro Pickford defendeu em dois tempos.

Aos 35′, Dele Alli ajeita para Lingard bater da meia lua. Mesmo sem marcação, o camisa 7 bateu para fora. Lembrou muito o lance de Renato Augusto contra Bélgica, já no fim fo jogo: poderia escolher o canto, mas errou a finalização. O inglês também pagaria caro por isso.

No segundo tempo, Modrić cruzou, a zaga desviou e Perišić encheu o pé, mas a marcação estava em cima e cortou antes que colocasse o goleiro em perigo. Parecia não ser o dia de Perišić. Mas era!

Aos 23′, Vrsaljko cruzou da direita e Perišić se antecipou à marcação de Walker e escorou para o gol de pé esquerdo. Os jogadores ingleses reclamaram muito de jogo perigoso do croata. Muitos árbitros marcariam a infração, mas Cüneyt Çakır confirmou o gol.

Pouco depois, Perišić pedalou para cima da marcação e bateu cruzado. A bola foi na trave e Rebić não aproveitou a sobra. Era a vez da Croácia dominar o jogo e perder chances de matar o jogo. Os meninos ingleses etavam nervosos.

Brozović encontrou Mandžukić na área. Ele girou sobre a marcação e bateu, mas o goleiro defendeu.

Trippier cobrou falta da direita, mas Harry Keane não cabeceou em cheio.

Na prorrogação, aos 8′, Trippier bateu um escanteio da direita e John Stones cabeceou firme. Vrsaljko tirou de cabeça em cima da linha. Um milagre em um momento crucial como esse.

No final da primeira parte do tempo extra, Perišić cruzou da esquerda para Mandžukić, mas Pickford foi para a dividida com o atacante e fechou o gol.

Na segunda etapa, logo aos 2 min, Modrić cobrou escanteio rasteiro para a área e Brozović chutou nas redes pelo lado de fora.

Mas tudo se resolveria no minuto seguinte. Perišić ganhou uma disputa pelo alto e Mandžukić aproveitou para chutar cruzado de esquerda. Um belo gol. Uma prova de por quê um centroavante tem que acreditar em todas as bolas. A Croácia jogava melhor e virava o jogo naquele momento.

Ainda deu tempo para Brozović chutar da entrada da área e Pickford defender.


(Imagem: FIFA.com)

● Após o apito final, uma festa histórica para quem está fazendo história. Pela primeira vez, a Croácia está na final da Copa do Mundo. É a primeira vez em que uma seleção que não estava entre as maiores favoritas inicialmente acaba alcançando a decisão.

Na final, a França é claramente favorita e por vários motivos. O primeiro é a história de Les Bleus, finalista pela terceira vez. Além disso, a França tem um time melhor tecnicamente. Enquanto os destaques croatas estão no meio campo, na França eles estão em todos os setores do campo.

A Croácia chega muito mais desgastada fisicamente, não só por ter um dia a menos de descanso, mas também porque precisou de três prorrogações seguidas – além de duas decisões por pênaltis.

Mas por outro lado, a Croácia mostrou que não se importa em vencer favoritos, como eram Argentina e Inglaterra. E com certeza esse é o momento de todos os atletas darem um “gás a mais” em busca da realização do sonho de (quase) todo jogador: vencer a Copa do Mundo.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

CROÁCIA 2 X 1 INGLATERRA

 

Data: 11/07/2018

Horário: 21h00 locais

Estádio: Olímpico Luzhniki

Público: 78.011

Cidade: Moscou (Rússia)

Árbitro: Cüneyt Çakır (Turquia)

 

CROÁCIA (4-2-3-1):

INGLATERRA (3-5-2):

23 Danijel Subašić (G)

1  Jordan Pickford (G)

2  Šime Vrsaljko

2  Kyle Walker

6  Dejan Lovren

5  John Stones

21 Domagoj Vida

6  Harry Maguire

3  Ivan Strinić

12 Kieran Trippier

11 Marcelo Brozović

20 Dele Alli

7  Ivan Rakitić

8  Jordan Henderson

10 Luka Modrić (C)

7  Jesse Lingard

4  Ivan Perišić

18 Ashley Young

18 Ante Rebić

10 Raheem Sterling

17 Mario Mandžukić

9  Harry Kane (C)

 

Técnico: Zlatko Dalić

Técnico: Gareth Southgate

 

SUPLENTES:

 

 

12 Lovre Kalinić (G)

13 Jack Butland (G)

1  Dominik Livaković (G)

23 Nick Pope (G)

13 Tin Jedvaj

22 Trent Alexander-Arnold

5  Vedran Ćorluka

16 Phil Jones

15 Duje Ćaleta-Car

15 Gary Cahill

22 Josip Pivarić

3  Danny Rose

14 Filip Bradarić

4  Eric Dier

19 Milan Badelj

21 Ruben Loftus-Cheek

8 Mateo Kovačić

17 Fabian Delph

20 Marko Pjaca

14 Danny Welbeck

9 Andrej Kramarić

19 Marcus Rashford

16 Nikola Kalinić (dispensado da delegação)

11 Jamie Vardy

 

GOLS:

5′ Kieran Trippier (ING)

68′ Ivan Perišić (CRO)

109′ Mario Mandžukić (CRO)

 

CARTÕES AMARELOS:

48′ Mario Mandžukić (CRO)

54′ Kyle Walker (ING)

96′ Ante Rebić (CRO)

 

SUBSTITUIÇÕES:

74′ Raheem Sterling (ING) ↓

Marcus Rashford (ING) ↑

 

INÍCIO DA PRORROGAÇÃO Ashley Young (ING) ↓

Danny Rose (ING) ↑

 

95′ Ivan Strinić (CRO) ↓

Josip Pivarić (CRO) ↑

 

97′ Jordan Henderson (ING) ↓

Eric Dier (ING) ↑

 

101′ Ante Rebić (CRO) ↓

Andrej Kramarić (CRO) ↑

 

112′ Kyle Walker (ING) ↓

Jamie Vardy (ING) ↑

 

115′ Mario Mandžukić (CRO) ↓

Vedran Ćorluka (CRO) ↑

 

119′ Luka Modrić (CRO) ↓

Milan Badelj (CRO) ↑

Melhores momentos da partida:

… 07/07/2018 – Rússia 2 x 2 Croácia

Três pontos sobre…
… 07/07/2018 – Rússia 2 x 2 Croácia


(Imagem: FIFA.com)

● A Rússia lutou bravamente. Contra limitações técnicas, contra os críticos, contra a desconfiança geral, contra a pressão do governo e da federação, contra os adversários em campo. Lutou contra tudo e contra todos. E foi além de seu limite.

Muitos diziam que seu limite seria ainda na fase de grupos, como foi na Copa das Confederações no ano passado. Mas, após passar pela primeira fase pela primeira vez após a dissolução da União Soviética, raros acreditavam que a dona da casa conseguira superar a badalada Espanha. Com uma aula tática do técnico Stanislav Cherchesov, parou o ímpeto da Fúria e venceu nos pênaltis, com uma jornada inspirada do goleiro e capitão Igor Akinfeev.

A torcida já estava em êxtase. Mas os sonhos não têm limites. E a Rússia sonhou acordada, quando abriu o placar. Depois, veio o pesadelo com a virada na prorrogação. Mas, ainda antes de acordar, o brasileiro Mário Fernandes empatou a partida.

Veio novamente a decisão por pênaltis, a tênue linha que divide os heróis dos vilões. O próprio Mário Fernandes que possibilitou aos russos sonharem, foi o mesmo que errou um dos pênaltis que trouxe o choque de realidade com a eliminação.

A Rússia está fora da Copa que organiza. Mas caiu de pé, com muito orgulho.


As duas equipes atuaram no sistema tático 4-2-3-1.

● Nem parecia aquela Rússia toda fechada contra a Espanha. O técnico Stanislav Cherchesov abandonou o sistema com cinco defensores e voltou ao tradicional 4-2-3-1. No início, houve até uma marcação sob pressão na saída de bola croata, que deu certo por vários momentos, obrigando o adversário a fazer a ligação direta.

E começou assustando no ataque logo no início do jogo. Golovin cruzou da linha de fundo, Vrsaljko cortou mal, mas Dzyuba chutou em cima de Lovren.

Aos cinco minutos, Rebić chutou cruzado da linha de fundo e Akinfeev espalmou para fora. Após escanteio, Lovren ajeitou de cabeça e Rebić cabeceou por cima.

Vrsaljko cruzou rasteiro e Mandžukić finalizou muito mal. Pouco depois, Vrsaljko centrou a bola da direita e Perišić desviou para fora.

E aquela pressão inicial russa foi deixando de existir. Aos poucos, o time foi recuando todo para atrás da linha da bola para apostar no contra-ataque. Deu certo.

Aos 30 minutos, Cheryshev avançou pelo meio, tabelou com Dzyuba e chutou da entrada da área. A bola foi morrer no ângulo do goleiro Subašić, que só olhou e rezou. Esse foi o quarto gol de Denis Cheryshev nessa Copa do Mundo.

Oito minutos depois, com liberdade, Mandžukić invadiu e cruzou da esquerda para a pequena área. Kramarić apareceu para desviar de cabeça e igualar o placar.

Aos seis minutos do segundo tempo, após lançamento da direita, Kramarić tentou uma bicicleta, mas o goleiro Akinfeev foi firme na defesa.

Aos 15′, Strinić cruzou da esquerda, Kramarić emendou de volta da segunda trave e Akinfeev se chocou contra um companheiro russo. Na sobra, Perišić dominou, limpou a marcação e cruzou cruzado. A bola tocou na trave esquerda e correu rente à linha de gol. Mas a bola não chegou a entrar.

No 26º minuto, Mário Fernandes cruzou da direita e Yerokhin cabeceou por cima.

No fim do jogo, o goleiro croata Danijel Subašić sente uma lesão na coxa direita e precisou de atendimento médico. Como a Croácia já havia feito as três substituições, era necessário que o jogo fosse para a prorrogação para substituir o goleiro. Mas Subašić não só continuaria até o fim do tempo extra, mas também voltaria a ser herói na disputa por pênaltis.

No último lance do tempo normal, ele ainda foi testado por Fyodor Smolov, que encheu o pé, sem ângulo, mas Subašić fez a defesa.


(Imagem: FIFA.com)

Na prorrogação, o jogo ficou muito truncado. As equipes estavam muito cansadas e criaram muito pouco. Só mesmo a bola parada para resolver. E ela seria a solução para os dois lados.

Aos 11 minutos, Luka Modrić cobrou escanteio e Vida cabeceou. A bola passou por três jogadores e entrou no cantinho esquerdo de Akinfeev. Era a virada croata.

No meio do segundo tempo extra, Dzagoev cobrou escanteio para a área e Subašić saiu de soco. Kuzyayev pegou o rebote e chutou de primeira e o goleiro croata agarrou com segurança.

Smolov invadiu a área pelo lado esquerdo, cortou a marcação e cruzou alto, mas Subašić voou para cortar e afastar o perigo.

Aos 10′ do segunto tempo da prorrogação, Dzagoev cobrou falta do bico direito da área. A bola foi na cabeça do brasileiro naturalizado Mário Fernandes, que subiu no meio da zaga e cabeceou no canto direito do goleiro croata. Tudo igual em Sóchi.

No último lance dos 120 minutos, Zobnin chutou rasteiro da intermediária e Subašić defendeu.


(Imagem: FIFA.com)

● E a partida, empatada nos 90 minutos e na prorrogação, foi decidida nos tiros livres da marca do pênalti. E começou com um erro. Fyodor Smolov, que antes da Copa era a maior esperança russa de fazer uma boa competição, praticamente recuou sua cobrança para a defesa de Subašić. Brozović marcou o primeiro para a Croácia e Dzagoev igualou. Kovačić bateu no canto direito e Akinfeev defendeu. Mário Fernandes pegou mal e bateu para fora. Depois, todos acertaram: Modrić, Ignashevich, Vida e Kuzyayev. Assim como nas oitavas de final, coube a Ivan Rakitić converter o último penal que garantiu sua seleção na próxima fase.

Vinte anos depois, a Croácia volta a disputar as semifinais da Copa do Mundo. Agora, vai enfrentar a Inglaterra, que venceu a Suécia por 2 a 0. Pelo peso da camisa e por já ter conquistado um título, o English Team é favorito. Mas a Croácia provou que é uma equipe completa, talentosa em todas suas posições. Se chegar à decisão, não será uma zebra.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

RÚSSIA 2 x 2 CROÁCIA

 

Data: 07/07/2018

Horário: 21h00 locais

Estádio: Olímpico de Fisht (Fisht Stadium)

Público: 44.287

Cidade: Sóchi (Rússia)

Árbitro: Sandro Meira Ricci (Brasil)

 

RÚSSIA (4-2-3-1):

CROÁCIA
(4-2-3-1):

1  Igor Akinfeev (G)(C)

23 Danijel Subašić (G)

2  Mário Fernandes

2  Šime Vrsaljko

3  Ilya Kutepov

6  Dejan Lovren

4  Sergei Ignashevich

21 Domagoj Vida

13 Fyodor Kudryashov

3  Ivan Strinić

11 Roman Zobnin

7  Ivan Rakitić

7  Daler Kuzyayev

10
Luka Modrić (C)

19 Aleksandr Samedov

18
Ante Rebić

17 Aleksandr Golovin

9 Andrej Kramarić

6  Denis Cheryshev

4  Ivan Perišić

22 Artem Dzyuba

17
Mario Mandžukić

 

Técnico: Stanislav Cherchesov

Técnico:
Zlatko Dalić

 

SUPLENTES:

 

 

12 Andrey Lunyov (G)

12 Lovre Kalinić (G)

20 Vladimir Gabulov (G)

1  Dominik Livaković (G)

5  Andrei Semyonov

13 Tin Jedvaj

14 Vladimir Granat

5  Vedran Ćorluka

23 Igor Smolnikov

15 Duje Ćaleta-Car

18 Yuri Zhirkov

22 Josip Pivarić

8  Yury Gazinsky

14
Filip Bradarić

21 Aleksandr Yerokhin

19
Milan Badelj

15 Aleksei Miranchuk

11
Marcelo Brozović

16 Anton Miranchuk

8 Mateo Kovačić

9  Alan Dzagoev

20 Marko Pjaca

10 Fyodor Smolov

16 Nikola Kalinić (dispensado
da delegação)

 

GOLS:

31′ Denis Cheryshev (RUS)

39′ Andrej Kramarić (CRO)

101′ Domagoj Vida (CRO)

115′ Mário Fernandes (RUS)

 

CARTÕES AMARELOS:

35′ Dejan Lovren (CRO)

38′ Ivan Strinić (CRO)

101′ Domagoj Vida (CRO)

109′ Yury Gazinsky (RUS)

114′ Josip Pivarić (CRO)

 

SUBSTITUIÇÕES:

54′ Aleksandr Samedov (RUS) ↓

Aleksandr Yerokhin (RUS) ↑

 

63′ Ivan Perišić (CRO) ↓

Marcelo Brozović (CRO) ↑

 

67′ Denis Cheryshev (RUS) ↓

Fyodor Smolov (RUS) ↑

 

74′ Ivan Strinić (CRO) ↓

Josip Pivarić (CRO) ↑

 

79′ Artem Dzyuba (RUS) ↓

Yury Gazinsky (RUS) ↑

 

88′ Andrej Kramarić (CRO) ↓

Mateo Kovačić (CRO) ↑

 

97′ Šime Vrsaljko (CRO) ↓

Vedran Ćorluka (CRO) ↑

 

102′ Aleksandr Golovin (RUS) ↓

Alan Dzagoev (RUS) ↑

 

DECISÃO POR PÊNALTIS:

RÚSSIA 3

CROÁCIA 4

Fyodor Smolov (perdeu, fraca à meia altura no canto esquerdo, defendido por Subašić)

Marcelo Brozović (gol, no ângulo direito)

Alan Dzagoev (gol, no canto direito, deslocando o goleiro)

Mateo Kovačić (perdeu, no canto direito, defendido por Akinfeev)

Mário Fernandes (perdeu, para fora, no canto esquerdo)

Luka Modrić (gol, à esquerda defendido por Akinfeev, a bola bateu nas duas traves antes de entrar)

Sergei Ignashevich (gol, no canto esquerdo, deslocando Subašić)

Domagoj Vida (gol, no ângulo esquerdo, deslocando o goleiro)

Daler Kuzyayev (gol, no canto esquerdo, deslocando o goleiro)

Ivan Rakitić (gol, no canto esquerdo, deslocando Akinfeev)

Melhores momentos da partida:

… 01/07/2018 – Croácia 1 x 1 Dinamarca

Três pontos sobre…
… 01/07/2018 – Croácia 1 x 1 Dinamarca


(Imagem: FIFA.com)

● Uma partida para consagrar dois goleiros veteranos. Danijel Subašić, de 33 anos, e Kasper Schmeichel, de 31, foram os grandes destaques da partida das oitavas de final entre Croácia e Dinamarca.

Inicialmente, o favoritismo era todo da Croácia. Havia vencido com tranquilidade as três partidas da fase de grupos. Estreou batendo a Nigéria por 2 a 0, deu um chocolate na Argentina em vitória por 3 a 0 e, com o time reserva, derrotou a Islândia por 2 a 1.

Já a Dinamarca, sofreu para vencer o Peru por 1 a 0, suou para empatar com a Austrália por 1 a 1 e fez um jogo de compadres (se é que pode ser chamado de jogo), em um empate por 0 a 0 (o único da Copa até agora).


A Croácia jogou no sistema 4-2-3-1.


A Dinamarca atuou no 4-1-4-1. Sem a bola, Delaney recuava e formava um 4-2-3-1.

● Mas só existe favorito até a bola começar a rolar. E logo no início, com menos de um minuto jogado, a Dinamarca abriu o placar. O lateral esquerdo Jonas Knudsen cobrou lateral lançando na área. A defesa croata bateu cabeça e a bola sobrou para o zagueiro Mathias Jørgensen chutar de esquerda e abrir o placar. A bola ainda bateu no pé do goleiro Subašić, que nada pôde fazer.

Susto nos croatas? Que nada! Três minutos depois foi a vez a defesa dinamarquesa retribuir o presente. Vrsaljko entra na área e chuta de qualquer jeito. Dalsgaard chutou a bola nas costas de Christensen e ela sobrou para Mandžukić emendar para o gol. Uma pixotada!

Aos 29′, Rakitić chutou de fora da área e Schmeichel defendeu. Na sobra, Rebić chutou e o goleiro pegou de novo. No rebote, Perišić chutou por cima.

Depois, o jogo que já era morno foi esfriando.

Nos acréscimos do segundo tempo, a Croácia ainda teve uma chance, com Rakitić chutando forte de esquerda. A bola passou muito perto do gol.

Na prorrogação, Modrić fez um lançamento magistral para Kramarić. Ele invadiu a área, passou pelo goleiro e foi derrubado por trás por Mathias Jørgensen. Pênalti claro e apontado pelo árbitro argentino Néstor Pitana. Luka Modrić foi para a cobrança e bateu no canto esquerdo do goleiro Schmeichel, que pulou no lugar certo e segurou a bola. Um craque de tal magnitude como Modrić não pode errar um pênalti no fim da prorrogação.


(Imagem: FIFA.com)

● E a partida, empatada nos 90 minutos e na prorrogação, foi decidida nos tiros livres da marca do pênalti. E começou com dois erros: o craque Eriksen e Badelj foram impedidos pelos goleiros. Depois, todos acertaram: Kjær, Kramarić, Krohn-Dehli e Modrić (se redimindo). Lasse Schöne, Pivarić e Nicolai Jørgensen perderam na sequência. Coube a Ivan Rakitić converter o último penal que garantiu sua seleção na próxima fase.

Vinte anos depois, a Croácia volta a disputar as quartas de final da Copa do Mundo. E é favorita contra a anfitriã Rússia.

A Dinamarca foi além do que merecia. Com um futebol fraco de extremamente dependente de Christian Eriksen, ficou a anos-luz de encantar como a Dinamáquina de 1986 ou o bom time de 1998.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

CROÁCIA 1 x 1 DINAMARCA

 

Data: 01/07/2018

Horário: 21h00 locais

Estádio: Nizhny Novgorod Stadium

Público: 40.851

Cidade: Nizhny Novgorod (Rússia)

Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)

 

CROÁCIA (4-2-3-1):

DINAMARCA (4-2-3-1):

23 Danijel Subašić (G)

1  Kasper Schmeichel (G)

2  Šime Vrsaljko

14 Henrik Dalsgaard

6  Dejan Lovren

4  Simon Kjær (C)

21 Domagoj Vida

13 Mathias Jørgensen

3  Ivan Strinić

5  Jonas Knudsen

11 Marcelo Brozović

6  Andreas Christensen

7  Ivan Rakitić

8  Thomas Delaney

10 Luka Modrić (C)

20 Yussuf Yurary Poulsen

4  Ivan Perišić

10 Christian Eriksen

18 Ante Rebić

11 Martin Braithwaite

17 Mario Mandžukić

21 Andreas Cornelius

 

Técnico: Zlatko Dalić

Técnico: Åge Hareide

 

SUPLENTES:

 

 

12 Lovre Kalinić (G)

16 Jonas Lössl (G)

1  Dominik Livaković (G)

22 Frederik Rønnow (G)

13 Tin Jedvaj

3  Jannik Vestergaard

5  Vedran Ćorluka

17 Jens Stryger Larsen

15 Duje Ćaleta-Car

7  William Kvist

22 Josip Pivarić

19 Lasse Schöne

14 Filip Bradarić

18 Lukas Lerager

19 Milan Badelj

2  Michael Krohn-Dehli

8  Mateo Kovačić

15 Viktor Fischer

20 Marko Pjaca

23 Pione Sisto

9  Andrej Kramarić

12 Kasper Dolberg

16 Nikola Kalinić (dispensado da delegação)

9  Nicolai Jørgensen

 

GOLS:

1′ Mathias Jørgensen (DIN)

4′ Mario Mandžukić (CRO)

 

CARTÃO AMARELO: 115′ Mathias Jørgensen (DIN)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Andreas Christensen (DIN) ↓

Lasse Schöne (DIN) ↑

 

66′ Andreas Cornelius (DIN) ↓

Nicolai Jørgensen (DIN) ↑

 

71′ Marcelo Brozović (CRO) ↓

Mateo Kovačić (CRO) ↑

 

81′ Ivan Strinić (CRO) ↓

Josip Pivarić (CRO) ↑

 

97′ Ivan Perišić (CRO) ↓

Andrej Kramarić (CRO) ↑

 

98′ Thomas Delaney (DIN) ↓

Michael Krohn-Dehli (DIN) ↑

 

INTERVALO DE PRORROGAÇÃO Martin Braithwaite (DIN) ↓

Pione Sisto (DIN) ↑

 

108′ Mario Mandžukić (CRO) ↓

Milan Badelj (CRO) ↑

 

DECISÃO POR PÊNALTIS:

CROÁCIA 3

DINAMARCA 2

Milan Badelj (perdeu, à esquerda defendido por Schmeichel)

Christian Eriksen (perdeu, no canto esquerdo defendido por Subašić junto à trave)

Andrej Kramarić (gol, à esquerda, deslocando o goleiro)

Simon Kjær (gol, no ângulo direito)

Luka Modrić (gol, rasteiro no meio do gol, enquanto Schmeichel pulou no canto direito)

Michael Krohn-Dehli (gol, à esquerda, deslocando o goleiro)

Josip Pivarić (perdeu, à esquerda defendido por Schmeichel)

Lasse Schöne (perdeu, à direita defendido por Subašić)

Ivan Rakitić (gol, à esquerda, enquanto Schmeichel pulou no canto direito)

Nicolai Jørgensen (perdeu, rasteiro no meio do gol, defendido com os pés por Subašić, que pulou no canto direito)

Melhores momentos da partida:

… 26/06/2018 – O melhor do 13º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 26/06/2018 – O melhor do 13º dia da Copa


(Imagem: Getty Images)

A Argentina sofre muito e consegue sua classificação a poucos minutos do fim.
França e Dinamarca não quiseram jogar e protagonizaram a primeira partida sem gols da Copa.
A Croácia mostra a força de seu elenco e, mesmo com o time reserva, vence a Islândia.
O Peru volta para casa com a sensação de dever cumprido.

… Dinamarca 0 x 0 França


(Imagem: FIFA.com)

O empate era um bom resultado para ambos. A Dinamarca se classificava independentemente do resultado entre “Austrália x Peru”. A França garantiria o primeiro lugar do Grupo C. E em uma partida que ninguém precisa vencer, não há como ser diferente: foi o primeiro jogo sem gols da Copa do Mundo de 2018.

Pouco aconteceu durante a partida. Mesmo sem levar perigo, a França foi mais perigosa.

Aos 15 minutos do primeiro tempo, Nzonzi abre na esquerda e Hérnández faz tabela com Giroud dentro da área. O centroavante francês finaliza fraco e Schmeichel espalma.

Aos 29′, Delaney lança na ponta esquerda para Cornelius, que cruza para o meio da área. Christian Eriksen vinha na corrida, mas não alcança a bola. Ele pede pênalti, mas o árbitro ignora.

Quatro minutos depois, Dembélé arrisca da intermediária e a bola passa assustando o arqueiro dinamarquês.

Aos 9 min do segundo tempo, Eriksen cobra falta de muito longe e Mandanda defende em dois tempos.

No minuto 25, Lemar toca para Fekir e ele chuta forte, mas a bola bate nas redes pelo lado de fora.

Aos 37′, Mbappé toca para Fekir que, de novo, chuta bem, mas Schmeichel espalma para o lado.

Nos acréscimos, Mbappé avança pela direita e toca para o meio da área, mas a zaga dinamarquesa afasta o perigo.

No segundo tempo, a torcida presente no estádio Luzhniki vaiou as equipes, que pouco faziam.

Nas oitavas de final, a França vai enfrentar a Argentina, enquanto a Dinamarca encara a Croácia. Um bom castigo para as duas seleções que não quiseram nada hoje, mas agora vão precisar jogar muito.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Dinamarca 0 x 0 França
Data: 26/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Olímpico Luzhniki — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 78.011
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Brasil)
Cartão Amarelo: 45+3′ Mathias Jørgensen (DIN)
Dinamarca (4-1-4-1): 1.Kasper Schmeichel; 14.Henrik Dalsgaard, 4.Simon Kjær (C), 13.Mathias Jørgensen e 17.Jens Stryger Larsen; 6.Andreas Christensen; 11.Martin Braithwaite, 10.Christian Eriksen, 8.Thomas Delaney (18.Lukas Lerager ↑90+2′) e 23.Pione Sisto (15.Viktor Fischer ↑60′); 21.Andreas Cornelius (12.Kasper Dolberg ↑75′). Técnico: Åge Hareide
França (4-2-3-1): 16.Steve Mandanda; 19.Djibril Sidibé, 4.Raphaël Varane (C), 3.Presnel Kimpembe e 21.Lucas Hernández (22.Benjamin Mendy ↑50′); 13.N’Golo Kanté e 15.Steven Nzonzi; 11.Ousmane Dembélé (10.Kylian Mbappé ↑78′), 7.Antoine Griezmann (18.Nabil Fekir ↑68′) e 8.Thomas Lemar; 9.Olivier Giroud. Técnico: Didier Deschamps

 

… Austrália 0 x 2 Peru


(Imagem: FIFA.com)

Devido ao bom futebol que exibia nos amistosos dos últimos meses, o Peru prometia ser uma das sensações da Copa do Mundo. Mas foram duas derrotas nos dois primeiros jogos e a frustrante eliminação precoce. Perdeu, mesmo tento sido melhor que a Dinamarca e encarando a França em boa parte do tempo.

Mas a vitória que não vinha há 36 anos, veio hoje.

Eram jogados 18 minutos quando Guerrero, já dentro da área, faz a inversão da esquerda para a direita. André Carrillo emenda de primeira, com a bola ainda no ar, e faz um golaço. Primeiro gol peruano em Copas do Mundo desde 1982.

Aos 27′, Rogić fez fila dentro da área e chuta firme, mas Gallese defendeu com os pés.

Sete minutos depois, Rogić tocou para Kruse, que entrou na área e cruzou para o meio. Mas Advíncula estava lá para impedir que a bola chegasse a Leckie.

Aos cinco minutos do segundo tempo, Cueva fez das suas e encontrou Guerrero dentro da área. O capitão peruano virou chutando e fez o segundo de sua seleção. Um gol muito emblemático, se lembrarmos toda a trama e o trauma que Paolo Guerrero tem sofrido nos últimos meses, suspenso por doping. Mas ele teve a punição suspendida para jogar essa Copa do Mundo e fez o gol que dele se esperava. A bola ainda desviou no zagueiro Miligan antes de entrar.

Depois, a Austrália passou a assustar em cobranças de escanteio, mas não conseguiu seu gol. Em uma delas, Tim Cahill teve a chance de marcar o gol e se tornar o primeiro australiano a anotar gols em quatro Copas do Mundo diferentes, mas a defesa peruana não permitiu que essa lenda alcançasse esse feito.

Mesmo sendo a lanterna do Grupo C, a Austrália merece os parabéns por ter vendido caro a derrota para a França e por ter empatado com a Dinamarca, embora merecesse vencer. Em uma chave difícil, acabou saindo de cabeça erguida.

Ao Peru, fica a euforia pela vitória e a frustração pela não classificação. E se Christian Cueva tivesse convertido aquele pênalti na primeira partida, contra a Dinamarca quando o placar ainda estava zerado?! Provavelmente os incas estariam em festa hoje, ao invés de estarem voltando para casa.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Austrália 0 x 2 Peru
Data: 26/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Olímpico de Fisht (Fisht Stadium) — Cidade: Sóchi (Rússia)
Público: 44.073
Árbitro: Sergei Karasev (Rússia)
Gols: 18′ André Carrillo (PER); 50′ Paolo Guerrero (PER)
Cartões Amarelos: 10′ Mile Jedinak (AUS); 45′ Yoshimar Yotún (PER); 60′ Daniel Arzani (AUS); 66′ Tom Rogić (AUS); 79′ Paolo Hurtado (PER); 88′ Mark Miligan (AUS)
Austrália (4-2-3-1): 1.Mathew Ryan; 19.Joshua Risdon, 20.Trent Sainsbury, 5.Mark Miligan e 16.Aziz Behich; 15.Mile Jedinak (C) e 13.Aaron Mooy; 7.Matthew Leckie, 23.Tom Rogić (22.Jackson Irvine ↑72′) e 10.Robbie Kruse (17.Daniel Arzani ↑58′); 9.Tomi Jurić (4.Tim Cahill ↑53′). Técnico: Bert van Marwijk
Peru (4-2-3-1): 1.Pedro Gallese; 17.Luis Advíncula, 15.Christian Ramos, 4.Anderson Santamaría e 6.Miguel Trauco; 13.Renato Tapia (7.Paolo Hurtado ↑63′) e 19.Yoshimar Yotún (23.Pedro Aquino ↑INTERVALO); 18.André Carrillo (16.Wilder Cartagena ↑79′), 8.Christian Cueva e 20.Edison Flores; 9.Paolo Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca

 

… Nigéria 1 x 2 Argentina


(Imagem: FIFA.com)

Em um sinal de desespero, segundo a imprensa argentina, o técnico Jorge Sampaoli seguiu o pedido dos jogadores e não inventou. Escalou uma equipe parecida com a finalista do Mundial quatro anos atrás, com Lionel Messi partindo da ponta direita para o meio, como rende mais.

E foi assim que ele abriu o placar aos 14 minutos. Éver Banega fez um ótimo lançamento para Messi. O gênio dominou, trouxe para a perna direita e chutou cruzado no alto, sem chances para o goleiro Uzoho. Primeiro gol de Messi na Copa.

No minuto 34, Di María foi derrubado na entrada da área. Messi bateu bem, mas a bola tocou na trave e saiu.

A Nigéria voltou para o segundo tempo assustando. Logo aos cinco munitos, Mascherano agarrou Balogun dentro da área. Pênalti marcado por Cüneyt Çakır e confirmado pelo VAR. Victor Moses nem tomou distância e bateu com enorme categoria, no canto esquerdo do goleiro Armani.

Depois, a Argentina ficava com a bola, mas não sabia o que fazer. O experiente Javier Mascherano, líder inconstestável da equipe, estava colocando tudo a perder. Mas Sampaoli seguiu o exemplo de Joachim Löw na Alemanha: foi tirando lateral e meio campistas, lançando atacantes em campo.

Mas o caldo quase entornou de vez aos 30 minutos, quando Musa recebeu um lançamento e avançou na esquerda. Quando ele cruzou, a bola desviou no carrinho de Mascherano e subiu. Tagliafico tentou cabecear para trás e a bola bateu em seu braço esquerdo. Mas dessa vez o árbitro se acovardou e não marcou o segundo pênalti para as “Super Águias”. Na sobra, Ighalo perdeu uma chance claríssima ao finalizar para fora, com muito perigo.

Àquela altura, a Argentina estava sendo eliminada. Mas aos 41′, Mercado cruzou da direita e Rojo emendou um torpedo de pé direito para o gol. Um zagueiro que joga pelo lado esquerdo, canhoto, finalizou de pé direito, e estufou as redes de Uzoho. Seria e foi o gol da classificação!

Agora, a Argentina vai encarar a França nas oitavas de final e as dificuldades tendem a ser maiores. A chance dos argentinos é a genialidade de Messi. Caso contrário, já pode comprar a passagem de volta no próximo sábado.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Nigéria 1 x 2 Argentina
Data: 26/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Krestovsky Stadium (Saint Petesburg Stadium) — Cidade: São Petesburgo (Rússia)
Público: 64.468
Árbitro: Cüneyt Çakır (Turquia)
Gols: 14′ Lionel Messi (ARG); 51′ Victor Moses (NIG)(pen); 86′ Marcos Rojo (ARG)
Cartões Amarelos: 32′ Leon Balogun (NIG); 49′ Javier Mascherano (ARG); 64′ Éver Banega (ARG); 90+1′ John Obi Mikel (NIG); 90+4′ Lionel Messi (ARG)
Nigéria (3-5-2): 23.Francis Uzoho; 6.Leon Balogun, 5.William Troost-Ekong e 22. Kenneth Omeruo (18.Alex Iwobi ↑90′); 11.Victor Moses, 8.Oghenekaro Etebo, 10.John Obi Mikel (C), 4.Wilfred Ndidi e 2.Brian Idowu; 7.Ahmed Musa (13.Simeon Nwankwo ↑90+2′) e 14’Kelechi Iheanacho (9.Odion Ighalo ↑INTERVALO). Técnico: Gernot Rohr
Argentina (4-4-2): 12.Franco Armani; 2.Gabriel Mercado, 17.Nicolás Otamendi, 16.Marcos Rojo e 3.Nicolás Tagliafico (19.Sergio Agüero ↑80′); 14.Javier Mascherano, 15.Enzo Pérez (22.Cristian Pavón ↑61′), 7.Éver Banega e 11.Ángel Di María (13.Maximiliano Meza ↑72′); 10.Lionel Messi (C) e 9.Gonzalo Higuaín. Técnico: Jorge Sampaoli

 

… Islândia 1 x 2 Croácia


(Imagem: FIFA.com)

A Croácia poupou nove de seus titulares. Apenas Luka Modrić e Ivan Perišić começaram jogando hoje. Apenas um desastre tiraria a primeira colocação dos croatas e ele não aconteceu. Pelo contrário: terminou a primeira fase com 100% de aproveitamento.

E os reservas de Zlatko Dalić mostraram um nível muito bom, conseguindo envolver o adversário com trocas de passes, embora não conseguisse furar o bloqueio defensivo com facilidade.

E a Islândia, uma boa equipe, mas que possui claras limitações, sonhava com a classificação. Precisaria vencer e torcer ao menos para um empate da Argentina contra a Nigéria.

No minuto 40′, Guðmundsson roubou uma bola na intermediária, tabelou com Gylfi Sigurðsson e chutou para fora, assustando o goleiro Kalinić.

Nos acréscimos da etapa inicial, Guðmundsson avançou pela direita e rolou para trás. O capitão Gunnarsson chegou batendo com muito perigo e Kalinić defendeu bem.

Aos sete minuto do segundo tempo, Badelj arriscou de longe e a bola ainda tocou no travessão antes de sair.

No minuto seguinte, o camisa 19 da Croácia não perdoou. Ele mesmo começou a jogada, abrindo na esquerda para Pivarić. O lateral esquerdo cruzou, a bola desviou em um adversário e subiu, ficando na medida para Badelj chutar bonito, de cima para baixo.

Aos dez minutos, Gunnarsson cobrou lateral para o meio da área. Hallfreðsson subiu para dividir com o goleiro croata e Ingason cabeceou sozinho, para boa defesa do goleiro. Na sequência, Gylfi Sigurðsson cobrou o escanteio e o mesmo Ingason cabeceou a bola no travessão.

Aos 30′, Guðmundsson e Gylfi Sigurðsson tabelam na área e a bola bate no braço de Lovren. O próprio Gylfi foi para a cobrança para não repetir seu erro contra a Nigéria. Ele cobrou alta, no meio do gol, devolvendo as esperanças de classificação à Islândia.

Mas no derradeiro minuto, Perišić recebeu a bola na esquerda e chutou cruzado, anotando o segundo tento da Croácia.

A seleção da Islândia deixa um legado de simpatia à Copa. Embora seja eliminada na primeira fase, fez uma ótima partida diante da Argentina. O mundo do futebol torce para que a Islândia esteja na Copa de 2022, no Qatar.

A Croácia está no auge de seu potencial e vem forte para enfrentar a Dinamarca. Será um belo duelo entre os envolventes croatas e os pragmáticos dinamarqueses.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Islândia 1 x 2 Croácia
Data: 26/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Rostov — Cidade: Rostov-on-Don (Rússia)
Público: 43.472
Árbitro: Antonio Mateu Lahoz (Espanha)
Gols: 53′ Milan Badelj (CRO); 76′ Gylfi Sigurðsson (ISL); 90′ Ivan Perišić (CRO)
Cartões Amarelos: 14′ Marko Pjaca (CRO); 59′ Emil Hallfreðsson (ISL); 64′ Alfreð Finnbogason (ISL); 83′ Tin Jedvaj (CRO); 84′ Birkir Sævarsson (ISL)
Islândia (4-2-3-1): 1.Hannes Halldórsson; 2.Birkir Sævarsson, 5.Sverrir Ingi Ingason, 6.Ragnar Sigurðsson (9.Björn Sigurðarson ↑70′) e 18.Hörður Magnússon; 17.Aron Gunnarsson (C) e 20.Emil Hallfreðsson; 7.Jóhann Berg Guðmundsson, 10.Gylfi Sigurðsson e 8.Birkir Bjarnason (21.Arnór Ingvi Traustason ↑90′); 11.Alfreð Finnbogason (4.Albert Guðmundsson ↑85′). Técnico: Heimir Hallgrímsson
Croácia (4-2-3-1): 12.Lovre Kalinić; 13.Tin Jedvaj, 5.Vedran Ćorluka, 15.Duje Ćaleta-Car e 22.Josip Pivarić; 19.Milan Badelj e 10.Luka Modrić (C) (14.Filip Bradarić ↑65′); 20.Marko Pjaca (6.Dejan Lovren ↑70′), 8.Mateo Kovačić (7.Ivan Rakitić ↑81′) e 4.Ivan Perišić; 9.Andrej Kramarić. Técnico: Zlatko Dalić

… 21/06/2018 – O melhor do oitavo dia da Copa

Três pontos sobre…
… 21/06/2018 – O melhor do oitavo dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

Dinamarca e Austrália empatam, França classificada e Peru eliminado.
Argentina decepciona, leva um “chocolate” do bom time Croácia e agora corre sérios riscos para se classificar às oitavas de final.
Veja os detalhes das partidas, inclusive nossa opinião sobre o fiasco da seleção argentina e de Lionel Messi.


… Dinamarca 1 x 1 Austrália


(Imagem: FIFA.com)

A Dinamarca começou com tudo, mostrando o que tem de melhor. Logo aos sete minutos, Jørgensen preparou bem a bola dentro da área e Christian Eriksen pegou de primeira, de perna esquerda, em finalização plástica, com alto grau de dificuldade. Mas não para quem é craque. Primeiro gol de Eriksen na Copa. Já havia dado a assistência contra o Peru. Ele é a alma e o bastião de qualidade do time.

Doze minutos depois, após cobrança de escanteio, Leckie cabeceia a bola na mão de Poulsen, que saltou mesmo com o braço esquerdo aberto. Com a ajuda do VAR, o árbitro espanhol Mateu Lahoz assinalou a penalidade máxima. Especialista em cobranças de pênalti, o capitão Mile Jedinak (e sua barba estilo “lenhador”) bateu bem no canto esquerdo, deslocando o goleiro Schmeichel e empatando o jogo.

Aos 27 da etapa final, Tom Rogić se livrou da marcação e chutou bem da meia lua, mas Schmeichel pegou.

O empate não fez justiça à partida, já que a Austrália dominou a partida após sofrer o gol. Só não venceu por falta de qualidade técnica dos meias e atacantes. Por outro lado, a Dinamarca foi pior que o adversário na segunda partida seguida (foi assim também contra o Peru). Enquanto os resultados estiverem vindo, tudo bem. O time tem potencial (e tem Eriksen), mas demonstra em poucos momentos. Mas será difícil passar das oitavas de final atuando dessa forma.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Dinamarca 1 x 1 Austrália
Data: 21/06/2018 — Horário: 16h00 locais
Estádio: Cosmos Arena (Arena Samara) — Cidade: Samara (Rússia)
Público: 40.727
Árbitro: Antonio Mateu Lahoz (Espanha)
Gols: 7′ Christian Eriksen (DIN); 38′ Mile Jedinak (AUS)(pen)
Cartões Amarelos: 37′ Yussuf Yurary Poulsen (DIN); 84′ Pione Sisto (DIN)
Dinamarca (4-2-3-1): 1.Kasper Schmeichel; 14.Henrik Dalsgaard, 4.Simon Kjær (C), 6.Andreas Christensen e 17.Jens Stryger Larsen; 19.Lasse Schöne e 8.Thomas Delaney; 20.Yussuf Yurary Poulsen (11.Martin Braithwaite ↑59′), 10.Christian Eriksen e 23.Pione Sisto; 9.Nicolai Jørgensen (21.Andreas Cornelius ↑68′). Técnico: Åge Hareide
Austrália (4-2-3-1): 1.Mathew Ryan; 19.Joshua Risdon, 20.Trent Sainsbury, 5.Mark Miligan e 16.Aziz Behich; 15.Mile Jedinak (C) e 13.Aaron Mooy; 7.Matthew Leckie, 23.Tom Rogić (22.Jackson Irvine ↑82′) e 10.Robbie Kruse (17.Daniel Arzani ↑68′); 11.Andrew Nabbout (9.Tomi Jurić ↑75′). Técnico: Bert van Marwijk

… França 1 x 0 Peru


(Imagem: FIFA.com)

O primeiro lance de perigo foi da França, aos doze minutos. Pogba dominou e girou na intermediária e arriscou de muito longe. A bola passou muito perto, assustando o goleiro Gallese.

Na sequência, Griezmann cobrou escanteio e Varane apareceu para desviar na primeira trave, mas a bola foi para fora.

Pouco depois, Varane lançou de seu campo de defesa, Giroud escora e Griezmann bate forte de direita, para boa defesa do goleiro peruano.

A melhor chance do Peru veio aos 31′, com seu melhor jogador. Cueva carregou pela ponta esquerda e encontrou Guerrero na área. O centroavante do Flamengo girou sobre a marcação de Umtiti e chutou de esquerda, mas a bola foi em cima do goleiro Lloris, que fez uma ótima e importante defesa.

Dois minutos depois, Pogba fez um ótimo lançamento na área para Mbappé, mas o prodígio do PSG errou o calcanhar na bola. Seria um golaço. Mas logo ele teria outra chance de marcar.

No lance seguinte, Pogba rouba a bola de Guerrero e toca para Giroud dentro da área. O centroavante chuta, a bola bate em Rodríguez e sobe, tirando o goleiro da jogada. Ela cai na linha de gol para Mbappé completar para o gol vazio. A camisa 10 de Platini e Zidane parece não pesar para o jovem francês.

Les Bleus continuaram atacando. Mbappé começou a jogada pela direita, passou para Kanté, que deixou para Griezmann tocar de primeira para Lucas Hernández. O lateral esquerdo dominou e chutou forte de esquerda. Gallese defendeu e no rebote Hernández chutou mascado para fora.

Aos cinco minutos do segundo tempo, Farfán ajeitou para Aquino arriscar da intermediária. A bola pegou um efeito contrário e tocou na trave antes de sair. Seria um lindo gol.

Do lado francês, destaque para as alterações promovidas no time titular por Didier Deschamps. A entrada de Matuidi no lugar de Tolisso deu mais marcação, transição e velocidade pelo lado esquerdo. Giroud entrou na vaga de Dembélé e provou o quanto um centroavante fez falta no jogo anterior, contra a Austrália. Isso acabou dando liberdade a Griezmann, o deixando jogar livre, na posição em que mais produz.

A França dominou o primeiro tempo e perdeu oportunidades para fazer um placar maior. No segundo tempo, levou o jogo em “banho-maria”, esperando o apito final. O Peru até tentou pressionar. Teve mais posse de bola, sobrou vontade, mas faltou qualidade. Enquanto os franceses garantiram classificação antecipada, os peruanos estão eliminados.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — França 1 x 0 Peru
Data: 21/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Estádio Central (Ekaterinburg Arena) — Cidade: Ecaterimburgo (Rússia)
Público: 32.789
Árbitro: Mohammed Abdulla Hassan Mohamed (Emirados Árabes Unidos)
Gol: 34′ Kylian Mbappé (FRA)
Cartões Amarelos: 16′ Blaise Matuidi (FRA); 23′ Paolo Guerrero (PER); 81′ Pedro Aquino (PER); 86′ Paul Pogba (FRA)
França (4-3-3): 1.Hugo Lloris (C); 2.Benjamin Pavard, 4.Raphaël Varane, 5.Samuel Umtiti e 21.Lucas Hernández; 13.N’Golo Kanté, 6.Paul Pogba (15.Steven Nzonzi ↑89′) e 14.Blaise Matuidi; 10.Kylian Mbappé (11.Ousmane Dembélé ↑75′), 7.Antoine Griezmann (18.Nabil Fékir ↑80′) e 9.Olivier Giroud. Técnico: Didier Deschamps
Peru (4-2-3-1): 1.Pedro Gallese; 17.Luis Advíncula, 15.Christian Ramos, 2.Alberto Rodríguez (4.Anderson Santamaría ↑INTERVALO) e 6.Miguel Trauco; 23.Pedro Aquino e 19.Yoshimar Yotún (10.Jefferson Farfán ↑INTERVALO); 18.André Carrillo, 8.Christian Cueva (11.Raúl Ruidíaz ↑82′) e 20.Edison Flores; 9.Paolo Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca

… Argentina 0 x 3 Croácia


(Imagem: FIFA.com)

Em cerca de um ano de trabalho, nem o técnico Jorge Sampaoli sabe qual sistema tático usar na seleção e nem quais jogadores escalar. É um “bielsista”, mas só herdou as manias ruins de seu professor. Na primeira partida, um 4-4-2 quase em duas linhas de quatro. No segundo jogo, uma espécie do 3-4-3 de Bielsa, com apenas um zagueiro de ofício. No meio, dois alas lentos na recomposição, além de dois volantes prestes a se aposentar: Mascherano e Enzo Pérez. No ataque, Meza e Agüero ao lado de Messi.

Nem preciso dizer que não deu certo. A Croácia é uma seleção entrosada e com muita qualidade, e se aproveitou das fragilidades do sistema. Quem poderia equilibrar a partida pelo lado argentino seria Messi. Mas ele nem apareceu.

A primeira oportunidade de gol apareceu após meia hora de jogo. Acuña acreditou em uma bola perdida dentro da área, ganhou de Lovren e cruzou para o meio da área. Vida tirou mal e Enzo Pérez chutou para fora, já sem goleiro. Não se pode perder um gol feito como esse.

Três minutos depois, Perišić faz um lançamento para a área tentando achar Mandžukić. Ele desvia de cabeça, mas a bola acaba passando perto da trave, chegando a assustar.

Aos oito minutos do segundo tempo, Mercado atrasa a bola para Caballero. O goleiro tenta devolver por cima, mas repõe a bola fraca e ela fica fácil para Ante Rebić emendar o voleio. Um erro simplório e infantil para um goleiro de uma seleção como a Argentina.

Os albicelestes estiveram muito perto do empate onze minutos depois. Enzo Pérez encontra Higuaín dentro da área. Ele vai até a linha de fundo e cruza. Mas Meza finaliza em cima do goleiro Subašić. No rebote, Messi é travado por Vida, que evita o gol certo.

Aos 35′, Luka Modrić dominou com liberdade pouco antes da meia lua e cortou para os dois lados, fazendo Otamendi dançar. Depois, chutou forte, de longe, sem chances para Caballero. Um golaço.

O caixão foi fechado já nos acréscimos. A primeira tentativa de Rakitić foi uma cobrança de falta magistral, que tocou na junção da trave e do travessão. Um pecado.

Mas logo depois, em um contra-ataque mortal, Rakitić chuta e Caballero espalma. Na sobra, Kovačić devolve para Rakitić, já sem goleiro, só completar para o gol. Causou espanto ver a defesa argentina parada reclamando um impedimento não existente, ao invés de ir na disputa da jogada. Placar de 3 a 0 humilhante para a Argentina.

Sergio Romero seria o goleiro titular, mas se lesionou. Faz muita falta. Franco Armani é o melhor goleiro à disposição, mas Sampaoli preferiu Caballero incrivelmente por ser mais hábil com os pés. Não se podia prever uma falha horrorosa como essa do goleiro reserva do Chelsea.

Pelo que demonstraram na temporada, Paulo Dybala e Gonzalo Higuaín não podem ser reserva dessa Argentina, que escala Meza e Agüero.

O capitão Lionel Messi, ao invés de aparecer para decidir (ou ao menos para buscar jogo), se escondeu. O capitão, o melhor do mundo não pode ser covarde como foi. Nunca será Maradona! Ele não apareceu nem para tentar “arribar”, dar forças ao seu time e ao seu goleiro. Uma decepção nessa Copa, por enquanto. Espero queimar minha língua na próxima partida.

O camisa 10 do Real Madrid fez o jogo que se esperava do camisa 10 do Barcelona.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Argentina 0 x 3 Croácia
Data: 21/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 43.319
Árbitro: Ravshan Irmatov (Uzbequistão)
Gols: 53′ Ante Rebić (CRO); 80′ Luka Modrić (CRO); 90+1′ Ivan Rakitić (CRO)
Cartões Amarelos: 39′ Ante Rebić (CRO); 51′ Gabriel Mercado (ARG); 58′ Mario Mandžukić (CRO); 67′ Šime Vrsaljko (CRO); 85′ Nicolás Otamendi (ARG); 87′ Marcos Acuña (ARG); 90+4′ Marcelo Brozović (CRO)
Argentina (3-4-3): 23.Willy Caballero; 2.Gabriel Mercado, 17.Nicolás Otamendi e 3.Nicolás Tagliafico; 18.Eduardo Salvio (22.Cristian Pavón ↑56′), 14.Javier Mascherano, 15.Enzo Pérez (21.Paulo Dybala ↑68′) e 8.Marcos Acuña; 13.Maximiliano Meza, 10.Lionel Messi (C) e 19.Sergio Agüero (9.Gonzalo Higuaín ↑54′). Técnico: Jorge Sampaoli
Croácia (4-2-3-1): 23.Danijel Subašić; 2.Šime Vrsaljko, 6.Dejan Lovren, 21.Domagoj Vida e 3.Ivan Strinić; 7.Ivan Rakitić e 11.Marcelo Brozović; 18.Ante Rebić (9.Andrej Kramarić ↑57′), 10.Luka Modrić (C) e 4.Ivan Perišić (8.Mateo Kovačić ↑82′); 17.Mario Mandžukić (5.Vedran Ćorluka ↑90+3′). Técnico: Zlatko Dalić