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… Atuação da Anvisa no “Brasil x Argentina”

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… Atuação da Anvisa no “Brasil x Argentina”


(Imagem: Marcello Zambrana / AGIF / Agência de Fotografia / Estadão)

Concordando ou não, a Anvisa tem não apenas o direito, mas o dever de retirar de campo os jogadores argentinos que deveriam cumprir quarentena ao entrar em território brasileiro ao chegarem do Reino Unido, Índia e África do Sul.

A princípio, isso tentou ser feito pela Polícia Federal antes de ser necessário se fazer ao vivo em uma emissora de TV de alcance nacional.

Mas, pelo que parece, os argentinos bateram de frente com as autoridades brasileiras, com a conivência da CBF e da Conmebol, e mandaram a campo três dos quatro jogadores que deveriam ter cumprido a tal quarentena.

Por algo semelhante – mas por restrições do governo britânico – a Seleção Brasileira precisou desconvocar nove jogadores e fez isso.

Seguindo as leis sanitárias e desportivas, a Argentina deveria fazer as três alterações e ser obrigada a voltar ao jogo. Por muito menos, os brasileiros foram obrigados a voltar a campo na Copa América de 1946, após Chico ser desmaiado de tanto apanhar pela polícia argentina. Deveria ter jogo sem esses jogadores. Simples assim.

Mas sabemos como são os argentinos, como ganharam duas Copas do Mundo e várias Copas Américas: na marra.

(Imagem: R7)

Nunca se viu uma pandemia como essa e todos os protocolos deveriam e deverão ser respeitados.

Pouca coisa é mais importante que o futebol. A vida é uma delas. E já são mais de 580 mil vidas perdidas apenas no Brasil.

Independente do posicionamento político, todos já perdemos amigos, familiares ou conhecidos por essa maldita pandemia.

Não se trata de política, nunca foi e nunca será. Se trata das regras e elas têm que ser cumpridas por quem quer que seja. Ninguém está imune a elas, nem o futebol.

Independentemente de gostar ou não da CBF, da Seleção Brasileira ou dos jogadores que lá estão, a Anvisa agiu certo. A seleção argentina agiu errado.

Ou voltam a campo com três alterações ou deveriam perder o jogo por ter abandonado a partida. Simples assim. Regras são regras.


(Imagem: Gazeta do Povo)

… Argentina Campeã da Copa América 2021

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… Argentina Campeã da Copa América 2021


(Imagem: Amanda Perobelli / Reuters)

Não. Não é um novo “Maracanazzo”.

Afinal, quem liga para a Copa América? Um torneio sucateado, com sede arranjada às pressas por pressão política, que nunca se sabe a periodicidade e intermitência da competição, que ficou oito anos sem acontecer e também já teve dois torneios no mesmo ano… Quem liga?

A Argentina se ligou, entrou ligada na competição, ganhou corpo durante o torneio e mereceu o título. Lionel Messi esteve aceso e incendiou o resto do time.

Na semifinal contra a Colômbia, o goleiro Emiliano Martínez emulou o Goycochea de 1990 e se tornou o “tapa penales” da vez.

Na final contra o Brasil, Rodrigo De Paul foi o Burruchaga da vez para ser o coadjuvante de um Messi que não foi Maradona.

Se o dia 10/07/2016 consagrou Cristiano Ronaldo com seu primeiro título pela seleção de Portugal, a mesma data, exatos cinco anos depois, consagrou Lionel Messi com seu primeiro título pela seleção da Argentina adulta.

E Neymar segue sem ganhar nenhum título pela Seleção Brasileira principal. Quando a Copa América anterior foi conquistada, em 2019, ele não estava presente. Na final de 2021, ele chamou para si a responsabilidade, tentou jogar, mas foi caçado em campo – com a total permissão e permissividade do árbitro uruguaio Esteban Ostojich. Os argentinos tinham permissão para matar – principalmente Otamendi.


(Imagem: AFA)

E conseguiram matar o jogo aos 22′, com um golaço por cobertura de Ángel Di María após um belo lançamento de Rodrigo De Paul – que Renan Lodi falhou bisonhamente e não conseguiu cortar.

Depois, os hermanos continuaram matando. Dessa vez, matando o tempo. Até que ele se esvaísse e o título viesse.

Tempo que foi também cruel com os argentinos ao passar tão rápido e os deixar 28 anos longe das grandes conquistas. Vários jogadores consagrados vestiram a camisa albiceleste e não levantaram troféus. Parecia que o mesmo aconteceria com Messi, Di María e Kun Agüero. Mas a merecida taça veio.


(Imagem: Ricardo Moraes / Reuters)

Mas, quem liga para a Copa América? Neymar chorou. Pela perda do título e por tudo mais que quisesse chorar. O Brasil não chorou. Das últimas dez edições, o Brasil ganhou cinco. Pelé, Garrincha, Zico, Leônidas da Silva, Falcão, Gylmar, Leão e vários outros nomes históricos… nenhum deles venceu umazinha sequer.

Não é um novo “Maracanazzo”. Assim como Renan Lodi ainda não tem tamanho suficiente para ser um novo Barbosa, Bigode ou Juvenal. É o lateral reserva no Atlético de Madrid e pouco jogou durante a temporada. Mas dava amplitude ao ataque de Tite. Ah, que saudade de Roberto Carlos, Branco ou até de Marcelo nas suas melhores fases…

Triste mesmo é Tite olhar para o banco de reservas e pensar em Vinícius Júnior como a solução para a Seleção. Se Vinícius tivesse ficado no Flamengo, ele seria o terceiro reserva – atrás de Bruno Henrique, Vitinho e Michael.

Será que Gérson não joga um pouco mais de bola do que Fred? Só eu que acho que Éverton Ribeiro com uma perna só é melhor que Lucas Paquetá? Bom, a “Titebilidade” imperou mais uma vez e o Brasil se despediu de outra competição oficial porque encontrou um adversário melhor – como foi a Bélgica na Copa do Mundo de 2018.

Mas cabe ressaltar que quando conquistou seus dois últimos títulos de Copa, a Seleção Brasileira passou vergonha na Copa América do ano anterior. Isso significa que o Hexa vem em 2022? Com esse futebolzinho atual, tenho minhas dúvidas.

Mas não está tudo perdido. Não é terra arrasada. Não é um novo “Maracanazzo”. Afinal, quem liga para a Copa América?

Parabéns Argentina! Parabéns Lionel Messi!

… 13/06/2021 – O melhor do primeiro dia da Copa América

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… 13/06/2021 – O melhor do primeiro dia da Copa América


(Imagem: Getty SBT)

A Seleção Brasileira jogou com o freio de mão puxado e goleou uma Venezuela toda desfigurada.

No outro jogo, a Colômbia bateu o Equador em uma bela jogada ensaiada em cobrança de falta.

… Brasil 3 x 0 Venezuela


(Imagem: Getty Images)

● A Venezuela estava toda desfigurada. Com oito casos de jogadores que testaram positivo para Covid-19, apenas três atletas que foram titulares contra o Uruguai, também estiveram no onze inicial diante do Brasil.

Se a seleção principal dos vinotintos não é lá essas coisas, imagina um time alternativo?! A única alternativa para o técnico português José Peseiro era tentar se defender ao máximo, fechar o meio e parar as jogadas de velocidade nas faltas.

E foi isso que aconteceu. Um primeiro tempo chato, com muitas jogadas faltosas de lado a lado.

Neymar era a fonte de inspiração da Seleção Brasileira, principalmente nas bolas paradas. Aos 23′, foi Neymar quem bateu o escanteio na primeira trave, Richarlison desviou e Marquinhos dominou e bateu de esquerda, do jeito que deu. A bola passou embaixo das pernas do marcador antes de entrar.

Neymar quase ampliou ainda na primeira etapa. Ele recebeu um lançamento de Éder Militão pela esquerda, dominou, limpou a marcação e bateu rasteiro. A bola passou perto.

Aos 17, em bela tabela de Danilo com Everton Ribeiro, o lateral direito deu uma meia lua em um adversário e recebeu um empurrão de Yohan Cumana dentro da área. Pênalti. Com sua paradinha característica, Neymar bateu no canto esquerdo e deslocou o goleiro Joel Graterol.

No último minuto do tempo regulamentar, Alexsandro fez um lançamento nas costas da defesa. Um zagueiro tentou cortar e falhou. Neymar dominou, driblou o goleiro e cruzou da linha de fundo. Dentro da pequena área, Gabigol só empurrou de peito para o gol vazio.

A Seleção Brasileira levou o jogo em “banho maria” e venceu bem sem se esforçar. Não fez mais que a obrigação.

… Colômbia 1 x 0 Equador


(Imagem: El País)

● Em novembro, essas mesmas seleções se enfrentaram em Quito, com goleada do Equador por 6 x 1.

Agora, em campo neutro, dificilmente algo do tipo aconteceria. Mas o Equador começou bem melhor, pressionando no ataque. O técnico argentino Gustavo Alfaro escalou quatro atacantes de ofício: Gonzalo Plata e Fidel Martínez pelas pontas, além de Michael Estrada e Enner Valencia no comando do ataque.

Na Colômbia, a fonte de inspiração era Juan Cuadrado, pela direita. Foi ele quem sofreu a falta que deu origem ao gol do jogo.

Aos 42′ do primeiro tempo, Edwin Cardona foi o protagonista de uma belíssima jogada. Se foi ensaiada ou não, jamais saberemos.

Cardona bateu curto, Cuadrado devolveu de primeira, Cardona deu de volta a Cuadrado que lançou por cima da defesa. Miguel Borja escorou de cabeça para o meio onde apareceu o próprio Cardona para finalizar chicoteando. A bola entrou no canto esquerdo do goleiro Ortiz, que nem se mexeu.

A defesa equatoriana ficou parada apostando no impedimento. O bandeira até apontou o “offside”, mas foi salvo pelo VAR, que confirmou o gol legal. Angelo Preciado dava condição a Borja no momento do lançamento de Cuadrado.

No segundo tempo, o Equador pressionou o quanto conseguiu, mas não foi o suficiente para impedir a derrota.

 

… 12/06/2014 – Brasil 3 x 1 Croácia

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… 12/06/2014 – Brasil 3 x 1 Croácia


Jogadores comemoram o terceiro gol brasileiro (Imagem: Jefferson Bernardes)

● Era um momento gigantesco: a primeira partida do Brasil em uma Copa do Mundo em seu território desde o “Maracanazzo“, exatos 63 anos, 10 meses e 26 dias depois. A Seleção começada credenciada como favorita ao hexacampeonato também por ter vencido sem contestações a Copa das Confederações no ano anterior, com direito a 3 a 0 sobre a Espanha na final.

As duas equipes já tinham se enfrentado em uma estreia de Copa, com vitória brasileira em 2006 por 1 a 0, gol de Kaká.

Veja mais:
… 08/07/2014 – Brasil 1 x 7 Alemanha
… 12/07/2014 – Brasil 0 x 3 Holanda

O hino nacional cantado “à capela” por todo estádio tem seus efeitos. Se por um lado emociona, inflama e motiva aos jogadores, por outro lado assusta. Os mais emotivos chegaram a chorar, como Júlio César, Thiago Silva e David Luiz.


O Brasil atuou no sistema 4-2-3-1, mas um pouco diferente do usual. Talvez para surpreender o adversário, os três jogadores de meio atrás de Fred foram escalados fora de sua posição habitual (com Hulk pela direita, Oscar pelo meio e Neymar pela esquerda). Nesta partida, Hulk foi deslocado para a esquerda e apareceu pouco. Oscar jogou aberto pela direita e Neymar circulou pelo meio.


A Croácia também foi escalada no 4-2-3-1, com um meio campo muito técnico e boa recomposição defensiva de toda a equipe.

● O jogo começou com os brasileiros nervosos, perdidos e mal posicionados em campo, principalmente os laterais Daniel Alves e Marcelo. Os primeiros 20 minutos da Copa foram da Croácia, que criou chances desde o início.

Aos 6 minutos, Perišić cruzou da direita e Ivica Olić, sozinho, cabeceia rente à trave do goleiro Júlio César.

A Croácia começou dominando e abriu o placar aos 11 minutos de partida. Olić recebeu lançamento nas costas de Daniel Alves, avançou livre pela esquerda e cruzou rasteiro. Nikica Jelavić erra o chute e a bola bate no pé de Marcelo, que vinha na corrida e acaba desviando para o gol. Foi o primeiro gol contra da história da Seleção Brasileira em Copas do Mundo. Também foi a primeira vez que o primeiro gol de uma edição de Copa foi um gol contra.

O gol permitiu à Croácia jogar mais recuada, dificultando a tentativa de pressão brasileira.

Mas logo o Brasil criaria a primeira chance. Oscar cruzou da direita e a bola passa direto por Fred e Neymar. Pouco depois, Paulinho aparece como homem surpresa e chuta no meio do gol, para a defesa do goleiro croata.

Na sequência, Neymar recebe na direita, invade a área e cruza para trás. A zaga enxadrezada rebateu e Oscar chutou forte de perna esquerda, para uma boa defesa de Pletikosa.

O empate veio aos 29 minutos. Oscar ganha de três marcadores e toca para Neymar, que chuta de fora da área, fraco e torto. Mesmo sem ter pegado bem na bola, ela desvia levemente na zaga e engana o goleiro Pletikosa, morrendo fraca, no cantinho esquerdo dele.

O jogo foi se arrastando de forma difícil para o Brasil até os 26 minutos do segundo tempo, quando Fred recebe na área e desaba sem ser tocado. Só o árbitro japonês Yuichi Nishimura enxergou esse pênalti. Neymar bate mal, à meia altura, no canto direito do goleiro, que chegou a tocar na bola, mas não impediu a virada brasileira.

Pouco depois, Oscar cruza na cabeça de David Luiz, que finaliza por cima.

A Croácia teve um gol anulado logo em seguida, após a arbitragem marcar uma falta duvidosa em cima do goleiro Júlio César.

Já nos acréscimos, Ramires roubou a bola no meio de campo, Oscar avançou sozinho em contra-ataque e chutou da meia-lua, de pé trocado, coroando sua grande atuação nesta partida. Foi o melhor jogo de Oscar pela Seleção Brasileira.


Oscar se livra de três marcadores, no lance do gol de empate (Imagem: UOL)

● Foi uma estreia pouco convincente do Brasil, mas essa tensão era esperada. No fim, valeu pela vitória.

Por mais que Oscar tenha feito uma partida gigante, Neymar foi imprescindível, assumindo a responsabilidade que carregava, como a grande esperança do Brasil na Copa. Ele decidiu com dois gols, que acalmaram um pouco a Seleção e deu tranquilidade para trabalhar mais as jogadas.

A Croácia foi bem em seu setor defensivo. A linha de meio (Modrić, Rakitić e Kovačić) é muito combativa e criativa. Os três homens mais avançados também jogaram bem, inclusive na marcação da saída de bola brasileira. Mas é nítida a falta que fez seu melhor jogador, Mario Mandžukić, que não jogou a estreia por cumprir suspensão por ter sido expulso na última partida das eliminatórias.

Nas demais partidas que disputou, a Croácia goleou Camarões por 4 a 0 e perdeu para o México por 3 a 1, terminando em 3º lugar do grupo A, sem se classificar à próxima fase.


Fred vai ao chão, no lance que originou o pênalti da virada (AP Photo/Thanassis Stavrakis)

FICHA TÉCNICA:

 

BRASIL 3 x 1 CROÁCIA

 

Data: 12/06/2014

Horário: 17h00 locais

Estádio: Arena Corinthians

Público: 62.103

Cidade: São Paulo (Brasil)

Árbitro: Yuichi Nishimura (Japão)

 

BRASIL (4-2-3-1):

CROÁCIA (4-2-3-1):

12 Júlio César (G)

1  Stipe Pletikosa (G)

2 Daniel Alves

11 Darijo Srna (C)

3 Thiago Silva (C)

5  Vedran Ćorluka

4  David Luiz

6  Dejan Lovren

6 Marcelo

2  Šime Vrsaljko

17 Luiz Gustavo

10 Luka Modrić

8  Paulinho

7  Ivan Rakitić

7  Hulk

4  Ivan Perišić

11 Oscar

20 Mateo Kovačić

10 Neymar Jr

18 Ivica Olić

9  Fred

9  Nikica Jelavić

 

Técnico: Luiz Felipe Scolari

Técnico: Niko Kovač

 

SUPLENTES:

 

 

1  Jefferson (G)

23 Danijel Subašić (G)

22 Victor (G)

12 Oliver Zelenika (G)

23 Maicon

3  Danijel Pranjić

15 Henrique

13 Gordon Schildenfeld

13 Dante

21 Domagoj Vida

14 Maxwell

8  Ognjen Vukojević

5  Fernandinho

14 Marcelo Brozović

18 Hernanes

15 Milan Badelj

16 Ramires

19 Sammir

19 Willian

22 Eduardo da Silva

20 Bernard

16 Ante Rebić

21 Jô

17 Mario Mandžukić

 

GOLS:

11′ Marcelo (CRO) (gol contra)

29′ Neymar (BRA)

71′ Neymar (BRA) (pen)

90’+ 1′ Oscar (BRA)

 

CARTÕES AMARELOS:

25′ Neymar (BRA)

64′ Vedran Ćorluka (CRO)

73′ Dejan Lovren (CRO)

90′ Luiz Gustavo (BRA)

 

SUBSTITUIÇÕES:

60′ Mateo Kovačić (CRO) ↓

Marcelo Brozović (CRO) ↑

 

62′ Paulinho (BRA) ↓

Hernanes (BRA) ↑

 

68′ Hulk (BRA) ↓

Bernard (BRA) ↑

 

78′ Nikica Jelavić (CRO) ↓

Ante Rebić (CRO) ↑

 

88′ Neymar (BRA) ↓

Ramires (BRA) ↑

Melhores momentos da partida:

… Barcelona 6 x 1 Paris Saint-Germain

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… Barcelona 6 x 1 Paris Saint-Germain


(Imagem: UOL)

Sei que minhas opiniões sobre esse jogo são bastante ácidas, mas…

● Primeiramente, vamos recordar que no jogo da ida em Paris, o PSG humilhou o Barça e poderia ter vencido por muito mais que os 4 x 0, mas… o time francês tem um preciosismo tão grande nas finalizações, que não concretizou as chances criadas. Assim também foi no jogo de hoje, em que teve três oportunidades para liquidar de vez o confronto, duas com Cavani e uma com Di María, mas não o fez. De qualquer forma, exceto essas poucas chances (mas que foram claríssimas), o PSG nada criou, não só por demérito próprio e a estratégia traçada pelo técnico Unai Emery, que escalou e substituiu mal. Um gestor que possui recursos, mas não os utilizou da melhor forma possível. Emery já provou seu valor em equipes menores, mas prova também que ainda não tem o tamanho que o Paris Saint-Germain acha que possui em nível continental.

Mas foi também mérito do adversário. Foi um jogo espetacular do Barcelona, em que tudo deu certo. A alma que faltou em Paris sobrou na Catalunha. A alteração tática recente de Luis Enrique, escalando o time praticamente em um 3-3-4, tornou o time ainda mais ofensivo e ocupando todos os espaços. O Barcelona aproveitou as poucas oportunidades do primeiro tempo e após fazer o 3 x 0 no início do segundo, levou o gol. Seria um balde de água fria para qualquer time, mas não para esse Barça!

Neymar Jr acabou sendo o principal nome de um maravilhoso Barcelona. Quando tudo parecia perdido, Neymar cobrou uma falta com maestria, colocando o Barça no jogo de novo. Também converteu um pênalti em um momento de pressão, cavou um pênalti “mandrake” e, no último lance da partida, não se desesperou como faria um reles mortal e, com frieza extrema, colocou “com açúcar” a bola no pé salvador de Sergi Roberto. Neymar jogou como o melhor jogador do mundo. Hoje podemos dizer que “Neymar teve um dia de ‘Messi'”.

(Imagem: Goal)

● Mas a arbitragem apareceu novamente. É incrível que na Europa quase todos os lances duvidosos são favoráveis a Barcelona, Real Madrid e Bayern de Munique. Na dúvida, marcam a favor deles; se não tem o que marcar, inventam. Incrível. São os três melhores e mais consistentes times do mundo, tendo uma vaga cativa nas semifinais da UCL nos últimos anos. A diferença técnica e financeira entre esses clubes e os outros é absurda. Não precisam disso para serem os maiores do mundo.

Mas foi uma atuação para esquecer do árbitro alemão Denis Aytekin. Foram quatro lances capitais, interpretativos e muitos discutíveis, todos decididos em favor do Barcelona. O primeiro foi um cruzamento de Draxler que foi cortado por um carrinho de Mascherano, cuja bola parou no braço do argentino. O juiz interpretou como toque acidental e não marcou pênalti. No segundo lance polêmico, o lateral Meunier dançou e o belga caiu, derrubando o brasileiro com a cabeça. Dessa vez o árbitro marcou pênalti, convertido por Messi. O terceiro lance foi uma “botinada” por trás de Neymar no amigo Marquinhos. Na minha terra, isso é pra cartão vermelho direto e indiscutível. Creio que em todo lugar seria, menos para quem veste a camisa blaugrana. No quarto lance não tem nem discussão. Messi lançou Suárez, que foi suavemente tocado por Marquinhos. Lógico que Luisito se jogou, ao ver o braço do brasileiro à sua frente. O uruguaio parecia uma bailarina em ação e o juiz alemão marcou (outro) pênalti inexistente, convertido por Neymar.

● Mas não foi (só) isso que classificou o time catalão. Ao PSG e ao mundo do futebol, fica claro que a covardia nunca merece ser premiada e um time que deixa uma vantagem de quatro gols escapar não merece ser campeão da Champions. Ao Barça, parabéns pela entrega dentro de campo e por ter aproveitado as chances da melhor forma; parabéns pelo apoio dessa torcida única; parabéns pela atuação mágica de Neymar Jr. Mas agradeça também (um pouquinho) à arbitragem e (muito) ao acovardado Paris Saint-Germain.

Em 62 anos de UEFA Champions League, foi a primeira vez em que uma equipe conseguiu reverter um resultado negativo de quatro ou mais gols de diferença no jogo da ida de uma partida eliminatória. Foi algo sem precedentes no alto nível do futebol. Foi uma classificação épica e muito merecida. Por tudo que fez, o Barcelona segue como o principal favorito para conquistar a UCL 2016/17.

… Dia 05 de fevereiro: círculo virtuoso de craques

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… Dia 05 de fevereiro: círculo virtuoso de craques


No sentido horário: Neymar Jr, Gheorghe Hagi, Cristiano Ronaldo e Carlitos Tévez (Imagens localizadas no Google)

Neymar da Silva Santos Júnior, mais destacado jogador de futebol brasileiro da atualidade, nasceu em 05/02/1992 e desde os treze anos de idade já demonstrava seu enorme talento. Começou no Santos e foi para o Velho Continente em 2013, para jogar no Barcelona

Barcelona, onde também jogou Gheorghe Hagi, antes de se tornar lenda no Galatasaray. Também nascido em 05/02, mas em 1965, ele começou a mostrar seu potencial logo jovem, no Steaua Bucaresti, mas também passou, entre outros clubes, por Brescia e Real Madrid

Real Madrid, cujo maior artilheiro da história nasceu em 05/02/1985: Cristiano Ronaldo. O CR7 despontou aos 16 anos no Sporting e aos 18 já estava com a mítica camisa 7 do Manchester United

Manchester United, campeão da UEFA Champions League em 2007/2009, tendo no ataque também Carlitos Tévez, outro nascido em 05/02, no ano de 1984. Na final da UCL seguinte, o United perdeu para o Barcelona, clube onde atuou recentemente Neymar Jr.

… “Futebol Contra a Fome” 2016, em Uberlândia

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… “Futebol Contra a Fome” 2016, em Uberlândia

● Acho muito divertidos esses “jogos das estrelas” em que se misturam artistas da bola, do palco e até anônimos, com o intuito de se divertirem no fim do ano, divertir o público, mas, principalmente, pelo foco social. Nesta segunda-feira, 26/12/2016, no Estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia, foram 32 mil torcedores, arrecadando 70 toneladas de alimentos não perecíveis, que serão doadas a 80 instituições beneficentes da região.

● Em uma festa linda do futebol, realizei sonhos. Mesmo sendo brincadeira, todos jogando sem qualquer responsabilidade, apenas por prazer, vi em campo ídolos mundiais: Roberto Carlos, Neymar Jr., Denílson, Nenê, Junior Baiano, Edílson, Amaral, Edmílson, Elano, Emerson Sheik, Ascelino Popó, Gabriel Medina, dentre outros. O placar mesmo deu a entender que tudo era zoeira: 14 x 13. Amaral, ex-volante (e cheio de histórias pra contar), defendia sozinho no time branco. Mesmo com o time branco (de Alexandre Pires) sendo mais forte, com Neymar e Denílson, no início do segundo tempo o time vermelho (de Fernando Pires), com Nenê, chegou a estar vencendo por 10 a 5. Mas Neymar Jr. e Emerson Sheik não gostam de perder nem em peladas e viraram o jogo. No fim, uma festa total.

● Mas o momento mais inesquecível foi a entrada em campo de Zico, mesmo sem jogar. A galera gritando “Zico! Zico! Zico!” me fez imaginar dentro da torcida do Flamengo, 35 anos atrás, quando ele liderava o rubro-negro ao título mundial. Mesmo de longe, com uma visão até ruim, é um sonho, uma honra inenarrável estar a poucos metros de Zico. Mesmo com quase 64 anos e mesmo que ele não jogue mais em alto nível há quase trinta anos, é um ídolo mundial, não só do futebol. É uma celebridade única, querido e amado até pelos vascaínos, botafoguenses e tricolores, a quem ele tanto castigava. Era e é impossível odiar Zico. Ele que fazia o brasileiro sonhar, agradecer a Deus por ser brasileiro. Em 90 minutos, Zico fazia o povo esquecer das misérias, do desemprego, da ditadura militar e sua repressão, dos planos econômicos falhos… Ídolo único, fantástico, o melhor jogador brasileiro desde Pelé. Como dizia o sábio Armando Nogueira: “Se Zico não venceu a Copa, azar da Copa.” Ele não precisou jogar com muitas camisas para ser ídolo de todas.