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… 07/07/2018 – Suécia 0 x 2 Inglaterra

Três pontos sobre…
… 07/07/2018 – Suécia 0 x 2 Inglaterra


(Imagem: FIFA.com)

● Inglaterra e Suécia são duas das mais tradicionais escolas do futebol mundial. Ambas tentam recuperar o protagonismo de outras épocas.

Os suecos jogam um futebol extremamente tático e eficiente. Sofreu apenas dois gols, ambos na derrota para a Alemanha. E marcou seis gols, em todas as quatro partidas disputadas até então. E foi “comendo pelas beiradas” que a Suécia chegou nas quartas de final.

Os ingleses insistem que o jovem time deles está sendo preparado para a Copa de 2022, no Qatar. Mas já estão entre os semifinalistas, com grandes chances de chegar à decisão. Então, sonhar com o título não é loucura. O técnico Gareth Southgate conhece essa geração desde as divisões de base da seleção. Possui um sistema tático bem definido e que vem apresentando resultados satisfatórios. Outro fator fundamental é boa fase de jogadores importantes, como o capitão e artilheiro Harry Keane e o goleiro Jordan Pickford.

O retrospecto desse confronto é extremamente equilibrado. Em 24 partidas, foram oito vitórias ingleses, sete vitórias suecas e nove empates. Em Copas do Mundo, foram dois empates na fase de grupos: 1 x 1, em 2002, e 2 x 2, em 2006.


A Suécia atuou no 4-4-2 tradicional.


A Inglaterra, do técnico Gareth Southgate, foi ao campo no sistema 3-5-2.

● Aos doze minutos de bola rolando, Viktor Claesson arriscou da intermediária e a bola passou perto, assustando o goleiro inglês Jordan Pickford.

Aos 19′, Trippier tocou para Sterling, que avançou em alta velocidade até a meia lua. Harry Keane vinha na corrida e chuta rasteiro, mas a bola saiu à esquerda do gol. Curiosidade: esse foi a sétima finalização de Keane no Mundial e a primeira que não resultou em gol.

No trigésimo minuto, Ashley Young cobrou escanteio da esquerda na altura da marca do pênalti. Harry Maguire veio na corrida e cabeceou forte, sem chances para o goleiro Robin Olsen, para abrir o placar.

Aos 43′, Maguire recuperou a bola e passou para Keane. O capitão deixou com Lingard, que deixou Sterling na cara do gol. Ele chutou em cima do goleiro. Mas o jogo já estava parado, pois o bandeirinha tinha assinalado impedimento de Sterling.

Sterling voltou a perder um gol feito no minuto seguinte. Ele recebeu lançamento longo de Henderson, dominou na área e tentou driblar o goleiro Olsen, que tocou na bola. Na sobra, o camisa 10 inglês tentou finalizar, mas chutou em cima da defesa já recomposta. Sterling tem cansado de perder gols nessa Copa.

Nos primeiros instantes do segundo tempo, Augustinsson cruzou da esquerda e Marcus Berg apareceu na segunda trave para cabecear bem, mas Pickford fez um milagre e espalmou para o lado.

Aos nove minutos, Ashley Young cobrou falta para a área. Maguire subiu e cabeceou para o segundo pau. Sterling tentou a bicicleta, mas mandou em cima da zaga. A bola sobrou de novo para cabeçada de Maguire, mas Krafth aliviou o perigo tirando a bola da área.

Aos 14 min, Trippier foi à linha de fundo e tocou para trás. Lingard cruzou na cabeça de Dele Alli, que completou para o gol. Uma bela jogada construída com troca de passes, que resulta em bola aérea, especialidade britânica.

Três minutos depois, Claesson fez ótima jogada pela direita e Ola Toivonen cruzou rasteiro para Berg, que ajeitou para Claesson chutar rente ao chão. Pickford voou no cantinho direito e espalmou para o lado. Na sobra, Claesson tentou de novo, mas foi travado pela zaga. Nesse lance, Suécia mostrou toda sua qualidade, que a fez estar entre as oito melhores seleções do planeta. Só faltou o gol, negado pelo goleiro inglês.

Na metade do segundo tempo, Trippier cobrou escanteio da direita. Após um bate-rebate no meio da área, Maguire chutou forte de esquerda, mas a bola subiu demais.

Aos 27′, Guidetti cruzou da esquerda, Berg dominou e bateu alta, para nova defesaça de Pickford.


(Imagem: FIFA.com)

● Foi uma partida burocrática, em que ambas as equipes apostaram forte no jogo aéreo. A Inglaterra foi mais objetiva e conseguiu os gols. A Suécia não teve o mesmo ímpeto dos últimos jogos e não conseguiu ser incisiva. Quando conseguiu finalizar com perigo, o goleiro inglês Jordan Pickford fez os seus milagres.

Por mais que tenha sua tradição, a Suécia não era favorita nem para passar da primeira fase, em um grupo com Alemanha e México. Passou em primeiro da chave. Venceu a Coreia do Sul, vendeu caro a derrota para a Alemanha no último minuto e goleou o México. Venceu com tranquilidade a Suíça e fez uma partida razoável contra a Inglaterra. O saldo é muito positivo, se mostrando uma boa equipe. Dois jogadores suecos são cotados para a seleção da Copa: o zagueiro e capitão Andreas Granqvist (indiscutível) e o bom lateral esquerdo Ludwig Augustinsson. Destaque também para o meia direita Viktor Claesson, um dos poucos a buscar com frequência as jogadas individuais.

A Inglaterra conseguiu chegar nas semifinais pela terceira vez em sua história. Em 1966, venceu Portugal de Eusébio e seguiu rumo ao título. Em 1990, perdeu nos pênaltis para a Alemanha Ocidental e terminou em 4º lugar após perder também para a Itália.

O English Team já quebrou barreiras. Mas tem potencial para muito mais. Na próxima quarta-feira, encara a Croácia em busca de fazer história e disputar a final no dia 15, contra o vencedor de “França x Bélgica”.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

SUÉCIA 0 x 2 INGLATERRA

 

Data: 07/07/2018

Horário: 18h00 locais

Estádio: Cosmos Arena (Arena Samara)

Público: 39.991

Cidade: Samara (Rússia)

Árbitro: Björn Kuipers (Holanda)

 

SUÉCIA (4-4-2):

INGLATERRA (3-5-2):

1  Robin Olsen (G)

1  Jordan Pickford (G)

16 Emil Krafth

2  Kyle Walker

3  Victor Lindelöf

5  John Stones

4  Andreas Granqvist (C)

6  Harry Maguire

6  Ludwig Augustinsson

12 Kieran Trippier

7  Sebastian Larsson

20 Dele Alli

8  Albin Ekdal

8  Jordan Henderson

17 Viktor Claesson

7  Jesse Lingard

10 Emil Forsberg

18 Ashley Young

20 Ola Toivonen

10 Raheem Sterling

9  Marcus Berg

9  Harry Kane (C)

 

Técnico: Janne Andersson

Técnico: Gareth Southgate

 

SUPLENTES:

 

 

12 Karl-Johan Johnsson (G)

13 Jack Butland (G)

23 Kristoffer Nordfeldt (G)

23 Nick Pope (G)

2  Mikael Lustig (suspenso)

22 Trent Alexander-Arnold

14 Filip Helander

16 Phil Jones

5  Martin Olsson

15 Gary Cahill

18 Pontus Jansson

3  Danny Rose

13 Gustav Svensson

4  Eric Dier

15 Oscar Hiljemark

21 Ruben Loftus-Cheek

19 Marcus Rohdén

17 Fabian Delph

21 Jimmy Durmaz

14 Danny Welbeck

22 Isaak Kiese Thelin

19 Marcus Rashford

11 John Guidetti

11 Jamie Vardy

 

GOLS:

30′ Harry Maguire (ING)

59′ Dele Alli (ING)

 

CARTÕES AMARELOS:

87′ Harry Maguire (ING)

87′ John Guidetti (SUE)

90+4′ Sebastian Larsson (SUE)

 

SUBSTITUIÇÕES:

65′ Ola Toivonen (SUE) ↓

John Guidetti (SUE) ↑

 

65′ Emil Forsberg (SUE) ↓

Martin Olsson (SUE) ↑

 

77′ Dele Alli (ING)↓

Fabian Delph (ING) ↑

 

85′ Jordan Henderson (ING) ↓

Eric Dier (ING) ↑

 

85′ Emil Krafth (SUE) ↓

Pontus Jansson (SUE) ↑

 

90+1′ Raheem Sterling (ING) ↓

Marcus Rashford (ING) ↑

Melhores momentos da partida:

… 06/07/2018 – Brasil 1 x 2 Bélgica

Três pontos sobre…
… 06/07/2018 – Brasil 1 x 2 Bélgica


(Imagem: FIFA.com)

● Vamos parabenizar os vencedores. Nós, brasileiros, temos a péssima mania de subestimar os adversários, tentando achar desculpas para as nossas derrotas não só no futebol, mas em todas as nuances da vida. Ninguém nos vence: nós é que perdemos. E começa uma caça às bruxas, mesmo sem haver bruxas.

A Seleção Brasileira criou várias oportunidades de gol, mas não conseguiu marcar. O Brasil não jogou mal. Só que a Bélgica foi melhor, de acordo com sua proposta de jogo, e mereceu vencer.

“O esporte preferido no Brasil não é o futebol. É buscar explicação para as derrotas.”

O espanhol Roberto Martínez, técnico da Bélgica, surpreendeu a todos logo na escalação. Era esperado que ele substituísse Ferreira Carrasco por Chadli na ala esquerda. Mas ele foi além: trocou o ótimo atacante Dries Mertens pelo gigante multifuncional Fellaini. Com isso, ele deu liberdade total para Kevin De Bruyne flutuar entre as linhas de defesa do Brasil. Lukaku jogou aberto pela ponta direita, aproveitando a fragilidade defensiva e as constantes subidas de Marcelo (que se recuperou recente de lesão nas costas).

Com Casemiro suspenso, Tite só tinha uma opção no elenco: Fernandinho. E o treinador brasileiro manteve o restante da equipe, com a exceção da volta de Marcelo ao time titular.

Martínez não se “apegou” aos atletas e não teve pudor em fazer as alterações necessárias, ao contrário de Tite. O técnico brasileiro manteve Paulinho e Gabriel Jesus no time titular, mesmo tendo outros jogadores em condições técnicas melhores (Roberto Firmino, Douglas Costa, Fred…).


Tite repetiu seu esquema preferido, o 4-1-4-1. Marcelo voltou ao time titular e Fernandinho ganhou a vaga de Casemiro, suspenso por ter recebido o segundo cartão amarelo contra o México.


O técnico Roberto Martínez escalou a Bélgica no ofensivo 3-4-3, mas dessa vez com a proteção maior de Fellaini no meio e De Bruyne mais próximo do ataque.

● No início do jogo, De Bruyne começou assustando o Brasil, ao ganhar uma dividida de Fernandinho e arriscar de longe, mas a bola saiu à direita de Alisson.

Aos 7, Neymar cobrou escanteio da esquerda, Miranda desviou na primeira trave e Thiago Silva finalizou do jeito que deu, com a coxa, mas a bola bateu na trave e Courtois correu para agarrá-la. O zagueiro brasileiro estava sozinho, mas não conseguiu pegar em cheio na bola.

Depois, Chadli arriscou da meia esquerda e a bola foi para fora.

Willian cobrou escanteio rasteiro pela direita e Paulinho, sozinho, teve a chance clara de fazer o gol, mas ele chutou mascado.

O castigo veio aos 13 minutos. Chadli cobrou escanteio. Kompany apareceu na primeira trave sem marcação e deu um leve desvio. Gabriel Jesus e Fernandinho subiram juntos na mesma bola e nenhum conseguiu cortar. Ela bateu na lateral do braço de Fernandinho e entrou no gol. Mais um dos vários gols contra dessa Copa.


(Imagem: FIFA.com)

O Brasil não se abateu. Neymar foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para o meio. Gabriel Jesus foi travado em cima por Kompany, seu companheiro no Manchester City.

Philippe Coutinho arriscou da entrada da área, mas Courtois agarrou firme. Marcelo fez a mesma jogada de Coutinho e o goleiro belga espalmou.

Uma partida na qual o Brasil era ligeiramente melhor, ficou ainda pior aos 31′. Neymar bateu escanteio e Alderweireld cortou na primeira trave (como deveriam ter feito os brasileiros no lance do primeiro gol). Lukaku pegou a sobra na intermediária defensiva, girou sobre Fernandinho, avançou em alta velocidade e abriu na direita para Kevin De Bruyne, que entrou na área e chutou forte e cruzado. O segundo gol belga mostrou as maiores qualidades dessa “ótima geração”: transições em velocidade e bom aproveitamento nas finalizações.

Talvez Fernandinho tenha sido inocente por não ter feito uma “falta tática” na jogada, coisa que o suspenso Casemiro teria feito.


(Imagem: FIFA.com)

A Seleção Canarinho, que já estava nervosa, passou a errar passes de três metros.

Marcelo cruzou da esquerda e Gabriel Jesus cabeceou sozinho para fora. Possivelmente daria tempo até de dominar a bola e finalizar em melhores condições, mas ele se afobou e cabeceou do jeito que conseguiu.

Marcelo cruzou rasteiro, a zaga cortou e Courtois salvou o gol contra. O escanteio curto foi cobrado e Coutinho arriscou para nova defesa do arqueiro belga.

De Bruyne cobrou falta no meio do gol e Alisson espalmou por cima. Chadli cobrou escanteio rasteiro e Kompany apareceu na primeira trave para desviar, mas o goleiro brasileiro ficou com a bola.

Tite mexeu no intervalo. Trocou Willian por Roberto Firmino e deslocou Gabriel Jesus para a direita. Mas a primeira jogada perigosa foi pela esquerda, quando Marcelo chutou cruzado e a bola passou perto do gol. Firmino ainda tentou esticar o pé e quase tocou na bola.

Depois, Fagner achou Paulinho, que entrou na área e dividiu com Courtois, mas a bola espirrou na sequência.

De Bruyne puxou contra-ataque e abriu na esquerda para Hazard, que chutou forte, mas a bola saiu à esquerda de Alisson. O Brasil escapou de sofrer o terceiro gol.

O menino Jesus não rendeu na direita e Tite, tardiamente, o trocou por Douglas Costa. Na primeira bola que recebeu, Douglas passou por Vertonghen e chutou cruzado, Courtois espalmou para o meio da área e Paulinho não estava atento para alcançar o rebote.

Depois, a jogada quase se repetiu: Douglas cortou a marcação e chutou cruzado, o goleiro espalmou e Neymar chutou a sobra em cima da defesa belga.


(Imagem: FIFA.com)

Tite fez a última alteração, colocando Renato Augusto no lugar de Paulinho. A intenção era parar de errar passes na saída de bola, mas essa mexida surtiu mais efeito no ataque.

Philippe Coutinho avançou pelo meio, viu a infiltração de Renato Augusto e cruzou. Aparecendo no meio da área como homem surpresa, o camisa 8 desviou bem de cabeça e a bola foi no cantinho direito. Um belo gol, que voltava a dar esperanças para o Brasil.

Coutinho tocou da esquerda, Neymar girou em cima da marcação e chutou por cima. Essa passou muito perto do gol.

Coutinho (que parecia ter acordado de longa hibernação de 70 minutos) tocou para Renato Augusto na entrada da área. Sem marcação, o meia chutou com perigo, mas a bola saiu à esquerda. Um gol perdido. A maior chance do Brasil no jogo. Não se deve errar um gol desses.

Firmino abriu para Neymar na esquerda. Ele cortou Meunier e tocou para a chegada de Coutinho, que pegou muito mal na bola e isolou.

Já nos acréscimos, Douglas Costa cortou da direita para o meio e rolou para Neymar. Da meia lua, o camisa 10 bateu colocado no ângulo, mas Courtois foi buscar a bola e fazer um verdadeiro milagre na Arena Kazan. Outra chance perdida, que arrefeceu a Seleção.

No último lance da partida, inclusive com Alisson dentro da área belga, Neymar cobrou escanteio e Firmino cabeceou por cima.


(Imagem: FIFA.com)

● Ao final da partida, os belgas comemoraram como se já houvessem conquistado o título. Foi uma prova enorme de maturidade dessa “ótima geração”, que quer continuar provando que está pronta para deixar de ser um “time de videogame” e marcar seu lugar na história. Tem qualidades para isso e as tem demonstrado.

A Bélgica possui, individualmente, uma seleção completa. Thibaut Courtois é um dos melhores goleiros do mundo. Vincent Kompany está sem ritmo de jogo mas, em forma, é indiscutível. Os dois zagueiros laterais Toby Alderweireld e Jan Vertonghen são rápidos, fortes, com excelente tempo de bola e sabem sair para o jogo. Thomas Meunier é subvalorizado no PSG – poucos laterais/alas direitos são melhores que ele atualmente. Na ala esquerda, há uma carência, que está sendo muito bem sanada pelos pontas Yannick Ferreira Carrasco ou Nacer Chadli. No meio, Axel Witsel, Marouane Fellaini e Mousa Dembélé são bons marcadores e também sabem jogar. Kevin De Bruyne e Eden Hazard estão entre os dez melhores jogadores do mundo. Romelu Lukaku amadureceu muito nos últimos quatro anos e é um dos maiores centroavantes do planeta. No banco, Dedryck Boyata é um zagueiro seguro. Thomas Vermaelen (se não tiver envolto às várias lesões) é um defensor de alto nível. Youri Tielemans tem aparecido bem e tem um futuro promissor. Adnan Januzaj é veloz e habilidoso. Michy Batshuayi é um atacante de mobilidade e bom definidor. Dries Mertens, tanto na ponta quanto no centro do ataque, tem sido um dos melhores jogadores do futebol italiano, no Napoli. Ou seja, o Brasil não perdeu para qualquer um.

Cheia de predicados, a “ótima geração belga” enfrenta a França, talvez a maior favorita à conquista dessa Copa do Mundo. Será um duelo de altíssimo nível na próxima terça feira.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

BRASIL 1 x 2 BÉLGICA

 

Data: 06/06/2018

Horário: 21h00 locais

Estádio: Arena Kazan

Público: 42.873

Cidade: Kazan (Rússia)

Árbitro: Milorad Mažić (Sérvia)

 

BRASIL (4-1-4-1):

BÉLGICA (3-4-3):

1  Alisson (G)

1  Thibaut Courtois (G)

22 Fagner

2  Toby Alderweireld

2  Thiago Silva

4  Vincent Kompany

3  Miranda (C)

5  Jan Vertonghen

12 Marcelo

15 Thomas Meunier

17 Fernandinho

6  Axel Witsel

19 Willian

8  Marouane Fellaini

15 Paulinho

22 Nacer Chadli

11 Philippe Coutinho

7  Kevin De Bruyne

10 Neymar Jr

10 Eden Hazard (C)

9  Gabriel Jesus

9  Romelu Lukaku

 

Técnico: Tite

Técnico: Roberto Martínez

 

SUPLENTES:

 

 

23 Ederson (G)

12 Simon Mignolet (G)

16 Cássio (G)

13 Koen Casteels (G)

14 Danilo (lesionado)

23 Leander Dendoncker

13 Marquinhos

20 Dedryck Boyata

4  Pedro Geromel

3  Thomas Vermaelen

6  Filipe Luís

17 Youri Tielemans

5  Casemiro (suspenso)

19 Mousa Dembélé

18 Fred

11 Yannick Ferreira Carrasco

8  Renato Augusto

16 Thorgan Hazard

7  Douglas Costa

18 Adnan Januzaj

21 Taison

14 Dries Mertens

20 Roberto Firmino

21 Michy Batshuayi

 

GOLS:

13′ Fernandinho (BEL) (gol contra)

31′ Kevin De Bruyne (BEL)

76′ Renato Augusto (BRA)

 

CARTÕES AMARELOS:

47′ Toby Alderweireld (BEL)

71′ Thomas Meunier (BEL)

85′ Fernandinho (BRA)

90′ Fagner (BRA)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Willian (BRA) ↓

Roberto Firmino (BRA) ↑

 

58′ Gabriel Jesus (BRA) ↓

Douglas Costa (BRA) ↑

 

73′ Paulinho (BRA) ↓

Renato Augosto (BRA) ↑

 

83′ Nacer Chadli (BEL) ↓

Thomas Vermaelen (BEL) ↑

 

87′ Romelu Lukaku (BEL) ↓

Youri Tielemans (BEL) ↑

Melhores momentos da partida:

Para ver os melhores momentos estendidos, em português, clique aqui.

… 06/07/2018 – Uruguai 0 x 2 França

Três pontos sobre…
… 06/07/2018 – Uruguai 0 x 2 França


(Imagem: FIFA.com)

● O Uruguai é uma seleção bastante conhecida internacionalmente. É sabido que possui uma defesa extremamente segura, um meio campo marcador e pouco criativo e uma dupla de ataque entrosada e de nível mundial. No duelo de hoje faltou Edinson Cavani, simplesmente o melhor jogador do time nessa Copa do Mundo. Ele se lesionou na partida anterior, quando fez os dois gols contra Portugal, nas oitavas de final. Sem Cavani, faltou qualidade na criação e profundidade no ataque uruguaio. Se já não bastassem os problemas ofensivos, o goleiro Muslera não passava a menor confiança e ainda falhou feio no segundo gol francês.

A França estava desfalcada do meia Blaise Matuidi, suspenso pelo segundo cartão amarelo. Corentin Tolisso foi escalado no meio por Didier Deschamps. Mas o infernal trio de ataque estava completo: o craque Antoine Griezmann, o lépido Kylian Mbappé e Olivier Giroud, o homem de área.


O Uruguai jogou no tradicional 4-4-2. Cristhian Stuani não conseguiu suprir a ausência de Edinson Cavani.


Didier Deschamps escalou a França no 4-3-3. Sem a bola, Mbappé e Griezmann recuavam e o sistema se transformava no 4-2-3-1.

● Quem começou assustando foi o Uruguai. Aos cinco minutos, Stuani invadiu a área pela ponta direita e chutou cruzado, mas a bola foi para fora.

Aos 13′, Torreira cobrou escanteio bem aberto, Giménez cabeceou e Lloris saiu para socar a bola antes que um uruguaio a desviasse para o gol.

Um minuto depois, Pavard cruzou da direita na segunda trave, Giroud escorou para o meio, mas Mbappé cabeceou fraco e por cima do travessão.

Aos 35′, Vecino aproveitou um bate-rebate na área, dominou no peito e virou chutando, mas Lloris fez a defesa facilmente.

A França abriu o placar aos 40 minutos do primeiro tempo. Griezmann cobrou falta da intermediária pelo lado direito para a marca do pênalti. Varane se antecipou à marcação de Stuani e desviou de cabeça, no cantinho direito de Muslera. Mais um gol de bola parada anotado nessa Copa do Mundo.

Aos 44′, Torreira cobrou falta da meia direita e Cáceres cabeceou firme. Seria um gol certo. Mas Lloris fez uma das maiores defesas da história das Copas. O goleiro voou no cantinho direito e salvou os franceses. No rebote, Godín chegou chutando por cima, mas Lloris ainda foi para a dividida com ele.

No início do segundo tempo, Muslera começou a dar mostras de que entregaria o segundo gol francês.

No primeiro minuto, Godín recuou a bola, o goleiro ficou esperando ela no pé e Griezmann tentou roubá-la, mas ela se perdeu pela linha de fundo.

Mas o gol francês em falha de Muslera sairia de qualquer jeito. Aos 16′, Pogba roubou uma bola no meio campo, avançou e passou para Tolisso, que deixou com Griezmann pela esquerda. O francês arriscou um chute despretensioso e o goleiro aceitou. Um frango!

É inegável a importância de Muslera nessa geração que fez ressurgir o futebol uruguaio, mas ele falhou em um momento crucial da partida e da competição.

Com 2 a 0 no placar, Mbappé deu um toque de letra no meio do campo e Cebolla Rodríguez deixou o braço, dando um leve toque no peito do adversário. Luisito Suárez e Godín ficaram loucos, acusando o francês de simulação para ganhar tempo. O capitão uruguaio tentou levantar o garoto à força e aí começou a troca de empurrões e insultos de ambos os lados. O árbitro controlou bem e distribuiu cartão amarelo aos dois envolvidos no lance. Ao ser substituído, a torcida russa vaiou Mbappé e o comparou a Neymar.

Aos 27′, Tolisso chutou colocado e a bola passou por cima, chegando a assustar os uruguaios.

Depois, o jogo esfriou. A França não forçou para marcar o terceiro e o Uruguai não mostrava ter qualidade para marcar seu gol.


(Imagem: FIFA.com)

● O Uruguai demonstrou a mesma raça de sempre, mas falhou na marcação no primeiro gol. E teve a falha individual do goleiro Muslera no segundo. Além disso, a ausência de Edinson Cavani foi muito sentida no ataque charrua, que errou mais passes que o habitual e não conseguiu ser incisivo. Mesmo lutando, passou quase todo o segundo tempo sem dar um mísero chute a gol. Luis Suárez esteve muito apagado durante quase toda a Copa. Provou que o bom da dupla (ou pelo menos o mais dinâmico) é o Cavani.

A técnica do ataque francês se sobressaiu diante da forte marcação da defesa uruguaia. Les Bleus são os maiores favoritos ao título. Pelo menos é a seleção que está demonstrando mais qualidades para isso. Agora, enfrenta a Bélgica em uma semifinal que tende a ser espetacular.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

URUGUAI 0 x 2 FRANÇA

 

Data: 06/07/2018

Horário: 17h00 locais

Estádio: Nizhny Novgorod Stadium

Público: 43.319

Cidade: Nizhny Novgorod (Rússia)

Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)

 

URUGUAI (4-4-2):

FRANÇA (4-3-3):

1  Fernando Muslera (G)

1  Hugo Lloris (G)(C)

22 Martín Cáceres

2  Benjamin Pavard

2  José Giménez

4  Raphaël Varane

3  Diego Godín (C)

5  Samuel Umtiti

17 Diego Laxalt

21 Lucas Hernández

14 Lucas Torreira

13 N’Golo Kanté

15 Matías Vecino

6  Paul Pogba

8  Nahitan Nández

12 Corentin Tolisso

6  Rodrigo Bentancur

10 Kylian Mbappé

11 Cristhian Stuani

7  Antoine Griezmann

9  Luis Suárez

9  Olivier Giroud

 

Técnico: Óscar Tabárez

Técnico: Didier Deschamps

 

SUPLENTES:

 

 

23 Martín Silva (G)

16 Steve Mandanda (G)

12 Martín Campaña (G)

23 Alphonse Areola (G)

19 Sebastián Coates

19 Djibril Sidibé

16 Maxi Pereira

3  Presnel Kimpembe

4  Guillermo Varela

17 Adil Rami

5  Carlos Sánchez

22 Benjamin Mendy

7  Cristian Rodríguez

15 Steven Nzonzi

10 Giorgian De Arrascaeta

14 Blaise Matuidi (suspenso)

20 Jonathan Urretaviscaya

8  Thomas Lemar

13 Gastón Silva

18 Nabil Fekir

18 Maxi Gómez

20 Florian Thauvin

21 Edinson Cavani (lesionado)

11 Ousmane Dembélé

 

GOLS:

40′ Raphaël Varane (FRA)

61′ Antoine Griezmann (FRA)

 

CARTÕES AMARELOS:

33′ Lucas Hernández (FRA)

38′ Rodrigo Bentancur (URU)

69′ Cristian Rodríguez (URU)

69′ Kylian Mbappé (FRA)

 

SUBSTITUIÇÕES:

59′ Cristhian Stuani (URU) ↓

Maxi Gómez (URU) ↑

 

59′ Rodrigo Bentancur (URU) ↓

Cristian Rodríguez (URU) ↑

 

73′ Nahitan Nández (URU) ↓

Jonathan Urretaviscaya (URU) ↑

 

80′ Corentin Tolisso (FRA) ↓

Steven Nzonzi (FRA) ↑

 

88′ Kylian Mbappé (FRA) ↓

Ousmane Dembélé (FRA) ↑

 

90+3′ Antoine Griezmann (FRA) ↓

Nabil Fekir (FRA) ↑

Melhores momentos da partida:

… 05/07/1994 – Itália 2 x 1 Nigéria

Três pontos sobre…
… 05/07/1994 – Itália 2 x 1 Nigéria


(Imagem: Pinterest)

● O confronto das oitavas de final entre Nigéria e Itália colocava frente a frente dois estilos completamente diferentes de jogo: a ousadia dos africanos contra a disciplina dos europeus.

Na primeira fase, a Nigéria foi líder do Grupo D, goleando a Bulgária (3 x 0), perdendo para a Argentina (2 x 1) e vencendo a Grécia (2 x 0). Surpreendentemente, logo em sua primeira Copa do Mundo, a Nigéria tinha ficado em primeiro lugar em seu grupo e enfrentaria a poderosa Itália nas oitavas de final.

A Itália estreou perdendo para a Irlanda por 1 x 0. Depois, bateu a Noruega por 1 a 0 e empatou com o México por 1 a 1. Pela primeira e única vez na história das Copas, um grupo terminava com as quatro seleções rigorosamente empatadas, tanto em pontos ganhos (quatro) como em saldo de gols (zero). O México ficou em primeiro lugar por ter tido o melhor ataque (três gols), a Irlanda ficou em segundo lugar por ter vencido a Itália no confronto direto, a Itália se classificou na repescagem, em terceiro lugar, e a Noruega ficou de fora por ter marcado menos gols (só um).

A Nigéria tinha conquistado seu segundo título da Copa Africana de Nações havia menos de três meses e se apresentava como possível surpresa do Mundial. Contava com verdadeiros diamantes brutos, como Jay-Jay Okocha, Sunday Oliseh, Finidi George, Emmanuel Amunike e Daniel Amokachi, além do experiente centroavante Rashidi Yekini. O clima era tão favorável que o presidente da federação, Samson Omeruah, resolveu falar demais: “Os italianos são famosos no mundo todo pela máfia, não por jogar futebol”. Ele deve ser ter se esquecido dos três títulos mundiais (até então) e do peso da camisa da Squadra Azzurra.

Alheio a polêmicas, o técnico Clemens Westerhof foi mais realista, afirmando que as chances de sua equipe eram de 50%. O treinador trouxe a visão holandesa do futebol: velocidade, exuberância e técnica, que foram somadas à força física e habilidade naturais dos africanos. A maioria dos jogadores nigerianos já atuavam em clubes da Europa e combinavam os estilos europeu e africano.

O grande treinador italiano Arrigo Sacchi deixou sua idolatria no Milan para liderar a Azzurra. Para essa partida, ele promovia ajustes no seu time com as entradas de Roberto Mussi na lateral direita e Danielle Massaro no comando de ataque. Substituto natural de Franco Baresi tanto na função de líbero, quanto no uso da tarja de capitão, Paolo Maldini migrou da lateral esquerda para o centro da defesa.

Mas independente de qualquer coisa, a esperança dos italianos continuava sendo Roberto Baggio, então detentor do posto de melhor jogador do planeta.

Antes do pontapé inicial, a concentração nigeriana recebeu a visita especial do astro da NBA, Hakeem Olajuwon, nascido em Lagos (capital da Nigéria) e apaixonado por futebol.


Arrigo Sacchi escalou sua equipe no 4-4-2. Com a bola, Baggio avançava formando um 4-3-3.


A Nigéria atuava no 4-4-2, mas com o apoio de todos no meio campo. Quando atacava, formava um 4-2-4 com Finidi e Amunike bem abertos.

● Diante de 54.367 pessoas, no Foxboro Stadium, em Massachusetts, os nigerianos dominaram a partida.

Valendo-se de suas habilidades e, sobretudo, de uma condição física superior, as Super Águias inauguraram o marcador aos 25 minutos do primeiro tempo. Após a cobrança um escanteio, Paolo Maldini cortou mal e Emmanuel Amunike tocou na saída do goleiro Luca Marchegiani para abrir o placar.

Os nigerianos controlaram a posse de bola durante toda a partida, sem sofrer com o ataque italiano.

Aos 20′ da segunda etapa, Sacchi busca dar mais energia ao time, trocando Giuseppe Signori por Gianfranco Zola. Mas apenas dez minutos depois, Zola foi expulso por uma entrada mais forte em um adversário.

Agora as Super Águias venciam por 1 a 0 e tinham um jogador a mais em campo nos quinze minutos finais. Mas, sem ambição, ao invés de matar logo o jogo, davam toques de efeito, esperando o jogo terminar.

O tempo vai se esgotando para os italianos, que não conseguem criar nenhuma chance clara de gol.

Com um toque de bola envolvente, parecia que a classificação africana estava mais do que assegurada.

Porém, por pura inexperiência, eles permitiram a igualdade aos 43 minutos do segundo tempo. Roberto Mussi ganhou a dividida com a defesa adversária a rolou para o meia-atacante Roberto Baggio chutar colocado, de forma consciente, entre um zagueiro adversário, Massaro e a trave direita. Um lindo gol. Uma enorme falha defensiva, que permitiu o gol para os italianos a dois minutos do fim.

Aos 10 minutos da prorrogação, os africanos voltaram a incorrer no mesmo erro. Antonio Benarrivo avança e cai na área em disputa de bola com um zagueiro. Um pênalti infantil. Roberto Baggio, sempre ele, cobrou firme no canto direito de Peter Rufai, “O Príncipe”. A bola tocou na trave antes de entrar.

Com a virada, os italianos travaram o jogo até o apito final.


(Imagem: Getty Images / Globo Esporte)

“O avião já estava partindo para casa, mas eu parei seu motor”, disse um sorridente Baggio.

No dia seguinte, os jornais da Velha Bota esqueceram toda a desconfiança em torno do jogador da Juventus e festejaram seu craque.

No mata-mata, a Itália venceria todos seus jogos por 2 a 1: a Nigéria, nas oitavas; a Espanha, nas quartas; e a Bulgária, nas semifinais. Na final, após o empate sem gols com o Brasil, perdeu nos pênaltis por 3 a 2.

A falta de experiência e malícia minou as esperanças alviverdes de repetirem o feito dos rivais camaroneses na Copa do Mundo de 1990, quando os Leões Indomáveis alcançaram uma vaga nas quartas de final.

Era o fim da Copa para a Nigéria, mas o início de grandes celebrações por parte da torcida no país, que recebeu seus jogadores com muita festa na volta para casa.

E as Super Águias corresponderam logo, ao conquistar a inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, ao derrotar o Brasil na semifinal e a Argentina na final.

Na Copa de 1998, novamente os nigerianos fizeram uma boa competição, mas voltaram a cair nas oitavas de final.


(Imagem: A Tribuna)

FICHA TÉCNICA:

 

ITÁLIA 2 x 1 NIGÉRIA

 

Data: 05/07/1994

Horário: 13h00 locais

Estádio: Foxboro Stadium

Público: 54.367

Cidade: Foxborough (Estados Unidos)

Árbitro: Arturo Brizio Carter (México)

 

ITÁLIA (4-4-2):

NIGÉRIA (4-4-2):

12 Luca Marchegiani (G)

1  Peter Rufai (G)(C)

8  Roberto Mussi

2  Augustine Eguavoen

4  Alessandro Costacurta

5  Uche Okechukwu

5  Paolo Maldini (C)

6  Chidi Nwanu

3  Antonio Benarrivo

19 Michael Emenalo

14 Nicola Berti

15 Sunday Oliseh

11 Demetrio Albertini

10 Jay-Jay Okocha

16 Roberto Donadoni

7  Finidi George

10 Roberto Baggio

11 Emmanuel Amunike

20 Giuseppe Signori

14 Daniel Amokachi

19 Daniele Massaro

9  Rashidi Yekini

 

Técnico: Arrigo Sacchi

Técnico: Clemens Westerhof

 

SUPLENTES:

 

 

1  Gianluca Pagliuca (G)

16 Alloysius Agu (G)

22 Luca Bucci (G)

22 Wilfred Agbonavbare (G)

2  Luigi Apolloni

4  Stephen Keshi

6  Franco Baresi

13 Emeka Ezeugo

7  Lorenzo Minotti

20 Uche Okafor

9  Mauro Tassotti

3  Benedict Iroha

15 Antonio Conte

21 Mutiu Adepoju

17 Alberigo Evani

8  Thompson Oliha

13 Dino Baggio

18 Efan Ekoku

21 Gianfranco Zola

12 Samson Siasia

18 Pierluigi Casiraghi

17 Victor Ikpeba

 

GOLS:

25′ Emmanuel Amunike (NIG)

88′ Roberto Baggio (ITA)

102′ Roberto Baggio (ITA) (pen)

 

CARTÕES AMARELOS:

2′ Michael Emenalo (NIG)

6′ Daniele Massaro (ITA)

29′ Alessandro Costacurta (ITA)

41′ Mutiu Adepoju (NIG)

53′ Sunday Oliseh (NIG)

58′ Chidi Nwanu (NIG)

60′ Giuseppe Signori (ITA)

62′ Dino Baggio (ITA)

80′ Paolo Maldini (ITA)

 

CARTÃO VERMELHO: 75′ Gianfranco Zola (ITA)

 

SUBSTITUIÇÕES:

35′ Daniel Amokachi (NIG) ↓

Mutiu Adepoju (NIG) ↑

 

INTERVALO Nicola Berti (ITA) ↓

Dino Baggio (ITA) ↑

 

57′ Emmanuel Amunike (NIG) ↓

Thompson Oliha (NIG) ↑

 

65′ Giuseppe Signori (ITA) ↓

Gianfranco Zola (ITA) ↑

Gols e lances chave da partida:

… 04/07/2006 – Alemanha 0 x 2 Itália

Três pontos sobre…
… 04/07/2006 – Alemanha 0 x 2 Itália


(Imagem: FIFA.com)

● A Alemanha estava em festa. Sua desacreditada seleção estava a dois jogos de conquistar o título mundial em casa, feito que já havia alcançado em 1974.

A primeira semifinal ocorreria no Signal Iduna Park (antigo Westfalenstadion), em Dortmund, e seria um dos maiores clássicos do mundo. Alemanha e Itália já nos brindaram com diversas partidas memoráveis e essa seria mais uma delas.

O retrospecto italiano contra os alemães é ótimo, principalmente em fases decisivas. A Azzurra já tinha vencido nas semifinais em 1970 (4 x 3) e na final de 1982 (3 x 1), além de dois empates sem gols (em 1962 e 1978).

Na estreia de 2006, a Alemanha bateu a Costa Rica por 4 a 2. Na segunda partida, o gol da vitória (1 x 0) sobre a rival Polônia foi arrancado aos 46 minutos do segundo tempo. No terceiro jogo, completou os 100% de aproveitamento ao atropelar o Equador por 3 a 0. Nas oitavas de final, ganhou tranquilamente da Suécia por 2 a 0. Nas quartas, uma verdadeira batalha no clássico contra a Argentina: após empate por 1 a 1, venceu nos pênaltis por 4 a 2, com uma grande confusão no final. Na briga generalizada, o argentino Julio Cruz acertou um tapa no alemão Torsten Frings, que revidou com um soco. A FIFA suspendeu Frings por uma partida e o meia seria o grande desfalque da Alemanha na semifinal.

A Squadra Azzurra se classificou como líder na fase de grupos com sete pontos, vencendo Gana por 2 a 1, empatando com os Estados Unidos em 1 a 1 e vencendo a República Tcheca por 2 a 0. Nas oitavas de final, precisou de um pênalti duvidoso aos 50 minutos do segundo tempo para eliminar a Austrália. Nas quartas de final, passou sem sustos pela Ucrânia, com um convincente 3 a 0 – uma bela noite, na qual a torcida italiana lavava a alma, cantando “Un estate italiana”, tema da Copa de 1990. Se a Alemanha conquistou a Copa sediada na Itália, agora a Squadra Azzurra poderia se vingar se vencesse o Mundial em solo germânico.


(Imagem: Football Unites)

● As cores da bandeira alemã predominavam no estádio. A torcida local, que era claramente a maioria esmagadora dos 65.000 expectadores, acreditava plenamente que seu país estaria na decisão no próximo domingo, em Berlim.

Paulo Vinícius Coelho disse em seu livro “Os 55 maiores jogos das Copas do Mundo (2010)” que a empolgação dos torcedores italianos também era tamanha, que em determinado momentos eles gritavam a plenos pulmões: “Tutti a Berlino / Andiamo tutti a Berlino”, cantando no ritmo do sucesso cubano “Guantanamera”.

Era um confronto de dois técnicos completamente diferentes. Marcello Lippi, jogador mediano, treinador experiente e extremamente tático. Jürgen Klinsmann, um craque de bola, em seu primeiro trabalho como técnico. O ex-atacante alemão era um dos heróis de 1990, quando conquistaram a Copa pela última vez até então.

Klinsmann precisaria contar com uma noite inspirada de sua dupla de ataque, os poloneses naturalizados Lukas Podolski e Miroslav Klose.

A Itália não tinha mais que cinco mil torcedores no estádio, mas a seleção de Marcello Lippi era experiente e não se deixava intimidar. A única alteração em relação às quartas de final era o retorno de Marco Materazzi, que voltava de suspensão. Francesco Totti começou como titular, deixando Alessandro Del Piero no banco.


A Alemanha atuou no 4-4-2. As jogadas fluíam bem no meio de campo, com a qualidade de Schneider, Borowski e Ballack, apoiados pelas constantes subidas de Lahm ao ataque.


A Itália era composta no 4-4-1-1, se defendendo com duas linhas de quatro. Os dois meias laterais, Camoranesi e Perrotta apoiavam muito ao ataque. Totti jogava livre para criar.

● Foi um jogo morno, com poucas chances de gol para os dois lados. No primeiro tempo, os italianos tiveram mais chances e criaram a primeira oportunidade. Simone Perrotta adiantou demais a bola, Jens Lehmann saiu para a dividida e ficou com ela.

Depois, Totti cobrou falta com força e Lehmann agarrou firme.

Os alemães viram que a partida não seria tão fácil, mas se acalmaram e começaram a jogar melhor. Eles reclamaram em vão de um pênalti, quando a bola tocou no braço de Pirlo dentro da área.

Mas era muito difícil passar pela defesa da Squadra Azzurra, liderada pelo capitão Fabio Cannavaro. Se a bola passasse pela zaga, tinha uma muralha chamada Buffon para impedir o gol.

Em uma mostra disso, Klose passou pela defesa, mas adiantou demais e Buffon apareceu para tirar o perigo da área.

Os alemães perderam a melhor oportunidade. Em bela troca de passes no ataque, a bola sobra para Bernd Schneider, que chuta forte. Buffon desvia com a pontinha da luva e a bola vai por cima.

A Itália ameaçava com os passes precisos de Pirlo, criador da maioria das jogadas perigosas. Mas quase todas acabavam nas mãos do goleiro Lehmann.

No segundo tempo, os donos da casa pediram outro pênalti, de Cannavaro em Podolski, que o árbitro assinalou fora da área.

Fabio Grosso avança, mas para em Lehmann. Era um jogo para consagrar dois grandes goleiros.

Faltando 16 minutos para o final, a Itália remaneja o time em busca do gol. Alberto Gilardino substitui Luca Toni.

Perto do final, Totti faz o passe por cobertura para Perrotta, mas Lehmann sai de soco para tirar o perigo.

E os primeiros 90 minutos terminaram sem gols.


(Imagem: Martin Rose / Bongarts / Getty Images / Sportsnet)

● A partida ganhou emoção mesmo na prorrogação, tal qual aconteceu 36 anos antes, na semifinal da Copa do Mundo de 1970 (Itália 4 x 3 Alemanha Ocidental) – mas nem tanto dessa vez…

A Itália foi mais para cima ainda, com o atacante Iaquinta no lugar do meio campista Camoranesi.

Os lances de perigo foram mais frequentes a partir dos 3 minutos, quando Totti cobrou uma falta e assustou o goleiro Lehmann.

A Itália persiste no ataque. Gattuso fica sozinho no balanço defensivo, dando mais liberdade para Pirlo.

A Alemanha nunca havia perdido uma decisão por pênaltis na história das Copas, enquanto a Itália não tinha um bom retrospecto (tinha sido eliminada dessa forma em 1990, 1994 e 1998). Por isso, a Azzurra partia para decidir logo com a bola rolando.

A ousadia italiana rendeu duas bolas na trave em menos de um minuto.

Gilardino ganha disputa com Metzelder na direita, invade a área, chega na linha de fundo, passa por Ballack com um corte para o meio e, já dentro da pequena área, chuta fraco de esquerda e a bola bate na trave. Um lindo lance, que poderia ter decidido o jogo. Um pecado essa bola não ter entrado.

Zambrotta ameaça novamente com um chute no travessão. A Alemanha passava por maus bocados.


Na prorrogação, Marcello Lippi nem parecia italiano! Prendeu um pouco mais os laterais e deixou Gattuso como um cão de guarda, para liberar Pirlo. Totti continuava livre para criar. No ataque, Iaquinta abria pela direita e Del Piero na esquerda, deixando Gilardino flutuando pelo centro.

Marcello Lippi sente que é o momento de dar o golpe fatal. Ele opta por colocar outro atacante. A Itália não jogava com quatro no ataque desde o início da década de 1960. Alessandro Del Piero entrou para dar o último gás. Um dos jogadores mais talentosos e consagrados da Itália, Del Piero tinha se tornado recentemente o maior artilheiro de todos os tempos da Juventus, em sua 12ª temporada no time.

Mas essa vocação ofensiva mostrou a fragilidade defensiva dos italianos, permitindo o contra-ataque aos alemães.

Klinsmann troca o inoperante Klose por Oliver Neuville (outro naturalizado, nascido na Suíça).

Podolski chuta forte e Buffon espalma por cima.

Kehl chutou e a bola passou muito perto do gol de Buffon.

Os alemães, já sem pernas, foram se segurando. A Itália tinha mais posse de bola, com 57%. E seguia pressionando aos 29 minutos da prorrogação.

Quando (quase) todos davam o jogo por encerrado, esperando a disputa de pênaltis, a partida se resolveu.

Del Piero bate o escanteio e Friedrich desvia para a meia lua. Pirlo domina e vai puxando com calma para a direita. Com um passe açucarado, ele acha Fabio Grosso livre no meio dos zagueiros. O lateral esquerdo não “honrou” o sobrenome e bateu com estilo, com muita curva, e a bola morreu no canto direito de Lehmann.

A comemoração de Grosso lembra a de Marco Tardelli no gol da final do Mundial de 1982, contra a mesma Alemanha.

A Itália estava quase na final.

E os alemães partem para o tudo ou nada, se lançando à frente. Mas seriam castigados por isso.

No último lance do jogo, veio o tiro de misericórdia. Podolski erra um passe na intermediária. Cannavaro rouba a bola e deixa com Totti. Ele dá um ótimo passe para Gilardino, que faz muito bem o papel de pivô, segura a bola e toca na passagem de Del Piero na esquerda. O craque juventino, com uma tranquilidade monstra na finalização, deu um toque por cobertura e mandou a bola no ângulo, coroando uma jogada toda extraordinária. Depois de um contra-ataque fulminante de 80 metros, Del Piero coloca seu nome no panteão dos heróis das Copas do Mundo.

Um duro golpe para os alemães, que tentavam conquistar seu segundo título como anfitriões, 32 anos depois.

No fim, um doloroso silêncio na “Muralha Amarela” do Westfalenstadion, que naquela noite era toda branca. Agora, era luto.


(Imagem: Claudio Villa / Grazia Neri Agency / Goal.com)

● Como consolação, o alemão Lukas Podolski ganhou o prêmio de melhor jogador jovem da Copa.

Curiosamente, o atacante Alberto Gilardino, que foi fundamental nessa vitória na semifinal, completou 24 anos no dia seguinte a essa partida. Ele nasceu em 05/07/1982, poucos minutos depois que a Itália eliminou o Brasil na Copa do Mundo daquele ano.

Na decisão do 3º lugar, a Alemanha venceu Portugal por 3 a 1 e saiu de cabeça erguida.

A Itália estava na final contra a França, liderada por Zinédine Yazid Zidane.


(Imagem: Getty Images / Sportsnet)

FICHA TÉCNICA:

 

ALEMANHA 0 x 2 ITÁLIA

 

Data: 04/07/2006

Horário: 21h00 locais

Estádio: Signal Iduna Park (antigo Westfalenstadion)

Público: 65.000

Cidade: Dortmund (Alemanha)

Árbitro: Benito Archundia (México)

 

ALEMANHA (4-4-2):

ITÁLIA (4-4-1-1):

1  Jens Lehmann (G)

1  Gianluigi Buffon (G)

3  Arne Friedrich

19 Gianluca Zambrotta

17 Per Mertesacker

5  Fabio Cannavaro (C)

21 Christoph Metzelder

23 Marco Materazzi

16 Philipp Lahm

3  Fabio Grosso

19 Bernd Schneider

8  Gennaro Gattuso

5  Sebastian Kehl

21 Andrea Pirlo

13 Michael Ballack (C)

20 Simone Perrotta

18 Tim Borowski

16 Mauro Camoranesi

20 Lukas Podolski

10 Francesco Totti

11 Miroslav Klose

9  Luca Toni

 

Técnico: Jürgen Klinsmann

Técnico: Marcello Lippi

 

SUPLENTES:

 

 

12 Oliver Kahn (G)

12 Angelo Peruzzi (G)

23 Timo Hildebrand (G)

14 Marco Amelia (G)

4  Robert Huth

2  Cristian Zaccardo

6  Jens Nowotny

6  Andrea Barzagli

2  Marcell Jansen

13 Alessandro Nesta

8  Torsten Frings

22 Massimo Oddo

15 Thomas Hitzlsperger

4  Daniele De Rossi

7  Bastian Schweinsteiger

17 Simone Barone

22 David Odonkor

7  Alessandro Del Piero

14 Gerald Asamoah

15 Vincenzo Iaquinta

10 Oliver Neuville

11 Alberto Gilardino

9  Mike Hanke

18 Filippo Inzaghi

 

GOLS:

119′ Fabio Grosso (ITA)

120+1′ Alessandro Del Piero (ITA)

 

CARTÕES AMARELOS:

40′ Tim Borowski (ALE)

56′ Christoph Metzelder (ALE)

90′ Mauro Camoranesi (ITA)

 

SUBSTITUIÇÕES:

73′ Tim Borowski (ALE) ↓

Bastian Schweinsteiger (ALE) ↑

 

74′ Luca Toni (ITA) ↓

Alberto Gilardino (ITA) ↑

 

83′ Bernd Schneider (ALE) ↓

David Odonkor (ALE) ↑

 

COMEÇO DA PRORROGAÇÃO Mauro Camoranesi (ITA) ↓

Vincenzo Iaquinta (ITA) ↑

 

104′ Simone Perrotta (ITA) ↓

Alessandro Del Piero (ITA) ↑

 

111′ Miroslav Klose (ALE) ↓

Oliver Neuville (ALE) ↑

Reportagem da Rede Globo com os gols da partida:

Gols narrados pelo italiano Fabio Caressa:

… 03/07/2018 – Colômbia 1 x 1 Inglaterra

Três pontos sobre…
… 03/07/2018 – Colômbia 1 x 1 Inglaterra


(Imagem: FIFA.com)

● A única partida entre Colômbia e Inglaterra em Copas do Mundo havia sido em 1998, quando os ingleses venceram por 2 a 0, com gols de Darren Anderton e David Beckham.

Agora, vinte anos depois, uma notícia ruim para o espetáculo: James Rodríguez não havia se recuperado de uma lesão sofrida contra a Polônia e estava fora até do banco de reservas, juntamente com o atacante palmeirense Miguel Borja.

Certamente foi a partida mais equilibrada das oitavas de final. E a mais tensa, nervosa, em que qualquer das equipes poderia sair vencedora.


O técnico argentino José Pekerman escalou a Colômbia no 4-3-3.


A Inglaterra, do técnico Gareth Southgate, foi ao campo no sistema 3-5-2.

● A Inglaterra começou o jogo pressionando. Nos primeiros 15 minutos, foram quatro chances criadas. A mais clara foi uma jogada toda do Tottenham: Kieran Trippier cruzou da direita e Harry Kane cabeceou por cima do gol, chegando a assustar o goleiro David Ospina, do Arsenal.

E os Three Lions continuaram insistindo, mas sem criar oportunidades claras que lhe permitissem abrir o placar. Aos 41′, Trippier cobrou falta e a bola passou perto da trave direita.

Aos 8 minutos do segundo tempo, Ashley Young cobrou falta para a área e Davinson Sánchez desviou de cabeça para a linha de fundo, impedindo um gol certo de Maguire.

Na sequência desse lance, Trippier cobrou escanteio e Keane foi seguro por Carlos Sánchez. Pênalti, que o próprio Keane bateu à meia altura e no meio do gol, tirando a força da bola e inaugurando o marcador no Spartak Stadium.

Aos 17′, Trippier (sempre ele) cruzou no segundo pau e Dele Alli cabeceou por cima.

Entre o intervalo e o meio do segundo tempo, foi um jogo de muita confusão, “empurra empurra”, discussões… muito mais por causa da postura da Colômbia, que tentava ganhar no grito e intimidar os jovens ingleses. Assim que a Colômbia decidiu jogar bola, melhorou na partida.

A melhor chance criada pela Colômbia foi em um contra-ataque aos 36 min, quando Bacca abriu na direita e Cuadrado, já dentro da grande área, chutou por cima.

Nos acréscimos, a Colômbia entrou em desespero para tentar empatar a partida. Qualquer bola era jogada na área e o zagueiro Yerri Mina, que é ótimo no jogo aéreo, já estava posicionado como centroavante.

Em uma cobrança de falta alçada para a área, aos 47′, a defesa rebateu e Mateus Uribe encheu o pé da intermediária. A bola iria no ângulo, mas Jordan Pickford voou e espalmou para a linha de fundo.

Na cobrança do escanteio, até Ospina foi para a área. Cuadrado cobrou e a bola procurou o gigante Mina. Ele cabeceou para baixo, a bola quicou e entrou entre a cabeça de Trippier e a trave. Mina se empolgou tanto, que foi comemorar nos braços da torcida cafetera.

Yerri Mina acabou como o artilheiro colombiano no Mundial, com três gols em três jogos, todos de cabeça em bolas paradas. O zagueiro, ex-Palmeiras, foi escorraçado do Barcelona, por ter falhado na única partida em que foi titular no campeonato espanhol (e a única que os culés perderam na liga). Com certeza, agora sai da Copa do Mundo em alta e com mercado, caso o Barça não queira mais seus serviços, como afirmou a imprensa espanhola.


(Imagem: FIFA.com)

● Um empate lutado, chorado, no último lance do jogo, que deu à partida mais trinta minutos de emoção com a prorrogação.

O gol deu mais ânimo para os colombianos no tempo extra. A Inglaterra estava moralmente destruída.

Aos 5′, Mojica cruzou rasteiro da esquerda, mas Falcao García não conseguiu alcançar.

Aos 11′, Cuadrado cobrou escanteio e Davinson Sánchez cabeceou por cima.

Dois minutos depois, Mojica levantou da esquerda e Falcao cabeceou mal. A melhor oportunidade do centroavante no jogo.

Na metade do segundo tempo da prorrogação, o lateral esquerdo Danny Rose fez a ultrapassagem, entrou na área e chutou cruzado, assustando Ospina.

Pouco depois, Trippier cobrou escanteio da direita e Dier cabeceou sozinho, mas por cima do gol.


(Imagem: FIFA.com)

● E a partida continuou empatada na prorrogação e foi decidida nos tiros livres da marca do pênalti. E no começo todos acertaram: Falcao García, Harry Keane, Cuadrado, Rashford e Muriel.

Henderson errou a quarta cobrança. Ele bateu à meia altura no canto esquerdo de Ospina, que pulou certo e espalmou. Aliás, Jordan Henderson é um jogador completo: não marca, não arma, não cruza, não chuta e não lidera. É o “Paulinho” deles, com a diferença que o “nosso” faz gols.

Mas para salvar a pele dele, Uribe chutou forte e a bola bateu no travessão, próximo ao ângulo direito. Depois, Trippier, talvez o melhor em campo, converteu. Carlos Bacca bateu à meia altura e no meio do gol; Pickford estava caindo para a direita, mas ainda conseguiu pegar. Coube a Eric Dier converter o último penal que garantiu sua seleção na próxima fase.

E pela segunda vez em toda sua centenária história, a Inglaterra vence uma disputa por pênaltis. Havia vencido apenas a Espanha nas quartas de final da Euro 1996. Foi derrotada derrotada dessa forma nas Copas de 1990 (para a Alemanha nas semifinais), 1998 (para a Argentina nas oitavas) e 2006 (para Portugal nas quartas), além das Eurocopas de 1996 (em casa, para a Alemanha na semifinal), 2004 (para Portugal nas quartas) e 2012 (para a Itália nas quartas). Fim de trauma.

Essa jovem Inglaterra (com meio time do Tottenham) ainda é uma incógnita. Agora, vai enfrentar a brava Suécia, que vem eliminando adversários mais renomados desde as eliminatórias. É chegada a hora dessa geração amadurecer de vez.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

COLÔMBIA 1 X 1 INGLATERRA

 

Data: 03/07/2018

Horário: 21h00 locais

Estádio: Otkritie Arena (Spartak Stadium)

Público: 44.190

Cidade: Moscou (Rússia)

Árbitro: Mark Geiger (Estados Unidos)

 

COLÔMBIA (4-3-2-1):

INGLATERRA (3-5-2):

1  David Ospina (G)

1  Jordan Pickford (G)

4  Santiago Arias

2  Kyle Walker

13 Yerri Mina

5  John Stones

23 Davinson Sánchez

6  Harry Maguire

17 Johan Mojica

12 Kieran Trippier

6  Carlos Sánchez

20 Dele Alli

5  Wílmar Barrios

8  Jordan Henderson

16 Jefferson Lerma

7  Jesse Lingard

11 Juan Guillermo Cuadrado

18 Ashley Young

20 Juan Fernando Quintero

10 Raheem Sterling

9  Radamel Falcao García (C)

9  Harry Kane (C)

 

Técnico: José Pekerman

Técnico: Gareth Southgate

 

SUPLENTES:

 

 

12 Camilo Vargas (G)

13 Jack Butland (G)

22 José Fernando Cuadrado (G)

23 Nick Pope (G)

2  Cristián Zapata

22 Trent Alexander-Arnold

3  Óscar Murillo

16 Phil Jones

18 Farid Díaz

15 Gary Cahill

8  Abel Aguilar

3  Danny Rose

15 Mateus Uribe

4  Eric Dier

21 José Izquierdo

21 Ruben Loftus-Cheek

10 James Rodríguez (lesionado)

17 Fabian Delph (lesionado)

14 Luis Muriel

14 Danny Welbeck

19 Miguel Borja (lesionado)

19 Marcus Rashford

7  Carlos Bacca

11 Jamie Vardy

 

GOLS:

57′ Harry Keane (ING) (pen)

90+3′ Yerri Mina (COL)

 

CARTÕES AMARELOS:

41′ Wílmar Barrios (COL)

52′ Santiago Arias (COL)

54′ Carlos Sánchez (COL)

56′ Jordan Henderson (ING)

63′ Radamel Falcao García (COL)

64′ Carlos Bacca (COL)

69′ Jesse Lingard (ING)

118′ Juan Cuadrado (COL)

 

SUBSTITUIÇÕES:

61′ Jefferson Lerma (COL) ↓

Carlos Bacca (COL) ↑

 

79′ Carlos Sánchez (COL) ↓

Mateus Uribe (COL) ↑

 

81′ Dele Alli (ING) ↓

Eric Dier (ING) ↑

 

88′ Juan Fernando Quintero (COL) ↓

Luis Muriel (COL) ↑

 

88′ Raheem Sterling (COL) ↓

Jamie Vardy (COL) ↑

 

102′ Ashley Young (ING) ↓

Danny Rose (ING) ↑

 

113′ Kyle Walker (ING) ↓

Marcus Rashford (ING) ↑

 

116′ Santiago Arias (COL) ↓

Cristián Zapata (COL) ↑

 

DECISÃO POR PÊNALTIS:

COLÔMBIA 3

INGLATERRA 4

Radamel Falcao García (gol, alta no meio do gol)

Harry Keane (gol, no canto esquerdo)

Juan Guillermo Cuadrado (gol, no ângulo esquerdo)

Marcus Rashford (gol, no canto esquerdo)

Luis Muriel (gol, no canto direito, deslocando o goleiro)

Jordan Henderson (perdeu, à direita defendido por David Ospina)

Mateus Uribe (perdeu, no travessão, próximo ao ângulo direito)

Kieran Trippier (gol, no ângulo esquerdo)

Carlos Bacca (perdeu, a meia altura no meio do gol, defendido por Jordan Pickford , que pulou no canto esquerdo)

Eric Dier (gol, no canto esquerdo)

Melhores momentos da partida:

… 03/07/2018 – Suécia 1 x 0 Suíça

Três pontos sobre…
… 03/07/2018 – Suécia 1 x 0 Suíça


(Imagem: FIFA.com)

● Durante muitos anos, Zlatan Ibrahimović era a estrela solitária, que monopolizava tudo que fosse relacionado ao futebol sueco. E na seleção da Suécia não era diferente. Mas, em duas Copas do Mundo e quatro Eurocopas, nunca conseguiu levar a equipe para as fases finais. Esse protagonismo individual não se refletia no coletivo.

E, mesmo tendo se retirado da seleção após a Euro 2016, Ibra se colocou à disposição do treinador Janne Andersson, que prontamente o recusou. Muitos criticaram o técnico. Como abrir mão de alguém com tamanho talento e fama? Mas Ibra não estava no melhor de sua forma física e acabou preterido mesmo na convocação final.

Era muita confiança de Andersson em seu time. E essa confiança vem se provando no Mundial da Rússia. A Suécia está de volta às quartas de final da Copa do Mundo 24 anos depois.


A Suécia atuou no 4-4-2 tradicional.


A Suíça foi escalada no sistema 4-2-3-1.

● Aos oito minutos de jogo, o goleiro suíço Sommer saiu jogando mal com os pés e Ekdal rebateu de primeira e Marcus Berg foi travado por Akanji no momento da finalização. Na sequência, a defesa rebateu e Ekdal chutou da entrada da área, mas a bola foi por cima.

Depois, Forsberg abriu na esquerda para Augustinsson, que cruzou rasteiro para a área. Ricardo Rodríguez afastou e Claesson ajeitou de peito para Berg bater cruzado de esquerda, no cantinho, mas Yann Sommer voou para fazer a defesa.

Aos 41′, Lustig cruzou da direita e Ekdal apareceu na segunda trave, mas finalizou por cima.

Aos 21 minutos do segundo tempo, Ola Toivonen dominou na esquerda e tocou para Emil Forsberg na meia lua. Ele se livrou do marcador e chutou. No meio do caminho, a bola desviou em Akanji e tomou o rumo do gol, tirando Sommer completamente da jogada. A Suécia tomava a dianteira do placar com merecimento.

Só depois de sofrer o gol que a Suíça começou a se impor mais no ataque. Mesmo assim, não conseguiu pressionar e criou uma única chance de empatar em bola parada.

Aos 34′, Shaqiri cobrou escanteio fechado e Embolo cabeceou no chão. Lá estava Forsberg, o herói do jogo. Ele foi essencial para definir o resultado da partida: fez o gol da Suécia e evitou esse gol certo da Suíça.

Já nos acréscimos, em contra-ataque fulminante, Thelin lançou Martin Olsson na esquerda sem ninguém à sua frente. Ele avançou e, ao entrar na área, foi derrubado por Michael Lang. Imediatamente, o árbitro Damir Skomina marcou pênalti e expulsou o lateral suíço. Ao ser avisado pelo VAR que a falta foi fora da área, o juiz marcou a falta ao invés da penalidade, mas manteve a expulsão.

A cobrança da falta foi o último lance da partida. Ola Toivonen encheu o pé, mas a bola foi em cima do goleiro Sommer, que espalmou para frente. E o árbitro apitou o fim de jogo.


(Imagem: FIFA.com)

● Não se nega que essa seleção sueca joga um futebol pragmático, que faz o “arroz com feijão” básico. Mas tem dado certo. Todos auxiliam na marcação, a fechar os espaços e o contra-ataque (apesar de lento) é certeiro.

Nas Eliminatórias europeias, já tinha sido responsável por tirar as tradicionais Holanda e Itália da Copa. No Mundial, venceu Coreia do Sul (1 x 0), vendeu caro a derrota para a Alemanha (1 x 2) e goleou o México (3 x 0).

E agora, enfrentará mais um gigante pela frente: a Inglaterra, no próximo sábado. O conto de fadas continuará ou a carruagem se transformará em abóbora?


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

SUÉCIA 1 x 0 SUÍÇA

 

Data: 03/06/2018

Horário: 17h00 locais

Estádio: Krestovsky Stadium (Saint Petesburg Stadium)

Público: 64.042

Cidade: São Petesburgo (Rússia)

Árbitro: Damir Skomina (Eslovênia)

 

SUÉCIA (4-4-2):

SUÍÇA (4-2-3-1):

1  Robin Olsen (G)

1  Yann Sommer (G)

2  Mikael Lustig

6  Michael Lang

3  Victor Lindelöf

20 Johan Djourou

4  Andreas Granqvist (C)

5  Manuel Akanji

6  Ludwig Augustinsson

13 Ricardo Rodríguez

13 Gustav Svensson

11 Valon Behrami (C)

8  Albin Ekdal

10 Granit Xhaka

17 Viktor Claesson

15 Blerim Džemaili

10 Emil Forsberg

14 Steven Zuber

20 Ola Toivonen

23 Xherdan Shaqiri

9  Marcus Berg

19 Josip Drmić

 

Técnico: Janne Andersson

Técnico: Vladimir Petković

 

SUPLENTES:

 

 

12 Karl-Johan Johnsson (G)

21 Roman Bürki (G)

23 Kristoffer Nordfeldt (G)

12 Yvon Mvogo (G)

5  Martin Olsson

2  Stephan Lichtsteiner (suspenso)

14 Filip Helander

22 Fabian Schär (suspenso)

16 Emil Krafth

3  François Moubandje

18 Pontus Jansson

4  Nico Elvedi

7  Sebastian Larsson (suspenso)

17 Denis Zakaria

15 Oscar Hiljemark

16 Gelson Fernandes

19 Marcus Rohdén

8  Remo Freuler

21 Jimmy Durmaz

7  Breel Embolo

22 Isaak Kiese Thelin

18 Mario Gavranović

11 John Guidetti

9  Haris Seferović

 

GOL: 66′ Emil Forsberg (SUE)

 

CARTÕES AMARELOS:

31′ Mikael Lustig (SUE)

61′ Valon Behrami (SUI)

68′ Granit Xhaka (SUI)

 

CARTÃO VERMELHO: 90+4′ Michael Lang (SUI)

 

SUBSTITUIÇÕES:

73′ Steven Zuber (SUI) ↓

Breel Embolo (SUI) ↑

 

73′ Blerim Džemaili (SUI) ↓

Haris Seferović (SUI) ↑

 

82′ Emil Forsberg (SUE) ↓

Martin Olsson (SUE) ↑

 

82′ Mikael Lustig (SUE) ↓

Emil Krafth (SUE) ↑

 

90+1′ Marcus Berg (SUE) ↓

Isaak Kiese Thelin (SUE) ↑

Melhores momentos da partida:

… 02/07/2018 – Bélgica 3 x 2 Japão

Três pontos sobre…
… 02/07/2018 – Bélgica 3 x 2 Japão


(Imagem: FIFA.com)

● A Bélgica é uma seleção tradicional em Copas do Mundo. Participou da primeira, em 1930, e de treze no total. Em 1986, chegou nas semifinais e terminou a competição em um honroso 4º lugar. Diziam ser aquela a melhor geração do país, com Jan Ceulemans, Jean-Marie Pfaff, Eric Gerets e Enzo Scifo. Até que nessa década atual, aparecessem e se consolidassem jogadores de videogame como Eden Hazard, Kevin De Bruyne, Dries Mertens, Romelu Lukaku, Vincent Kompany, Thibaut Courtois e muitos outros. Todos destaques em grandes times do mundo.

Assim, qualquer seleção que contasse com esses talentos seria favorita a conquista da Copa do Mundo. Certo? Mas a Bélgica nunca foi potência no futebol. Além do já citado 4º lugar na Copa de 1986, foi vice-campeã da Eurocopa de 1980 e 3º lugar na Euro 1972. O único título conquistado no futebol é a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1920, quando jogou em casa, em Antuérpia.

E essa mesma geração atual disputou a Copa de 2014. Foi bem na primeira fase, passou sufoco nas oitavas e caiu frente a um gigante sul-americano nas quartas de final. Daquela vez, foi a Argentina.

Agora, quatro anos depois, tudo se repete: show na primeira fase, sufoco nas oitavas e enfrentará um gigante sul-americano nas quartas: o Brasil é o adversário da vez, na próxima sexta-feira.


O técnico espanhol Roberto Martínez escalou a Bélgica no ofensivo 3-4-3


O Japão atuou no sistema 4-2-3-1, com muita velocidade pelas pontas

● Na primeira fase, a Bélgica não foi testada. Venceu fácil Panamá e Tunísia e jogou com o time reserva contra a Inglaterra.

A maioria esmagadora dos palpites apontavam que a Bélgica ganharia fácil. Faltou combinar com os japoneses.

Os Diables Rouges começaram melhor, impondo seu ritmo e até tiveram algumas chances. Mas não houve necessariamente uma pressão em busca do gol.

O susto começou logo no início do segundo tempo, aos três minutos, quando o Japão abriu o placar. Shibasaki viu Haraguchi disparar nas costas de Vertonghen e lançou. Haraguchi deu um drible de corpo no belga e chutou cruzado sem chances de defesa para Courtois.

Quatro minutos depois, a surpresa foi maior. Kagawa dominou na meia lua e deixou atrás para Takashi Inui dominar e bater forte de longe. Courtois até foi na bola, mas não alcançou. A “zebra” japonesa passeava pela Arena Rostov e abria 2 a 0 no placar.

Mas aos 25′, De Bruyne cobrou escanteio e, após um bate-rebate na área, a bola sobrou para Vertonghen quase na linha de fundo, sem qualquer ângulo. Ele tentou devolver a bola para o meio da área, mas ela pegou um efeito e tomou o rumo do gol. Foi uma bola surpreendente, mas defensável pelo goleiro Kawashima, que foi encoberto na jogada.

Quatro minutos depois, Hazard fez jogada pela esquerda e cruzou na cabeça do gigante Fellaini, que meteu a cabeleira na bola e empatou a partida.

Já nos acréscimos, aos 48′, Courtois subiu para agarrar um escanteio e saiu jogando rápido com De Bruyne. O camisa 7 acelerou o lance e abriu na direita para Meunier, que cruzou de primeira. Lukaku fez o corta-luz e Chadli completou para o gol. Era a virada dos Diables Rouges.

Toda a vantagem que o Japão custou a construir tinha ido embora com um gol e pura sorte e dois marcados por jogadores que entraram no segundo tempo.


(Imagem: FIFA.com)

● A seleção japonesa sai do Mundial de cabeça erguida. Embora tenha se classificado para as oitavas de final apenas por ter dois cartões amarelos a menos que Senegal, tenho certeza de que fez um papel melhor do que faria o país africano nessa fase. Porém, fica o amargo na boca. Esteve com dois gols à frente no marcador faltando 1/4 do jogo e, mesmo assim, deixou escapar a vaga nas quartas de final.

Foi uma enorme prova de maturidade da “ótima geração belga”, que se viu em uma grande adversidade e conseguiu superá-la com o que tem de melhor: o contra-ataque e a bola aérea.

Porém, se quiser passar pelo Brasil na próxima fase, deve ficar atenta a algumas questões:

— É inegável a qualidade no ataque de Yannick Ferreira Carrasco, mas ele não marca bem. Não é um ala esquerdo. Em seu setor, Willian pode “deitar e rolar”;
— Kompany está voltando de um longo tempo de inatividade por lesão e é lento. Não consegue fazer a cobertura com a velocidade necessária;
— De Bruyne e Hazard têm que aparecer mais. Ficaram apagados em grande parte no jogo de hoje.
— O técnico Roberto Martínez não tem uma segunda opção de sistema tático além do 3-4-3. Se o Brasil avançar bem Willian pela direita, Neymar pela esquerda e Gabriel Jesus (ou Roberto Firmino) pelo meio, pode causar estragos à defesa belga. Com isso, os alas teriam que recuar e o Brasil teria superioridade no meio campo.

Como diria Michael Jordan, “os playoffs separam os homens dos meninos”. Então, agora é a hora de a Bélgica provar que tem uma geração talentosa e vencedora ou apenas um bando de jogadores superestimados.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

BÉLGICA 3 x 2 JAPÃO

 

Data: 02/07/2018

Horário: 21h00 locais

Estádio: Arena Rostov

Público: 41.466

Cidade: Rostov-on-Don (Rússia)

Árbitro: Malang Diedhiou (Senegal)

 

BÉLGICA (3-4-3):

JAPÃO (4-2-3-1):

1  Thibaut Courtois (G)

1  Eiji Kawashima (G)

2  Toby Alderweireld

19 Hiroki Sakai

4  Vincent Kompany

22 Maya Yoshida

5  Jan Vertonghen

3  Gen Shoji

15 Thomas Meunier

5  Yuto Nagatomo

6  Axel Witsel

17 Makoto Hasebe (C)

7  Kevin De Bruyne

7  Gaku Shibasaki

11 Yannick Ferreira Carrasco

8  Genki Haraguchi

14 Dries Mertens

10 Shinji Kagawa

10 Eden Hazard (C)

14 Takashi Inui

9  Romelu Lukaku

15 Yuya Osako

 

Técnico: Roberto Martínez

Técnico: Akira Nishino

 

SUPLENTES:

 

 

12 Simon Mignolet (G)

12 Masaaki Higashiguchi (G)

13 Koen Casteels (G)

23 Kosuke Nakamura (G)

23 Leander Dendoncker

21 Gotoku Sakai

20 Dedryck Boyata

2  Naomichi Ueda

3  Thomas Vermaelen

6  Wataru Endo

17 Youri Tielemans

20 Tomoaki Makino

19 Mousa Dembélé

18 Ryota Oshima

8  Marouane Fellaini

16 Hotaru Yamaguchi

22 Nacer Chadli

11 Takashi Usami

16 Thorgan Hazard

4  Keisuke Honda

18 Adnan Januzaj

13 Yoshinori Muto

21 Michy Batshuayi

9  Shinji Okazaki

 

GOLS:

48′ Genki Haraguchi (JAP)

52′ Takashi Inui (JAP)

69′ Jan Vertonghen (BEL)

74′ Marouane Fellaini (BEL)

90+4′ Nacer Chadli (BEL)

 

CARTÃO AMARELO: 40′ Gaku Shibasaki (JAP)

 

SUBSTITUIÇÕES:

65′ Dries Mertens (BEL) ↓

Marouane Fellaini (BEL) ↑

 

65′ Yannick Ferreira Carrasco (BEL) ↓

Nacer Chadli (BEL) ↑

 

81′ Gaku Shibasaki (JAP) ↓

Hotaru Yamaguchi (JAP) ↑

 

81′ Genki Haraguchi (JAP) ↓

Keisuke Honda (JAP) ↑

Gols da partida:

… 02/07/2018 – Brasil 2 x 0 México

Três pontos sobre…
… 02/07/2018 – Brasil 2 x 0 México


(Imagem: FIFA.com)

● Em Copas do Mundo, a seleção mexicana tem um “carma” chamado oitavas de final. Em toda sua história de 16 edições disputadas, só em uma passou dessa fase: em 1986, quando passou pela ainda mais azarada Bulgária.

Dessa vez parecia ser diferente. La Tri jogou muito bem e venceu a poderosa Alemanha. Depois, bateu sem dificuldades a Coreia do Sul (apesar do placar apertado). Na última rodada, quando bastava um empate para ser líder do Grupo F e, teoricamente, escapar de um confronto mais duro na fase seguinte, sucumbiu. Foi goleado por 3 a 0 pela Suécia e entrou na rota do Brasil, um dos grandes algozes de sua história.

O México nunca marcou um gol no Brasil em Copas do Mundo. O máximo que conseguiu foi um empate por 0 a 0 em 2014. Seria diferente dessa vez?


Tite repetiu seu esquema preferido, o 4-1-4-1. Manteve Filipe Luís na lateral esquerda, no lugar do lesionado Marcelo. Na direita, Danilo se recuperou, mas Fagner permaneceu como titular.


O técnico Juan Carlos Osorio, conhecido por não repetir time, escalou Rafa Márquez no meio no lugar de Layún. Com isso, mudou o sistema tático de 4-2-3-1 para 4-3-3. A intenção era dar mais proteção à defesa. Conseguiu no primeiro tempo, enquanto esse time permaneceu em campo.

● O técnico colombiano Juan Carlos Osorio até tentou surpreender. Escalou Rafa Márquez como volante e deu total liberdade a Carlos Vela e Hirving Lozano para atacarem. E o ímpeto mexicano surpreendeu o time de Tite no começo. Logo aos três minutos, Guardado tabelou com Vela e cruzou na área. Alisson saiu de soco. Na sobra, Lozano finalizou, mas foi travado por Miranda na “hora H”.

Aos 25′, Neymar “entortou” dois marcadores pelo lado esquerdo da área, mas Ochoa fechou bem o ângulo e impediu o gol brasileiro.

Aos 33′, Casemiro fez o passe vertical, Paulinho fez o corta-luz e Gabriel Jesus abriu para Philippe Coutinho na esquerda. Ele devolveu para Gabriel, que passou por dois marcadores e chutou. Mas Ochoa (sempre ele!) espalmou. No rebote, o chute de Coutinho foi fraco e sem direção.

O gol que teimava em não sair só foi marcado aos seis minutos do segundo tempo. Neymar começou a jogada pela esquerda, puxou pelo meio atraindo a marcação e tocou de calcanhar. Willian recebeu, cortou para a esquerda e bateu cruzado. Enfim, a bola passou por Ochoa Neymar completou de carrinho para o gol. Uma jogada muito bem construída, com a aproximação entre os pontas brasileiros.

Mas a Seleção Canarinho queria o segundo gol. E o México contra-golpeou aos 16′. Lozano recebeu na esquerda, cortou para o meio e chutou em cima de Miranda. Carlos Vela pegou a sobra e chutou bem, mas a bola foi em cima de Alisson, que espalmou por cima.

A dois minutos do fim do tempo regulamentar, Fernandinho avançou bem e abriu para Neymar na esquerda. O camisa 10 tentou dar um bico no canto e Ochoa esticou o pé. Mas ela ficou limpa e sem goleiro para Roberto Firmino completar para o gol, dois minutos após ter entrado em campo.


(Imagem: FIFA.com)

● Bela vitória, em que o Brasil jogou seu melhor futebol na Copa da Rússia. Uma pena só Casemiro ter recebido o segundo cartão amarelo. Fernandinho é um excelente jogador, mas Casemiro (até agora) estava fazendo uma Copa quase impecável.

Aos mexicanos, vale repetir mais uma vez a velha frase: “Jugamos como nunca, perdimos como siempre”. Mas se despediram com a sensação de dever cumprido ao conseguir sua vitória mais importante em Copas do Mundo, ao vencer a Alemanha.

Nas quartas de final, o Brasil vai enfrentar a Bélgica. A Seleção de Tite vai ter que se provar e mostrar que está pronta para conquistar o hexacampeonato. A Bélgica é o rival ideal para isso. É claro que se perder não será um desastre. Mas se vencer, sairá com muito mais moral para enfrentar o vencedor de “Uruguai x França”.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

BRASIL 2 x 0 MÉXICO

 

Data: 02/06/2018

Horário: 18h00 locais

Estádio: Cosmos Arena (Arena Samara)

Público: 41.970

Cidade: Samara (Rússia)

Árbitro: Gianluca Rocchi (Itália)

 

BRASIL (4-1-4-1):

MÉXICO (4-3-3):

1  Alisson (G)

13 Guillermo Ochoa (G)

22 Fagner

21 Edson Álvarez

2  Thiago Silva (C)

2  Hugo Ayala

3  Miranda

3  Carlos Salcedo

6  Filipe Luís

23 Jesús Gallardo

5  Casemiro

4  Rafael Márquez (C)

19 Willian

16 Héctor Herrera

15 Paulinho

18 Andrés Guardado

11 Philippe Coutinho

11 Carlos Vela

10 Neymar Jr

22 Hirving Lozano

9  Gabriel Jesus

14 Javier Hernández

 

Técnico: Tite

Técnico: Juan Carlos Osorio

 

SUPLENTES:

 

 

23 Ederson (G)

12 Alfredo Talavera (G)

16 Cássio (G)

1  José de Jesús Corona (G)

14 Danilo

5  Erick Gutiérrez

13 Marquinhos

15 Héctor Moreno (suspenso)

4  Pedro Geromel

20 Javier Aquino

12 Marcelo

7  Miguel Layún

17 Fernandinho

8  Marco Fabián

18 Fred

6  Jonathan dos Santos

8  Renato Augusto

10 Giovani dos Santos

7  Douglas Costa (lesionado)

17 Jesús Manuel Corona

21 Taison

19 Oribe Peralta

20 Roberto Firmino

9  Raúl Jiménez

 

GOLS:

51′ Neymar Jr (BRA)

88′ Roberto Firmino (BRA)

 

CARTÕES AMARELOS:

38′ Edson Álvarez (MEX)

43′ Filipe Luís (BRA)

55′ Héctor Herrera (MEX)

59′ Casemiro (BRA)

77′ Carlos Salcedo (MEX)

90+2′ Andrés Guardado (MEX)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Rafael Márquez (MEX) ↓

Miguel Layún (MEX) ↑

 

55′ Edson Álvarez (MEX) ↓

Jonathan dos Santos (MEX) ↑

 

60′ Javier Hernández (MEX) ↓

Raúl Jiménez (MEX) ↑

 

80′ Paulinho (BRA) ↓

Fernandinho (BRA) ↑

 

86′ Philippe Coutinho (BRA) ↓

Roberto Firmino (BRA) ↑

 

90+1′ Willian (BRA) ↓

Marquinhos (BRA) ↑

Melhores momentos da partida:

… 01/07/2018 – Croácia 1 x 1 Dinamarca

Três pontos sobre…
… 01/07/2018 – Croácia 1 x 1 Dinamarca


(Imagem: FIFA.com)

● Uma partida para consagrar dois goleiros veteranos. Danijel Subašić, de 33 anos, e Kasper Schmeichel, de 31, foram os grandes destaques da partida das oitavas de final entre Croácia e Dinamarca.

Inicialmente, o favoritismo era todo da Croácia. Havia vencido com tranquilidade as três partidas da fase de grupos. Estreou batendo a Nigéria por 2 a 0, deu um chocolate na Argentina em vitória por 3 a 0 e, com o time reserva, derrotou a Islândia por 2 a 1.

Já a Dinamarca, sofreu para vencer o Peru por 1 a 0, suou para empatar com a Austrália por 1 a 1 e fez um jogo de compadres (se é que pode ser chamado de jogo), em um empate por 0 a 0 (o único da Copa até agora).


A Croácia jogou no sistema 4-2-3-1.


A Dinamarca atuou no 4-1-4-1. Sem a bola, Delaney recuava e formava um 4-2-3-1.

● Mas só existe favorito até a bola começar a rolar. E logo no início, com menos de um minuto jogado, a Dinamarca abriu o placar. O lateral esquerdo Jonas Knudsen cobrou lateral lançando na área. A defesa croata bateu cabeça e a bola sobrou para o zagueiro Mathias Jørgensen chutar de esquerda e abrir o placar. A bola ainda bateu no pé do goleiro Subašić, que nada pôde fazer.

Susto nos croatas? Que nada! Três minutos depois foi a vez a defesa dinamarquesa retribuir o presente. Vrsaljko entra na área e chuta de qualquer jeito. Dalsgaard chutou a bola nas costas de Christensen e ela sobrou para Mandžukić emendar para o gol. Uma pixotada!

Aos 29′, Rakitić chutou de fora da área e Schmeichel defendeu. Na sobra, Rebić chutou e o goleiro pegou de novo. No rebote, Perišić chutou por cima.

Depois, o jogo que já era morno foi esfriando.

Nos acréscimos do segundo tempo, a Croácia ainda teve uma chance, com Rakitić chutando forte de esquerda. A bola passou muito perto do gol.

Na prorrogação, Modrić fez um lançamento magistral para Kramarić. Ele invadiu a área, passou pelo goleiro e foi derrubado por trás por Mathias Jørgensen. Pênalti claro e apontado pelo árbitro argentino Néstor Pitana. Luka Modrić foi para a cobrança e bateu no canto esquerdo do goleiro Schmeichel, que pulou no lugar certo e segurou a bola. Um craque de tal magnitude como Modrić não pode errar um pênalti no fim da prorrogação.


(Imagem: FIFA.com)

● E a partida, empatada nos 90 minutos e na prorrogação, foi decidida nos tiros livres da marca do pênalti. E começou com dois erros: o craque Eriksen e Badelj foram impedidos pelos goleiros. Depois, todos acertaram: Kjær, Kramarić, Krohn-Dehli e Modrić (se redimindo). Lasse Schöne, Pivarić e Nicolai Jørgensen perderam na sequência. Coube a Ivan Rakitić converter o último penal que garantiu sua seleção na próxima fase.

Vinte anos depois, a Croácia volta a disputar as quartas de final da Copa do Mundo. E é favorita contra a anfitriã Rússia.

A Dinamarca foi além do que merecia. Com um futebol fraco de extremamente dependente de Christian Eriksen, ficou a anos-luz de encantar como a Dinamáquina de 1986 ou o bom time de 1998.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

CROÁCIA 1 x 1 DINAMARCA

 

Data: 01/07/2018

Horário: 21h00 locais

Estádio: Nizhny Novgorod Stadium

Público: 40.851

Cidade: Nizhny Novgorod (Rússia)

Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)

 

CROÁCIA (4-2-3-1):

DINAMARCA (4-2-3-1):

23 Danijel Subašić (G)

1  Kasper Schmeichel (G)

2  Šime Vrsaljko

14 Henrik Dalsgaard

6  Dejan Lovren

4  Simon Kjær (C)

21 Domagoj Vida

13 Mathias Jørgensen

3  Ivan Strinić

5  Jonas Knudsen

11 Marcelo Brozović

6  Andreas Christensen

7  Ivan Rakitić

8  Thomas Delaney

10 Luka Modrić (C)

20 Yussuf Yurary Poulsen

4  Ivan Perišić

10 Christian Eriksen

18 Ante Rebić

11 Martin Braithwaite

17 Mario Mandžukić

21 Andreas Cornelius

 

Técnico: Zlatko Dalić

Técnico: Åge Hareide

 

SUPLENTES:

 

 

12 Lovre Kalinić (G)

16 Jonas Lössl (G)

1  Dominik Livaković (G)

22 Frederik Rønnow (G)

13 Tin Jedvaj

3  Jannik Vestergaard

5  Vedran Ćorluka

17 Jens Stryger Larsen

15 Duje Ćaleta-Car

7  William Kvist

22 Josip Pivarić

19 Lasse Schöne

14 Filip Bradarić

18 Lukas Lerager

19 Milan Badelj

2  Michael Krohn-Dehli

8  Mateo Kovačić

15 Viktor Fischer

20 Marko Pjaca

23 Pione Sisto

9  Andrej Kramarić

12 Kasper Dolberg

16 Nikola Kalinić (dispensado da delegação)

9  Nicolai Jørgensen

 

GOLS:

1′ Mathias Jørgensen (DIN)

4′ Mario Mandžukić (CRO)

 

CARTÃO AMARELO: 115′ Mathias Jørgensen (DIN)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Andreas Christensen (DIN) ↓

Lasse Schöne (DIN) ↑

 

66′ Andreas Cornelius (DIN) ↓

Nicolai Jørgensen (DIN) ↑

 

71′ Marcelo Brozović (CRO) ↓

Mateo Kovačić (CRO) ↑

 

81′ Ivan Strinić (CRO) ↓

Josip Pivarić (CRO) ↑

 

97′ Ivan Perišić (CRO) ↓

Andrej Kramarić (CRO) ↑

 

98′ Thomas Delaney (DIN) ↓

Michael Krohn-Dehli (DIN) ↑

 

INTERVALO DE PRORROGAÇÃO Martin Braithwaite (DIN) ↓

Pione Sisto (DIN) ↑

 

108′ Mario Mandžukić (CRO) ↓

Milan Badelj (CRO) ↑

 

DECISÃO POR PÊNALTIS:

CROÁCIA 3

DINAMARCA 2

Milan Badelj (perdeu, à esquerda defendido por Schmeichel)

Christian Eriksen (perdeu, no canto esquerdo defendido por Subašić junto à trave)

Andrej Kramarić (gol, à esquerda, deslocando o goleiro)

Simon Kjær (gol, no ângulo direito)

Luka Modrić (gol, rasteiro no meio do gol, enquanto Schmeichel pulou no canto direito)

Michael Krohn-Dehli (gol, à esquerda, deslocando o goleiro)

Josip Pivarić (perdeu, à esquerda defendido por Schmeichel)

Lasse Schöne (perdeu, à direita defendido por Subašić)

Ivan Rakitić (gol, à esquerda, enquanto Schmeichel pulou no canto direito)

Nicolai Jørgensen (perdeu, rasteiro no meio do gol, defendido com os pés por Subašić, que pulou no canto direito)

Melhores momentos da partida: