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… São Paulo 4 x 3 Lanús

Três pontos sobre…
… São Paulo 4 x 3 Lanús


(Imagem: Reuters / Globo Esporte)

● Quem assiste um jogo do São Paulo se deleita. Costuma ser um time com muita posse de bola, sem chutão direto da defesa, troca de passes incessante, ocupação entre as linhas do adversário e muitos gols marcados. Com espírito ofensivo, o técnico não tem medo de trocar seus dois zagueiros por dois atacantes. Porém, o time não é agressivo na marcação, oferece muitos espaços e sofre muitos gols, especialmente em bola parada ou então quando a defesa é pressionada.

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Quem não torce para o SPFC, ama assistir às partidas. Quem torce para o Tricolor do Morumbi, sofre um pequeno infarto a cada ataque adversário, gol perdido do seu time ou mexida maluca do treinador.

Esse é justamente o resumo do jogo de hoje.

● O Lanús é um time medíocre, que ofereceu perigo ao SPFC em todos os raros ataques. E fez dois gols. Dani Alves achou um em escanteio.

O São Paulo fez um primeiro tempo ruim e um ótimo segundo tempo. Muito pela troca de um zagueiro (Diego Costa) por um atacante (Pablo), mas também pelo recuo compulsório do Lanús. Uma coisa também levou a outra, claro. Logo Diniz também tiraria o outro zagueiro (Bruno Alves) e colocaria Vitor Bueno, após empatar a partida com Pablo.


(Imagem: Staff Images / Conmebol / Globo Esporte)

Mas a frutífera criação de jogadas foi resultar nos gols decisivos apenas no fim da partida, com muita emoção. Quem é são-paulino se emocionou, lembrou dos velhos tempos e do time com cara de vencedor. Fernando Diniz se tornou um gênio do dia pra noite.

● Com 4 x 2, o Tricolor se classificava. Diniz voltou dois zagueiros para campo (Arboleda e Leo Pelé). O Lanús se desesperava, arrumando brigas antes do recomeço do jogo. Mas, logo na saída, um chutão pra frente causou um pânico na remontada defesa do São Paulo e o Lanús marcou o gol decisivo. O são-paulino que estava comemorando o milagre sentiu como se tivessem lhe arrancado a alma.

Com o placar em 4 x 3, o mediano Lanús se classificou. Mais uma eliminação para a conta do histórico vexatório do Tricolor do Morumbi desde o título da Libertadores de 2005 (último torneio em mata-mata que o SPFC venceu, já que a final da Copa Sul-Americana de 2012 não acabou…)

E o torcedor do São Paulo, mais uma vez, tristemente relembrou o hino do clube: “as tuas glórias vem do passado”.

E os demais torcedores, assistiram uma partida emocionante, especialmente no fim.

Melhores momentos da partida:

… Athletico Paranaense, Campeão da Copa Sul-Americana 2018

Três pontos sobre…
… Athletico Paranaense, Campeão da Copa Sul-Americana 2018

(Imagem: Conmebol)

O Athletico (com “H”) nasceu campeão, mais com sorte do que competência. O clube paranaense viu o Junior Barranquilla perder inúmeras chances claras no segundo tempo (até um pênalti), mas conseguiu se sagrar campeão na disputa por pênaltis.

A primeira partida já havia sido muito equilibrada. Um primeiro tempo sonolento deu lugar a uma segunda etapa bastante disputada. Em um contra-ataque de manual, Nikão achou Pablo bem posicionado para abrir o placar. O Junior empatou em uma bola parada. Teve a chance de virar em um pênalti perdido por Pérez.

Esse segundo jogo foi quase uma repetição. Pablo (sempre ele!) abriu o placar aos 25′. O merecido empate do Junior veio aos 12′ da etapa final, com Téo Gutiérrez.

O time de Barranquilla jogou melhor, especialmente na etapa complementar. Perdeu inúmeras chances claras, frente a frente com o ótimo goleiro Santos.

Mas na prorrogação, o Athletico melhorou. A única chance criada pelos colombianos resultou em um pênalti. Barrera cobrou muito mal e mandou a bola para fora.

(Imagem: BOL / UOL)


No finzinho, os rubro-negros estavam esgotados fisicamente.

A decisão foi nos pênaltis. Narváez abriu convertendo. Jonathan igualou. Fuentes chutou para fora. Raphael Veiga abriu vantagem. Pérez dessa vez fez o dele. Bergson teve categoria e marcou. Téo Gutiérrez, a estrela do Junior, bateu por cima. Renan Lodi teve a chance de liquidar a fatura, mas bateu para fora. O experiente goleiro Viera marcou. E coube ao capitão Thiago Heleno cobrar firme, com raiva, para dar o título ao Athletico.

Um prêmio a um clube que soube se estruturar e cresceu demais, especialmente nos últimos 20 anos. Uma gestão deveras controversa, mas com muitos méritos de Mário Celso Petraglia. Grandes jogadores revelados, que renderam tecnicamente e financeiramente, como Dagoberto, Fernandinho, Jadson, Kléberson, Paulo Rink, os goleiros Neto e Weverton, e vários outros. Além disso, ainda tem um dos melhores Centros de Treinamentos do país e um dos melhores e mais modernos estádios da América Latina – que hoje teve seu recorde de público, com 40.263 expectadores.

(Imagem: UOL)


E a torcida teve alegrias de sobra nesse período, um título do Brasileirão e diversos campeonatos estaduais. Mas o ápice se deu mesmo hoje, ao conquistar a Copa Sul-Americana, o primeiro título internacional do clube. Foi merecido, principalmente pelo grande rival que enfrentou na final.

Nos últimos meses, o CAP jogou o melhor futebol do Brasil, evoluindo substancialmente na tabela de classificação do campeonato brasileiro, após um começo terrível.

As ideias plantadas por Fernando Diniz foram aperfeiçoadas pelo técnico Tiago Nunes, tornando o time mais equilibrado. Destaques para o bom goleiro Santos, o experiente capitão Lucho González, os meias Raphael Veiga e Nikão, além do atacante Pablo.

E a nova identidade trouxe sorte ao Athletico. Ontem foram anunciadas diversas mudanças impactantes, como no nome do clube (Athletico ao invés de Atlético), mudança nas cores, no distintivo, no uniforme e no mascote. Identidade essa que já nasceu campeã.

Parabéns, Clube Athletico Paranaense! Campeão da Copa Sul-Americana de 2018!