Três pontos sobre… … Um Messi sozinho não faz verão
(Imagem: Albert Gea / Reuters)
● Juro que tenho pena de Lionel Messi. Um dos maiores jogadores da história do futebol não merecia passar pelas humilhações que o clube tem sofrido sistematicamente nas últimas temporadas – falando especificamente da UEFA Champions League, claro.
Pouco adiantou a arbitragem marcar um pênalti mandraque a favor dos culés. Serviu apenas para Messi marcar aquele que pode ser seu último gol com a camisa do Barça no Camp Nou pela Champions.
Mas, rapidamente, Kylian Mbappé anotou o seu primeiro, em uma bela jogada coletiva. Marquinhos fez o lançamento para a esquerda, Kurzawa cruzou de primeira para o meio, Verratti deu um toque mágico e Mbappé tirou a marcação e encheu o pé esquerdo. Um golaço.
Depois disso, só deu PSG. Enquanto a estrela de Messi se apagava, a de Mbappé estava “on fire”.
Em outro lançamento longo, Florenzi cruzou da direita e o jovem francês mandou para as redes.
O terceiro foi de Moise Kean, que aproveitou cobrança de falta de Paredes pela esquerda e apareceu para cabecear sozinho para o gol, em outra bobeira da zaga blaugrana.
O golpe de misericórdia foi a cinco minutos do fim. Draxler puxou um contra-ataque de manual e deixou na medida para Mbappé marcar seu “hat trick” e levar a nova bola da Champions para casa. Mais que merecido.
(Sinceramente, não sei onde Neymar se encaixaria como titular nesse time do PSG hoje…)
(Imagem: Getty Images)
● Tendo que reverter no Parc de Princes o resultado adverso de 4 x 1, é bem provável que essa seja mais uma vergonha culé nas últimas Champions.
E, se o gênio Lionel Messi quiser jogar em um time competitivo em nível continental, deverá sair do Barcelona. PSG, Manchester City e vários outros, estão mais perto do protagonismo do que seu time atual.
Pobre Barcelona… sem Messi pra salvar o time, afundado em uma crise econômica, política, técnica, tática e de identidade, provavelmente se tornará um clube como é o Milan: pode até fazer uma ou outra boa campanha… pode até ter o respeito pelo passado… mas será visto como um time inofensivo.
É incrível como uma malfadada administração consegue destruir um clube (alô São Paulo, Cruzeiro e Cia.). Josep Maria Bartomeu deveria ter vergonha por ter conseguido apequenar um clube com a estrutura do Barcelona, uma das mais pesadas camisas do mundo.
● Na outra partida do dia, jogando em Budapeste, mas com mando do RB Leipzig, o Liverpool venceu por 2 a 0 (gols de Mohamed Salah e Sadio Mané) e abriu boa vantagem.
Três pontos sobre… … Palmeiras 0 x 1 Tigres, na semifinal do Campeonato Mundial de Clubes
O Palmeiras tinha a expectativa de enfrentar o Bayern de Munique na final do Campeonato Mundial de Clubes e acabar de vez com essa sina, deixando de ser piada dos adversários.
Mas não jogou bem, foi dominado taticamente e foi eliminado com um pênalti bobo, pelo bom time do Tigres, que se tornou o primeiro time mexicano na final do Mundial de Clubes.
Três pontos sobre… … Palmeiras: Campeão da Copa Libertadores da América 2020
(Imagem: Silvia Izquierdo / Reuters)
● Todos esperávamos uma grande decisão. Mas podemos dizer que o nível técnico decepcionou um bocado.
Mas muito pelo excelente trabalho tático. Ambos treinadores prepararam bem suas equipes, a fim de impedir a criação de jogadas pelo adversário. O posicionamento dos sistemas defensivos foi perfeito e a marcação foi muito bem feita.
Os dois times jogaram espelhados no 4-1-4-1. O Santos com: John; Pará, Lucas Veríssimo, Luan Peres e Felipe Jonatan; Alison; Diego Pituca, Sandry, Yeferson Soteldo e Marinho; Kaio Jorge.
O Palmeiras foi a campo com: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Matías Viña; Danilo; Gabriel Menino, Zé Rafael, Raphael Veiga e Rony; Luiz Adriano.
Cuca fez um trabalho brilhante no Santos, usando muito bem as categorias de base e sabendo potencializar as melhores qualidades de Soteldo e Marinho. Enquanto Marinho era um refugo do Grêmio, Soteldo era praticamente um desconhecido. E ambos foram os melhores jogadores da competição. Mas, nessa decisão, foram engolidos pela marcação de Gabriel Menino e Viña. Outro que poderia ter feito algo diferente era o jovem centroavante Kaio Jorge, mas ele nem chegou a pegar na bola. E o Santos que demoliu Grêmio e Boca Juniors encontrou uma “defesa que ninguém passa”, como diz no hino do Palmeiras.
Esse Palmeiras que, treinado por Vanderlei Luxemburgo, ficou com a primeira colocação geral da primeira fase, lançando os moleques da base. Esse mesmo Palmeiras que contratou um pouco conhecido Abel Ferreira, confiando no brilho da escola de técnicos portugueses. Esse mesmo Abel (ex-Braga), que deu uma característica diferente para o time: precisando se virar com a ausência de Felipe Melo, escalou os “três porquinhos” na trinca de meio campo (Danilo, Patrick de Paula e Gabriel Menino). O mesmo técnico que transformou Rony de meme em fundamental e decisivo para que o Porco chegasse na final.
Se teve sorte em todo o chaveamento, sem pegar nenhum time minimamente decente até as semifinais, o time teve competência para passar por todos os adversários. E chegou na decisão detonando o River Plate na Argentina por 3 x 0 (fora o baile). Se o River jogou mais no Allianz Parque do que o Palmeiras jogou no jogo de ida, faltaram os gols. O River poderia ter vencido por uma diferença muito mais ampla, mas não o fez. Alguns culpam o VAR, que agiu certo. Então, méritos totais do Palestra, que soube sofrer e vencer.
● E foram 90 minutos entre cochilo, soneca e sono profundo. O telespectador não conseguia ficar de olho aberto. Talvez, nem a tensão que os cercavam, palmeirenses e santistas conseguissem ficar com os olhos abertos.
O Santos pode ter sido ligeiramente melhor, conseguindo anular o jogo do Palmeiras. Mas o Palmeiras também soube muito bem anular o jogo do Santos. Era um perde e ganha danado no meio campo e foi só isso mesmo.
Até os 40 minutos do segundo tempo, quando Abel tirou Gabriel Menino e colocou Breno Lopes, soltando mais o time. Essa ousadia seria premiada.
Cuca foi tão decisivo quanto Abel. O treinador santista tem um histórico de “tirar leite de pedra”, fazendo jogar bem elencos sem estrelas. Tem em seu currículo o título da Libertadores de 2013, mas também um caso mal solucionado de estupro coletivo cuja vítima (Sandra Pfäffli) tinha apenas 13 anos em 1987 e foi condenado a cumprir pena em regime aberto. De acordo com o “Blog do Paulinho”, “desde então, frequentemente, é atribuído a Cuca certo desequilíbrio psicológico, mesmo nos tempos atuais, em que trabalha como treinador”.
E esse desequilíbrio, como se fosse uma certa malandragem, aconteceu já nos acréscimos. Ele tentou retardar o lateral que seria cobrado por Marcos Rocha, que tem força nos braços suficiente para fazer um lançamento perigoso naquele que poderia ser o último ataque do jogo. Cuca impediu o reinício rápido. Marcos Rocha tentou pegar a bola em velocidade e atropelou Cuca, causando um alvoroço e empurra-empurra entre membros dos dois times. O árbitro argentino Patricio Lostau veio com a decisão tomada: cartão amarelo para Marcos Rocha e vermelho para Cuca. Solução mais do que justa.
Muitos defendem que Cuca foi agredido. Mas o que ele estava fazendo ao retardar o jogo? Isso é de jogo? Claro que não. Isso é malandragem e a malandragem deve ser punida – especialmente de quem não está dentro das quatro linhas. Renato Gaúcho e Mano Menezes são outros que já fizeram algo do tipo. Isso é anti-jogo e, como todo anti-jogo, deveria ser punido com uma punição exemplar, em caráter pedagógico.
Mais ridículo ainda foi a entrevista coletiva de Cuquinha, irmão e auxiliar técnico de Cuca. “E o atleta que passou o pé no treinador é o mesmo que a gente foi resgatar no América-MG e levamos ao Atlético-MG.” “Dá certa dor porque foi o Marcos Rocha.” Fica uma sensação de que Marcos Rocha foi ingrato ao agredir Cuca, mas a única coisa que o jogador queria era cobrar logo o lateral, defendendo as cores de sua equipe – assim como fez por muitos e muito bem, defendendo as cores do Atlético Mineiro, dando o sangue e a vida por Cuca.
Ridículo. Assim como também é ridículo quem pede a demissão de Cuca. Ele foi o principal responsável pela campanha brilhante do Santos e merece todos os méritos.
● Bom… e teve gol…
Logo depois desse episódio lamentável, Danilo fez o lançamento na ponta direita e Rony teve tempo e espaço para dominar no peito, ajeitar a bola, pensar no que fazer e cruzar com perfeição no segundo pau. A bola passou por Pará, que não conseguiu subir, e Breno Lopes cabeceou no contrapé, sem chances para o goleiro John. Gol do título, feito pelo jogador que foi uma aposta de Abel Ferreira e que até setembro jogava no Juventude (que nos tempos da Parmalat era irmão de leite do Palmeiras).
Assim como o pênalti cobrado para fora por Martín Zapata em 1999, o gol de Breno Lopes entra para a história palmeirense como um dos momentos mais importantes do clube.
Meu pai, que era palmeirense verde, deve estar em festa lá no céu.
Agora, no próximo domingo começa a busca pelo título do Campeonato Mundial de Clubes, a fim de acabar com a eterna piada.
Não tem muita explicação. Uma goleada assombrosa. Provavelmente a pior apresentação em todos os tempos de um time vestindo a camisa do São Paulo Futebol Clube.
O time titular líder do Brasileirão, que todos conhecem de cor, começou a ter seus desfalques – o que pesou bastante na atuação.
Luan cumpriu suspensão. Luciano lesionado. Arboleda sentiu desconforto muscular. Juanfran pediu para não jogar por problemas pessoais.
E o “jênio” Fernando Diniz, com um elenco de 25 jogadores, não tem plano B. Sempre dá um jeito de escalar Tchê Tchê e Vítor Bueno, não importa onde. Mas se esses “craques” jogam em qualquer posição, é porque não são bons em nenhuma.
E um time sem pegada, sem tesão, só poderia ter entregue o que entregou: uma vergonha histórica.
Diego Costa, pior zagueiro que já vi – pior que Nem, Rogério Pinheiro, Wilson, Ameli e Lucão juntos – só deixou de falhar ao ser substituído no intervalo.
Igor Vinícius deveria ser proibido de passar em frente ao CT. Deveria ser dispensado no vestiário por deficiência técnica.
Mas não foi só falta de qualidade. Foi falta de vontade.
No intervalo, o técnico são-paulino trocou ambas as amebas por outras: Leo Pelé e Paulinho Bóia.
Ao expulsar Tchê Tchê, o árbitro fez o que Diniz deveria ter feito – completando ao tirar Bueno pra colocar Rodrigo Nestor.
Nestor deveria ser o substituto natural de Luan, claro. Mas hoje está claro que o camisa 13 é fundamental no SPFC.
Sanguíneo como é, se Luciano estivesse em campo, provavelmente seria expulso por ter agredido meia dúzia de colegas desse time sem brio.
Só se salvou Tiago Volpi. Porque o placar foi muito magro pelo que foi a partida. Era jogo para, pelo menos, 10 a 1.
O SPFC ainda contou com a sorte por causa do resultado do Fla-Flu.
Agora é esperar os reflexos desse desastre histórico e torcer para que não se desenhe a tragédia anunciada: a perda de um título encaminhado e a continuação da maldita fila – que não acaba desde aquela final inacabada da Copa Sul-Americana, no dia 12/12/2012.
Três pontos sobre… … Real Madrid 2 x 0 Atlético de Madrid
(Imagens: Twitter @realmadrid)
● E tudo voltou a ser mais do mesmo no clássico de Madri: venceu o maior.
Embora tenha criado algumas chances e feito dois gols oriundos de bola parada, o Real controlou o jogo do primeiro ao último minuto e saiu vencedor da partida no estádio Alfredo Di Stéfano.
O Atlético criou apenas uma chance de gol perdida por Thomas Lemar.
Casemiro abriu o placar em uma cabeçada após cobrança de escanteio logo aos 15′.
O segundo gol merengue veio aos 18′ do segundo tempo. Carvajal pegou o rebote da defesa colchonera após uma cobrança de falta, dominou no peito e arriscou da intermediária. O chutaço explodiu na trave, bateu nas costas do goleiro Jan Oblak e foi para o gol (a “la Carlos”, na Copa de 1986).
● Simeone escalou seu time no sistema 3-5-2, que mais parecia um 5-3-1-1. No segundo tempo, foi para o 4-4-2 com dois meias abertos e ofensivos. Mas logo logo tirou seus dois atacantes (João Félix e Luisito Suárez) e recheou o meio campo, para não sofrer mais gols.
Aliás… dizem que não tinha público no estádio, mas Luis Suárez assistiu o jogo de dentro do campo. Foi notado apenas ao ser substituído por Geoffrey Kondogbia aos 28′ da etapa final.
O Atlético de Madrid que tinha sofrido míseros dois gols na Liga em 10 jogos, sofreu os mesmos dois gols nos noventa minutos de hoje.
E o Real Madrid engatou três vitórias consecutivas contra Sevilla, Borussia Mönchengladbach e Atlético. Eram considerados jogos duros, mas o time de Zinédine Zidane soube levar até com certa tranquilidade.
Vale a pena ressaltar que nas três vitórias o trio de meio campo foi o histórico tricampeão continental, com Casemiro, Toni Kroos e Luka Modrić.
Chegou o campeão? Tudo voltou ao “normal”? Ou é apenas uma boa fase momentânea? É o que veremos no decorrer da temporada.
● Quem assiste um jogo do São Paulo se deleita. Costuma ser um time com muita posse de bola, sem chutão direto da defesa, troca de passes incessante, ocupação entre as linhas do adversário e muitos gols marcados. Com espírito ofensivo, o técnico não tem medo de trocar seus dois zagueiros por dois atacantes. Porém, o time não é agressivo na marcação, oferece muitos espaços e sofre muitos gols, especialmente em bola parada ou então quando a defesa é pressionada.
Quem não torce para o SPFC, ama assistir às partidas. Quem torce para o Tricolor do Morumbi, sofre um pequeno infarto a cada ataque adversário, gol perdido do seu time ou mexida maluca do treinador.
Esse é justamente o resumo do jogo de hoje.
● O Lanús é um time medíocre, que ofereceu perigo ao SPFC em todos os raros ataques. E fez dois gols. Dani Alves achou um em escanteio.
O São Paulo fez um primeiro tempo ruim e um ótimo segundo tempo. Muito pela troca de um zagueiro (Diego Costa) por um atacante (Pablo), mas também pelo recuo compulsório do Lanús. Uma coisa também levou a outra, claro. Logo Diniz também tiraria o outro zagueiro (Bruno Alves) e colocaria Vitor Bueno, após empatar a partida com Pablo.
(Imagem: Staff Images / Conmebol / Globo Esporte)
Mas a frutífera criação de jogadas foi resultar nos gols decisivos apenas no fim da partida, com muita emoção. Quem é são-paulino se emocionou, lembrou dos velhos tempos e do time com cara de vencedor. Fernando Diniz se tornou um gênio do dia pra noite.
● Com 4 x 2, o Tricolor se classificava. Diniz voltou dois zagueiros para campo (Arboleda e Leo Pelé). O Lanús se desesperava, arrumando brigas antes do recomeço do jogo. Mas, logo na saída, um chutão pra frente causou um pânico na remontada defesa do São Paulo e o Lanús marcou o gol decisivo. O são-paulino que estava comemorando o milagre sentiu como se tivessem lhe arrancado a alma.
Com o placar em 4 x 3, o mediano Lanús se classificou. Mais uma eliminação para a conta do histórico vexatório do Tricolor do Morumbi desde o título da Libertadores de 2005 (último torneio em mata-mata que o SPFC venceu, já que a final da Copa Sul-Americana de 2012 não acabou…)
E o torcedor do São Paulo, mais uma vez, tristemente relembrou o hino do clube: “as tuas glórias vem do passado”.
E os demais torcedores, assistiram uma partida emocionante, especialmente no fim.
● O Mengão estava invicto havia doze partidas. A última derrota até então era a (in)esquecível goleada sofrida para o Independiente del Valle por 5 a 0.
Mesmo com desfalques como Gabriel Barbosa, Giorgian De Arrascaeta, Rodrigo Caio, Thiago Maia e Willian Arão, o estável Flamengo ainda era favorito contra o sempre instável São Paulo.
O Tricolor vinha de derrota por 3 x 2 para o Lanús pela Copa Sul-Americana e classificação nos pênaltis diante do Fortaleza pela Copa do Brasil – sofrendo oito gols nesses três jogos.
Quando Pedro fez um golaço e abriu o placar para o Flamengo logo aos seis minutos de jogo, estava tudo “normal”. Aliás, aqui cabe um parêntese para falarmos de Pedro. Ele não teve oportunidades na Europa, quando passou pela Fiorentina. Mas, atuando no futebol brasileiro, por Fluminense e Flamengo, ele “cheira a gol”. Além de ser muito bom tecnicamente e entender como poucos da função de centroavante, finaliza bem de qualquer forma. Deveria estar entre os 23 convocados da Seleção Brasileira – talvez até como titular.
(Imagem: André Durão / Globo Esporte)
● Mas a “anormalidade” começou pouco depois, com o SPFC começando o jogo com sua tradicional troca de passes desde a defesa, mas, incrivelmente, passou a ganhando espaço entre as linhas do Flamengo. Com isso, sempre tinha um são-paulino bem posicionado para receber o passe. E um ataque pela esquerda resultou em um golaço de Tchê Tchê (!). Méritos dele, que não teve medo de chutar e colocar a bola no ângulo.
O VAR marcou pênalti de Diego Costa em Éverton Ribeiro. Bruno Henrique bateu mal e Thiago Volpi pegou bem.
Nos acréscimos do primeiro tempo, Reinaldo cruzou da esquerda e Gustavo Henrique escorou mal. Brenner (que tem feito seus gols e salvando o SPFC) bateu firme e virou o jogo.
(Imagem: André Durão / Globo Esporte)
● No começo do segundo tempo, Gustavo Henrique (em uma jornada desastrosa) fez pênalti em Bruno Alves. A penalidade foi marcada corretamente pelo VAR, mas a arbitragem errou no início do lance, ao marcar escanteio ao invés de tiro de meta. Reinaldo, o “Kingnaldo”, bateu deslocando o goleiro e converteu.
Pouco depois, Daniel Alves cometeu pênalti em Gérson e o árbitro marcou sem precisar de ver o vídeo. Dessa vez quem bateu foi Pedro. Ele chutou da mesma forma que Bruno Henrique (mal) e Volpi foi da mesma forma: foi bem e defendeu.
Aos 31′, João Gomes recebeu de Bruno Henrique e chutou no travessão.
Cinco minutos depois, Volpi lançou desde sua área. Luciano dominou ganhando do bom zagueiro Nathan e chutou cruzado de direita.
Aos 40′, Vitor Bueno chutou de longe. A bola tinha o caminho do ângulo, mas o ótimo goleiro Hugo Souza “Neneca” fez uma ótima defesa. Aliás, que ótimo goleiro é esse! Merece ser melhor observado por Tite e seu “staff”.
(Imagem: André Durão / Globo Esporte)
● Placar final: 4 a 1 para o SPFC, mas que poderiam ser 6 a 3 ou até mais. Um belo jogo dos dois times. Mas não foi “normal”.
Pelo que os dois times estão jogando nos últimos tempos, não é normal que o SPFC enfie uma goleada no melhor time do Brasil e da América. O Tricolor do Morumbi passa por uma crise institucional sem precedência, que só vê sua dívida aumentar exponencialmente e os resultados em campo não condizem com o caro (e desequilibrado) elenco que foi formado. Os títulos não vêm desde 2008 (a Copa Sul-Americana de 2012 foi um caso atípico, em que a final nem acabou…) e os nomes que foram contratados para levar o time às vitórias não conseguem responder dentro de campo.
Para o Flamengo, a derrota pode ser boa para mostrar que o time não é invencível e precisa estar sempre concentrado para manter o alto nível.
Para o São Paulo, serve de incentivo para buscar o resultado diante do Lanús pela Copa Sul-Americana na próxima quarta-feira.
Três pontos sobre… … “Futebol Contra a Fome” 2019, em Uberlândia
Vídeo com trechos recortados da partida.
Partida de futebol beneficente, organizada pelos irmãos Alexandre Pires e Fernando Pires (membros da banda de pagode Só Pra Contrariar – SPC), realizada no Estádio Municipal Parque do Sabiá (Estádio Municipal João Havelange), na cidade de Uberlândia/MG.
O evento foi um sucesso de púbico, com mais de 30 mil expectadores. Foram arrecadadas mais de 90 toneladas de alimentos, que foram distribuídas para instituições carentes.
Dessa vez, a principal ausência foi a de Neymar Jr. O placar do jogo das estrelas foi 7 a 7, um empate em que todos saíram vencedores.
ESCALAÇÕES:
Amigos do Fernando Pires: Alex; Marco Aurélio, Alex (zagueiro ex-Santos) e Fernando Mariano; Amaral, Tirulipa e Edílson; Michel Bastos, Michael, Fernando Pires e Denílson. Reservas: Mohamed, Felisberto, Salgadinho, Junior Henrique e Guly do Prado.
Amigos do Alexandre Pires: Gabriel Brazão; Rafinha, Rafael Vaz e Junior Baiano; Maldonado, Athirson e Vinícius; Alexandre Pires, Lincoln, Bruno Henrique e Julio Baptista. Reservas: Vinícius (do futevôlei), Felipe Araújo, Gustavo Araújo e Daiane (atleta campeã do mundo).
O Liverpool era favorito não apenas por isso, mas pela grande evolução desde a chegada do técnico Jürgen Klopp. É um time com grande organização no sistema defensivo, com a parede Alisson Becker e o intransponível Virgil van Dijk. Nas laterais, dois dos maiores assistentes da temporada europeia: Trent Alexander-Arnold e Andrew Robertson. No meio, um trio homogêneo, “box-to-box”, com o capitão Jordan Henderson, Fabinho e Georginio Wijnaldum. E um ataque veloz e infernal, com Bobby Firmino, Sadio Mané e, especialmente, Mohamed Salah.
Sem o dinheiro e o status do Liverpool, o Tottenham também é um excelente time. Gastando muito na construção de seu estádio, os Spurs não contrataram ninguém nas duas últimas janelas de transferência. Juntamente com o semifinalista Ajax, é um exemplo para os times com menos dinheiro, provando que não é necessário sair gastando para ter seus momentos de sucesso (ouviram, PSG e Man City?!). O capitão Hugo Lloris, campeão do mundo pela França, é um dos goleiros mais regulares atualmente. A zaga belga raramente compromete e os laterais são sólidos e ofensivos. No meio, Harry Winks estava voltando de contusão e não foi bem, assim como Dele Alli e Harry Keane. Christian Eriksen ficou apagado no primeiro tempo e só acordou no segundo. O desafogo do time eram as arrancadas de Son Heung-min, como foi durante vários momentos da temporada. Em minha opinião, talvez Son seja o melhor jogador asiático da história – e com potencial para mais.
Mauricio Pochettino escalou sua boa equipe no 4-2-3-1, com os retornos de Winks, Dele Alli e Keane, mas o time não rendeu como esperado.
O Liverpool jogou no seu tradicional 4-3-3, com destaque para a velocidade do trio de frente.
● Foi Sadio Mané quem começou a aprontar, logo aos 22 segundos de partida. Ele tentou o cruzamento para a área e a bola tocou no ombro/peito de Sissoko e resvalou no braço aberto. Pênalti marcado por Damir Skomina, que o VAR não ousou intrometer por ser lance interpretativo. Para mim, pênalti mal marcado. Sissoko não interferiu na trajetória da bola com a mão. A bola só bateu no braço dele após ser tocada pelo peito.
Mohamed Salah não tinha nada a ver com isso, cobrou e converteu a penalidade. Se na final da temporada anterior o egípcio se lesionou e não conseguiu ser decisivo no melhor momento de sua carreira, agora foi o responsável por colocar sua equipe na dianteira do placar antes que o relógio desse duas voltas.
O gol relâmpago condicionou todo o jogo. Nervoso em demasia, o Tottenham não conseguia criar chances. Os Reds subiam as linhas e marcavam no campo adversário.
Mo Salah abriu o placar de pênalti (Imagem: Matthias Hangst / Getty Images)
● Voltando ao futebol (que poderia ter sido melhor), no segundo tempo, o Tottenham melhorou, atacou, teve chances, mas parou em Alisson. O goleiro brasileiro pegou tudo e frustrou os Spurs. Lucas Moura entrou no meio do segundo tempo e não teve a mesma estrela da semifinal. Na única chance que teve, chutou fraco, no meio do gol e Alisson defendeu.
Nos últimos lances da partida, quando os Spurs até pareciam mais próximos do empate, Divock Origi aproveira uma sobra de um escanteio e bate cruzado de esquerda, no cantinho de Lloris. 2 a 0 e jogo liquidado.
No fim, festa da maravilhosa torcida do Liverpool, que cantou e emocionou novamente ao som de “You’ll Never Walk Alone”, clássico dos Beatles.
O quase sempre sortudo Origi chutou cruzado e fez o segundo dos Reds (Imagem: Laurence Griffiths / Getty Images)
Com seis títulos, agora o Liverpool é isolado o terceiro maior vencedor da Champions. Fica atrás apenas de Real Madrid (13) e Milan (7). E o melhor é que esse time, com esse elenco e podendo ser reforçado, tem fôlego para mais. E uma camisa pesadíssima.
Mas, repito: a final foi condicionada por um pênalti polêmico em lance interpretativo.