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… 16/06/2006 – Argentina 6 x 0 Sérvia e Montenegro

Três pontos sobre…
… 16/06/2006 – Argentina 6 x 0 Sérvia e Montenegro


(Imagem: UOL)

● A Argentina era um time forte, experiente, técnico, com muitas excelentes opções para a linha de frente: Hernán Crespo, Javier Saviola, Rodrigo Palacio, Julio Cruz, Carlitos Tévez e Lionel Messi.

Na primeira partida, a albiceleste havia vencido a estreante Costa do Marfim por 2 x 1. Sérvia e Montenegro tinha perdido para a Holanda por 1 x 0.

Como a FIFA considerava Sérvia e Montenegro a herdeira das estatísticas da antiga Iugoslávia, essa era a décima participação em Copas do Mundo.

Mas havia um péssimo ambiente interno. Sérvia e Montenegro se desmembraram em dois países distintos apenas treze dias antes da Copa. O país existiu com esse nome apenas de 04/02/2003 a 03/06/2006.

Apesar disso, a seleção havia chegado com moral na Copa, com uma defesa considerada entre as mais sólidas da Europa. Nas eliminatórias, sofreu apenas um gol em dez partidas. Mas, por lesão, não podiam contar com seu melhor zagueiro, Nemanja Vidić – que posteriormente se tornaria capitão e ídolo do Manchester United.

Havia uma pressão da torcida sérvia para que o técnico Ilija Petković convocasse o meia Dejan Petković (que não tinha nenhum parentesco com o treinador). Bastante conhecido no Brasil, “Pet” (como ainda hoje é carinhosamente chamado), estava em ótima fase pelo Fluminense. O próprio capitão da seleção, Savo Milošević, admitia que Pet poderia ter um lugar no time.

O técnico insistia que tinha um bom grupo e que não seria justo retirar alguém que fez parte do grupo que conquistou a classificação para a Copa para dar espaço a Pet. Mas ele teve a chance quando o atacante Mirko Vučinić precisou ser cortado por lesão. Vučinić era um dos dois montenegrinos do elenco – o outro era o goleiro Dragoslav Jevrić, que preferiu manter a cidadania sérvia após a cisão dos dois países.

Com o corte de Vučinić, o treinador convocou “D. Petković“. Muitos ligaram para Pet no Brasil para dar os parabéns, mas… não era ele! Era o zagueiro Dušan Petković, filho do técnico! Ele não era convocado desde 2004 e foi muito atacado pela mídia de seu país, tanto por terem considerado nepotismo quanto pelo fato de ter sido convocado um defensor para a vaga de um atacante.

O elenco se rebelou e Dušan Petković não aguentou a pressão, deixando a delegação antes de chegarem à Alemanha. “É muita pressão para mim, para meu pai e meus companheiros”, afirmou Dušan. Sua seleção acabou disputando a Copa com um jogador a menos.

No início das partidas, novo momento de constrangimento para os jogadores sérvio-montenegrinos. O hino tocado era o da fase comunista da antiga Iugoslávia, que não era cantado pelos jogadores e vaiado pela torcida.


Muito bem treinada por José Pekerman, a Argentina jogou no sistema 4-4-2 em losango, com Riquelme jogando como “enganche”.


A Sérvia e Montenego foi escalada no esquema 4-4-2, com duas linhas de quatro.

● Em Gelsenkirchen, a Argentina apresentou um espetáculo que ficou na memória.

O ataque argentino descobriu logo cedo a fórmula para se sobressair diante da defesa sérvia. Sem deixar o adversário respirar, abusou dos passes rápidos e movimentação constante, especialmente de Javier Saviola.

Logo aos seis minutos, o próprio Saviola avançou pela esquerda e rolou para o meio da área. Maxi Rodríguez bateu deslocando o goleiro Dragoslav Jevrić e abriu o placar.

O segundo gol saiu apenas aos 31′, em uma troca de passes envolvente que se tornou uma verdadeira obra de arte. A jogada começou com Maxi Rodríguez roubando a bola no campo defensivo. A bola passou por Cambiasso, Riquelme, Sorín, girou da direita para a esquerda e voltou da esquerda para a direita, até que Saviola tocou para Cambiasso, que deu de primeira para Hernán Crespo, que devolveu de calcanhar. Esteban Cambiasso mandou para o gol. Desde a roubada de bola até a conclusão, foram 26 passes precisos – um símbolo do estilo de jogo argentino. Foi um gol que, pela dinâmica e pela finalização, lembrou um pouco o último gol de Maradona em Copas, diante da Grécia, em 1994. 2 a 0.

Com uma marcação frágil no meio e uma defesa pesada, os sérvios foram colocados literalmente na roda pelas tabelas envolventes dos albicelestes.

Dez minutos depois, o terceiro. Com uma falta não marcada pelo árbitro italiano Roberto Rosetti, Saviola roubou a bola de Mladen Krstajić, entrou na área e chutou cruzado. Jevrić espalmou para o canto, mas Maxi Rodríguez apareceu na segunda trave e completou para o gol. A bola ainda bateu na trave e no pé do zagueiro Goran Gavrančić antes de entrar. 3 a 0.

Após virar o intervalo vencendo por 3 a 0, os hermanos tiraram o pé e diminuíram o ritmo na etapa final.

Mateja Kežman foi expulso aos 20′ da segunda etapa, facilitando mais ainda o controle de jogo argentino.


(Imagem: 90 min)

Aos 29 minutos do segundo tempo, pouca gente se deu conta de que estava ocorrendo um momento histórico no futebol. Com a camisa 19, foi esse o momento que Lionel Messi pisou no gramado da Arena AufSchalke, em Gelsenkirchen. Era sua estreia em Copas do Mundo. Com 18 anos, Messi já começava a ganhar espaço no excelente time titular do Barcelona, que havia conquistado a UEFA Champions League da temporada 2005/06. No ano seguinte já se tornaria protagonista e três anos mais tarde seria eleito o melhor jogador do mundo.

Três minutos depois de entrar, em sua primeira jogada, Messi driblou um adversário, foi até a linha de fundo e cruzou rasteiro da ponta esquerda. Crespo apareceu na segunda trave, se antecipou a um adversário e marcou. 4 a 0.

O quinto tento veio seis minutos depois. Riquelme lançou Carlitos Tévez, que passou a bola entre as pernas de Gavrančić, cortou a marcação de Igor Duljaj e tocou rasteiro na saída do goleiro Jevrić. 5 a 0.

O último prego no caixão servo-montenegrino foi aos 43′. Juan Román Riquelme tocou para Tévez, que tabelou com Crespo e recebeu de volta. Ele enxergou a infiltração de Messi e deu o passe na medida. Messi dominou e bateu cruzado de pé direito, marcando seu primeiro gol em Copas do Mundo.

Com esse placar esmagador, o status de favorito ficou ainda mais estampado na albiceleste.

Essa vitória igualou a maior goleada aplicada pela Argentina em Copas do Mundo (a maior até então havia sido o “famoso” 6 a 0 sobre o Peru na Copa de 1978).


(Imagem: Goal)

● Na sequência, a Argentina empatou sem gols com a Holanda e assegurou a liderança do Grupo C no saldo de gols. Nas oitavas de final, precisou de um golaço ouro de Maxi Rodríguez para eliminar o México na prorrogação de virada por 2 x 1. Nas quartas de final, depois de um jogo duríssimo diante da anfitriã Alemanha, acabou caindo na decisão por pênaltis por 4 x 2, após empate por 1 x 1 no tempo normal.

Por sua vez, a Sérvia e Montenegro perdeu para a Costa do Marfim por 3 x 2 e terminou com três derrotas em três jogos. Na classificação geral, foi a última dentre as 32º seleções do Mundial.

Após a Copa, cinco jogadores sérvios foram punidos pela federação do país por terem cometido alguma indisciplina durante a competição: Mateja Kežman, Ognjen Koroman, Danijel Ljuboja, Zvonimir Vukić e Albert Nađ. Este último até jogou contra a Costa do Marfim, mas os outros quatro foram criticados por terem deixado a Alemanha antes do restante da delegação.

Embora Dušan Petković nem tenha jogado, o caso dele é um dos raros em que um pai atuou por uma seleção e o filho por outra, já que Ilija Petković havia jogado pela Iugoslávia em 1974. Outro caso que envolve dissolução de países foi o de Vladimír Weiss, que jogou pela Tchecoslováquia em 1990 e seu filho, de mesmo nome, atuou pela Eslováquia em 2010. O último caso envolve imigração: Martín Ventolrá jogou a Copa de 1934 pela Espanha e seu filho, José Vantolrá, atuou pelo México em 1970.

O meia Dejan Stanković disputou três Copas do Mundo, por três países diferentes. Ele representou a Iugoslávia em 1998, a Sérvia e Montenegro em 2006 e a Sérvia em 2010.


(Imagem: Twitter @OptaJoe)

FICHA TÉCNICA:

 

ARGENTINA 6 x 0 SÉRVIA E MONTENEGRO

 

Data: 16/06/2006

Horário: 15h00 locais

Estádio: Arena AufSchalke (atual Veltins-Arena)

Público: 52.000

Cidade: Gelsenkirchen (Alemanha)

Árbitro: Roberto Rosetti (Itália)

 

ARGENTINA (4-3-1-2):

SÉRVIA E MONTENEGRO (4-4-2):

1  Roberto Abbondanzieri (G)

1  Dragoslav Jevrić (G)

21 Nicolás Burdisso

4  Igor Duljaj

2  Roberto Ayala

6  Goran Gavrančić

6  Gabriel Heinze

20 Mladen Krstajić

3  Juan Pablo Sorín (C)

15 Milan Dudić

8  Javier Mascherano

7  Ognjen Koroman

22 Lucho González

17 Albert Nađ

18 Maxi Rodríguez

10 Dejan Stanković

10 Juan Román Riquelme

11 Predrag Đorđević

7  Javier Saviola

9  Savo Milošević (C)

9  Hernán Crespo

8  Mateja Kežman

 

Técnico: José Pékerman

Técnico: Ilija Petković

 

SUPLENTES:

 

 

12 Leo Franco (G)

23 Vladimir Stojković (G)

23 Óscar Ustari (G)

12 Oliver Kovačević (G)

4  Fabricio Coloccini

14 Nenad Đorđević

17 Leandro Cufré

5  Nemanja Vidić

15 Gabriel Milito

16 Dušan Petković (cortado da
delegação)

13 Lionel Scaloni

3  Ivica Dragutinović

5  Esteban Cambiasso

13 Dušan Basta

16 Pablo Aimar

2  Ivan Ergić

19 Lionel Messi

18 Zvonimir Vukić

14 Rodrigo Palacio

22 Saša Ilić

11 Carlos Tevez

21 Danijel Ljuboja

20 Julio Cruz

19 Nikola Žigić

 

GOLS:

6′ Maxi Rodríguez (ARG)

31′ Esteban Cambiasso (ARG)

41′ Maxi Rodríguez (ARG)

78′ Hernán Crespo (ARG)

84′ Carlos Tevez (ARG)

88′ Lionel Messi (ARG)

 

CARTÕES AMARELOS:

7′ Ognjen Koroman (SER)

27′ Albert Nađ (SER)

36′ Hernán Crespo (ARG)

42′ Mladen Krstajić (SER)

 

CARTÃO VERMELHO:
65′ Mateja Kežman (SER)

 

SUBSTITUIÇÕES:

17′ Lucho González (ARG) ↓

Esteban Cambiasso (ARG) ↑

 

INTERVALO Albert Nađ (SER) ↓

Ivan Ergić (SER) ↑

 

50′ Ognjen Koroman (SER) ↓

Danijel Ljuboja (SER) ↑

 

59′ Javier Saviola (ARG) ↓

Carlos Tevez (ARG) ↑

 

70′ Savo Milošević (SER) ↓

Zvonimir Vukić (SER) ↑

 

75′ Maxi Rodríguez (ARG) ↓

Lionel Messi (ARG) ↑

Gols da partida:

… 27/06/2018 – O melhor do 14º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 27/06/2018 – O melhor do 14º dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A tetracampeã mundial Alemanha sucumbe e é eliminada na primeira fase.
Suécia mostra força ao golear o México.
Costa Rica marca seus primeiros gols na Copa.
Brasil vence Sérvia sem sustos.


… Coreia do Sul 2 x 0 Alemanha


(Imagem: FIFA.com)

Provavelmente aqueles foram os minutos mais desastrosos da história da vitoriosa seleção alemã. Nem vamos relembrar a derrota para o México e nem a vitória na bacia das almas sobre a Suécia. Bastava a Alemanha vencer a Coreia do Sul para se classificar. Uma tarefa claramente possível para os atuais campeões do mundo.

Como uma pequena mostra do que veríamos, a primeira chance foi sul-coreana, aos dezenove minutos. Jung Woo-young cobrou falta da intermediária, no meio do gol. Neuer espalmou para o meio da área e precisou dividir com Son Heung-min para evitar o gol.

Seis minutos depois, Lee Yong cruzou da direita, a zaga desviou e a bola sobrou para Son chutar por cima, muito perto da trave. A Alemanha precisava vencer, mas as duas primeiras chances foram dos asiáticos.

Somente aos 39′, os germânicos assustaram. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Mats Hummels, mas o goleiro Cho Hyun-woo foi mais esperto e ficou com ela.

No início do segundo tempo, Kimmich levantou a bola para boa cabeçada de Goretzka, mas o goleiro foi buscar. Chance clara, que não deve ser desperdiçada em uma partida dessa importância.

Aos 6′, Özil tabelou com Reus, foi à linha de fundo e cruzou para trás. Timo Werner emendou um sem-pulo e a bola passou tirando tinta da trave.

A Alemanha tentava, mas não conseguia pressionar. Aos 42′ min, Özil cruzou e Hummels cabeceou por cima.

Aos 47 minutos do segundo tempo, Son cobrou escanteio rasteiro. Toni Kroos tentou afastar, mas deu a bola de presente para o zagueiro Kim Yong-gwon fazer o primeiro gol do jogo.

A incredulidade tomou conta de todos, mas ficaria ainda pior aos 51′. O goleiro, capitão e irresponsável Manuel Neuer tentou driblar na meia esquerda e perdeu a bola. Ju Se-jong chutou de esquerda, tentando marcar o gol de muito longe. Son Heung-min partiu em corrida de seu próprio campo, alcançou a bola e a conduziu ao gol.

Um verdadeiro fiasco da seleção alemã. De maior favorita a eliminada ainda na primeira fase, em um grupo que não parecia ser dos mais difíceis. É a primeira vez em toda a história que a Alemanha é eliminada na fase de grupos do Mundial.

A culpa pode e deve ser creditada ao técnico Joachin Löw. Ele se apegou à gratidão aos jogadores que lhe deram o título quatro anos atrás. Não adianta ter nome. Pra jogar em uma seleção de nível mundial, precisa estar na melhor forma física, técnica e psicológica. [Ouviu essa, Tite?!] Löw deu repetidas e infundadas chances a Sami Khedira, Mesut Özil e Thomas Müller. Enquanto isso, Leroy Sané ficou assistindo o Mundial do sofá de casa.

Mas isso não é exclusividade da Alemanha. Ele não é o primeiro técnico agarrado a medalhões campeões do mundo, que caíram na primeira fase da Copa seguinte. Isso aconteceu com a França em 2002, a Itália em 2010 e a Espanha em 2014.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Coreia do Sul 2 x 0 Alemanha
Data: 27/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Arena Kazan — Cidade: Kazan (Rússia)
Público: 41.835
Árbitro: Alireza Faghani (Irã)
Gols: 90+3′ Kim Yong-gwon (COR); 90+6′ Son Heung-min (COR)
Cartões Amarelos: 9′ Jung Woo-young (COR); 23′ Lee Jae-sung (COR); 48′ Moon Seon-min (COR); 65′ Son Heung-min (COR)
Coreia do Sul (4-2-3-1): 23.Cho Hyun-woo; 2.Lee Yong, 5.Yun Young-sun, 19.Kim Yong-gwon e 14.Hong Chul; 15.Jung Woo-young, 20.Jang Hyun-soo, 18.Moon Seon-min (8.Ju Se-jong ↑69′) e 17.Lee Jae-sung; 13.Koo Ja-cheol (11.Hwang Hee-chan ↑56′) (22.Go Yo-han ↑79′) e 7.Son Heung-min. Técnico: Shin Tae-yong
Alemanha (4-2-3-1): 1.Manuel Neuer (C); 18.Joshua Kimmich, 5.Mats Hummels, 15.Niklas Süle e 3.Jonas Hector (20.Julian Brandt ↑78′); 6.Sami Khedira (23.Mario Gómez ↑58′) e 8.Toni Kroos; 14.Leon Goretzka (13.Thomas Müller ↑63′), 10.Mesut Özil e 11.Marco Reus; 9.Timo Werner. Técnico: Joachim Löw

 

… México 0 x 3 Suécia


(Imagem: FIFA.com)

Com seis pontos nas duas primeiras rodadas e pelo bom futebol que havia apresentado, o México era favorito contra a Suécia. Só uma catástrofe tirava La Tri das oitavas de final. E ela quase aconteceu. De quase classificados, os mexicanos foram salvos pela incompetência da Alemanha.

Aos 17′, a Suécia errou a saída de bola e Lozano tocou para Vela chutar no canto esquerdo, mas a bola foi para fora, assustando o goleiro Olsen.

Aos 31′, após cobrança de escanteio, Lustig cruzou de voleio e Berg finalizou para boa intervenção do goleiro Ochoa.

A Suécia abriu o placar aos cinco minutos da etapa complementar. Larsson abriu na direita com Berg, que chutou cruzado. Claesson furou e Augustinsson emendou de esquerda, fuzilando Ochoa, que chegou a tocar na bola.

Cinco minutos depois, Berg avançou em contra-ataque e foi derrubado dentro da área. O capitão Granqvist cobrou o pênalti forte, no ângulo direito do goleiro mexicano.

Com 2 a 0 contra, o México seria eliminado caso a Alemanha vencesse a Coreia do Sul.

E tudo ficou pior aos 29′. Lustig arremessou o lateral dentro da área, Thelin desviou para trás e Toivonen tentou alcançar sem conseguir. Mas a bola bateu no braço do lateral Edson Álvarez e entrou no gol. Outro gol contra, na Copa dos gols contra.

Nos acréscimos, mesmo perdendo de 3 a 0, a torcida mexicana era só festa em Ecaterimburgo, comemorando os gols da Coreia do Sul contra a Alemanha.

Com esse resultado, a Suécia se classifica em primeiro lugar do grupo e enfrentará a Suíça. Com essa derrota, o México ficou no caminho do Brasil.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — México 0 x 3 Suécia
Data: 27/06/2018 — Horário: 19h00 locais
Estádio: Estádio Central (Ekaterinburg Arena) — Cidade: Ecaterimburgo (Rússia)
Público: 33.061
Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)
Gols: 50′ Ludwig Augustinsson (SUE); 62′ Andreas Granqvist (SUE)(pen); 74′ Edson Álvarez (SUE)(contra)
Cartões Amarelos: 16” Jesús Gallardo (MEX); 26′ Sebastian Larsson (SUE); 61′ Héctor Moreno (MEX); 86′ Miguel Layún (MEX); 88′ Mikael Lustig (SUE)
México (4-2-3-1): 13.Guillermo Ochoa; 21.Edson Álvarez, 3.Carlos Salcedo, 15.Héctor Moreno e 23.Jesús Gallardo (8.Marco Fabián ↑65′); 16.Héctor Herrera e 18.Andrés Guardado (C) (17.Jesús Manuel Corona ↑75′); 7.Miguel Layún (19.Oribe Peralta ↑89′), 11.Carlos Vela e 22.Hirving Lozano; 14.Javier “Chicharito” Hernández. Técnico: Juan Carlos Osorio
Suécia (4-4-2): 1.Robin Olsen; 2.Mikael Lustig, 3.Victor Lindelöf, 4.Andreas Granqvist (C) e 6.Ludwig Augustinsson; 7.Sebastian Larsson (13.Gustav Svensson ↑57′), 8.Albin Ekdal (15.Oscar Hiljemark ↑80′), 17.Viktor Claesson e 10.Emil Forsberg; 20.Ola Toivonen e 9.Marcus Berg (22.Isaak Kiese Thelin ↑68′). Técnico: Janne Andersson

 

… Suíça 2 x 2 Costa Rica


(Imagem: FIFA.com)

A Suíça estava praticamente classificada. A chance de ficar fora era meramente matemática. Por isso entrou em campo em ritmo lento, ao contrário dos costarriquenhos, que até então era a única seleção que não havia marcado gols nesse Mundial.

Aos seis minutos de jogo, Oviedo cruza da esquerda e Celso Borges cabeceia forte e rasteiro, no canto direito. Mas o goleiro suíço Yann Sommer faz um milagre para evitar o gol e a bola ainda toca na trave.

Quatro minutos depois, Colindres ganha disputa de bola com Shaqiri, entra na área e chuta bem, mas a bola toca no travessão e não entra.

A Costa Rica começou o jogo com tudo, querendo se despedir de forma honrosa. E o técnico da Suíça, Vladimir Petković, pedia calma para sua equipe, que não parecia ser a mesma das duas partidas anteriores, tamanha desconcentração.

Mas em seu primeiro ataque, a Suíça abriu o placar, aos 19 min. Lichtsteiner cruzou da direita, Embolo escorou de cabeça para o meio da área e Džemaili chutou forte para o fundo do gol.

Aos onze minutos do segundo tempo, Campbell cobrou escanteio na cabeça de Waston, que mandou para o gol.

Aos 33′, Embolo cruzou da ponta direita e Drmić cabeceou na trave.

A três minutos do fim, Zakaria cruzou rasteiro da direita e Drmić chegou chutando para o gol, no cantinho esquerdo de Keylor Navas.

Já nos acréscimos, aos 47′, Campbell avançou pela esquerda, entrou na área e foi derrubado por Zakaria. Pênalti claro. O capitão Bryan Ruiz cobrou, a bola foi no travessão, voltou nas costas do goleiro Sommer e entrou no gol. Gol contra.

Bryan contou com uma alta dose de sorte para dar o único ponto da Costa Rica na Copa de 2018.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Suíça 2 x 2 Costa Rica
Data: 27/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 43.319
Árbitro: Clément Turpin (França)
Gols: 31′ Blerim Džemaili (SUI); 56′ Kendall Waston (COS); 88′ Josip Drmić (SUI); 90+3′ Yann Sommer (COS)(contra)
Cartões Amarelos: 11′ Cristian Gamboa (COS); 29′ Joel Campbell (COS); 37′ Stephan Lichtsteiner (SUI); 75′ Denis Zakaria (SUI); 83′ Fabian Schär (SUI); 89′ Kendall Waston (COS)
Suíça (4-2-3-1): 1.Yann Sommer; 2.Stephan Lichtsteiner (C), 22.Fabian Schär, 5.Manuel Akanji e 13.Ricardo Rodríguez; 11.Valon Behrami (17.Denis Zakaria ↑60′) e 10.Granit Xhaka; 23.Xherdan Shaqiri (6.Michael Lang ↑81′), 15.Blerim Džemaili e 7.Breel Embolo; 18.Mario Gavranović (19.Josip Drmić ↑69′). Técnico: Vladimir Petković
Costa Rica (4-5-1): 1.Keylor Navas; 16.Cristian Gamboa (4.Ian Smith ↑90+3′), 2. Johnny Acosta, 3. Giancarlo González, 19.Kendall Waston e 8.Bryan Oviedo; 20.David Guzmán (14.Randall Azofeifa ↑90+1′), 5. Celso Borges, 10.Bryan Ruiz (C) e 9.Daniel Colindres (13.Rodney Wallace ↑81′); 12.Joel Campbell. Técnico: Óscar Ramírez

 

… Brasil 2 x 0 Sérvia


(Imagem: FIFA.com)

Falamos especialmente sobre essa partida neste outro texto.

… 27/06/2018 – Brasil 2 x 0 Sérvia

Três pontos sobre…
… 27/06/2018 – Brasil 2 x 0 Sérvia


(Imagem: FIFA.com)

● Das três partidas da Seleção Brasileira na Copa 2018, essa certamente foi a melhor. Embora tenha sido mais exigida na defesa, não passou sustos em momento algum e matou o jogo na hora certa.

Era uma partida decisiva para as pretensões brasileiras. Ainda não era a fase de mata-mata, mas se perdesse hoje, a eliminação era certa.

A Seleção soube se impor diante de um adversário de qualidade. Foi um time mais parecido com aquele que passeou nas eliminatórias, do que aquele nervoso dos dois primeiros jogos na Rússia.


Sem a opção de Douglas Costa, lesionado, Tite mandou ao campo a mesma formação que venceu a Costa Rica. Em poucos minutos, Marcelo sentiu lesão e deu lugar a Filipe Luís, mais defensivo.


O técnico sérvio Mladen Krstajić escalou uma formação mais ofensiva, com Rukavina no lugar de Ivanović na lateral direita. No meio, Milinković-Savić atuou em posição mais defensiva, dando vaga a Ljajić como meia-atacante.

● E já começou se sentindo “em casa” logo na execução dos hinos nacionais. Assim como aconteceu na Copa das Confederações de 2013 e na Copa do Mundo de 2014, o nosso hino foi cantado a capela pela torcida. É sempre emocionante.


E começou criando chance no primeiro minuto, quando Philippe Coutinho chutou de fora da área e carimbou Gabriel Jesus, que estava impedido.

E com apenas sete minutos jogados, um lamento: Marcelo sentiu uma dor na lombar e teve que ser substituído. Filipe Luís é não é uma potência no ataque como Marcelo, mas cumpre melhor os fundamentos defensivos. Mas a mudança de características do lado esquerdo não comprometeu a atuação da equipe. Resta torcermos para que Marcelo se recupere o mais breve possível. Além da qualidade técnica, o camisa 12 é uma das grandes lideranças no elenco.

Aos 25 minutos de jogo, Neymar passou fácil por Milinković-Savić e abriu na esquerda para Gabriel Jesus. Já dentro da área, o camisa 9 se enrolou com a bola e Neymar chegou chutando de esquerda na pequena área, mas o goleiro Stojković impediu o gol certo.

Aos 36′, Philippe Coutinho viu bem o deslocamento de Paulinho e fez um lançamento primoroso. Pressionado por Stojković e por três adversários, o jogador do Barcelona tocou por cobertura, na saída do goleiro. Um golaço!

Próximo ao intervalo, Filipe Luís tocou para Neymar e ele chutou do bico esquerdo da área. A bola fez uma curva e passou por cima do gol.


(Imagem: FIFA.com)

● Precisando da vitória, a Sérvia teve mais iniciativa no segundo tempo. O técnico sérvio Mladen Krstajić errou ao recuar Sergej Milinković-Savić, o melhor do time, nessa partida de hoje. O jogador da Lazio consegue produzir muito mais próximo ao gol adversário do que vindo de trás. Assim, sem criação no meio, os europeus tentavam atacar principalmente pelos lados do campo.

Aos onze minutos do segundo tempo, Ljajić cruzou para a área e Miranda tirou do jeito que deu, quase mandando a bola para o próprio gol.

Cinco minutos depois, Tadić fez boa jogada pela direita e Rukavina chegou cruzando. Alisson saiu mal do gol, mas Mitrović cabeceou a sobra em cima de Thiago Silva, bem posicionado.

Pouco depois, Mitrović teve outra chance ao subir mais do que Fagner e cabecear para a boa defesa de Alisson.

Tite reforçou a marcação com Fernandinho no lugar de Paulinho. O camisa 15 pode ter feito um golaço, mas novamente não fez uma boa partida. Não marca, não arma, não cruza e não chuta. Se continuar aparecendo como elemento surpresa, resultando em gols, ótimo. Mas talvez fosse o caso de pensar em uma outra alternativa ao jogador do Barcelona.

O experiente Thiago Silva não ajudou apenas na defesa, mas também deu uma contribuição fundamental no ataque. Na metade da etapa complementar, Neymar cobrou escanteio fechado e o camisa 2 cabeceou para o gol. A bola ainda bateu em Milenković antes de entrar.

Stojković fez uma ótima defesa em um belo chute de Filipe Luís de fora da área, após o rebote de um escanteio.

No último lance da partida, Neymar tentou driblar Stojković, mas o goleiro foi mais esperto.

Falando em Neymar, após críticas do mundo todo, ele caiu menos e reclamou menos. Pode não ter sido o principal protagonista nessa partida, mas foi importantíssimo nas transições em velocidade pelo lado esquerdo e pelo meio.

Se não foi uma partida sensacional da Seleção Brasileira, foi a melhor exibição possível. Enche a torcida de confiança diante de um bom resultado contra o México na próxima segunda-feira, às 11 da manhã.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

BRASIL 2 x 0 SÉRVIA

 

Data: 27/06/2018

Horário: 21h00 locais

Estádio: Otkritie Arena (Spartak Stadium)

Público: 44.190

Cidade: Moscou (Rússia)

Árbitro: Alireza Faghani (Irã)

 

BRASIL (4-1-4-1):

SÉRVIA (4-2-3-1):

1  Alisson (G)

1  Vladimir Stojković (G)

22 Fagner

2  Antonio Rukavina

2  Thiago Silva

15 Nikola Milenković

3  Miranda (C)

13 Miloš Veljković

12 Marcelo

11 Aleksandar Kolarov (C)

5  Casemiro

21 Nemanja Matić

19 Willian

20 Sergej Milinković-Savić

15 Paulinho

10 Dušan Tadić

11 Philippe Coutinho

22 Adem Ljajić

10 Neymar Jr

17 Filip Kostić

9  Gabriel Jesus

9  Aleksandar Mitrović

 

Técnico: Tite

Técnico: Mladen Krstajić

 

SUPLENTES:

 

 

23 Ederson (G)

12 Predrag Rajković (G)

16 Cássio (G)

23 Marko Dmitrović (G)

14 Danilo (lesionado)

6  Branislav Ivanović

13 Marquinhos

5  Uroš Spajić

4  Pedro Geromel

3  Duško Tošić

6  Filipe Luís

14 Milan Rodić

17 Fernandinho

4  Luka Milivojević

18 Fred

7  Andrija Živković

8  Renato Augusto

16 Marko Grujić

7  Douglas Costa (lesionado)

18 Nemanja Radonjić

21 Taison

19 Luka Jović

20 Roberto Firmino

8  Aleksandar Prijović

 

GOLS:

36′ Paulinho (BRA)

68‘ Thiago Silva (BRA)

 

CARTÕES AMARELOS:

33′ Adem Ljajić (SER)

48′ Nemanja Matić (SER)

70′ Aleksandar Mitrović (SER)

 

SUBSTITUIÇÕES:

10′ Marcelo (BRA) ↓

Filipe Luís (BRA) ↑

 

66′ Paulinho (BRA) ↓

Fernandinho (BRA) ↑

 

75′ Adem Ljajić (SER) ↓

Andrija Živković (SER) ↑

 

80′ Philippe Coutinho (BRA) ↓

Renato Augusto (BRA) ↑

 

82′ Filip Kostić (SER) ↓

Nemanja Radonjić (SER) ↑

 

89′ Aleksandar Mitrović (SER) ↓

Luka Jović (SER) ↑

Melhores momentos da partida:

… 22/06/2018 – O melhor do nono dia da Copa

Três pontos sobre…
… 22/06/2018 – O melhor do nono dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

Suíça vence a Sérvia na primeira vidada da Copa.
Nigéria traz a Islândia de volta à realidade.
Brasil vence, mas não convence.


… Brasil 2 x 0 Costa Rica


(Imagem: FIFA.com)

Falamos especialmente sobre essa partida neste outro texto.

 

… Nigéria 2 x 0 Islândia


(Imagem: FIFA.com)

Foi um primeiro tempo difícil de assistir. A Islândia até tentava, mas claramente faltava qualidade. Só a vontade não bastava. A Nigéria ficava com a bola, mas não deu um chute a gol nos primeiros 45 minutos iniciais. A Islândia ao menos deu um chute a gol, logo aos três minutos, quando Gylfi Sigurðsson bateu uma falta perigosa buscando o ângulo, mas Francis Uzoho foi na bola para espalmar.

No fim do primeiro tempo, Finnbogason desviou uma cobrança de falta, que passou com perigo, próximo à trave.

Aos quatro minutos do segundo tempo, Victor Moses arranca pela direita e cruza para a área. Ahmed Musa consegue um domínio de craque, com a ponta do pé, já ajeitando para bater forte de primeira. Um golaço, sem chances para o goleiro Halldórsson.

A Islândia precisava sair para buscar o empate, mas é uma equipe que não tem essa característica criativa. Pelo contrário, atua de forma mais reativa.

Aos 29, Musa recebeu a bola pelo lado esquerdo da entrada da área e bateu colocado, mas a bola explodiu no travessão.

Logo na sequência, Musa (sempre ele!) recebeu um lançamento pela esquerda, passou na velocidade por Kári Árnason, driblou o goleiro Halldórsson e mandou para as redes. Dentre os belos gols do Mundial, esse se destaca por ser um misto de potência física e qualidade técnica.

A Islândia tentava atacar, mas não conseguia. Em um lance isolado, aos 33′, após nova tentativa frustrada, o zagueiro Omeruo se atrapalhou e perdeu a bola dentro de sua própria área e Ebuehi acabou derrubando Sigurðarson, que vinha em velocidade. Um pênalti sem necessidade, quase na linha de fundo, confirmado pelo VAR. A cobrança ficou a cargo de Gylfi Sigurðsson, o camisa 10 e craque do time. Mas ele bateu mal, por cima, isolando a bola.

Independente do sistema tático utilizado pelo técnico alemão Gernot Rohr (o 4-2-3-1 da derrota para os croatas ou o 3-5-2 da vitória hoje), a Nigéria funcionou mais com a velocidade dupla de ataque Ahmed Musa e Kelechi Iheanacho, do que com os lentos Odion Ighalo e Alex Iwobi.

Com três pontos, as Super Águias jogam por um empate contra a Argentina, para se classificar e eliminar os sul-americanos, desde que a Islândia não venca os croatas. A Islândia precisa vencer e torcer para que a Argentina não tire o saldo de gols negativo sobre os nigerianos. A Croácia já está classificada.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Nigéria 2 x 0 Islândia
Data: 22/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 40.904
Árbitro: Matthew Conger (Nova Zelândia)
Gols: 49′ Ahmed Musa (NIG); 75′ Ahmed Musa (NIG)
Cartão Amarelo: 44′ Brian Idowu (NIG)
Nigéria (3-5-2): 23.Francis Uzoho; 22. Kenneth Omeruo, 5.William Troost-Ekong e 6.Leon Balogun; 11.Victor Moses, 8.Oghenekaro Etebo (18.Alex Iwobi ↑90′), 10.John Obi Mikel (C), 4.Wilfred Ndidi e 2.Brian Idowu (21.Tyronne Ebuehi ↑INTERVALO); 7.Ahmed Musa e Kelechi Iheanacho (9.Odion Ighalo ↑85′). Técnico: Gernot Rohr
Islândia (4-4-2): 1.Hannes Halldórsson; 2.Birkir Sævarsson, 14.Kári Árnason, 6.Ragnar Sigurðsson (5.Sverrir Ingi Ingason ↑65′) e 18.Hörður Magnússon; 17.Aron Gunnarsson (C) (23.Ari Freyr Skúlason ↑87′), 10.Gylfi Sigurðsson, 19.Rúrik Gíslason e 8.Birkir Bjarnason; 22.Jón Daði Böðvarsson (9.Björn Sigurðarson ↑71′) e 11.Alfreð Finnbogason. Técnico: Heimir Hallgrímsson

 

… Sérvia 1 x 2 Suíça


(Imagem: FIFA.com)

Logo aos cinco minutos, Tadić tocou da ponta direita para o meio e Milivojević cruzou para a cabeçada de Mitrović. O goleiro suíço Yann Sommer voou na bola para espalmar.

No minuto seguinte, Tadić driblou Ricardo Rodríguez e cruzou da direita. Dessa vez, Milivojević cabeceou sem chances para Sommer. A Sérvia estava na frente do placar, mas cometeu o grande pecado de quem começa vencendo: recuar a deixar de pressionar o adversário.

Aos 30, Xhaka toca para Zuber e o camisa 14 encontra Džemaili dentro da pequena área. Ele desvia, mas o experiente goleiro Stojković estava esperto para desviar para escanteio.

Quase no intervalo, Tadić cobrou escanteio para a área, mas Tošić não conseguiu acertar em cheio a cabeçada. A bola ainda tocou em um companheiro seu antes de sair.

Aos sete minutos do segundo tempo, Zuber avança em contra-ataque e abre na direita. Shaqiri tenta bater para o gol, mas a bola toca na zaga. Na volta, ela se oferece para Xhaka pegar de primeira e balancar a rede. Duas coisas chamaram muito a atenção nesse gol. A primeira foi a liberdade que tiveram para bater Shaqiri e Xhaka. A segunda foi a curva que a bola fez antes de chegar ao gol.

Aos 13′, Shaqiri faz um giro pela direita, se livra de dois adversários e chuta. A bola toca na trave e sai. Lindo lance.

No minuto final, em um contragolpe, a Suíça sai tocando de pé em pé, até que Gavranović lançou em profundidade para Shaqiri, que disparou, ganhou na velocidade de Tošić e tocou na saída do goleiro Stojković. Outro belo gol. No momento em que a defesa sérvia estava desarrumada, Shaqiri partiu de seu próprio campo na hora do passe e não tinha adversários à frente. A exibição do camisa 23 já estava merecendo esse gol. Ele já tinha sido um dos melhores em campo contra o Brasil.

Essa vitória da Suíça foi a primeira de virada da Copa do Mundo de 2018.

Na rodada final, Brasil e Sérvia se enfrentam diretamente por um duelo na próxima fase, sendo que os sul-americanos jogam por um empate. A Suíça tentará garantir o primeiro lugar contra a Costa Rica. Se tanto Brasil quanto Suíça empatarem ou vencerem seus jogos, a definição do primeiro colocado será no saldo de gols. Por mais que o Brasil seja favorito, a Sérvia mostrou que tem bola para vencer o Brasil. Não está fácil para ninguém. Só para a Rússia.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Sérvia 1 x 2 Suíça
Data: 22/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Arena Baltika (Kaliningrado Stadium) — Cidade: Kaliningrado (Rússia)
Público: 33.167
Árbitro: Felix Brych (Alemanha)
Gols: 5′ Aleksandar Mitrović (SER); 52′ Granit Xhaka (SUI); 90′ Xherdan Shaqiri (SUI)
Cartões Amarelos: 34′ Sergej Milinković-Savić (SER); 39′ Luka Milivojević (SER); 42+2′ Nemanja Matić (SER); 87′ Aleksandar Mitrović (SER); 90+1′ Xherdan Shaqiri (SUI)
Sérvia (4-2-3-1): 1.Vladimir Stojković; 6.Branislav Ivanović, 15.Nikola Milenković, 3.Duško Tošić e 11.Aleksandar Kolarov (C); 4.Luka Milivojević (18.Nemanja Radonjić ↑81′) e 21.Nemanja Matić; 10.Dušan Tadić, 20.Sergej Milinković-Savić e 17.Filip Kostić (22.Adem Ljajić ↑64′); 9.Aleksandar Mitrović. Técnico: Mladen Krstajić
Suíça (4-2-3-1): 1.Yann Sommer; 2.Stephan Lichtsteiner (C), 22.Fabian Schär, 5.Manuel Akanji e 13.Ricardo Rodríguez; 11.Valon Behrami e 10.Granit Xhaka; 23.Xherdan Shaqiri, 15.Blerim Džemaili (7.Breel Embolo ↑73′) e 14.Steven Zuber (19.Josip Drmić ↑90+4′); 9.Haris Seferović (18.Mario Gavranović ↑INTERVALO). Técnico: Vladimir Petković

… 17/06/2018 – O melhor do quarto dia da Copa

Três pontos sobre…
… 17/06/2018 – O melhor do quarto dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

Brasil e Alemanha decepcionam. Sérvia consegue sua primeira vitória.
Veja abaixo como foi o primeiro domingo da Copa do Mundo de 2018.

… Costa Rica 0 x 1 Sérvia


(Imagem: FIFA.com)

Foi uma partida sem muito brilho. Para falar a verdade, cumpriu as expectativas. E a Sérvia venceu uma estreia pela primeira vez com esse nome, após a separação das repúblicas da Iugoslávia. E a Costa Rica deixou claro que o espírito vencedor de 2014 não existe mais.

No primeiro tempo, embora os sérvios tenham ficado mais com a bola (62%) ninguém se arriscou. Foi morno.

Aos seis minutos da etapa final, Mitrović tabelou com Milinković-Savić, ficou na cara do gol e finalizou para excepcional defesa de Keylor Navas.

O goleiro do Real Madrid fechou o gol enquanto conseguiu, mas foi vazado aos 11′. O experiente Aleksandar Kolarov se valeu de sua especialidade: as cobranças de falta. Ele bateu no ângulo, sem chances para o arqueiro costarriquenho.

Depois, o técnico Ramírez até tentou deixar seu time mais ofensivo, lançando a campo os habilidosos Bolaños e Campbell, além do centroavante Colindres. Em vão. Embora equilibrasse e até passasse a ter mais posse de bola (53%), não conseguiu criar chances claras e muito menos empatar a partida.

Pelo que mostraram nesse confronto, nem Sérvia e nem Costa Rica serão páreos para Brasil e Suíça.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Costa Rica 0 x 1 Sérvia
Data: 17/06/2018 — Horário: 16h00 locais
Estádio: Cosmos Arena (Arena Samara) — Cidade: Samara (Rússia)
Público: 41.432
Árbitro: Malang Diedhiou (Senegal)
Gol: 56′ Aleksandar Kolarov (SER)
Cartões Amarelos: 22′ Francisco Calvo (COS); 56′ David Guzmán (COS); 59′ Branislav Ivanović (SER); 90+8′ Aleksandar Prijović (SER)
Costa Rica (4-5-1): 1.Keylor Navas; 16.Cristian Gamboa, 2. Johnny Acosta, 3. Giancarlo González, 6. Óscar Duarte e 15.Francisco Calvo; 20.David Guzmán (9.Daniel Colindres ↑73′), 5. Celso Borges, 10.Bryan Ruiz (C) e 11.Johan Venegas (7.Christian Bolaños ↑60′); 21.Marco Ureña (12.Joel Campbell ↑66′). Técnico: Óscar Ramírez
Sérvia (4-2-3-1): 1.Vladimir Stojković; 6.Branislav Ivanović, 15.Nikola Milenković, 3.Duško Tošić e 11.Aleksandar Kolarov (C); 4.Luka Milivojević e 21.Nemanja Matić; 10.Dušan Tadić (2.Antonio Rukavina ↑83′), 20.Sergej Milinković-Savić e 22.Adem Ljajić (17.Filip Kostić ↑70′); 9.Aleksandar Mitrović (8.Aleksandar Prijović ↑90′). Técnico: Mladen Krstajić

 

… Alemanha 0 x 1 México


(Imagem: FIFA.com)

Quando a seleção campeã do mundo entra em campo, é sempre a favorita contra qualquer adversário. Segundo a imprensa europeia, a equipe alemã atual é ainda melhor que a de 2014 e tem tudo para conquistar a Copa de 2018. Só esqueceram de combinar com o México.

Apesar da posse de bola alemã, desde o início os mexicanos passaram a arriscar de fora da área e tiveram vários contra-ataques. Em um deles, aos 35′, Chicharito segurou a bola e passou para Hirving Lozano, que cortou para o meio tirando a marcação e chutou com força, sem chances para Manuel Neuer. Segundo o instituto geológico do México, a comemoração do gol causou um pequeno terremoto na capital do país.

A torcida mexicana no estádio Luzhniki foi um espetáculo à parte, fundamental para catapultar seu país à vitória. Quando o placar ainda estava zerado, já gritavam “olé” a cada troca de passes.

A Alemanha pressionava, o México marcava bem, contra-atacava e perdia chances claras de ampliar (principalmente com Chicharito). Foi esse o roteiro do restante do jogo. O México esteve mais próximo de marcar o segundo gol do que a Alemanha de igualar o placar.

Quanto mais Joachim Löw colocava atacantes em campo, mais Juan Carlos Osorio lançava mão de volantes marcadores, para suportar a pressão. A Alemanha desesperada e desorganizada lutando pelo empate lembrou muito a seleção de antigamente, que vencia mas não convencia.

Discutivelmente, é a maior vitória do México em Copas do Mundo. A primeira em partidas oficiais sobre a Alemanha, que encaminha a classificação para as oitavas de final.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Alemanha 0 x 1 México
Data: 17/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Olímpico Luzhniki — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 78.011
Árbitro: Alireza Faghani (Irã)
Gol: 35′ Hirving Lozano (MEX)
Cartões Amarelos: 40′ Héctor Moreno (MEX); 83′ Thomas Müller (ALE); 84′ Mats Hummels (ALE); 90′ Héctor Herrera (MEX)
Alemanha (4-2-3-1): 1.Manuel Neuer (C); 18.Joshua Kimmich, 17.Jérôme Boateng, 5.Mats Hummels e 2.Marvin Plattenhardt (23.Mario Gómez ↑79′); 6.Sami Khedira (11.Marco Reus ↑60′) e 8.Toni Kroos; 13.Thomas Müller, 10.Mesut Özil e 7.Julian Draxler; 9.Timo Werner (20.Julian Brandt ↑86′). Técnico: Joachim Löw
México (4-2-3-1): 13.Guillermo Ochoa; 3.Carlos Salcedo, 2.Hugo Ayala, 15.Héctor Moreno e 23.Jesús Gallardo; 16.Héctor Herrera e 18.Andrés Guardado (C) (4.Rafael Márquez ↑74′); 7.Miguel Layún, 11.Carlos Vela (21.Edson Álvarez ↑58′) e 22.Hirving Lozano (9.Raúl Jiménez ↑66′); 14.Javier “Chicharito” Hernández. Técnico: Juan Carlos Osorio

 

… Brasil 1 x 1 Suíça


(Imagem: FIFA.com)

Falamos especialmente sobre essa partida neste outro texto.

… Zvonimir Boban: o guerreiro croata

Três pontos sobre…
… Zvonimir Boban: o guerreiro croata

● Está fazendo aniversário hoje um dos maiores craques recentes do Leste Europeu, o croata Zvonimir Boban. Nascido na antiga Iugoslávia, começou sua carreira no Dinamo Zagreb (IUG), passando pelo Bari (ITA), Milan (ITA) e encerrando no Celta de Vigo (ESP). No Milan, venceu, dentre outros títulos, quatro scudetti (campeonatos italianos) e a UEFA Champions League de 1994. Boban foi titular na final da UCL contra o Barcelona de Romário e Hristo Stoichkov, na qual o Milan venceu os catalães por incisivos 4 x 0.

● Por seleções, Boban foi campeão mundial sub-20 com a Iugoslávia, em um time que tinha, dentre outros destaques, Robert Jarni, Igor Stimac, Robert Prosinecki, Davor Suker e Pedrag Mijatovic, inclusive eliminando o Brasil nas quartas de final. Pela seleção principal, jogou 7 jogos pela Iugoslávia e 51 pela Croácia, após a independência desta. Com a camisa quadriculada, disputou a Euro de 1996 e a Copa de 1998, na qual a Croácia foi 3º lugar e Boban foi um dos destaques individuais.

● No meio do confronto separatista, em 1990, em um jogo em casa entre o poderoso Estrela Vermelha (sérvio) e o seu Dinamo Zagreb (croata), os ultras dos dois lados começaram a se atacar fora do estádio e a rixa continuou na hora do jogo. Os sérvios, conduzidos pelo ultranacionalista Arkan, começou a provocar os croatas, ameaçando-os de morte e atirando bancos e facas nos adversários. os torcedores locais também protestavam, clamando inflamados pela independência de sua nação. Parte da torcida, mais rebelde, derreteu com ácido as grades do alambrado e começou uma batalha campal entre os ultras dos dois lados. A polícia, para variar, partiu para uma violência sem igual apenas contra os croatas, praticamente auxiliando aos sérvios no massacre. Boban, vendo um torcedor croata sendo agredido, deu uma voadora em um policial. Apanhou bastante, mas foi protegido por sua torcida. Esse episódio o fez perder a Copa de 1990 pela Iugoslávia, pois foi suspenso por seis meses pela federação. Boban virou um dos heróis da independência croata. Certa vez, declarou sobre o eposódio: “Aqui estava eu, um cara público, preparado para arriscar minha vida, minha carreira, e tudo o que a fama poderia ter trazido, por causa de um ideal”.


(Imagem localizada no Google)