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… 27/06/2018 – O melhor do 14º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 27/06/2018 – O melhor do 14º dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A tetracampeã mundial Alemanha sucumbe e é eliminada na primeira fase.
Suécia mostra força ao golear o México.
Costa Rica marca seus primeiros gols na Copa.
Brasil vence Sérvia sem sustos.


… Coreia do Sul 2 x 0 Alemanha


(Imagem: FIFA.com)

Provavelmente aqueles foram os minutos mais desastrosos da história da vitoriosa seleção alemã. Nem vamos relembrar a derrota para o México e nem a vitória na bacia das almas sobre a Suécia. Bastava a Alemanha vencer a Coreia do Sul para se classificar. Uma tarefa claramente possível para os atuais campeões do mundo.

Como uma pequena mostra do que veríamos, a primeira chance foi sul-coreana, aos dezenove minutos. Jung Woo-young cobrou falta da intermediária, no meio do gol. Neuer espalmou para o meio da área e precisou dividir com Son Heung-min para evitar o gol.

Seis minutos depois, Lee Yong cruzou da direita, a zaga desviou e a bola sobrou para Son chutar por cima, muito perto da trave. A Alemanha precisava vencer, mas as duas primeiras chances foram dos asiáticos.

Somente aos 39′, os germânicos assustaram. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Mats Hummels, mas o goleiro Cho Hyun-woo foi mais esperto e ficou com ela.

No início do segundo tempo, Kimmich levantou a bola para boa cabeçada de Goretzka, mas o goleiro foi buscar. Chance clara, que não deve ser desperdiçada em uma partida dessa importância.

Aos 6′, Özil tabelou com Reus, foi à linha de fundo e cruzou para trás. Timo Werner emendou um sem-pulo e a bola passou tirando tinta da trave.

A Alemanha tentava, mas não conseguia pressionar. Aos 42′ min, Özil cruzou e Hummels cabeceou por cima.

Aos 47 minutos do segundo tempo, Son cobrou escanteio rasteiro. Toni Kroos tentou afastar, mas deu a bola de presente para o zagueiro Kim Yong-gwon fazer o primeiro gol do jogo.

A incredulidade tomou conta de todos, mas ficaria ainda pior aos 51′. O goleiro, capitão e irresponsável Manuel Neuer tentou driblar na meia esquerda e perdeu a bola. Ju Se-jong chutou de esquerda, tentando marcar o gol de muito longe. Son Heung-min partiu em corrida de seu próprio campo, alcançou a bola e a conduziu ao gol.

Um verdadeiro fiasco da seleção alemã. De maior favorita a eliminada ainda na primeira fase, em um grupo que não parecia ser dos mais difíceis. É a primeira vez em toda a história que a Alemanha é eliminada na fase de grupos do Mundial.

A culpa pode e deve ser creditada ao técnico Joachin Löw. Ele se apegou à gratidão aos jogadores que lhe deram o título quatro anos atrás. Não adianta ter nome. Pra jogar em uma seleção de nível mundial, precisa estar na melhor forma física, técnica e psicológica. [Ouviu essa, Tite?!] Löw deu repetidas e infundadas chances a Sami Khedira, Mesut Özil e Thomas Müller. Enquanto isso, Leroy Sané ficou assistindo o Mundial do sofá de casa.

Mas isso não é exclusividade da Alemanha. Ele não é o primeiro técnico agarrado a medalhões campeões do mundo, que caíram na primeira fase da Copa seguinte. Isso aconteceu com a França em 2002, a Itália em 2010 e a Espanha em 2014.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Coreia do Sul 2 x 0 Alemanha
Data: 27/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Arena Kazan — Cidade: Kazan (Rússia)
Público: 41.835
Árbitro: Alireza Faghani (Irã)
Gols: 90+3′ Kim Yong-gwon (COR); 90+6′ Son Heung-min (COR)
Cartões Amarelos: 9′ Jung Woo-young (COR); 23′ Lee Jae-sung (COR); 48′ Moon Seon-min (COR); 65′ Son Heung-min (COR)
Coreia do Sul (4-2-3-1): 23.Cho Hyun-woo; 2.Lee Yong, 5.Yun Young-sun, 19.Kim Yong-gwon e 14.Hong Chul; 15.Jung Woo-young, 20.Jang Hyun-soo, 18.Moon Seon-min (8.Ju Se-jong ↑69′) e 17.Lee Jae-sung; 13.Koo Ja-cheol (11.Hwang Hee-chan ↑56′) (22.Go Yo-han ↑79′) e 7.Son Heung-min. Técnico: Shin Tae-yong
Alemanha (4-2-3-1): 1.Manuel Neuer (C); 18.Joshua Kimmich, 5.Mats Hummels, 15.Niklas Süle e 3.Jonas Hector (20.Julian Brandt ↑78′); 6.Sami Khedira (23.Mario Gómez ↑58′) e 8.Toni Kroos; 14.Leon Goretzka (13.Thomas Müller ↑63′), 10.Mesut Özil e 11.Marco Reus; 9.Timo Werner. Técnico: Joachim Löw

 

… México 0 x 3 Suécia


(Imagem: FIFA.com)

Com seis pontos nas duas primeiras rodadas e pelo bom futebol que havia apresentado, o México era favorito contra a Suécia. Só uma catástrofe tirava La Tri das oitavas de final. E ela quase aconteceu. De quase classificados, os mexicanos foram salvos pela incompetência da Alemanha.

Aos 17′, a Suécia errou a saída de bola e Lozano tocou para Vela chutar no canto esquerdo, mas a bola foi para fora, assustando o goleiro Olsen.

Aos 31′, após cobrança de escanteio, Lustig cruzou de voleio e Berg finalizou para boa intervenção do goleiro Ochoa.

A Suécia abriu o placar aos cinco minutos da etapa complementar. Larsson abriu na direita com Berg, que chutou cruzado. Claesson furou e Augustinsson emendou de esquerda, fuzilando Ochoa, que chegou a tocar na bola.

Cinco minutos depois, Berg avançou em contra-ataque e foi derrubado dentro da área. O capitão Granqvist cobrou o pênalti forte, no ângulo direito do goleiro mexicano.

Com 2 a 0 contra, o México seria eliminado caso a Alemanha vencesse a Coreia do Sul.

E tudo ficou pior aos 29′. Lustig arremessou o lateral dentro da área, Thelin desviou para trás e Toivonen tentou alcançar sem conseguir. Mas a bola bateu no braço do lateral Edson Álvarez e entrou no gol. Outro gol contra, na Copa dos gols contra.

Nos acréscimos, mesmo perdendo de 3 a 0, a torcida mexicana era só festa em Ecaterimburgo, comemorando os gols da Coreia do Sul contra a Alemanha.

Com esse resultado, a Suécia se classifica em primeiro lugar do grupo e enfrentará a Suíça. Com essa derrota, o México ficou no caminho do Brasil.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — México 0 x 3 Suécia
Data: 27/06/2018 — Horário: 19h00 locais
Estádio: Estádio Central (Ekaterinburg Arena) — Cidade: Ecaterimburgo (Rússia)
Público: 33.061
Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)
Gols: 50′ Ludwig Augustinsson (SUE); 62′ Andreas Granqvist (SUE)(pen); 74′ Edson Álvarez (SUE)(contra)
Cartões Amarelos: 16” Jesús Gallardo (MEX); 26′ Sebastian Larsson (SUE); 61′ Héctor Moreno (MEX); 86′ Miguel Layún (MEX); 88′ Mikael Lustig (SUE)
México (4-2-3-1): 13.Guillermo Ochoa; 21.Edson Álvarez, 3.Carlos Salcedo, 15.Héctor Moreno e 23.Jesús Gallardo (8.Marco Fabián ↑65′); 16.Héctor Herrera e 18.Andrés Guardado (C) (17.Jesús Manuel Corona ↑75′); 7.Miguel Layún (19.Oribe Peralta ↑89′), 11.Carlos Vela e 22.Hirving Lozano; 14.Javier “Chicharito” Hernández. Técnico: Juan Carlos Osorio
Suécia (4-4-2): 1.Robin Olsen; 2.Mikael Lustig, 3.Victor Lindelöf, 4.Andreas Granqvist (C) e 6.Ludwig Augustinsson; 7.Sebastian Larsson (13.Gustav Svensson ↑57′), 8.Albin Ekdal (15.Oscar Hiljemark ↑80′), 17.Viktor Claesson e 10.Emil Forsberg; 20.Ola Toivonen e 9.Marcus Berg (22.Isaak Kiese Thelin ↑68′). Técnico: Janne Andersson

 

… Suíça 2 x 2 Costa Rica


(Imagem: FIFA.com)

A Suíça estava praticamente classificada. A chance de ficar fora era meramente matemática. Por isso entrou em campo em ritmo lento, ao contrário dos costarriquenhos, que até então era a única seleção que não havia marcado gols nesse Mundial.

Aos seis minutos de jogo, Oviedo cruza da esquerda e Celso Borges cabeceia forte e rasteiro, no canto direito. Mas o goleiro suíço Yann Sommer faz um milagre para evitar o gol e a bola ainda toca na trave.

Quatro minutos depois, Colindres ganha disputa de bola com Shaqiri, entra na área e chuta bem, mas a bola toca no travessão e não entra.

A Costa Rica começou o jogo com tudo, querendo se despedir de forma honrosa. E o técnico da Suíça, Vladimir Petković, pedia calma para sua equipe, que não parecia ser a mesma das duas partidas anteriores, tamanha desconcentração.

Mas em seu primeiro ataque, a Suíça abriu o placar, aos 19 min. Lichtsteiner cruzou da direita, Embolo escorou de cabeça para o meio da área e Džemaili chutou forte para o fundo do gol.

Aos onze minutos do segundo tempo, Campbell cobrou escanteio na cabeça de Waston, que mandou para o gol.

Aos 33′, Embolo cruzou da ponta direita e Drmić cabeceou na trave.

A três minutos do fim, Zakaria cruzou rasteiro da direita e Drmić chegou chutando para o gol, no cantinho esquerdo de Keylor Navas.

Já nos acréscimos, aos 47′, Campbell avançou pela esquerda, entrou na área e foi derrubado por Zakaria. Pênalti claro. O capitão Bryan Ruiz cobrou, a bola foi no travessão, voltou nas costas do goleiro Sommer e entrou no gol. Gol contra.

Bryan contou com uma alta dose de sorte para dar o único ponto da Costa Rica na Copa de 2018.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Suíça 2 x 2 Costa Rica
Data: 27/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 43.319
Árbitro: Clément Turpin (França)
Gols: 31′ Blerim Džemaili (SUI); 56′ Kendall Waston (COS); 88′ Josip Drmić (SUI); 90+3′ Yann Sommer (COS)(contra)
Cartões Amarelos: 11′ Cristian Gamboa (COS); 29′ Joel Campbell (COS); 37′ Stephan Lichtsteiner (SUI); 75′ Denis Zakaria (SUI); 83′ Fabian Schär (SUI); 89′ Kendall Waston (COS)
Suíça (4-2-3-1): 1.Yann Sommer; 2.Stephan Lichtsteiner (C), 22.Fabian Schär, 5.Manuel Akanji e 13.Ricardo Rodríguez; 11.Valon Behrami (17.Denis Zakaria ↑60′) e 10.Granit Xhaka; 23.Xherdan Shaqiri (6.Michael Lang ↑81′), 15.Blerim Džemaili e 7.Breel Embolo; 18.Mario Gavranović (19.Josip Drmić ↑69′). Técnico: Vladimir Petković
Costa Rica (4-5-1): 1.Keylor Navas; 16.Cristian Gamboa (4.Ian Smith ↑90+3′), 2. Johnny Acosta, 3. Giancarlo González, 19.Kendall Waston e 8.Bryan Oviedo; 20.David Guzmán (14.Randall Azofeifa ↑90+1′), 5. Celso Borges, 10.Bryan Ruiz (C) e 9.Daniel Colindres (13.Rodney Wallace ↑81′); 12.Joel Campbell. Técnico: Óscar Ramírez

 

… Brasil 2 x 0 Sérvia


(Imagem: FIFA.com)

Falamos especialmente sobre essa partida neste outro texto.

… 23/06/2018 – O melhor do décimo dia da Copa

Três pontos sobre…
… 23/06/2018 – O melhor do décimo dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A Alemanha vence a Suécia com um gol aos 50 minutos do segundo tempo e se salva da eliminação precoce.
O México vence a Coreia do Sul e fica muito próximo das oitava de final.
A “ótima geração belga” dá novo show e goleia a Tunísia.

 

… Bélgica 5 x 2 Tunísia


(Imagem: FIFA.com)

Foi uma partida muito movimentada desde o início. A Bélgica partiu com tudo para fazer logo o placar. E conseguiu. Logo aos seis minutos de bola rolando, Eden Hazard é derrubado na linha da grande área. O árbitro marcou pênalti, ratificado pelo VAR. O próprio capitão belga converteu, marcando seu primeiro gol no Mundial.

Dez minutos depois, em um contragolpe, Dries Mertens abre para Romelu Lukaku na esquerda. Ele ajeita o corpo chuta cruzado, sem chances para o goleiro Ben Mustapha.

Quem esperava um jogo fácil, foi surpreendido logo na sequência. O capitão Wahbi Khazri (um dos melhores em campo) cobrou falta na cabeça de Dylan Bronn, que só testou para o gol.

Logo depois, a Tunísia começou a ter posse de bola e tentar atacar. Fazia uma falsa pressão, mas a defesa continuava falhando nas saídas de jogo. E começou o drama das lesões: dois defensores precisaram ser substituídos antes do intervalo, o que deixaria o time ainda mais fraco tecnicamente e “morto” fisicamente no segundo tempo.

Nos acréscimos da etapa inicial, a pressão alta fez a Bélgica roubar a bola no campo de ataque. Meunier ficou com ela, tabelou com De Bruyne e fez um passe genial, na medida para Lukaku tocar de direita por cima do goleiro. 3 a 1 no placar.

No início do segundo tempo, aos 6′, Toby Alderweireld lançou Eden Hazard em velocidade, pegando a defesa tunisiana desprevenida. O camisa 10 avançou, tirou do goleiro e tocou para o gol.

Com a partida resolvida, Roberto Martínez passa a poupar suas estrelas, substituindo o trio de ataque: Lukaku, Hazard e Mertens.

E começa a sina de Michy Batshuayi. Em 25 minutos em campo, foi o que mais chutou a gol em toda a partida. Ele queria seu gol de qualquer forma. E seria recompensado aos 45′, quando aproveitou um cruzamento de Tielemans e esticou a perna para completar para o gol.

Mesmo com a derrota elástica, a Tunísia não jogou mal. Foi surpreendente a postura de tentar pressionar a favorita Bélgica em diversos momentos. E o placar ficou mais justo quando Wahbi Khazri marcou seu gol nos últimos lances da partida, completando cruzamento de Nagguez.

Agora, falta só a confirmação matemática. Se a Inglaterra vencer o Panamá amanhã, os próprios panamenhos e a Tunísia estarão eliminados. Inglaterra e Bélgica estariam classificados e disputariam o primeiro lugar do grupo na próxima quinta-feira. Mas como o futebol não vive de hipóteses, vamos aguardar.

Enquanto não tem nenhum teste de verdade, a “ótima geração belga” segue dando show.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Bélgica 5 x 2 Tunísia
Data: 23/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Otkritie Arena (Spartak Stadium) — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 44.190
Árbitro: Jair Marrufo (Estados Unidos)
Gols: 6′ Eden Hazard (BEL)(pen); 16′ Romelu Lukaku (BEL); 18′ Dylan Bronn (TUN); 45+3′ Romelu Lukaku (BEL); 51′ Eden Hazard (BEL); 90′ Michy Batshuayi (BEL); 90+3′ Wahbi Khazri (TUN)
Cartão Amarelo: 14′ Ferjani Sassi (TUN)
Bélgica (3-4-3): 1.Thibaut Courtois; 2.Toby Alderweireld, 20.Dedryck Boyata e 5.Jan Vertonghen; 15.Thomas Meunier, 6.Axel Witsel , 7.Kevin De Bruyne e 11.Yannick Ferreira Carrasco; 14.Dries Mertens (17.Youri Tielemans ↑86′), 10.Eden Hazard (C) (21.Michy Batshuayi ↑68′) e 9.Romelu Lukaku (8.Marouane Fellaini ↑59′). Técnico: Roberto Martínez
Tunísia (4-2-3-1): 1.Farouk Ben Mustapha; 11.Dylan Bronn (21.Hamdi Nagguez ↑24′), 2.Syam Ben Youssef (3.Yohan Benalouane ↑41′), 4.Yassine Meriah e 12.Ali Maâloul; 17.Ellyes Skhiri e 13.Ferjani Sassi (23.Naïm Sliti ↑59′); 8.Fakhreddine Ben Youssef, 7.Saîf-Eddine Khaoui e 9.Anice Badri; 10.Wahbi Khazri (C). Técnico: Nabil Maâloul

 

… Coreia do Sul 1 x 2 México


(Imagem: FIFA.com)

Primeiramente vamos destacar o que foi mais lindo durante a partida. Os mexicanos sempre são um show à parte onde estiverem. Mas nesse sábado, a Arena Rostov parecia um “puxadinho” da Cidade do México. A torcida cantando a tradicional música “Cielito Lindo” foi impagável e ficará na memória, assim como foi na heroica vitória sobre os alemães.

Na vitória sobre a Alemanha, o México foi reativo durante quase toda a partida. Marcava bem e saía forte nos contra-ataques. Foi assim que fez o gol do jogo e cansou de perder vários. Mas dificilmente essa estratégia daria certo contra a Coreia do Sul. Por isso tudo mudou. Ao invés de esperar o adversário, o México teria que ser proativo. Teria que “propor o jogo” e fez isso muito bem.

Mesmo com a defesa sul-coreana fechada e sem dar espaços, La Tri tocava a bola, buscando o ataque. Em um lance isolado, aos 26′, Guardado tentou cruzar a bola da esquerda. Já dentro da área, o zagueiro Jang Hyun-soo tentou cortar, mas tocou com a mão na bola. E braço aberto dentro tocando dentro da área é pênalti. O árbitro nem titubeou e marcou sem precisar da confirmação do vídeo. Carlos Vela cobrou bem, deslocou o goleiro e marcou o primeiro do México.

Agora, a Coreia do Sul teria que sair para o ataque em busca do empate. E o México passou a jogar como gosta, com rápidas transições entre a defesa e o ataque. Com o perdão do trocadilho, Vela estava “aceso” no jogo. Mas o primeiro tempo terminou 1 a 0, nesta Copa que felizmente insiste em ter ao menos um gol por jogo.

Aos 21 minutos do segundo tempo, Hirving Lozano puxou o contragolpe com maestria, passou por dois marcadores e tocou para Chicharito na esquerda. E aí ele destilou o seu veneno: dominou, tirou o marcador e chutou de canela. A bola morreu no fundo do gol de Cho Hyun-woo.

Já nos acréscimos, só para estragar o meu palpite no bolão, Son Heung-min fez um lance de craque. Dominou já avançando na meia direita, cortou para a perna esquerda e bateu com curva, tirando qualquer chance do goleiro Ochoa.

Um Golaço, com “G maiúsculo”, próprio de um jogador como Son. Infelizmente o restante do time está bem abaixo do nível dele. Mas vale lembrar que a Coreia do Sul viajou à Rússia desfalcada por oito jogadores que estariam entre os 23. Não é desculpa e o time é ruim mesmo. Mas vale destacar a melhora de toda a equipe em comparação com a derrota para os suecos.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Coreia do Sul 1 x 2 México
Data: 23/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Arena Rostov — Cidade: Rostov-on-Don (Rússia)
Público: 43.472
Árbitro: Milorad Mažić (Sérvia)
Gols: 26′ Carlos Vela (MEX)(pen); 66′ Chicharito Hernández (MEX); 90+3′ Son Heung-min (COR)
Cartões Amarelos: 58′ Kim Yong-gwon (COR); 63′ Lee Yong (COR); 72′ Lee Seung-woo (COR); 80′ Jung Woo-young (COR)
Coreia do Sul (4-2-3-1): 23.Cho Hyun-woo; 2.Lee Yong, 20.Jang Hyun-soo, 19.Kim Yong-gwon e 12.Kim Min-woo (14.Hong Chul ↑84′); 16.Ki Sung-yueng (C) e 8.Ju Se-jong (10.Lee Seung-woo ↑64′); 18.Moon Seon-min (15.Jung Woo-young ↑77′), 11.Hwang Hee-chan e 17.Lee Jae-sung; 7.Son Heung-min. Técnico: Shin Tae-yong
México (4-3-3): 13.Guillermo Ochoa; 21.Edson Álvarez, 3.Carlos Salcedo, 15.Héctor Moreno e 23.Jesús Gallardo; 7.Miguel Layún, 16.Héctor Herrera e 18.Andrés Guardado (C) (4.Rafael Márquez ↑68′); 11.Carlos Vela (10.Giovani dos Santos ↑77′), 14.Javier “Chicharito” Hernández e 22.Hirving Lozano (17.Jesús Manuel Corona ↑71′). Técnico: Juan Carlos Osorio

 

… Alemanha 2 x 1 Suécia


(Imagem: FIFA.com)

E a Alemanha permanece mais viva que nunca na Copa do Mundo de 2018! Em um jogo não recomendado para cardíacos, a Nationalelf conseguiu a vitória de virada, já aos 50 min do segundo tempo.

Joachim Löw resolveu fazer quatro mudanças no time titular em relação à péssima partida contra o México. Mats Hummels estava com problemas físicos e deu lugar a Antonio Rüdiger. Jonas Hector voltou a ser titular depois de se recuperar de uma lesão, no lugar de Marvin Plattenhardt. As demais mudanças foram técnicas: saiu a dupla consagrada Sami Khedira e Mesut Özil, para a entrada de Sebastian Rudy e Marco Reus.

Já nos primeiros instantes, a Alemanha começou a pressionar demais. Mas não foi uma pressão de qualquer jeito. Foram jogadas trabalhadas, articuladas, de movimentação dos meia-atacantes. Coisa de quem sabe o que deve fazer em campo, sem desespero. Mas a defesa sueca estava muito bem postada, como em quase todos os momentos de todos os jogos.

E aos 12′, quando a partida ainda estava empatada sem gols, a Suécia foi claramente prejudicada pela arbitragem. Em uma bola roubada e contra-ataque rápido, Marcus Berg ficou cara a cara com o goleiro Neuer, mas Boateng o alcançou na velocidade e o deslocou com a mão no ombro, além de uma pequena alavanca com o pé. O time sueco inteiro reclamou, mas tanto o árbitro quando o VAR decidiram que era lance normal. Mas se eles assistirem novamente o lance, vão ficar com vergonha dessa decisão. Para que serve o VAR, se não para a revisão desses lances subjetivos?!

Mas a Suécia não se intimidou e abriu o placar aos 32′. O detalhe é que dos 25 aos 31, a Alemanha estava com um jogador a menos, devido a um choque casual entre a chuteira de Toivonen e o nariz de Rudy. O jogador alemão foi atendido, mas com suspeita de fratura no nariz e sangramento contínuo, teve que deixar o campo. Mas enquanto Rudy era atendido, a Suécia pressionava. E no minuto seguinte da entrada de Gündoğan, Toni Kroos errou um passe (ele também erra passe!). Berg recuperou a bola, passou para Claesson, que lançou no alto para Ola Toivonen dentro da área. O camisa 20 dominou bonito e tocou por cobertura sobre Manuel Neuer. A bola ainda desviou em Boateng e tomou o caminho do gol.

Depois, a Suécia passou a fechar a “casinha” ainda mais. E a Alemanha pressionava. No intervalo, Joachim Löw trocou o nulo Julian Draxler por Mario Gomez, homem de área. Aliás… é burra essa insistência em Draxler. Ele não resolvia no Schalke 04, no Wolfsburg e não resolve no PSG. Jogador superestimado. Leroy Sané está fazendo muita falta nessa Alemanha.

E logo aos 3′ do segundo tempo, Timo Werner (que passou a jogar na ponta esquerda) chutou cruzado, Mario Gomez tentou alcançar a bola sem conseguir e Marco Reus finalizou do jeito que deu, um misto de joelho com canela. Pouco importa. Importante foi o gol de empate.

E dá-lhe blitz para cima dos suecos. A pressão passou a ser mais intensa ainda. E a Suécia foi cansando. Mesmo depois que Boateng foi expulso por receber justamente o segundo cartão amarelo, a Suécia não conseguia contra-atacar, tampouco atacar.

Em um cruzamento de Kroos da esquerda, Mario Gomez cabeceou com perigo, mas o goleiro Olsen fez uma excelente defesa, embora a bola tenha vindo em cima dele.

Com pouco a fazer, Löw tirou o lateral Hector e colocou o meia-atacante Julian Brandt. Em um de seus primeiros lances, ele recebeu fora da área, cortou para a perna esquerda e bateu bem. A bola explodiu na trave. Na volta, Timo Werner estava impedido, mas nem assim acertou o gol.

A Alemanha ainda lutava, não se contentando com o empate. E aos 49′ do segundo tempo, Durmaz fez uma falta muito idiota no lado direito de sua área. Uma bola que normalmente seria cruzada. Mas qual equipe no mundo possui um talento como Toni Kroos, que coloca a bola onde quer?! E foi isso que o jogador do Real Madrid fez. Em uma jogada de dois lances com Marco Reus, Kroos bateu bonito, com curva, no ângulo esquerdo do goleiro Olsen. Um gol e uma partida para ficar para a história.

Agora, a Alemanha praticamente depende de si mesma para se classificar. Se vencer a Coreia do Sul, preferencialmente por um bom placar, dificilmente não se classifica.

Vamos nos preparar, meus amigos… estou sentindo cheiro de Brasil x Alemanha nas oitavas de final!

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Alemanha 2 x 1 Suécia
Data: 23/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Olímpico de Fisht (Fisht Stadium) — Cidade: Sóchi (Rússia)
Público: 44.287
Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia)
Gols: 32′ Ola Toivonen (SUE); 48′ Marco Reus (ALE); 90+5′ Toni Kroos (ALE)
Cartões Amarelos: 52′ Albin Ekdal (SUE); 71′ Jérôme Boateng (ALE); 90+7′ Sebastian Larsson (SUE)
Cartão Vermelho: 82′ Jérôme Boateng (ALE)
Alemanha (4-2-3-1): 1.Manuel Neuer (C); 18.Joshua Kimmich, 16.Antonio Rüdiger, 17.Jérôme Boateng e 3.Jonas Hector (20.Julian Brandt ↑87′); 19.Sebastian Rudy (21.İlkay Gündoğan ↑31′) e 8.Toni Kroos; 13.Thomas Müller, 7.Julian Draxler (23.Mario Gómez ↑INTERVALO) e 11.Marco Reus; 9.Timo Werner. Técnico: Joachim Löw
Suécia (4-4-2): 1.Robin Olsen; 2.Mikael Lustig, 3.Victor Lindelöf, 4.Andreas Granqvist (C) e 6.Ludwig Augustinsson; 7.Sebastian Larsson, 8.Albin Ekdal, 17.Viktor Claesson (21.Jimmy Durmaz ↑74′) e 10.Emil Forsberg; 20.Ola Toivonen (11.John Guidetti ↑78′) e 9.Marcus Berg (22.Isaak Kiese Thelin ↑90′). Técnico: Janne Andersson

… 18/06/2018 – O melhor do quinto dia da Copa

Três pontos sobre…
… 18/06/2018 – O melhor do quinto dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A “ótima geração belga” atropelou o estreante Panamá.
A Inglaterra sofreu, mas venceu.
Os suecos, pragmáticos, venceram com um gol de pênalti apontado pelo VAR.

… Suécia 1 x 0 Coreia do Sul


(Imagem: FIFA.com)

Suécia e Coreia do Sul fizeram um jogo fraco tecnicamente. As melhores chances foram desperdiçados pelos suecos. E como eles erraram gols…

Aos vinte minutos de partida, Lustig chuta cruzado Toivonen toca para a pequena área e Marcus Berg conseguiu chutar em cima do goleiro Cho Hyun-woo.

Aos 29′, Larsson cobrou escanteio e a bola sobrou para Berg, mas ele chutou fraco em cima da zaga.

No fim da primeira etapa, Lusting cruzou bem, mas Claesson cabeceou para fora.

A melhor chance dos asiáticos foi aos sete minutos do segundo tempo, em um cruzamento que Koo Ja-cheol desviou com perigo, mas a bola saiu à direita do goleiro Olsen.

Quatro minutos depois, Larsson cobrou falta para o meio da área, Toivonen desviou para boa defesa do goleiro sul-coreano.

Aos 17′, após cruzamento na área, Kim Min-woo derrubou Claesson na área. O árbitro Joel Aguilar ficou na dúvida, mas recorreu ao VAR para marcar corretamente o pênalti. O brasileiro Sandro Meira Ricci era o principal árbitro de vídeo da partida.

O capitão Andreas Granqvist assumiu a responsabilidade e cobrou bem, batendo com frieza no canto esquerdo, deslocando o goleiro.

Já nos acréscimos, após cruzamento para a área sueca, Lee Jae-sung escora para o meio da área e Hwang Hee-chan cabeceia com perigo, mas a bola vai para fora.

Mesmo pragmática, a Suécia buscou mais o gol e mereceu vencer. Mas nenhuma dessas duas seleções devem dar trabalho para México e Alemanha se garantirem nas oitavas de final.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Suécia 1 x 0 Coreia do Sul
Data: 18/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 42.300
Árbitro: Joel Aguilar (El Salvador)
Gol: 65′ Andreas Granqvist (SUE)(pen)
Cartões Amarelos: 13′ Kim Shin-wook (COR); 55′ Hwang Hee-chan (COR); 61′ Viktor Claesson (SUE)
Suécia (4-4-2): 1.Robin Olsen; 2.Mikael Lustig, 18.Pontus Jansson, 4.Andreas Granqvist (C) e 6.Ludwig Augustinsson; 7.Sebastian Larsson (13.Gustav Svensson ↑81′), 8.Albin Ekdal (15.Oscar Hiljemark ↑71′), 17.Viktor Claesson e 10.Emil Forsberg; 20.Ola Toivonen (22.Isaak Kiese Thelin ↑77′) e 9.Marcus Berg. Técnico: Janne Andersson
Coreia do Sul (4-1-4-1): 23.Cho Hyun-woo; 2.Lee Yong, 20.Jang Hyun-soo, 19.Kim Yong-gwon e 6.Park Joo-ho (12.Kim Min-woo ↑28′); 16.Ki Sung-yueng (C); 17.Lee Jae-sung, 13.Koo Ja-cheol (10.Lee Seung-woo ↑73′), 11.Hwang Hee-chan e 7.Son Heung-min; 9.Kim Shin-wook (15.Jung Woo-young ↑66′). Técnico: Shin Tae-yong

 

… Bélgica 3 x 0 Panamá


(Imagem: FIFA.com)

Para o Panamá, o sonho já está realizado. Levou o nome de seu país para o mundo, mostrando a todos que não é só um canal que liga os oceanos Atlântico e Pacífico. E foi lindo ver a emoção dos atletas ao ouvirem e cantarem o hino nacional. Especialmente o capitão Román Torres, o herói, autor do gol que classificou sua seleção para o Mundial. Sua voz embargada pelo sentimento e uma lágrima caindo no rosto. Ah, eu te amo, Copa do Mundo! Só você para nos trazer histórias como essa!

Mas também teve futebol. A badalada “ótima geração belga” começou mostrando a que veio, com muito volume de jogo e criando situações de perigo. Aos sete minutos, Mertens chutou firme, para grande defesa do goleiro Jaime Penedo. Aos 21′, De Bruyne foi à linha de fundo e cruzou, mas Torres cortou antes de a bola chegar em Lukaku. E os panamenhos conseguiram segurar o zero no placar na etapa inicial.

Mas logo no início do segundo tempo, o domínio se converteu em gols. Logo aos dois, Mertens pega o rebote e emenda do bico direito da grande área. A bola encobre o goleiro Penedo e morre nas redes. Mais um entre os lindos gols dessa Copa.

Na única chance dos centro-americanos, Bárcenas acha Murillo passando pela direita. Ele domina e chuta, mas o Courtois saiu para fechar o ângulo e defender com os pés.

Aos 24′, o trio mais talentoso em campo apareceu. Hazard escapou pela esquerda e deixou com De Bruyne na entrada da área. De trivela, ele colocou a bola na cabeça de Romelu Lukaku, que mergulhou para fazer o segundo tento dos belgas.

Seis minutos depois, Hazard puxou contra-ataque pelo meio, viu Lukaku escapar pela esquerda e lançou para o centroavante. Como todo bom artilheiro, ele tocou mansamente por cima só para tirar do goleiro.

O Panamá não serve de parâmetro. Mas as estrelas da Bélgica apareceram e decidiram a partida. Venceram e convenceram.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Bélgica 3 x 0 Panamá
Data: 18/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Olímpico de Fisht (Fisht Stadium) — Cidade: Sóchi (Rússia)
Público: 43.257
Árbitro: Janny Sikazwe (Zâmbia)
Gols: 47′ Dries Mertens (BEL); 69′ Romelu Lukaku (BEL); 75′ Romelu Lukaku (BEL)
Cartões Amarelos: 14′ Thomas Meunier (BEL); 18′ Erick Davis (PAN); 45+2′ Edgar Bárcenas (PAN); 49′ Armando Cooper (PAN); 51′ Michael Murillo (PAN); 57′ Aníbal Godoy (PAN); 59′ Jan Vertonghen (BEL); 88′ Kevin De Bruyne (BEL)
Bélgica (3-4-3): 1.Thibaut Courtois; 2.Toby Alderweireld, 20.Dedryck Boyata e 5.Jan Vertonghen; 15.Thomas Meunier, 6.Axel Witsel (22.Nacer Chadli ↑90′), 7.Kevin De Bruyne e 11.Yannick Ferreira Carrasco (19.Mousa Dembélé ↑74′); 14.Dries Mertens (16.Thorgan Hazard ↑83′), 10.Eden Hazard (C) e 9.Romelu Lukaku. Técnico: Roberto Martínez
Panamá (4-5-1): 1.Jaime Penedo; 2.Michael Murillo, 5.Román Torres (C), 4.Fidel Escobar e 15.Erick Davis; 6.Gabriel Gómez, 11.Armando Cooper, 20.Aníbal Godoy, 8.Edgar Bárcenas (9.Gabriel Torres ↑63′) e 21.José Luis Rodríguez (10.Ismael Díaz ↑63′); 7.Blas Pérez (18.Luis Tejada ↑73′). Técnico: Hernán Darío Gómez

 

… Tunísia 1 x 2 Inglaterra


(Imagem: FIFA.com)

Na primeira meia hora de jogo, talvez a Inglaterra tenha tido a melhor atuação de uma equipe no Mundial até agora. Depois, se complicou sozinha em um jogo fácil e só fez o gol da vitória nos acréscimos.

Os destaques foram o grande volume de jogo do English Team no início da partida, com várias chances criadas. Começando aos dois minutos, quando Dele Alli rouba uma bola dentro da área e Jesse Lingard finaliza para uma excepcional defesa do goleiro Mouez Hassen.

Aos 11′, o massacre técnico se resultou na mudança do placar. Após cobrança de escanteio, Stones cabeceou forte, mas o arqueiro Hassen foi no ângulo buscar. A bola sobrou justamente nos pés de quem não poderia: Harry Keane emendou para as redes, inaugurando o marcador.

Infelizmente, o goleiro tunisiano – melhor em campo até então – teve que ser substituído aos XX minutos, por ter caído de mal jeito em outra defesaça, feita ainda antes do gol sofrido. Uma pena. Mas depois foi a vez de seu substituto, Ben Mustapha, passar a fechar o gol. Aos 18′, segurou firme um chute de longe de Jordan Henderson.

Mas como os ingleses não gostam de jogo fácil, em um lance isolado em sua própria área, Kyle Walker foi estúpido ao abrir os braços e acertar Ben Youssef [8]. Pênalti, que Ferjani Sassi cobrou com maestria, no canto direito de Pickford, que acertou o canto, mas não conseguiu fazer a defesa.

Aos 44′, Lingard voltou a perder gol feito, tirando a bola por cima de Ben Mustapha, mas mandando à direita do gol.

Depois disso, o jogo foi esfriando, com a Tunísia se fechando toda, com uma linha de cinco atrás, em uma espécie de 5-4-1. A Inglaterra até tentou, mas não conseguiu criar tantas chances claras como no primeiro tempo.

Quando parecia que o castigo viria, eis que aparece ele. Quem? Keane! Sempre ele! De novo aproveitando um escanteio. Trippier bateu o córner, Maguire desviou no meio e Harry Keane completou de cabeça para o gol. Um gol que fez justiça ao que a Inglaterra (até surpreendentemente) jogou.

O técnico Gareth Southgate deve conhecer melhor seus atletas do que todos nós. Mas eu juro que não compreendo o fato de Marcus Rashford ser reserva de Raheem Sterling. Nada contra o jogador do City, mas o atacante do United é um dos maiores talentos ingleses dos últimos tempos.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Tunísia 1 x 2 Inglaterra
Data: 18/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Volgogrado — Cidade: Volgogrado (Rússia)
Público: 41.064
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)
Gols: 11′ Harry Kane (ING); 35′ Ferjani Sassi (SUE)(pen); 90+1′ Harry Kane (ING)
Cartão Amarelo: 33′ Kyle Walker (ING)
Tunísia (4-1-4-1): 22.Mouez Hassen (1.Farouk Ben Mustapha ↑16′); 11.Dylan Bronn, 2.Syam Ben Youssef, 4.Yassine Meriah e 12.Ali Maâloul; 17.Ellyes Skhiri; 13.Ferjani Sassi, 9.Anice Badri, 8.Fakhreddine Ben Youssef e 23.Naïm Sliti (14.Mohamed Amine Ben Amor ↑74′); 10.Wahbi Khazri (C) (19.Saber Khalifa ↑85′). Técnico: Nabil Maâloul
Inglaterra (3-5-2): 1.Jordan Pickford; 2.Kyle Walker, 5.John Stones e 6.Harry Maguire; 12.Kieran Trippier, 20.Dele Alli (21.Ruben Loftus-Cheek ↑80′), 8.Jordan Henderson, 7.Jesse Lingard (4.Eric Dier ↑90+3′) e 18.Ashley Young; 10.Raheem Sterling (19.Marcus Rashford ↑68′) e 9.Harry Kane (C). Técnico: Gareth Southgate

… 04/06/2002 – Coreia do Sul 2 x 0 Polônia

Três pontos sobre…
… 04/06/2002 – Coreia do Sul 2 x 0 Polônia


Sul-coreanos comemoram gol em frente à barulhenta torcida (Imagem: NBC Sports)

● Nem parece que já se passaram 15 anos! Tudo que se via era uma multidão em vermelho. Tudo que se ouvia era um grito ensurdecedor: “Dae-han-min-guk” (Daehan Minguk significa República da Coreia no idioma local).

A Coreia do Sul era um dos dois países sede (juntamente com o Japão). Tinha sua tradição no continente, mas estava em sua sexta Copa do Mundo (a 5ª consecutiva) e nunca havia vencido um jogo na competição. Eram 14 partidas anteriores, com 4 empates e 10 derrotas, algumas humilhantes, como para a Hungria em 1954 (9 a 0).

Temia-se que os sul-coreanos fossem os primeiros anfitriões a não passar de fase na história das Copas (esse “feito” ficou com a África do Sul em 2010). Mas, liderado pelo excelente técnico holandês Guus Hiddink e pela torcida, o time não decepcionou.

A Coreia do Sul era organizada no 3-5-2, que se transformava em 5-3-2 quando se defendia e em um 3-4-3 quando atacava (com Park Ji-sung avançando pela direita).

Já a Polônia atuava em um 4-4-2 engessado, que dependia muito dos avanços dos meias laterais Jacek Krzynówek e Marek Koźmiński.

● Na estreia, o ritmo e o entusiasmo dos asiáticos eram demais para uma Polônia pouco criativa e lenta, que dependia bastante de Emmanuel Olisadebe, atacante nigeriano naturalizado (que nem era tão bom assim…).

Nos minutos iniciais, a Polônia começou a pressionar e perdeu duas chances, com Jacek Krzynówek e Marek Koźmiński.

Aos 9 minutos foi a vez dos locais desperdiçarem sua chance, com Seol Ki-hyeon, livre, desviando um escanteio nas mãos do goleiro Jerzy Dudek.

Depois, Choi Jin-cheul travou um chute perigosíssimo de Olisadebe, evitando o gol polaco.

Aos 19 minutos, quase o primeiro gol, quando Yoo Sang-chul chutou forte, de longe, e a bola passou perto da baliza.

Aos 26 minutos, enfim a multidão explodiu em êxtase. Lee Eul-yong rola a bola para a área e o veterano Hwang Sun-hong, sem marcação, coloca no canto direito, de primeira, marcando seu 50º gol pela seleção.

Se o gol empolgou a Coreia, liquidou de vez a Polônia, que parecia sem esperanças quando o primeiro tempo chegou ao fim.

No intervalo, o técnico Jerzy Engel mexeu no time. Mas na volta, os coreanos continuaram acesos. Park Ji-sung quase marcou depois de um escanteio. A pesada defesa polonesa sofria com a correria asiática.

Aos 8 minutos do segundo tempo, Tomasz Hajto perdeu a bola. Ahn Jung-hwan passa para Yoo Sang-chul, que bate de fora da área, de novo, mas dessa vez acerta. Dudek foi na bola com a mão mole e não evitou o gol.

Em um raro ataque promissor da Polônia, o capitão Hong Myung-bo fez uma leitura de jogo perfeita e cortou um cruzamento de Krzynówek, tirando uma oportunidade clara de Marcin Żewłakow, que fechava no segundo pau.

No fim, as tentativas da Polônia de tentar anotar o tento de honra eram apenas desespero. A equipe polaca ainda precisou de uma defesa de Dudek em uma finalização de Ahn Jung-hwan para evitar o terceiro gol.

Após o tempo regulamentar, o coreano Cha Du-ri conseguiu um recorde pitoresco: tomou um cartão amarelo vinte segundos depois de entrar no gramado, por uma falta cometida.


Hwang Sun-hong comemora o primeiro gol da partida (Imagem: Dailly Mail)

● Festa coreana. Os asiáticos foram mesmo ao delírio. Mostrando um futebol ofensivo, com muita velocidade, a Coreia do Sul aproveitou as inúmeras falhas de marcação do adversário e conquistou sua primeira vitória em uma Copa do Mundo.

Na sequência, a Polônia foi goleada por Portugal por 4 a 0 e venceu os Estados Unidos por 3 a 1. Não adiantou e caiu como lanterna do grupo.

A Coreia do Sul seguiu surpreendendo. Empatou com os Estados Unidos (1 x 1) e venceu Portugal por 1 a 0, eliminando os Tugas. Mas o melhor estaria por vir. Mesmo com arbitragens polêmicas e tendenciosas, venceu a Itália na prorrogação das oitavas de final por 2 x 1 e bateu a Espanha nos pênaltis (5 x 3) após um placar sem gols. Na semifinal, mesmo fazendo um bom jogo contra a Alemanha, perdeu com um gol de Michael Ballack. Na decisão do 3º lugar, perdeu para a forte Turquia por 3 x 2. Para os sul-coreanos, foi um resultado histórico, que dificilmente será repetido nos próximos anos.

FICHA TÉCNICA:

 

COREIA DO SUL 2 x 0 POLÔNIA

 

Data: 04/06/2002

Horário: 20h30 locais

Estádio: Busan Asiad Main Stadium

Público: 48.760

Cidade: Busan (Coreia do Sul)

Árbitro: Óscar Ruiz (Colômbia)

 

COREIA DO SUL (3-5-2):

POLÔNIA (4-4-2):

1  Lee Woon-jae (G)

1  Jerzy Dudek (G)

4  Choi Jin-cheul

6  Tomasz Hajto

20 Hong Myung-bo (C)

20 Jacek Bąk

7  Kim Tae-young

15 Tomasz Wałdoch (C)

22 Song Chong-gug

4  Michał Żewłakow

6  Yoo Sang-chul

21 Marek Koźmiński

5  Kim Nam-il

10 Radosław Kałużny

13 Lee Eul-yong

7  Piotr Świerczewski

21 Park Ji-sung

18 Jacek Krzynówek

18 Hwang Sun-hong

19 Maciej Żurawski

9  Seol Ki-hyeon

11 Emmanuel Olisadebe

 

Técnico: Guus Hiddink

Técnico: Jerzy Engel

 

SUPLENTES:

 

 

12 Kim Byung-ji (G)

12 Radosław Majdan (G)

23 Choi Eun-sung (G)

22 Adam Matysek (G)

15 Lee Min-sung

2  Tomasz Kłos

8  Choi Tae-uk

3  Jacek Zieliński

10 Lee Young-pyo

13 Arkadiusz Głowacki

3  Choi Sung-yong

16 Maciej Murawski

2  Hyun Young-min

5  Tomasz Rząsa

17 Yoon Jong-hwan

23 Paweł Sibik

14 Lee Chun-soo

17 Arkadiusz Bąk

16 Cha Du-ri

8  Cezary Kucharski

11 Choi Yong-soo

14 Marcin Żewłakow

19 Ahn Jung-hwan

9  Paweł Kryszałowicz

 

GOLS:

26′ Hwang Sun-hong (COR)

53′ Yoo Sang-chul (COR)

 

CARTÕES AMARELOS:

31′ Jacek Krzynówek (POL)

70′ Park Ji-sung (COR)

79′ Tomasz Hajto (POL)

84′ Piotr Świerczewski (POL)

90′ Cha Du-ri (COR)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Maciej Żurawski (POL) ↓

Paweł Kryszałowicz (POL) ↑

 

50′ Jacek Bąk (POL) ↓

Tomasz Kłos (POL) ↑

 

50′ Hwang Sun-hong (COR) ↓

Ahn Jung-hwan (COR) ↑

 

61′ Yoo Sang-chul (COR) ↓

Lee Chun-soo (COR) ↑

 

64′ Radosław Kałużny (POL) ↓

Marcin Żewłakow (POL) ↑

 

89′ Seol Ki-hyeon (COR) ↓

Cha Du-ri (COR) ↑

Melhores momentos da partida: