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… 10/07/1982 – Polônia 3 x 2 França

Três pontos sobre…
… 10/07/1982 – Polônia 3 x 2 França


(Imagem: Bob Thomas / Getty Images)

● Na estreia, a França sofreu com problemas internos (como detalhamos aqui) e perdeu para a Inglaterra por 3 x 1. Na segunda partida, goleou o Kuwait do técnico Carlos Alberto Parreira por 4 x 1 – em jogo em que um xeique do país árabe invadiu o campo e obrigou o árbitro a anular um gol legítimo dos gauleses. Na sequência, a França empatou com a Tchecoslováquia por 1 x 1 e se classificou em segundo lugar no Grupo D. A segunda fase foi mais tranquila. Venceu a Áustria por 1 x 0 e a Irlanda do Norte por 4 x 1. Nas semifinais, um duelo histórico com a Alemanha Ocidental, empate por 1 x 1 no tempo normal, 2 x 2 na prorrogação e perdeu por 5 x 4 na decisão por pênaltis – em uma partida que foi claramente prejudicada pela arbitragem que nada marcou em um lance que o goleiro Toni Schumacher deu uma voadora dentro da área no peito de Battiston, que o deixou desmaiado.

A Polônia tinha uma ótima seleção, com jogadores como os veteranos de 1974 Władysław Żmuda, Grzegorz Lato, Andrzej Szarmach e os de 1978 Janusz Kupcewicz e Zbigniew Boniek. Na primeira fase, foi líder em um grupo muito equilibrado. Empatou sem gols os dois primeiros jogos, com Itália e Camarões, e goleou o Peru por 5 x 1 na terceira partida. Na segunda fase, venceu a Bélgica por 3 x 0 e empatou com a União Soviética por 0 x 0. Na semifinal, perdeu para a Itália por 2 x 0 – dois gols de Paolo Rossi.


As duas equipes jogaram no sistema 4-3-3, com aproximação dos homens de meio.

● Depois da frustrante derrota para a Alemanha Ocidental, os franceses estavam totalmente desmotivados para a decisão do 3º lugar. Michel Platini nem foi para o jogo e suas palavras davam o tom da partida: “Não me importo de terminar em terceiro”.

O técnico Michel Hidalgo escalou apenas quatro jogadores que haviam enfrentado os alemães: Manuel Amoros, Marius Trésor, Gérard Janvion e Jean Tigana.

Mas Les Bleus queriam terminar a Copa com dignidade e abriram o placar aos 13′. Pela esquerda, Bruno Bellone passou entre Lato e Boniek e tocou no meio para Tigana, que deixou mais atrás para René Girard. Ele dominou, avançou e bateu fraco e rasteiro, mas a bola foi no cantinho direito do goleiro e tocou na trave antes de entrar.

O técnico polonês Antoni Piechniczek deu uma chance a Andrzej Szarmach, o escalando como titular contra a França depois de deixá-lo o torneio inteiro no banco de reservas. E o experiente camisa 17 retribuiu a confiança de seu treinador, empatando a partida aos 40′. Boniek avançou pelo meio e deu um passe por elevação para Szarmach nas costas de Trésor. Ele surgiu atrás da defesa e, já dentro da área, deixou a bola quicar e chutou cruzado. Ela ainda bateu na trave antes de entrar. Um golaço, desde a construção até a definição da jogada. Zbigniew Boniek fez muita falta na semifinal diante da Itália, quando cumpriu suspensão.


(Imagem: Przegląd Sportowy / DPA / PAP)

No último minuto do primeiro tempo, Kupcewicz bateu escanteio. O goleiro francês Jean Castaneda saiu muito mal e não conseguiu cortar – ele calculou mal a saída do gol. Stefan Majewski apareceu atrás dele para mandar para o gol vazio. Era o segundo gol e a virada polaca. Um presente de Castaneda.

A Polônia aproveitou a empolgação logo no início do segundo tempo e fez o terceiro gol em apenas seis minutos. Logo depois da volta do intervalo, Janvion fez falta em Boniek no lado esquerdo do ataque, próximo à área. Mesmo sem muito ângulo, Kupcewicz bateu a falta direto para o gol. O goleiro tentou adivinhar, esperando o cruzamento, mas a bola foi no cantinho direito, no pé da trave, e Castaneda não conseguiu alcançar. Duas falhas clamorosas do goleiro Jean Castaneda.

A França ainda tentou reagir e diminuiu o placar aos 27′. Christian Lopez, que havia entrado no lugar de Janvion, iniciou a jogada. Philippe Mahut encontrou o incansável Tigana na meia direita. E ele fez um lançamento perfeito, encontrando Alain Couriol dentro da área, na segunda trave. Ele só dominou e tocou por baixo do goleiro Józef Młynarczyk.

Derrotada, a França não conseguiu igualar seu melhor desempenho em Copas do Mundo até então, quando ganhou o bronze em 1958. Mesmo com a derrota, os franceses receberam o maior prêmio em dinheiro entre todas as seleções do Mundial, pago por sua federação.

Por sua vez, a Polônia repetia o brilhante 3º lugar do Mundial de 1974.


(Imagem: Pinterest)

FICHA TÉCNICA:

 

POLÔNIA 3 x 2 FRANÇA

 

Data: 10/07/1982

Horário: 20h00 locais

Estádio: José Rico Pérez

Público: 28.000

Cidade: Alicante (Espanha)

Árbitro: António Garrido (Portugal)

 

POLÔNIA (4-3-3):

FRANÇA (4-3-3):

1  Józef Młynarczyk (G)

21 Jean Castaneda (G)

2  Marek Dziuba

2  Manuel Amoros

9  Władysław Żmuda

7  Philippe Mahut

5  Paweł Janas

8  Marius Trésor (C)

10 Stefan Majewski

5  Gérard Janvion

13 Andrzej Buncol

14 Jean Tigana

8  Waldemar Matysik

11 René Girard

3  Janusz Kupcewicz

13 Jean-François Larios

16 Grzegorz Lato

16 Alain Couriol

20 Zbigniew Boniek

15 Bruno Bellone

17 Andrzej Szarmach

20 Gérard Soler

 

Técnico: Antoni Piechniczek

Técnico: Michel Hidalgo

 

SUPLENTES:

 

 

22 Piotr Mowlik (G)

22 Jean-Luc Ettori (G)

21 Jacek Kazimierski (G)

1  Dominique Baratelli (G)

4  Tadeusz Dolny

4  Maxime Bossis

12 Roman Wójcicki

3  Patrick Battiston

6  Piotr Skrobowski

6  Christian Lopez

7  Jan Jałocha

9  Bernard Genghini

14 Andrzej Pałasz

12 Alain Giresse

15 Włodzimierz Ciołek

10 Michel Platini

18 Marek Kusto

17 Bernard Lacombe

19 Andrzej Iwan

18 Dominique Rocheteau

11 Włodzimierz Smolarek

19 Didier Six

 

GOLS:

13′ René Girard (FRA)

40′ Andrzej Szarmach (POL)

44′ Stefan Majewski (POL)

46′ Janusz Kupcewicz (POL)

72′ Alain Couriol (FRA)

 

CARTÕES AMARELOS:

62′ Andrzej Buncol (POL)

71′ Roman Wójcicki (POL)

79′ Gérard Soler (FRA)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Waldemar Matysik (POL) ↓

Roman Wójcicki (POL) ↑

 

65′ Gérard Janvion (FRA) ↓

Christian Lopez (FRA) ↑

 

82′ Jean Tigana (FRA) ↓

Didier Six (FRA) ↑

Gols da partida:

 

… 06/07/1974 – Polônia 1 x 0 Brasil

Três pontos sobre…
… 06/07/1974 – Polônia 1 x 0 Brasil


(Imagem: Game of the People)

● A Polônia não disputava uma Copa do Mundo desde 1938, quando perdeu para o Brasil por 6 x 5 logo na partida de estreia. Mas, o país fez uma preparação de sete anos, revelou talentos, soube potencializar suas qualidades e colheu os frutos: a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, e chegava para decidir o 3º lugar da Copa do Mundo de 1974.

O time polonês tinha como maiores qualidades o entrosamento e a disciplina tática, que permitia uma certa liberdade aos jogadores mais talentosos.

VEJA MAIS:
… Polônia e a breve história de sua seleção de futebol
… 03/07/1974 – Polônia 0 x 1 Alemanha Ocidental

Vários jogadores se destacavam, como o goleiro Jan Tomaszewski, o zagueiro Władysław Żmuda, o meia Kazimierz Deyna e o atacante Andrzej Szarmach. Mas o maior destaque era o ponta direita Grzegorz Lato.

O carequinha, que envergava a camisa de nº 16, não era conhecido pelas suas qualidades técnicas ou pelo oportunismo, mas por ser um jogador extremamente veloz para os padrões da época. Ele conseguia correr os 100 metros em 10s8, tempo que poderia habilitá-lo para disputar a prova dos 100 metros rasos nos Jogos Olímpicos de 1972.

A maior ausência nas “Białe Orły” (“As Águias Brancas”, em polonês) foi o atacante Włodzimierz Lubański, que ficou fora do Mundial por causa de uma fratura no pé.

Com uma campanha praticamente irrepreensível, a Polônia só perdeu uma partida no Mundial de 1974. Na primeira fase, 100% de aproveitamento, ao vencer a Argentina (3 x 2), Haiti (7 x 0) e Itália (2 x 1). Na segunda fase, bateu Suécia (1 x 0) e Iugoslávia (2 x 1). Na última rodada, na partida que valia vaga na final, perdeu para a Alemanha, a dona da casa, por 1 x 0.


(Imagem: Twitter @tphoto2005)

● Depois da derrota diante da Holanda, alguns jogadores brasileiros simularam contusões para não jogar a decisão do 3º lugar. Outros declararam que não entrariam em campo em nome de uma certa dignidade pessoal ou profissional.

O time que entrou em campo finalmente tinha Ademir da Guia como titular. Já veterano, o meia, considerado um dos maiores jogadores da história do Palmeiras, vinha sendo sistematicamente ignorado pelo treinador, não ficando nem no banco de reservas.

Sem poder contar com Luís Pereira, expulso contra a Holanda, Zagallo escalou Alfredo Mostarda na zaga.


As duas seleções jogavam no sistema 4-3-3. Mas enquanto os brasileiros eram estáticos, os poloneses jogavam com muita movimentação.

● A decisão do terceiro lugar, no estádio Olímpico de Munique. Aparentemente, nem Brasil, nem Polônia pareciam muito interessados.

Os poloneses sentiram muito o cansaço e diminuíram o ritmo de seu jogo, mas nem assim o Brasil conseguiu impor o seu estilo.

Como nas outras partidas, Jairzinho passou a maior parte do tempo tentando jogadas individuais e perdendo. Rivellino foi discreto e Dirceu recuava demais.

Na melhor jogada do Brasil, Valdomiro recebeu lançamento longo na ponta direita, ganhou da marcação e chutou cruzado. Tomaszewski espalmou para escanteio.

Desinteressada, a Polônia fazia sua pior partida na Copa. Mas, depois da saída de Ademir, os poloneses passaram a ter mais controle no meio de campo. O “Divino” era um dos melhores em campo, quando foi substituído por Mirandinha aos 21 minutos do segundo tempo. Em pouco mais de uma hora, Ademir mostrou que poderia ter sido titular durante o torneio.


(Imagem: Twitter @tphoto2005)

Em um lance, Mirandinha saiu em disparada com a bola quando foi agarrado por Henryk Kasperczak. Mesmo sendo fortemente seguro, Mirandinha ainda percorreu vinte metros até finalmente cair. O jornal alemão Bild definiu o lance como “a falta mais comprida da história das Copas”.

A 15 minutos do fim, Marinho Chagas prendeu demais a bola pelo lado esquerdo e deu um passe errado. Zygmunt Maszczyk acionou Lato na ponta direita, nas costas de Marinho. O carequinha arrancou sozinho com extrema velocidade, passou por Alfredo, invadiu a área e tocou cruzado na saída de Leão, mandando a bola no canto direito. Um contra-ataque letal.

Lato acabaria como artilheiro da Copa de 1974 com sete gols em sete partidas, média de um gol por jogo.

Ele ainda teve a chance de marcar mais um. Após uma dividida, a bola sobrou novamente para Lato arrancar em velocidade, ganhar na corrida de Marinho Chagas e finalizar. Mas Leão defendeu com o pé e impediu o gol.

Parabéns para a Polônia, que chegou brilhantemente ao terceiro lugar, com seis vitórias e apenas uma derrota, marcando 16 gols e sofrendo só cinco.


(Imagem: Pinterest)

● O Brasil de Zagallo foi castigado pelo excesso de cautela, apesar do talento disponível no elenco. Na prática, esse foi um dos piores desempenhos da Seleção em Copas do Mundo. Merecidamente, a Seleção Brasileira foi a pior entre as quatro finalistas.

Depois do jogo, nos vestiários, Leão teria dado um tapa em Marinho Chagas, o culpando pelo gol. Era o retrato do péssimo ambiente da Seleção Brasileira na Copa da Alemanha.

“Tiramos o quarto lugar? Ótimo. Está compatível com o futebol brasileiro do momento.” ― Rivellino, realista

“Pelo que o Brasil apresentou, o quarto lugar foi fenomenal. Eu sou um cara muito consciente. Isso pode até magoar alguns jogadores, mas é isso mesmo: só merecíamos um terceiro ou um quarto lugar.” ― Luís Pereira

“Para quem se preparou para o título, disputar o terceiro lugar não motiva”, disse Zagallo em forma de deboche. Por mais que isso seja verdade, quem pode ser terceiro e não faz nada para isso, não mereceria nunca nem sonhar em ser o primeiro.

Uma das desculpas pelo mau resultado foi a ação de empresários, que negociavam transferências de jogadores durante a Copa. Paulo Cézar foi acusado de “tirar o pé” nas divididas para não se machucar e atrapalhar sua transferência para o Olympique de Marselha.

O 3º lugar na Alemanha Ocidental em 1974 foi a melhor classificação geral da seleção da Polônia na história das Copas – que só foi igualada em 1982, na Espanha.

Ao marcar o gol de honra na derrota da Polônia por 3 x 1 contra o Brasil em 1978, Grzegorz Lato se tornou o único jogador que marcou gols no Brasil em Copas do Mundo diferentes.

A partir de 1974 a FIFA teve um presidente brasileiro. João Havelange derrotou o então mandatário Stanley Rous e se perpetuou no poder até 1998.


(Imagem: Pinterest)

FICHA TÉCNICA:

 

POLÔNIA 1 x 0 BRASIL

 

Data: 06/07/1974

Horário: 16h00 locais

Estádio: Olympiastadion

Público: 77.100

Cidade: Munique (Alemanha Ocidental)

Árbitro: Aurelio Angonese (Itália)

 

POLÔNIA (4-3-3):

BRASIL (4-3-3):

2  Jan Tomaszewski (G)

1  Leão (G)

4  Antoni Szymanowski

4  Maria

9  Władysław Żmuda

15 Alfredo Mostarda

6  Jerzy Gorgoń

3  Marinho Peres (C)

10 Adam Musiał

6  Marinho Chagas

12 Kazimierz Deyna (C)

17 Paulo César Carpegiani

14 Zygmunt Maszczyk

10 Rivellino

13 Henryk Kasperczak

18 Ademir da Guia

16 Grzegorz Lato

13 Valdomiro

17 Andrzej Szarmach

7  Jairzinho

18 Robert Gadocha

21 Dirceu

 

Técnico: Kazimierz Górski

Técnico: Zagallo

 

SUPLENTES:

 

 

1  Andrzej Fischer (G)

12 Renato (G)

3  Zygmunt Kalinowski (G)

22 Waldir Peres (G)

5  Zbigniew Gut

14 Nelinho

8  Mirosław Bulzacki

2  Luís Pereira

7  Henryk Wieczorek

16 Marco Antônio

11 Lesław Ćmikiewicz

5  Wilson Piazza

15 Roman Jakóbczak

11 Paulo Cézar Caju

20 Zdzisław Kapka

8  Leivinha

22 Marek Kusto

20 Edu

21 Kazimierz Kmiecik

19 Mirandinha

19 Jan Domarski

9  César Maluco

 

GOL: 76′ Grzegorz Lato (POL)

 

CARTÕES AMARELOS:

71′ Henryk Kasperczak (POL)

76′ Jairzinho (BRA)

 

SUBSTITUIÇÕES:

66′ Ademir da Guia (BRA) ↓

Mirandinha (BRA) ↑

 

73′ Henryk Kasperczak (POL) ↓

Lesław Ćmikiewicz (POL) ↑

 

75′ Andrzej Szarmach (POL) ↓

Zdzisław Kapka (POL) ↑

Melhores momentos da partida:

… 01/06/1978 – Alemanha Ocidental 0 x 0 Polônia

Três pontos sobre…
… 01/06/1978 – Alemanha Ocidental 0 x 0 Polônia


(Imagem: Impromptuinc)

● Alemanha e Polônia haviam feito uma excelente partida na fase semifinal da Copa do Mundo de 1974, em um duelo de muito equilíbrio. Jogando em casa e com um time melhor, os alemães venceram.

Quatro anos depois, a Polônia mantinha praticamente o mesmo time que conquistou o 3º lugar na Copa anterior, com o belo acréscimo do meia-atacante Zbigniew Boniek e o retorno de Włodzimierz Lubański. O atacante polonês não havia disputado o Mundial anterior por ter se lesionado pouco antes, mas havia sido o maior destaque de sua seleção na conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique.

Portando a camisa 12 e a faixa de capitão, o meia Kazimierz Deyna ainda era o articulador criativo de sua seleção. A esperança de gols permanecia sendo o velocista Grzegorz Lato, artilheiro da Copa de 1974. O goleiro Jan Tomaszewski continuava dando segurança à defesa, assim como o zagueiro Władysław Żmuda. A ausência era o inteligente ponta esquerda Robert Gadocha.

Mas, se o elenco polaco era quatro anos mais experiente, também era quatro anos mais velho e cansado.


(Imagem: Impromptuinc)

● Por sua vez, a Alemanha Ocidental estava se renovando aos poucos. O goleador Gerd Müller agora dava lugar ao craque Karl-Heinz Rummenigge. O Kaiser Franz Beckenbauer também havia saído de cena, mas alguns importantes campeões do mundo continuavam na Mannschaft, como o agora capitão Berti Vogts, o goleiro Sepp Maier, Rainer Bonhof e outros.

Mas a Nationalelf estava sentindo falta de outros jogadores de alto nível, como Wolfgang Overath e Jürgen Grabowski. Um dos principais desfalques era o rebelde Paul Breitner, que estava em litígio com o veterano técnico Helmut Schön.


O técnico Helmut Schön escalou a Alemanha Ocidental no 4-3-3 com Rüssmann atuando como zagueiro na sobra.


O treinador Jacek Gmoch mandou a Polônia a campo no sistema 4-3-3.

● O jogo de abertura da Copa geralmente é truncado e sem graça. Mas todos esperavam um duelo elétrico como o de 1974. Ledo engano.

Não foi um bom presságio para quem esperava uma Copa com inovações táticas e jogadores de alto nível técnico, como quatro anos antes.

Um dos problemas era o campo. Alguém – não se sabe quem – teve a iluminada ideia de irrigar o gramado do estádio Monumental de Núñez com água do mar. Logicamente, a grama ficou arruinada e teve que ser substituída em cima da hora. Com isso, tufos de grama se soltavam a cada jogada, prejudicando o toque de bola.

Para piorar, alemães e poloneses preferiram jogar para evitar a derrota ao invés de partirem em busca da vitória. Não foi um bom jogo tecnicamente, com nenhuma chance clara ou remota de gol.

Com atuações bem abaixo do esperado, as duas seleções deixaram entediados e com sono os 67 mil expectadores.


(Imagem: Impromptuinc)

● Na sequência da primeira fase, a Polônia venceu a Tunísia (1 x 0) e o México (3 x 1). A Alemanha goleou o México por 6 a 0 e empatou sem gols com a Tunísia. Com esses resultados, os poloneses terminaram como líderes do Grupo 2, com os alemães se classificando em segundo lugar.

Assim como em 1974, a segunda fase não era composta por oitavas ou quartas de final em partidas eliminatórias (o famoso mata-mata), mas sim uma nova fase de grupos, que classificaria o vencedor para a final.

Nessa fase, pelo Grupo B, a Polônia perdeu para a Argentina por 2 x 0, venceu o Peru por 1 x 0 e se despediu perdendo para o Brasil por 3 x 1.

Pelo Grupo A, a Alemanha Ocidental empatou por 0 x 0 com a Itália e por 2 x 2 com a Holanda. Precisando vencer para ter alguma chance de ir para a final, perdeu para a vizinha Áustria por 3 x 2 e o resultado foi a eliminação.


(Imagem: Impromptuinc)

FICHA TÉCNICA:

 

ALEMANHA OCIDENTAL 0 x 0 POLÔNIA

 

Data: 01/06/1978

Horário: 16h00 locais

Estádio: Monumental de Nuñez (Estadio Antonio Vespucio Liberti)

Público: 67.579

Cidade: Buenos
Aires (Argentina)

Árbitro: Ángel Norberto Coerezza (Argentina)

 

ALEMANHA OCIDENTAL (4-3-3):

POLÔNIA (4-3-3):

1  Sepp Maier (G)

1  Jan Tomaszewski (G)

2  Berti Vogts (C)

4  Antoni Szymanowski

5  Manfred Kaltz

9  Władysław Żmuda

4  Rolf Rüssmann

6  Jerzy Gorgoń

15 Erich Beer

3  Henryk Maculewicz

6  Rainer Bonhof

5  Adam Nawałka

10 Heinz Flohe

11 Bohdan Masztaler

20 Hansi Müller

12 Kazimierz Deyna (C)

7  Rüdiger Abramczik

16 Grzegorz Lato

8  Herbert Zimmermann

17 Andrzej Szarmach

9  Klaus Fischer

19 Włodzimierz Lubański

 

Técnico: Helmut Schön

Técnico: Jacek Gmoch

 

SUPLENTES:

 

 

21 Rudi Kargus (G)

21 Zygmunt Kukla (G)

22 Dieter Burdenski (G)

22 Zdzisław Kostrzewa (G)

12 Hans-Georg Schwarzenbeck

14 Mirosław Justek

13 Harald Konopka

20 Roman Wójcicki

3  Bernard Dietz

13 Janusz Kupcewicz

16 Bernhard Cullmann

8  Henryk Kasperczak

18 Gerd Zewe

10 Wojciech Rudy

17 Bernd Hölzenbein

18 Zbigniew Boniek

19 Ronald Worm

2  Włodzimierz Mazur

14 Dieter Müller

7  Andrzej Iwan

11 Karl-Heinz Rummenigge

15 Marek Kusto

 

SUBSTITUIÇÕES:

79′ Włodzimierz Lubański (POL) ↓

Zbigniew Boniek (POL) ↑

 

84′ Bohdan Masztaler (POL) ↓

Henryk Kasperczak (POL) ↑

Melhores momentos da partida:

… 28/06/2018 – O melhor do 15º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 28/06/2018 – O melhor do 15º dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A primeira fase está encerrada. Agora, já conhecemos os 16 classificados.
Japão e Senegal empataram em tudo, mas os africanos foram eliminados por terem dois cartões amarelos a mais.
Teve também vitória da “ótima geração belga”, Colômbia, Polônia e Tunísia.


… Senegal 0 x 1 Colômbia


(Imagem: FIFA.com)

Senegal se classificaria com um empate. A equipe do técnico-ídolo Aliou Cissé joga um futebol pragmático. Mas hoje apelou diante da Colômbia. Praticamente não quis jogar. Ficou cozinhando a partida em “banho-maria” até que o tempo passasse. Mas foi duramente castigada.

Para não depender do resultado da outra partida do grupo, a Colômbia tinha que vencer. Mas também não acelerava. Por isso se tornou um jogo lento e de pouquíssimas emoções.

E a primeira chance do jogo foi colombiana, aos doze minutos. Juan Fernando Quintero cobrou falta da meia direita e obrigou Khadim N’Ndiaye a fazer uma defesa difícil. A bola ainda quicou no chão antes de chegar ao goleiro.

Aos 16′, Keita Baldé faz boa jogada e encontra Sadio Mané livre na entrada da área. Ele avança e é travado antes de finalizar. O árbitro sérvio Milorad Mažić marcou pênalti. O VAR interferiu e o árbitro anulou a penalidade ao ver no vídeo que Davinson Sánchez pegou apenas na bola. De vez em quando o VAR faz justiça.

James Rodríguez sentiu uma lesão e teve que abandonar o campo aos 31 min, dando lugar a Luis Muriel.

No 20º minuto do segundo tempo, Quintero cobrou falta para a área e a bola sobrou para Muriel chutar no canto, mas Kalidou Koulibaly tirou para a linha de fundo.

Aos 28′, Quintero cobrou escanteio e Yerri Mina apareceu como um foguete para cabecear forte e para baixo, sem chances para o goleiro senegalês. Segundo gol de Mina na Copa. Com esse resultado, a Colômbia se garantia na próxima fase.

Depois de sofrer o gol, Senegal acordou e tentou criar algumas chances de empatar, mas não conseguiu. O mais perto disso, foi aos 31′, em jogada trabalhada pela direita, que M’Baye Niang chutou forte para a boa defesa de David Ospina.

Senegal se despede da Copa com aquela sensação de que poderia ter feito mais se não fosse pragmático. O país sempre teve um futebol bonito e envolvente. Mas ao invés de jogar como sabe, tentou garantir o empate. O merecido e doloroso castigo veio com a eliminação.

A Colômbia foi a líder do Grupo H. Ganhou de presente a chance de enfrentar a Inglaterra valendo uma vaga nas quartas de final. Jogo duro.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Senegal 0 x 1 Colômbia
Data: 28/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Cosmos Arena (Arena Samara) — Cidade: Samara (Rússia)
Público: 41.970
Árbitro: Milorad Mažić (Sérvia)
Gol: 74′ Yerri Mina (COL)
Cartões Amarelos: 45′ Johan Mojica (COL); 51′ M’Baye Niang (SEN)
Senegal (4-4-2): 16.Khadim N’Ndiaye; 21.Lamine Gassama, 6.Salif Sané, 3.Kalidou Koulibaly e 12.Yassouf Sabaly (22.Moussa Wagué ↑74′); 8.Cheikhou Kouyaté, 5.Idrissa Gueye, 18.Ismaila Sarr e 10.Sadio Mané (C); 20.Keita Baldé (14.Moussa Konaté ↑80′) e 19.M’Baye Niang (15.Diafra Sakho ↑86′). Técnico: Aliou Cissé
Colômbia (4-2-3-1): 1.David Ospina; 4.Santiago Arias, 23.Davinson Sánchez, 13.Yerri Mina e 17.Johan Mojica; 6.Carlos Sánchez e 15.Mateus Uribe (16.Jefferson Lerma ↑83′); 11.Juan Cuadrado, 20.Juan Fernando Quintero e 10.James Rodríguez (14.Luis Muriel ↑31′); 9.Radamel Falcao García (C) (19.Miguel Borja ↑89′). Técnico: José Pekerman

… Japão 0 x 1 Polônia


(Imagem: FIFA.com)

O Japão não estava garantido na próxima fase da Copa. Por isso, causou estranheza a ideia do técnico Akira Nishino, de poupar mais da metade do time.

Decepcionada pela eliminação precoce, a Polônia jogava para se despedir com uma vitória.

Aos 13′, Yoshinori Muto arriscou rasteiro de fora da área, mas Fabiański foi buscar, fazendo uma excelente defesa.

No minuto 32, Bereszyński cruzou da direita e Grosicki cabeceou no cantinho para o gol. Era só sair para comemorar. Mas goleiro japonês, o veterano Eiji Kawashima, fez a defesa da Copa e uma das mais difíceis de todos os tempos. Um verdadeiro milagre.

Aos 14 minutos do segundo tempo, Kurzawa cobra falta da intermediária esquerda e o zagueiro Jan Bednarek completa para o gol. A Polônia estava vencendo e eliminando o Japão naquele momento.

E os polacos continuaram criando chances de gol. Zieliński lançou Grosicki na direita e ele cruzou para Robert Lewandowski, que escorregou e chutou mal, por cima do gol.

E o Japão contou com a sorte. A quinze minutos do fim a Colômbia abriu o placar diante de Senegal, voltando a dar sobrevida ao Japão.

E a partir daí os japoneses passaram a tocar a bola sem se arriscar, esperando o fim da partida. Foram vaiados pela torcida de Volgogrado. Um novo gol da Polônia os eliminaria, mas não aconteceu. O gol do empate de Senegal também eliminaria os nipônicos, mas não aconteceu.

Japão e Senegal empataram em todos os critérios: 4 pontos para cada; saldos de gols zerados; quatro gols marcados e quatro sofridos; empate por 2 x 2 no confronto direto. O critério que os desempatou foi o “Fair Play”. Por ter dois cartões amarelos a mais, os senegaleses voltaram para casa. Pela primeira vez na história, um critério tão subjetivo quanto um cartão amarelo, serviu para desempatar duas seleções em uma Copa do Mundo.

O Japão enfrenta a França nas oitavas de final. É o azarão dentre os 16 sobreviventes.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Japão 0 x 1 Polônia
Data: 28/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Arena Volgogrado — Cidade: Volgogrado (Rússia)
Público: 42.189
Árbitro: Janny Sikazwe (Zâmbia)
Gol: 59′ Jan Bednarek (POL)
Cartão Amarelo: 59′ Tomoaki Makino (JAP)
Japão (4-2-3-1): 1.Eiji Kawashima (C); 19.Hiroki Sakai, 22.Maya Yoshida, 20.Tomoaki Makino e 5.Yuto Nagatomo; 16.Hotaru Yamaguchi e 7.Gaku Shibasaki; 21.Gotoku Sakai, 9.Shinji Okazaki (15.Yuya Osako ↑47′) e 11.Takashi Usami (14.Takashi Inui ↑65′); 13.Yoshinori Muto (17.Makoto Hasebe ↑82′). Técnico: Akira Nishino
Polônia (3-4-3): 22.Łukasz Fabiański; 18.Bartosz Bereszyński, 15.Kamil Glik e 5.Jan Bednarek; 21.Rafał Kurzawa (17.Sławomir Peszko ↑79′), 10.Grzegorz Krychowiak, 6.Jacek Góralski e 3.Artur Jędrzejczyk; 19.Piotr Zieliński (14.Łukasz Teodorczyk ↑79′), 11.Kamil Grosicki e 9.Robert Lewandowski. Técnico: Adam Nawalka

… Inglaterra 0 x 1 Bélgica


(Imagem: FIFA.com)

Tanto ingleses quanto belgas foram a campo com os times reservas. Ninguém fazia nada para vencer a partida. Se o jogo terminasse empatado, o primeiro lugar do Grupo G seria decidido pelo critério de menor número de cartões amarelos. Àquela altura, a Inglaterra tinha menos cartões.

Se teve alguém que quis vencer, foi a Bélgica. Logo no início, aos 6′, Youri Tielemans encheu o pé de fora da área e deu trabalho para Jordan Pickford, goleiro do Everton.

Pouco depois, Adnan Januzaj entrou na área e cruzou para Marouane Fellaini, que cabeceou em cima do goleiro. Com a bola ainda em jogo, Michy Batshuayi ganhou a dividida e a mandou para o gol. Mas eis que surgiu Gary Cahill com seu pé salvador, em cima da linha, impedindo o gol dos Diables Rouges.

Nos primeiros instantes do segundo tempo, Jamie Vardy roubou a bola no campo de ataque e Marcus Rashford bateu com perigo, à esquerda de Thibaut Courtois.

Aos seis minutos, Tielemans abriu na direita para Januzaj. Ele deu um drible curto em Danny Rose e chutou de esquerda em diagonal, no canto direito de Pickford. Um belo gol. Um colírio para uma partida tão sonolenta.

Aos 21′, Harry Maguire encontra Vardy, que toca de primeira para Rashford sair cara a cara com Courtois. O garoto esperou para definir a jogada e chutou no canto, mas o goleiro foi na bola e impediu o empate.

A sete minutos do fim, Danny Welbeck pegou a sobra de um escanteio e chutou cruzado, mas a zaga belga afastou.

Essa é a segunda vez que a Bélgica consegue terminar a fase de grupos com 100% de aproveitamento. A primeira foi há quatro anos, no Brasil.

Foi a segunda vez em toda a história que a Bélgica venceu a Inglaterra. A primeira foi por 3 x 2 em 09/05/1936, há 82 anos, em um amistoso em Bruxelas. Agora, em 22 partidas disputadas, são 15 vitórias inglesas, 5 empates e 2 vitórias belgas.

Mas agora, por ter sido líder do Grupo G, a Bélgica se coloca no chaveamento mais difícil da Copa, do lado de Brasil, Argentina, França, Uruguai e Portugal.

Os ingleses festejam, pois tem uma vida mais fácil até a semifinal, onde poderá enfrentar a Espanha.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Inglaterra 0 x 1 Bélgica
Data: 28/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Arena Baltika (Kaliningrado Stadium) — Cidade: Kaliningrado (Rússia)
Público: 33.973
Árbitro: Damir Skomina (Eslovênia)
Gol: 51′ Adnan Januzaj (BEL)
Cartões Amarelos: 19′ Youri Tielemans (BEL); 33′ Leander Dendoncker (BEL)
Inglaterra (3-5-2): 1.Jordan Pickford; 16.Phil Jones, 5.John Stones (6.Harry Maguire ↑INTERVALO) e 15.Gary Cahill; 22.Trent Alexander-Arnold (14.Danny Welbeck ↑79′), 21.Ruben Loftus-Cheek, 4.Eric Dier (C), 17.Fabian Delph e 3.Danny Rose; 19.Marcus Rashford e 11.Jamie Vardy. Técnico: Gareth Southgate
Bélgica (3-4-3): 1.Thibaut Courtois (C); 23.Leander Dendoncker, 20.Dedryck Boyata e 3.Thomas Vermaelen (4.Vincent Kompany ↑74′); 22.Nacer Chadli, 17.Youri Tielemans, 19.Mousa Dembélé e 16.Thorgan Hazard; 8.Marouane Fellaini, 18.Adnan Januzaj (14.Dries Mertens ↑86′) e 21.Michy Batshuayi. Técnico: Roberto Martínez

… Panamá 1 x 2 Tunísia


(Imagem: FIFA.com)

Duas equipes já eliminadas, que lutavam apenas pela honra de se despedir com uma vitória.

A Tunísia começou melhor. Aos dezenove minutos de jogo, após cobrança de escanteio, Wahbi Khazri cruzou da direita e Rami Bedoui cabeceou fraco, nas mãos do goleiro Jaime Penedo.

Mas depois da metade do primeiro tempo, o Panamá começou a atacar também. No 33º minuto, José Luis Rodríguez tabelou com Román Torres próximo da área e chutou de esquerda. A bola desviou em Yassine Meriah e tirou qualquer chance de defesa do goleiro tunisiano Aymen Mathlouthi. O segundo gol panamenho na história das Copas foi contra. Não importa! Festa total da torcida!

Pouco depois, Oussama Haddadi cruzou da esquerda e Fakhreddine Ben Youssef cabeceou bem, rente à trave esquerda de Penedo.

Aos seis minutos do segundo tempo, Ghailene Chaalali fez boa jogada, abriu na direita para o capitão Khazri, que cruzou de primeira para Ben Youssef completar para o gol. Foi uma bela trama coletiva.

A vidada quase veio no lance seguinte. Khazri foi lançado, ganhou da zaga em velocidade e foi derrubado. O árbitro deu vantagem, mas Ben Youssef chutou cruzado para boa defesa de Penedo com os pés.

Mas aos 21′, Oussama Haddadi invadiu a área pela esquerda e só rolou na segunda trave para Wahbi Khazri completar para o gol vazio.

Aos 27 a torcida panamenha chegou a comemorar o empate, em um belo chute de Edgar Bárcenas, mas o árbitro bareinita já havia apitado uma falta de ataque antes da finalização.

O Panamá perdeu as três partidas, mas a qualificação para a disputa do Mundial será festejada ainda por muitos anos. Essa geração já está bem envelhecida, mas fez por merecer e chegou ao ápice de disputar uma Copa do Mundo.

A Tunísia também festeja sua primeira vitória em Copas desde 1978. Se mostrou uma equipe de bom toque de bola, liderada por Wahbi Khazri.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Panamá 1 x 2 Tunísia
Data: 28/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Mordovia — Cidade: Saransk (Rússia)
Público: 37.168
Árbitro: Nawaf Shukralla (Bahrein)
Gols: 33′ Yassine Meriah (PAN)(contra); 51′ Fakhreddine Ben Youssef (TUN); 66′ Wahbi Khazri (TUN)
Cartões Amarelos: 44′ Ferjani Sassi (TUN); 71′ Anice Badri (TUN); 78′ Ricardo Ávila (PAN); 80′ Gabriel Gómez (PAN); 90+3′ Ghailene Chaalali (TUN)
Panamá (4-5-1): 1.Jaime Penedo; 13.Adolfo Machado, 5.Román Torres (C) (18.Luis Tejada ↑56′), 4.Fidel Escobar e 17.Luis Ovalle; 6.Gabriel Gómez, 20.Aníbal Godoy, 19.Ricardo Ávila (16.Abdiel Arroyo ↑81′), 8.Edgar Bárcenas e 21.José Luis Rodríguez; 9.Gabriel Torres (3.Harold Cummings ↑INTERVALO). Técnico: Hernán Darío Gómez
Tunísia (4-1-4-1): 16.Aymen Mathlouthi (C); 21.Hamdi Nagguez, 6.Rami Bedoui, 4.Yassine Meriah e 5.Oussama Haddadi; 17.Ellyes Skhiri; 8.Fakhreddine Ben Youssef, 20.Ghailene Chaalali, 13.Ferjani Sassi (9.Anice Badri ↑INTERVALO) e 23.Naïm Sliti (15.Ahmed Khalil ↑77′); 10.Wahbi Khazri (C) (18.Bassem Srarfi ↑89′). Técnico: Nabil Maâloul

Veja os confrontos das oitavas de final da Copa do Mundo de 2018:


(Imagem: Folha / UOL)

… 24/06/2018 – O melhor do 11º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 24/06/2018 – O melhor do 11º dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A Inglaterra massacra, mas quem faz a festa é o Panamá, que marcou seu primeiro gol na história das Copas.
Japão e Senegal mediram forças e provaram o equilíbrio do Grupo H.
Polônia decepciona e é eliminada com goleada para a Colômbia por 3 a 0.

… Inglaterra 6 x 1 Panamá


(Imagem: FIFA.com)

A Inglaterra fez uma partida meramente protocolar e mesmo assim venceu o Panamá por 6 a 1. É a maior goleada da Copa até agora e a maior vitória da Inglaterra na história dos Mundiais.

O Panamá até esboçou um bom início, tentando levar a bola para o campo de ataque, mas é uma equipe com pouca qualidade técnica. Talvez e provavelmente a pior seleção dessa Copa.

John Stones abriu o placar de cabeça após cobrança de escanteio, logo aos sete minutos.

Aos 19′, Lingard foi derrubado na área por Escobar. Harry Keane cobrou alta e forte, no canto direito do goleiro Penedo, que até foi nela, mas não teve chances.

No minuto 36, Lingard arriscou um chute de fora da área. A bola fez uma curva e entrou no canto esquerdo. Um belo gol.

Aos 40′, uma jogada ensaiada fantástica em cobrança de falta da intermediária ofensiva. Trippier tocou na meia lua, Henderson cruzou para a segunda trave, Harry Keane escorou de cabeça para o meio da pequena área e Sterling finalizou de cabeça. Penedo ainda defendeu, mas Stones completou o rebote de cabeça para o gol. Uma bela trama coletiva, que culminou com outro tento dos ingleses. Não percam as contas: 4 a 0.

O quinto saiu ainda no primeiro tempo, já nos acréscimos, quando Murillo agarrou Stones ao mesmo tempo em que Keane era agarrado por Godoy. O árbitro poderia escolher qual pênalti marcar. Harry Keane foi para a cobrança e repetiu a batida anterior. Dessa vez, Penedo pulou no outro canto.

Na etapa final, a Inglaterra ficou tocando para passar o tempo. Seriam mais 45 minutos desnecessários para o English Team.

Aos 17′, Loftus-Cheek chutou mascado de fora da área, a bola bateu em Keane e tomou o caminho do gol. Mesmo meio sem querer, era o “hat trick” do capitão inglês. Somado aos dois gols da estreia contra a Tunísia, Harry Keane agora é o novo artilheiro do Mundial, com cinco gols. Ele ultrapassou o português Cristiano Ronaldo e o belga Romelu Lukaku, que têm quatro.

A torcida panamenha ficou em êxtase quando sua seleção fez o seu gol. A honra de marcar o primeiro gol do Panamá na história das Copas do Mundo coube a um jogador muito emblemático. Felipe Baloy é o sexto jogador mais velho dessa edição do Mundial. Já passou por várias equipes de seu país, da Colômbia e do México. No Brasil, atuou por Grêmio e Atlético Paranaense. Sua moral na seleção é tanta, que disputou sua 101ª partida hoje e, quando foi a campo no lugar de Gabriel Gómez, recebeu de cara a braçadeira de capitão, que estava com Román Torres.

E foi aos 33′ que Ávila cobrou falta da esquerda, para a marca do pênalti e Baloy esticou a perna para completar para o fundo do gol de Jordan Pickford. Um gol que pouco diminui a goleada sofrida, mas que será comemorado por muito tempo até que o Panamá possa repetir esse feito em Copas diante de um campeão mundial.

Se quisessem, os ingleses poderiam ter feito uma goleada histórica, dentre as maiores das Copas. Mas foram burocráticos, esperando o jogo acabar durante todo o segundo tempo.

Essa vitória inglesa definiu os classificados no Grupo G. Inglaterra e Bélgica estão garantidas nas oitavas de final e rigorosamente empatadas em primeiro lugar da chave. O líder será decidido no confronto direto, na próxima quinta-feira. Por enquanto, a Inglaterra lidera por ter recebido um cartão amarelo a menos que os belgas.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Inglaterra 6 x 1 Panamá
Data: 24/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Cidade: Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 43.319
Árbitro: Gehad Grisha (Egito)
Gols: 8′ John Stones (ING); 22′ Harry Keane (ING)(pen); 36′ Jesse Lingard (ING); 40′ John Stones (ING); 45+1′ Harry Keane (ING)(pen); 62′ Harry Keane (ING); 78′ Felipe Baloy (PAN)
Cartões Amarelos: 10′ Armando Cooper (PAN); 24′ Ruben Loftus-Cheek (ING); 44′ Fidel Escobar (PAN); 72′ Michael Murillo (PAN)
Inglaterra (3-5-2): 1.Jordan Pickford; 2.Kyle Walker, 5.John Stones e 6.Harry Maguire; 12.Kieran Trippier (3. Danny Rose ↑70′), 21.Ruben Loftus-Cheek, 8.Jordan Henderson, 7.Jesse Lingard (17. Fabian Delph ↑63′) e 18.Ashley Young; 10.Raheem Sterling e 9.Harry Kane (C) (11. Jamie Vardy ↑63′). Técnico: Gareth Southgate
Panamá (4-1-4-1): 1.Jaime Penedo; 2.Michael Murillo, 5.Román Torres (C), 4.Fidel Escobar e 15.Erick Davis; 6.Gabriel Gómez (23.Felipe Baloy ↑69′); 8.Edgar Bárcenas (16.Abdiel Arroyo ↑69′), 11.Armando Cooper, 20.Aníbal Godoy (19.Ricardo Ávila ↑62′) e 21.José Luis Rodríguez; 7.Blas Pérez. Técnico: Hernán Darío Gómez

 

… Japão 2 x 2 Senegal


(Imagem: FIFA.com)

Antes de começar o Mundial, o Japão parecia ser a seleção mais fraca do equilibrado Grupo H, ainda mais depois da mudança recente de treinador. Mas, ajudado por um pênalti no início do jogo, venceu a favorita Colômbia.

Senegal possui bons talentos individuais com experiência em clubes europeus, mas seu rendimento era uma incógnita. Estreou vencendo a Polônia por 2 x 1.

No início da partida, a velocidade e força física dos senegaleses pareciam prevalecer sobre o toque de bola rápido e envolvente dos japoneses.

Aos onze minuto de jogo, Wagué cruzou para a área, Sakai tentou cortar e a bola caiu nos pés de Sabaly, que bateu para o gol. O experiente goleiro Kawashima tentou tirar de soco, mas acabou jogando a bola em cima do joelho de Sadio Mané. Era o primeiro gol da partida, quando Senegal já jogava melhor.

Aos 34′, um longo lançamento encontrou Nagatomo na esquerda da área. Ele dominou tirando dois adversários e deixou com Inui. O camisa 14 ajeitou o corpo e chutou rasteiro, no cantinho esquerdo do goleiro Khadim N’Ndiaye. Em um momento difícil do jogo, os japoneses empatavam.

No fim do primeiro tempo, os senegaleses jogaram melhor, criaram chances, mas não as traduziu em vantagem no placar.

Aos 15 minutos do segundo tempo, Haraguchi abriu para Shibasaki na direita e ele cruzou para a pequena área, mas Osako furou na hora de definir.

Quatro minutos depois, em novo contra-ataque dos samurais, Osako dominou na entrada da área e tocou de calcanhar para Inui que passava na esquerda. Ele bateu bonito, tirando do goleiro, mas a bola tocou no travessão e saiu.

Aos 26′, Sabaly cruzou, Niang deixou passar e Moussa Wagué chutou cruzado, alto e forte para o gol, sem chances para Kawashima. Wagué é o afriano mais jovem a marcar na história das Copas, com 19 anos e oito meses.

Mas sete minutos depois, Osako cruzou na área pelo alto e o goleiro senegalês saiu mal. Inui cruzou a sobra da ponta esquerda e Honda, sem goleiro, finalizou para o gol. Tudo empatado em Ecaterimburgo, como ficaria até o final.

Os senegaleses saíram com uma sensação de derrota, pois ficaram na frente do placar por duas vezes. Para se classificar, o Japão precisa apenas empatar com a já eliminada Polônia. Senegal também precisa de um empate para se classificar diante da Polônia. Com uma derrota, torce para que o Japão também perca por mais gols de diferença.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Japão 2 x 2 Senegal
Data: 24/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Estádio Central (Ekaterinburg Arena) — Cidade: Ecaterimburgo (Rússia)
Público: 32.572
Árbitro: Gianluca Rocchi (Itália)
Gols: 11′ Sadio Mané (SEN); 34′ Takashi Inui (JAP); 71′ Moussa Wagué (SEN); 78′ Keisuke Honda (JAP)
Cartões Amarelos: 59′ M’Baye Niang (SEN); 68′ Takashi Inui (JAP); 90′ Yassouf Sabaly (SEN); 90+1′ Cheick N’Doye (SEN); 90+4′ Makoto Hasebe (JAP)
Japão (4-2-3-1): 1.Eiji Kawashima; 19.Hiroki Sakai, 22.Maya Yoshida, 3.Gen Shoji e 5.Yuto Nagatomo; 17.Makoto Hasebe (C) e 7.Gaku Shibasaki; 8.Genki Haraguchi (9.Shinji Okazaki ↑75′), 10.Shinji Kagawa (4.Keisuke Honda ↑72′) e 14.Takashi Inui (11.Takashi Usami ↑87′); 15.Yuya Osako. Técnico: Akira Nishino
Senegal (4-3-3): 16.Khadim N’Ndiaye; 22.Moussa Wagué, 3.Kalidou Koulibaly, 6.Salif Sané e 12.Yassouf Sabaly; 13.Alfred N’Diaye (8.Cheikhou Kouyaté ↑65′), 5.Idrissa Gueye e 17.Badou N’Diaye (11.Cheick N’Doye ↑81′); 18.Ismaila Sarr, 19.M’Baye Niang (9.Mame Biram Diouf ↑86′) e 10.Sadio Mané (C). Técnico: Aliou Cissé

 

… Polônia 0 x 3 Colômbia


(Imagem: FIFA.com)

Pela rica história que tem, a Polônia seria a favorita do grupo. Mas foi um fiasco.

Depois de uma estreia apagada e decepcionante contra o Japão, a Colômbia mostrou sua força ao vencer a Polônia com autoridade por 3 a 0. Desde o princípio, tocou melhor a bola e fez uma marcação feroz em cima de Robert Lewandowski, um dos melhores atacantes do mundo – mesmo que não esteja em boa fase.

Mas a primeira chance de gol aconteceu só aos 37′. James Rodríguez abriu na direita com Cuadrado. Já dentro da área, ele passou facilmente por Rybus e Krychowiak, perdeu o ângulo e chutou em cima do goleiro Szczęsny.

Três minutos depois, James cobrou escanteio curto com Cuadrado, que passou para Quintero, que devolveu para James. O camisa 10 cruzou de primeira e o gigante Yerri Mina se antecipou a Szczęsny para desviar de cabeça. O zagueiro ex-Palmeiras tinha sido reserva na primeira partida, porque praticamente nem jogou nesse semestre, desde que se transferiu ao Barcelona (quando jogou, foi um fiasco). Agora, em sua estreia em Copas, ele fez o gol que deu mais tranquilidade à sua seleção no restante da partida.

A melhor chance da Polônia foi aos 14′ do segundo tempo, quando Bednarek fez um espetacular lançamento praticamente de área a área. Lewandowski dominou de esquerda, mas na hora de finalizar foi abafado por Ospina. O goleiro colombiano saiu bem e fechou o espaço, impedindo o empate.

Aos 30′, Quintero deu uma ótima enfiada de bola para Falcão García. O capitão colombiano dominou e bateu rasteiro, cruzado, com o lado externo do pé, para fazer seu primeiro gol em Copas do Mundo. Vale lembrar que ele não participou do Mundial passado, pois sofreu uma séria contusão quando estava justamente na melhor fase de sua carreira. Agora, com quatro anos de atraso, ele provou no maior palco do mundo o poder de definição que o consagrou nos gramados sul-americanos e europeus. Esse gol matou o jogo e as esperanças polonesas.

Cinco minutos depois, em uma rápido contra-ataque, James fez um lançamento rasteiro sensacional da esquerda para o meio, onde se infiltrava Cuadrado. Ele avançou com a bola, ganhou de velocidade de Pazdan e chutou no canto esquerdo de Szczęsny. 3 a 0 no marcador. Festa dos colombianos nas arquibancadas.

A dois minutos do fim, Lewandowski, o único a tentar causar algum perigo pelo lado polonês, foi buscar a bola na meia esquerda e chutou forte. Ospina estava bem posicionado e espalmou por cima do gol.

A Polônia se tornou a primeira cabeça de chave e a primeira seleção europeia eliminada antecipadamente desta Copa. Uma verdadeira decepção, em um grupo que se previa ser muito equilibrado e bastante acessível.

Com a vitória, a Colômbia entrou de vez na briga por uma vaga nas oitavas de final. E só depende de si. Se vencer Senegal na próxima quinta-feira, se classifica.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Polônia 0 x 3 Colômbia
Data: 24/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Kazan — Cidade: Kazan (Rússia)
Público: 42.873
Árbitro: César Arturo Ramos (México)
Gols: 40′ Yerri Mina (COL); 70′ Radamel Falcao García (COL); 75′ Juan Guillermo Cuadrado (COL)
Cartões Amarelos: 61′ Jan Bednarek (POL); 85′ Jacek Góralski (POL)
Polônia (3-4-2-1): 1.Wojciech Szczęsny; 20.Łukasz Piszczek, 5.Jan Bednarek e 2.Michał Pazdan (15.Kamil Glik ↑80′); 18.Bartosz Bereszyński (14.Łukasz Teodorczyk ↑72′), 10.Grzegorz Krychowiak, 6.Jacek Góralski e 13.Maciej Rybus; 19.Piotr Zieliński e 23.Dawid Kownacki (11.Kamil Grosicki ↑57′); 9.Robert Lewandowski (C). Técnico: Adam Nawalka
Colômbia (4-2-3-1): 1.David Ospina; 4.Santiago Arias, 23.Davinson Sánchez, 13.Yerri Mina e 17.Johan Mojica; 8.Abel Aguilar (15.Mateus Uribe ↑32′) e 5.Wílmar Barrios; 11.Juan Guillermo Cuadrado, 20.Juan Fernando Quintero (16.Jefferson Lerma ↑73′) e 10.James Rodríguez; 9.Radamel Falcao García (C) (7.Carlos Bacca ↑78′). Técnico: José Pekerman

… 19/06/2018 – O melhor do sexto dia da Copa

Três pontos sobre…
… 19/06/2018 – O melhor do sexto dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

Pelo Grupo A, a Rússia praticamente garantiu vaga nas oitavas de final.
No Grupo H, os favoritos Colômbia e Polônia perderam para Japão e Senegal.
Veja todos os detalhes aqui.

… Colômbia 1 x 2 Japão


(Imagem: FIFA.com)

Em um grupo tão equilibrado como o H, vencer é necessário. E, mesmo não contando inicialmente com James Rodríguez (se recuperando de lesão, entrou no segundo tempo) a Colômbia ostentava o favoritismo, com estrelas como Radamel Falcao García e Juan Guillermo Cuadrado. Na Copa passada, os cafeteros haviam goleado os orientais por 4 x 1.

E o Japão não veio à Copa da Rússia em uma fase tão boa. Inclusive, precisou mudar de treinador no início de abril, com Akira Nishino no lugar do bósnio Vahid Halilhodžić. Mas ostentava seus destaques, como Kawashima, Yoshida, Nagatomo, Kagawa, além do oportunismo de Osako.

E o atacante nipônico se valeu dessa qualidade quando a partida ainda nem havia começado direito. Aos três minutos, após uma bola rebatida vinda da zaga japonesa, Yuya Osako ganhou a disputa de bola com Davinson Sánchez, avançou e bateu rasteiro para a defesa de Ospina. Na sobra, Kagawa tentou finalizar de primeira, mas Carlos Sánchez se pôs na frente da bola e esticou o braço. Pênalti claro e cartão vermelho para o volante. Primeira expulsão dessa Copa.

Após três minutos de reclamação dos colombianos, Kagawa cobrou com tranquilidade, deslocando o goleiro e inaugurando o marcador.

Foi o quarto pênalti mais rápido e a segunda expulsão mais precoce da história das Copas.

Com um homem a mais em campo, o Japão teve o controle total da partida. Continuou criando e desperdiçando chances, especialmente com Takashi Inui.

Aos 39′, em um lance isolado, Falcao sofreu falta. Juan Quintero foi esperto e cobrou por baixo da barreira. O goleiro fez a defesa somente quando a bola já tinha entrado. Gol legal, validado pela tecnologia da linha do gol.

O placar se manteve até os 28′ do segundo tempo. Keisuke Honda cobrou o escanteio, Osako subiu bem e fez o segundo do Japão.

A chance mais clara para a Colômbia empatar foi em uma finalização de James Rodríguez pelo lado direito, mas o gigante Osako foi firme na marcação e impediu o gol.

Logicamente o pênalti e a expulsão foram os momentos chaves do jogo. Mas poucos esperavam uma vitória japonesa, que acabou por embolar o grupo já sem favoritos. Além disso, foi marcante por ser a primeira vitória de uma seleção asiática sobre um adversário sul-americano em toda a história das Copas.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Colômbia 1 x 2 Japão
Data: 19/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Arena Mordovia — Cidade: Saransk (Rússia)
Público: 40.842
Árbitro: Damir Skomina (Eslovênia)
Gols: 6′ Shinji Kagawa (JAP)(pen); 39′ Juan Fernando Quintero (COL); 73′ Yuya Osako (JAP)
Cartões Amarelos: 64′ Wílmar Barrios (COL); 86′ James Rodríguez (COL); 90+4′ Eiji Kawashima (JAP)
Cartão Vermelho: 3′ Carlos Sánchez (COL)
Colômbia (4-2-3-1): 1.David Ospina; 4.Santiago Arias, 23.Davinson Sánchez, 3.Óscar Murillo e 17.Johan Mojica; 6.Carlos Sánchez e 16.Jefferson Lerma; 11.Juan Cuadrado (5.Wílmar Barrios ↑31′), 20.Juan Fernando Quintero (10.James Rodríguez ↑59′) e 21.José Izquierdo (7.Carlos Bacca ↑70′); 9.Radamel Falcao García (C). Técnico: José Pekerman
Japão (4-2-3-1):
1.Eiji Kawashima; 19.Hiroki Sakai, 22.Maya Yoshida, 3.Gen Shoji e 5.Yuto Nagatomo; 17.Makoto Hasebe (C) e 7.Gaku Shibasaki (16.Hotaru Yamaguchi ↑80′); 8.Genki Haraguchi, 10.Shinji Kagawa (4.Keisuke Honda ↑70′) e 14.Takashi Inui; 15.Yuya Osako (9.Shinji Okazaki ↑85′). Técnico: Akira Nishino

… Polônia 1 x 2 Senegal


(Imagem: FIFA.com)

Também pelo Grupo H, Polônia e Senegal fizeram um primeiro tempo de muita marcação e poucas chances de gol. Os astros Robert Lewandowski e Sadio Mané pouco fizeram durante todo o jogo.

Aos 37 minutos de partida, após bela troca de passes entre Niang e Mané, Gueye chutou para o gol. Provavelmente a bola iria fora, mas desviou no zagueiro Thiago Cionek, brasileiro naturalizado polonês, e tomou o caminho do gol.

A melhor chance de Lewandowski foi aos 5′ do segundo tempo, em cobrança de falta que o goleiro N’Ndiaye foi buscar em seu canto esquerdo.

Aos 15, Krychowiak estava em seu campo de ataque quando fez um péssimo recuo. Bednarek deixou para Szczęsny, mas Niang foi mais rápido e tirou do goleiro e ficou com o caminho livre para as redes.

A grande polêmica nesse gol é que Niang estava fora de campo quando foi autorizada a sua entrada pelo árbitro. Justamente nesse momento Krychowiak recuou e Bednarek não percebeu a presença do atacante senegalês. Os poloneses reclamaram com razão, mas o juiz acabou validando o tento. Dois gols sofridos em falta de atenção e/ou de sorte dos poloneses.

Eles ainda diminuíram o placar a quatro minutos do fim, com o próprio Krychowiak escorando de cabeça uma falta cobrada da intermediária por Grosicki. Mas era tarde demais. Nos últimos instantes, nem na base do desespero a Polônia conseguiu empatar.

Os “Leões de Teranga” foram os únicos africanos a vencer na primeira rodada da Copa. Com isso, dão um passo firme rumo às oitavas de final, como já fizeram na sua estreia em Mundiais, em 2002. Falando nisso, o técnico dos africanos é o ídolo Aliou Cissé, capitão daquela equipe histórica, que ainda contava com Tony Sylva, Omar Daf e Lamine Diatta, todos fazendo parte da atual comissão técnica da seleção senegalesa.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Polônia 1 x 2 Senegal
Data: 19/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Otkritie Arena (Spartak Stadium) — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 44.190
Árbitro: Nawaf Shukralla (Bahrein)
Gols: 37′ Thiago Cionek (SEN)(gol contra); 60′ M’Baye Niang (SEN); 86′ Grzegorz Krychowiak (POL)
Cartões Amarelos: 12′ Grzegorz Krychowiak (POL); 49′ Salif Sané (SEN); 72′ Idrissa Gueye (SEN)
Polônia (4-2-3-1): 1.Wojciech Szczęsny; 20.Łukasz Piszczek (18.Bartosz Bereszyński ↑83′), 4.Thiago Cionek, 2.Michał Pazdan e 13.Maciej Rybus; 19.Piotr Zieliński e 10.Grzegorz Krychowiak; 16.Jakub Błaszczykowski (5.Jan Bednarek ↑INTERVALO), 11.Kamil Grosicki e 7.Arkadiusz Milik (23.Dawid Kownacki ↑73′); 9.Robert Lewandowski (C). Técnico: Adam Nawalka
Senegal (4-4-2): 16.Khadim N’Ndiaye; 22.Moussa Wagué, 3.Kalidou Koulibaly, 6.Salif Sané e 12.Yassouf Sabaly; 13.Alfred N’Diaye (8.Cheikhou Kouyaté ↑87′), 5.Idrissa Gueye, 18.Ismaila Sarr e 10.Sadio Mané (C); 9.Mame Biram Diouf (11.Cheick N’Doye ↑62′) e 19.M’Baye Niang (14.Moussa Konaté ↑75′). Técnico: Aliou Cissé

… Rússia 3 x 1 Egito


(Imagem: FIFA.com)

Muitos apostavam que a Rússia cairia ainda na fase de grupos (eu inclusive). Pelo futebol apresentado na Copa das Confederações no ano passado, pelos amistosos e pela ausência por lesão de Aleksandr Kokorin (seu melhor atacante), pelo sistema de jogo indefinido, pelas inseguranças na defesa… Enfim… Motivos não faltaram para duvidarmos dessa seleção russa.

No início do jogo, os donos da casa tentaram se impor. Mas a melhor chance foi os egípcios em um lance isolado, onde Mohamed Salah dominou na entrada da área e virou batendo de esquerda. A bola não passou tão perto, mas assustou o goleiro Akinfeev. Mas a verdade é que o primeiro tempo foi muito ruim. Faltou futebol e emoção. Mas seria diferente no segundo tempo.

Logo aos dois minutos, Golovin cruzou da direita, a zaga rebateu e Zobnin chutou mascado para o meio da área. O capitão Ahmed Fathi se antecipou a Dzyuba, mas a bola bateu em sua canela e foi para o gol. Mais um dentre vários gols contra nesse Mundial. Pelo volume de jogo, a Rússia merecia a vantagem no placar.

Aos 14′, Mário Fernandes apareceu bem na linha de fundo e cruzou rasteiro para trás, onde Denis Cheryshev completou para o gol. É o terceiro gol do russo na Copa, se igualando a Cristiano Ronaldo na artilharia.

Três minutos depois, Kutepov fez um lançamento do campo de defesa. Dzyuba dominou no peito na entrada da área, passou pelo zagueiro e mandou para as redes. Um belo gol, premiando o melhor em campo.

No minuto 27, Mo Salah fez tabela e foi derrubado na área. Pênalti confirmado pelo VAR. O próprio camisa 10 egípcio cobrou com perfeição, no ângulo direito de Akinfeev.

A confirmação ainda não é matemática, mas a Rússia está praticamente classificada para as oitavas de final. O Egito está praticamente eliminado.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Rússia 3 x 1 Egito
Data: 19/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Krestovsky Stadium (Saint Petesburg Stadium) — Cidade: São Petesburgo (Rússia)
Público: 64.468
Árbitro: Enrique Cáceres (Paraguai)
Gols: 47′ Ahmed Fathi (RUS)(gol contra); 59′ Denis Cheryshev (RUS); 62′ Artem Dzyuba (RUS); 73′ Mohamed Salah (EGI)(pen)
Cartões Amarelos: 57′ Trezeguet (EGI); 84′ Fyodor Smolov (RUS)
Rússia (4-2-3-1): 1.Igor Akinfeev (C); 2.Mário Fernandes, 3.Ilya Kutepov, 4.Sergei Ignashevich e 18.Yuri Zhirkov (13.Fyodor Kudryashov ↑86′); 8.Yury Gazinsky e 11.Roman Zobnin; 19.Aleksandr Samedov, 17.Aleksandr Golovin e 6.Denis Cheryshev (7.Daler Kuzyayev ↑74′); 22.Artem Dzyuba (10.Fyodor Smolov ↑79′). Técnico: Stanislav Cherchesov
Egito (4-2-3-1): 23.Mohamed El-Shenawy; 7.Ahmed Fathi (C), 2.Ali Gabr, 6.Ahmed Hegazy e 13.Mohamed Abdel Shafy; 8.Tarek Hamed e 17.Mohamed Elneny (22.Amr Warda ↑64′); 19.Abdalla Said, 21.Trezeguet (14.Ramadan Soby ↑68′) e 10.Mohamed Salah; 9.Marwan Mohsen (11.Kahraba ↑82′). Técnico: Héctor Cúper

… 05/06/1938 – Brasil 6 x 5 Polônia

Três pontos sobre…
… 05/06/1938 – Brasil 6 x 5 Polônia

Seleção Brasileira perfilada (Imagem: FIFA)

● Após os conflitos internos e consequentes frustrações de 1930 (por causa do bairrismo de cariocas e paulistas) e 1934 (por incompatibilidades entre amadores e profissionais), finalmente a Seleção Brasileira pode contar com o que tinha de melhor e ainda teve tempo para se preparar.

Satisfeita com o trabalho do técnico Ademar Pimenta (que treinava o pequeno Madureira-RJ) no Sul-Americano de 1937, a CBD o manteve como técnico para a Copa do ano seguinte. Apesar de bem intencionado, não era muito firme nas decisões e era constante vítima das pressões dos dirigentes dos clubes para escalar esse ou aquele jogador. Mas ele não se atualizava. Criticado publicamente até pelo ponta esquerda Patesko, Ademar não conhecia, por exemplo, o sistema de jogo WM (formação implementada em 1925 pelo inglês Herbert Chapman no Arsenal), trazida para o Brasil pelo húngaro Dori Kürschner, quando veio treinar o Flamengo. O WM consistia em uma linha de três defensores, dois meio campistas recuados e dois mais avançados, além de três atacantes de ofício. O sistema já foi utilizado por algumas seleções naquela Copa e seria bastante utilizado no futuro pelas seleções europeias. O WM propiciava maior ocupação dos espaços do campo. Pimenta, porém, ainda usava o sistema clássico, a “pirâmide”, o 2-3-5.

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Em março de 1938, Pimenta relacionou 34 atletas para os treinamentos iniciais, na cidade mineira de Caxambu. Durante a preparação, ele montou dois times diferentes: o azul (mais leve) e o branco (mais pesado). E para se esquivar das pressões, nunca revelou qual dos dois seria titular. Ao ser questionado qual dos dois times seria titular, ele respondia: “Ou um ou o outro, ou uma mescla dos dois”. Apenas dois craques eram unanimidades: Leônidas da Silva e Domingos da Guia (ambos do Flamengo).

Dentre os cortados antes do embarque, destaque para o centromédio Fausto, do Flamengo (estrela brasileira da Copa de 1930 – que faleceu no ano seguinte, aos 34 anos, vítima de tuberculose); Waldemar de Brito, atacante do Flamengo; Carvalho Leite, atacante do Botafogo (com apenas 26 anos, mas com experiência de ter estado nas duas Copas anteriores); Santa Maria, zagueiro do Fluminense; Oswaldo, goleiro do São Christovam (atual São Cristóvão, clube que revelaria Ronaldo Fenômeno).

Agora profissionais, os atletas tiveram um desentendimento inicial com a CBD sobre os valores que receberiam (diárias, ajuda de custo, salário e “bicho” por vitória e/ou empate), mas logo tudo foi resolvido.

O zagueiro uberabense Nariz, que jogava no Botafogo-RJ, também foi o médico auxiliar do Dr. José Maria Castelo Branco. Nariz, o Dr. Álvaro Lopes Cançado, havia concluído o curso de medicina em 1936, na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Ele e o ponta Luisinho haviam pedido permissão à comissão técnica da Seleção Brasileira para levar suas esposas à França. O treinador aceitou o pedido, o que foi motivo de ciúmes dos demais atletas, que não gostavam do privilégio dos dois jogadores, chamados de “Acadêmicos” (um era médico e o outro advogado).

Apesar de tudo, a Seleção de 1938, ao contrário das anteriores, contava com duas coisas: seus melhores jogadores e a confiança do torcedor. Pela primeira vez acreditava-se, de verdade, que o Brasil poderia voltar da França campeão do mundo.

A travessia do Atlântico foi feita a bordo do navio inglês Arlanza, que custou 150 contos de réis à CBD. Os 18 dias de viagem para a França foram um problema para a seleção. Apesar dos exercícios físicos no convés, os jogadores engordavam. Romeu, o que tinha mais tendência a engordar, saiu do Brasil com 70 kg e chegou na França com 79. A seleção desembarcou em Marselha em 15 de maio, vinte dias antes da estreia na Copa. Teve tempo para se preparar devidamente, como nunca antes tivera.

A Polônia estava em sua primeira Copa do Mundo e os atletas se reuniram apenas uma semana antes do Mundial, devido aos jogos da Liga de futebol local, e chegaram à França a dois dias da estreia, após uma viagem de 36 horas de trem.

O Brasil atuava no sistema clássico, o 2-3-5, com muita fragilidade no sistema defensivo.

A Polônia também atuava no 2-3-5, como era comum na época, mas mais obediente taticamente do que o Brasil.

● No dia do jogo, o jornal “O Globo” anunciava: “Nada deterá o ímpeto do scratch branco!” Claro que se referia ao Brasil, mas… os poloneses também jogavam com camisas brancas. Por força de um sorteio, o Brasil teve que entrar em campo com um estranho uniforme: meias pretas, calção azul-bandeira e camisa num tom azul mais pálido. Foi a única vez que a Seleção Brasileira entrou em campo sem um distintivo no peito.

Aproveitando o campo pesado, consequência da forte chuva que caíra no dia anterior, os poloneses começaram atacando. O Brasil também partiu para o ataque, mostrando o que tinha de melhor: o individualismo, compensando a deficiência tática. O resultado foi um jogo cheio de gols.

Antes de Leônidas abrir o placar, aos 18 minutos, Perácio já havia acertado um de seus famosos petardos no travessão. Mas aos 23 minutos, o desprotegido Domingos foi obrigado a agarrar Wodarz dentro da área. Pênalti convertido por Scherfke, no canto direito do goleiro.

No minuto seguinte, Romeu ampliou. Aos 44, Perácio anotou o primeiro gol de cabeça da história do Brasil em Copas.

No segundo tempo, o gramado, que já era ruim, ficou em estado lastimável com a chuva. Isso privilegiou o estilo de jogo mais pesado dos poloneses, que empataram com dois gols de Ernest “Ezi” Wilimowski. Após parar a chuva, Perácio marcou outro aos 26 e Wilimowski empatou de novo, no penúltimo minuto, forçando a prorrogação. Aí brilhou Leônidas da Silva.

No quinto gol brasileiro, aos três minutos, Leônidas marcou – diz a lenda – sem a chuteira do pé direito, que havia se rompido na costura. O juiz Eklind não teria percebido a irregularidade porque, àquela altura, os jogadores já estavam com os pés e as pernas cheios de barro. Na semana seguinte, um texto na revista parisiense Foot-ball afirmava que o juiz Eklind, ao perceber que Leônidas tirara do pé a chuteira rasgada e dava a impressão de pretender continuar jogando sem ela, havia procedido corretamente ao pedir que o atacante deixasse o campo e calçasse uma nova. Mas não fazia menção ao célebre “gol descalço”. Já o jornal paulista Folha da Manhã foi mais preciso, ao informar que Leônidas descalçara a chuteira “logo após o quinto gol brasileiro”. Essa história nunca foi totalmente confirmada e ficou a lenda do gol descalço.

O persistente Wilimowski ainda marcou o quinto para a Polônia a dois minutos do fim da prorrogação, se tornando até hoje o jogador que mais fez gols sobre a Seleção Brasileira em um único jogo (quatro gols).

Leônidas da Silva disputa bola com a defesa polonesa (Imagem: Daily Mail)

● A Polônia jogou muito bem, mas o Brasil foi melhor e venceu pela primeira vez em uma estreia de Copa. Os dirigentes da CBD anunciaram ainda no vestiário que o bicho seria pago em dobro.

A Copa de 1938 (assim como a de 1934) foi no formato eliminatório, começando direto nas oitavas de final. Ou seja, com a derrota, a Polônia foi eliminada logo na primeira partida, terminando em 11º lugar entre as 15 seleções.

O estilo criativo do futebol brasileiro encantou a crítica, mas não era levado à sério devido a fragilidade de seu sistema defensivo. Segundo a imprensa francesa, os brasileiros jogavam um futebol “mais intuitivo do que inteligente”.

A vitória sobre a Polônia foi o primeiro jogo de Copa do Mundo transmitido por rádio para o Brasil. O narrador pioneiro (ou speaker, como se dizia na época) foi Gagliano Neto, da rede Byington, formada pelas rádios “Clube do Brasil” e “Cruzeiro do Sul”. Gagliano, narrava de forma extremamente patriótica, denegrindo os adversários do Brasil. Foi necessário um telegrama do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, pedindo para ele ser menos parcial. Foi uma aventura. Durante a Copa, Gagliano chegou a narrar em pé, à beira do gramado, no meio da torcida, e até no telhado de uma casa vizinha.

FICHA TÉCNICA:

 

BRASIL 6 x 5 POLÔNIA

 

Data: 05/06/1938

Horário: 17h30 locais

Estádio: Meinau

Público: 13.452

Cidade: Estrasburgo (França)

Árbitro: Ivan Eklind (Suécia)

 

BRASIL (2-3-5):

POLÔNIA (2-3-5):

Batatais (G)

Edward Madejski (G)

Domingos da Guia

Władysław Szczepaniak (C)

Machado

Antoni Gałecki

Zezé Procópio

Wilhelm Góra

Martim Silveira (C)

Erwin Nyc

Afonsinho

Ewald Dytko

Lopes

Ryszard Piec

Romeu Pellicciari

Leonard Piątek

Leônidas da Silva

Fryderyk Scherfke

Perácio

Ernest “EziWilimowski

Hércules

Gerard Wodarz

 

Técnico: Ademar Pimenta

Técnico: Józef Kałuża

 

SUPLENTES:

 

 

Walter (G)

Walter Brom (G)

Jaú

Edmund Giemsa

Nariz

Edmund Twórz

Britto

Kazimierz Lis

Brandão

Wilhelm Piec

Argemiro

Jan Wasiewicz

Roberto

Stanisław Baran

Luisinho Mesquita de Oliveira

Ewald Cebula

Niginho

Bolesław Habowski

Tim

Józef Korbas

Patesko

Antoni Łyko

 

GOLS:

18′ Leônidas da Silva (BRA)

23′ Fryderyk Scherfke (POL) (pen)

25′ Romeu Pellicciari (BRA)

44′ Perácio (BRA)

53′ Ernest Wilimowski (POL)

59′ Ernest Wilimowski (POL)

71′ Perácio (BRA)

89′ Ernest Wilimowski (POL)

93′ Leônidas da Silva (BRA)

104′ Leônidas da Silva (BRA)

118′ Ernest Wilimowski (POL)

Melhores momentos da partida, com todas as limitações de 80 anos atrás:

… 04/06/2002 – Coreia do Sul 2 x 0 Polônia

Três pontos sobre…
… 04/06/2002 – Coreia do Sul 2 x 0 Polônia


Sul-coreanos comemoram gol em frente à barulhenta torcida (Imagem: NBC Sports)

● Nem parece que já se passaram 15 anos! Tudo que se via era uma multidão em vermelho. Tudo que se ouvia era um grito ensurdecedor: “Dae-han-min-guk” (Daehan Minguk significa República da Coreia no idioma local).

A Coreia do Sul era um dos dois países sede (juntamente com o Japão). Tinha sua tradição no continente, mas estava em sua sexta Copa do Mundo (a 5ª consecutiva) e nunca havia vencido um jogo na competição. Eram 14 partidas anteriores, com 4 empates e 10 derrotas, algumas humilhantes, como para a Hungria em 1954 (9 a 0).

Temia-se que os sul-coreanos fossem os primeiros anfitriões a não passar de fase na história das Copas (esse “feito” ficou com a África do Sul em 2010). Mas, liderado pelo excelente técnico holandês Guus Hiddink e pela torcida, o time não decepcionou.

A Coreia do Sul era organizada no 3-5-2, que se transformava em 5-3-2 quando se defendia e em um 3-4-3 quando atacava (com Park Ji-sung avançando pela direita).

Já a Polônia atuava em um 4-4-2 engessado, que dependia muito dos avanços dos meias laterais Jacek Krzynówek e Marek Koźmiński.

● Na estreia, o ritmo e o entusiasmo dos asiáticos eram demais para uma Polônia pouco criativa e lenta, que dependia bastante de Emmanuel Olisadebe, atacante nigeriano naturalizado (que nem era tão bom assim…).

Nos minutos iniciais, a Polônia começou a pressionar e perdeu duas chances, com Jacek Krzynówek e Marek Koźmiński.

Aos 9 minutos foi a vez dos locais desperdiçarem sua chance, com Seol Ki-hyeon, livre, desviando um escanteio nas mãos do goleiro Jerzy Dudek.

Depois, Choi Jin-cheul travou um chute perigosíssimo de Olisadebe, evitando o gol polaco.

Aos 19 minutos, quase o primeiro gol, quando Yoo Sang-chul chutou forte, de longe, e a bola passou perto da baliza.

Aos 26 minutos, enfim a multidão explodiu em êxtase. Lee Eul-yong rola a bola para a área e o veterano Hwang Sun-hong, sem marcação, coloca no canto direito, de primeira, marcando seu 50º gol pela seleção.

Se o gol empolgou a Coreia, liquidou de vez a Polônia, que parecia sem esperanças quando o primeiro tempo chegou ao fim.

No intervalo, o técnico Jerzy Engel mexeu no time. Mas na volta, os coreanos continuaram acesos. Park Ji-sung quase marcou depois de um escanteio. A pesada defesa polonesa sofria com a correria asiática.

Aos 8 minutos do segundo tempo, Tomasz Hajto perdeu a bola. Ahn Jung-hwan passa para Yoo Sang-chul, que bate de fora da área, de novo, mas dessa vez acerta. Dudek foi na bola com a mão mole e não evitou o gol.

Em um raro ataque promissor da Polônia, o capitão Hong Myung-bo fez uma leitura de jogo perfeita e cortou um cruzamento de Krzynówek, tirando uma oportunidade clara de Marcin Żewłakow, que fechava no segundo pau.

No fim, as tentativas da Polônia de tentar anotar o tento de honra eram apenas desespero. A equipe polaca ainda precisou de uma defesa de Dudek em uma finalização de Ahn Jung-hwan para evitar o terceiro gol.

Após o tempo regulamentar, o coreano Cha Du-ri conseguiu um recorde pitoresco: tomou um cartão amarelo vinte segundos depois de entrar no gramado, por uma falta cometida.


Hwang Sun-hong comemora o primeiro gol da partida (Imagem: Dailly Mail)

● Festa coreana. Os asiáticos foram mesmo ao delírio. Mostrando um futebol ofensivo, com muita velocidade, a Coreia do Sul aproveitou as inúmeras falhas de marcação do adversário e conquistou sua primeira vitória em uma Copa do Mundo.

Na sequência, a Polônia foi goleada por Portugal por 4 a 0 e venceu os Estados Unidos por 3 a 1. Não adiantou e caiu como lanterna do grupo.

A Coreia do Sul seguiu surpreendendo. Empatou com os Estados Unidos (1 x 1) e venceu Portugal por 1 a 0, eliminando os Tugas. Mas o melhor estaria por vir. Mesmo com arbitragens polêmicas e tendenciosas, venceu a Itália na prorrogação das oitavas de final por 2 x 1 e bateu a Espanha nos pênaltis (5 x 3) após um placar sem gols. Na semifinal, mesmo fazendo um bom jogo contra a Alemanha, perdeu com um gol de Michael Ballack. Na decisão do 3º lugar, perdeu para a forte Turquia por 3 x 2. Para os sul-coreanos, foi um resultado histórico, que dificilmente será repetido nos próximos anos.

FICHA TÉCNICA:

 

COREIA DO SUL 2 x 0 POLÔNIA

 

Data: 04/06/2002

Horário: 20h30 locais

Estádio: Busan Asiad Main Stadium

Público: 48.760

Cidade: Busan (Coreia do Sul)

Árbitro: Óscar Ruiz (Colômbia)

 

COREIA DO SUL (3-5-2):

POLÔNIA (4-4-2):

1  Lee Woon-jae (G)

1  Jerzy Dudek (G)

4  Choi Jin-cheul

6  Tomasz Hajto

20 Hong Myung-bo (C)

20 Jacek Bąk

7  Kim Tae-young

15 Tomasz Wałdoch (C)

22 Song Chong-gug

4  Michał Żewłakow

6  Yoo Sang-chul

21 Marek Koźmiński

5  Kim Nam-il

10 Radosław Kałużny

13 Lee Eul-yong

7  Piotr Świerczewski

21 Park Ji-sung

18 Jacek Krzynówek

18 Hwang Sun-hong

19 Maciej Żurawski

9  Seol Ki-hyeon

11 Emmanuel Olisadebe

 

Técnico: Guus Hiddink

Técnico: Jerzy Engel

 

SUPLENTES:

 

 

12 Kim Byung-ji (G)

12 Radosław Majdan (G)

23 Choi Eun-sung (G)

22 Adam Matysek (G)

15 Lee Min-sung

2  Tomasz Kłos

8  Choi Tae-uk

3  Jacek Zieliński

10 Lee Young-pyo

13 Arkadiusz Głowacki

3  Choi Sung-yong

16 Maciej Murawski

2  Hyun Young-min

5  Tomasz Rząsa

17 Yoon Jong-hwan

23 Paweł Sibik

14 Lee Chun-soo

17 Arkadiusz Bąk

16 Cha Du-ri

8  Cezary Kucharski

11 Choi Yong-soo

14 Marcin Żewłakow

19 Ahn Jung-hwan

9  Paweł Kryszałowicz

 

GOLS:

26′ Hwang Sun-hong (COR)

53′ Yoo Sang-chul (COR)

 

CARTÕES AMARELOS:

31′ Jacek Krzynówek (POL)

70′ Park Ji-sung (COR)

79′ Tomasz Hajto (POL)

84′ Piotr Świerczewski (POL)

90′ Cha Du-ri (COR)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Maciej Żurawski (POL) ↓

Paweł Kryszałowicz (POL) ↑

 

50′ Jacek Bąk (POL) ↓

Tomasz Kłos (POL) ↑

 

50′ Hwang Sun-hong (COR) ↓

Ahn Jung-hwan (COR) ↑

 

61′ Yoo Sang-chul (COR) ↓

Lee Chun-soo (COR) ↑

 

64′ Radosław Kałużny (POL) ↓

Marcin Żewłakow (POL) ↑

 

89′ Seol Ki-hyeon (COR) ↓

Cha Du-ri (COR) ↑

Melhores momentos da partida:

… Polônia e a breve história de sua seleção de futebol

Três pontos sobre…
… Polônia e a breve história de sua seleção de futebol

(Imagem localizada no Google)

A seleção polonesa fez sua primeira partida oficial em 18/12/1921, perdendo por 1 x 0 em um amistoso com a Hungria, em Budapeste. Estreou em Copas do Mundo em 1938, caindo logo na estreia, mas vendendo muito caro uma derrota para o Brasil por 6 x 5 na prorrogação, com incríveis quatro gols de Ernest Wilimowski (apelidado de Ezi).

Pouco depois, a Polônia foi o país que mais sofreu com a Segunda Guerra Mundial e passou a se esconder atrás da cortina de ferro do bloco soviético. Devido ao regime comunista, o futebol não se profissionalizou e todos os jogadores eram considerados simples amadores. Mas isso não foi algo ruim, muito pelo contrário. Apenas amadores podiam participar dos Jogos Olímpicos e os comunistas podiam envias suas equipes completas, encobertas pelo amadorismo de fachada.

E é nesse momento que entra essa geração que colocou a Polônia de vez no mapa futebolístico e começou a fazer história. Nos Jogos Olímpicos de 1972, os poloneses conquistaram a medalha de ouro, derrotando a Hungria na final por 2 a 1, com dois gols de Deyna. Em toda a competição, foram 21 gols marcados em 7 jogos (média de três gols por partida).

Na Copa de 1974, na mesma Alemanha onde foi campeã olímpica, a Polônia chegou forte, mas desfalcada de seu maior craque, o centro-avante Włodzimierz Lubański, que foi o grande líder e destaque em 1972. Lubański atuou pela seleção entre 1963 e 1980, com 75 partidas e 48 gols (ainda é o maior artilheiro histórico). Ele se lesionou em 06/06/1973, contra a Inglaterra, nas eliminatórias para a Copa do Mundo. Teve uma lesão no ligamento cruzado que o tirou dos gramados por dois anos, inclusive do Mundial.


Włodzimierz Lubański
(Imagem: glamrap.pl)

Com a ausência de Lubański, foi necessário que outro craque chamasse o protagonismo para si. O careca ponta direita Grzegorz Lato (aniversariante de hoje, 08/04) tinha uma velocidade absurda, correndo 100 metros em incríveis 10,8 segundos. Lato não brilhou em um só verão (“Lato” significa “verão” em polonês). Ele foi o artilheiro da Copa de 1974, marcando sete gols, inclusive no 1 x 0 contra o Brasil, que valeu o 3º lugar do torneio à Polônia.

Mesmo não sendo uma equipe desconhecida, não estava entre as consideradas favoritas, principalmente devido ao fato de ser comunista e frequentar pouco o noticiário estrangeiro. Isso deu ainda mais tranquilidade ao técnico Kazimierz Górski. Ele sabia tirar o melhor de cada um de seus comandados, principalmente de Lato. Era uma seleção jovem, com muita disciplina tática, jogadores velozes e time entrosado, com um futebol rápido e envolvente, uma defesa segura e o talento de Deyna no meio campo, além de Lato e Gadocha nas pontas.


Grzegorz Lato
(Imagem localizada no Google)

O show começou nas eliminatórias, quando eliminou a forte Inglaterra (campeã oito anos antes), com uma vitória por 2 x 0 em casa e um empate por 1 x 1 em pleno Wembley, com Jan Tomaszewski fechando o gol.

Já na Copa, mesmo em um grupo difícil, a Polônia venceu os três jogos (3 x 2 na Argentina, 7 x 0 no Haiti e 2 x 1 na Itália), se classificando em primeiro lugar. A partir daquele instante, quem ainda duvidava do poder de fogo dos poloneses passou a rever seus conceitos.

Na segunda fase, as oito seleções classificadas foram divididas em dois grupos de quatro, com a primeira colocada garantindo vaga na final e a segunda na decisão do 3º lugar. Nos dois primeiros jogos, duas vitórias (1 x 0 na Suécia e 2 x 1 na Iugoslávia). A terceira e decisiva partida foi contra a anfitriã, Alemanha Ocidental, que também tinha vencido os dois jogos, mas jogava pelo empate por possuir maior saldo de gols (4, contra 2 dos poloneses). Assim, o jogo foi na prática uma semifinal direta, valendo vaga na decisão.

Durante todo o dia caiu uma chuva torrencial na cidade de Frankfurt, o que certamente prejudicava o futebol rápido da Polônia e favorecia a força física, principal arma da Alemanha Ocidental. Mesmo com o técnico Kazimierz Górski pedindo o adiamento da partida, ela aconteceu. E com um gol de Gerd Müller aos 31 minutos do segundo tempo, os alemães venceram por 1 x 0. Fim do sonho polonês e festa para os donos da casa.

Restou à Polônia disputar a decisão do 3º lugar contra o Brasil, que perdeu para a Holanda de Johan Cruijff (e do futebol total) no outro grupo. Em Munique, a 15 minutos do fim, Marinho Chagas errou o passe, Lato foi lançado em suas costas e arrancou sozinho para o gol. Mesmo sem ter o gosto de jogar a final, os poloneses comemoraram bastante a sólida campanha, terminando a competição em terceiro, com 6 vitórias e apenas 1 derrota. A partir desse momento, a Polônia passou a ser uma equipe respeitada e temida no mundo da bola.

Com o mesmo time base, nas Olimpíadas de 1976, em Montreal, a Polônia novamente foi finalista, mas ficou com a medalha de prata ao ser derrotada por 3 x 1 pela Alemanha Oriental.

Na Copa de 1978, a estrutura era basicamente a mesma, com o acréscimo do craque Włodzimierz Lubański, que já estava com 31 anos e em não tão boa forma quanto estaria quatro anos antes. Mas nesse torneio surgiu o jovem Zbigniew Boniek, com apenas 22 anos. Novamente a equipe foi comendo pelas beiradas e chegou em 5º lugar. Essa Copa marcou a despedida da maioria dos jogadores da era dourada. Do time de 1974, somente Andrzej Szarmach, Grzegorz Lato e Władysław Żmuda disputariam a Copa de 1982.

Na Copa da Espanha, um dos grandes destaques era Boniek. Ele era um jogador completo, atuando na ala esquerda, no meio, como ponta ou no ataque. Um jogador genial. Com ele, Lato e o novato Włodzimierz Smolarek juntos, a Polônia era cada vez mais temida. Classificou-se em primeiro lugar com dois empates e uma vitória. Na segunda fase, eliminou as fortes União Soviética e Bélgica. Caiu novamente de pé na semifinal em derrota por 2 x 0 para a futura campeã Itália, em partida que Boniek não disputou por estar suspenso pelo segundo cartão amarelo. Na decisão do 3º lugar, nova vitória, por 3 x 2 sobre a França de Michel Platini.


Zbigniew Boniek
(Imagem: Łączy-nas-piłka)

Em 1986, a Polônia disputou sua quarta Copa consecutiva, mas já não tinha a força de antes. Boniek ainda era o craque do time. Żmuda era o único remanescente de 1974, sendo também quem mais vestiu a camisa da Polônia em Copas do Mundo, com 21 partidas, entre 1974, 1978, 1982 e 1986. Mesmo assim, os poloneses passaram da primeira fase como um dos melhores 3º colocados, ao empatarem com o Marrocos, vencerem Portugal e perderem para a Inglaterra. Mas o sonho foi interrompido nas oitavas de final, ao serem impiedosamente goleados pela Seleção Brasileira por 4 x 0. Esse massacre foi um atestado de que os melhores dias já haviam passado para o futebol polonês.

Houve a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1992, mas nenhum medalhista de prata se destacou posteriormente. Se classificou para a Copa de 2002, mas graças a um nigeriano naturalizado: Emmanuel Olisadebe. Com duas derrotas e uma vitória, pela primeira vez foram eliminados na fase de grupos, com sua pior campanha da história das Copas. Conseguiu também se qualificar para a Copa de 2006, mas também ficou na primeira fase, de novo com duas derrotas e uma vitória na última rodada.

Disputou pela primeira vez a Eurocopa, em 2008, ficando em último lugar no grupo. Foram duas derrotas e um empate, com um único gol marcado pelo brasileiro naturalizado Roger Guerreiro, lateral ex-Corinthians. Na Euro 2012, em casa, nova decepção, sendo logo eliminada com uma derrota e dois empates.

Já na Euro 2016, liderada por Robert Lewandowski, enfim a Polônia fez uma campanha digna. Na fase de grupos, venceu a Irlanda do Norte e a Ucrânia, segurando um empate sem gols com a Alemanha. Nas oitavas de final, empate com a Suíça em 1 a 1 e vitória por 5 a 4 nos pênaltis. Nas quartas de final, novo empate por 1 a 1, mas dessa vez foi derrotada na decisão das penalidades por 5 a 3 para Portugal, futuro campeão. No fim, o 7º lugar geral dentre as 24 seleções foi uma boa campanha, o que melhora as perspectivas para as próximas competições.


Robert Lewandowski
(Imagem: Kicker)