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… Cafu jogando no Juventude em 1995

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… Cafu jogando no Juventude em 1995

Você sabia que Cafu jogou no Juventude um ano depois de ser campeão do mundo pela Seleção Brasileira?

A Parmalat, patrocinadora do Palmeiras e do Juventude na época, usou o clube gaúcho como uma ponte para burlar uma cláusula que o São Paulo incluiu na venda de Cafu ao Zaragoza.

Veja todos os detalhes no vídeo.

… São Paulo Campeão Paulista 2021

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… São Paulo Campeão Paulista 2021


(Imagem: fb.com/saopaulofc)

Sem fazer análises aprofundadas, destacamos alguns pontos que tornaram o SPFC o legítimo Campeão Paulista de 2021:

Técnico. Hernán Crespo deu ao time uma cara de time. Bem diferente do “dinizismo”.

3-5-2. O sistema tático é a cara do SPFC multicampeão de antigamente e faz parte do DNA do clube.

Miranda. O zagueiro exerce a liderança pelo exemplo e é símbolo de uma era campeã.

Crias de Cotia. SPFC começando a colher melhor os frutos das divisões de base. Luan, Liziero, Gabriel Sara, Igor Gomes e outros.

Tiago Volpi. Melhor goleiro do time desde a aposentadoria de Rogério Ceni.

Benítez. Não jogou a final. Mas, quando jogou, foi decisivo.

Luciano. Tem machucado muito nas fases decisivas, mas, quando joga, é decisivo.

Diretoria. Júlio Casares soube se cercar de pessoas competentes, representadas por Muricy Ramalho.

LG. A patrocinadora traz sorte. Sai novamente em um pôster do SPFC campeão.

Melhor campanha. Normalmente o time que faz a melhor campanha durante a primeira fase ganha confiança no mata-mata.

Freguesia do Palmeiras em mata-matas contra o SPFC. São 17, com o Palmeiras tendo vantagem em 3 vezes e o SPFC em 14.

Palmeiras sem repertório. O técnico Abel Ferreira arma o Palmeiras de uma única forma, sem alternativas. Joga tentando fechar os espaços, pressionando a saída de jogo do rival em busca de um erro. Só consegue jogar em velocidade ou no contra-ataque. Sem contragolpe, sem velocidade e sem erro do adversário, não consegue ser letal.

Independente de qualquer coisa, o Paulistão é pouco para as ambições do torcedor são-paulino. Mas pode ser o início de uma temporada de recomeço. Já é um avanço.

… São Paulo F.C. na temporada 2020 e o “Dinizismo”

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… São Paulo F.C. na temporada 2020 e o “Dinizismo”

Fiz um “Raio-X” em detalhes sobre o São Paulo F.C, em relação aos quatro aspectos: físico, técnico, tático e psicológico.
Confira no vídeo.

#Futebol​ #TrêsPontos​ #SPFC​ #SãoPauloFC​ #SãoPaulo #Tricolor #TricolorPaulista #ForaDiniz #TchauDiniz #Dinizismo #Brasileirão

… São Paulo F.C. de todos os tempos

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… São Paulo F.C. de todos os tempos


(Imagem: Três Pontos)

Em homenagem aos 91 anos de fundação do São Paulo Futebol Clube, fizemos a nossa seleção dos maiores jogadores de todos os tempos do clube.

Rogério Ceni; Cafu, Roberto Dias, Darío Pereyra e Leonardo; Gérson, Raí e Pedro Rocha; Careca, Leônidas da Silva e Serginho Chulapa. Técnico: Telê Santana.

Menções honrosas para, entre centenas de outros: Zetti, Oscar, Bauer, Müller, Canhoteiro e Muricy Ramalho.

#spfc #saopaulo #tricolor

… Bragantino 4 x 2 São Paulo

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… Bragantino 4 x 2 São Paulo

(Imagem: Esporte Interativo)

Não tem muita explicação. Uma goleada assombrosa. Provavelmente a pior apresentação em todos os tempos de um time vestindo a camisa do São Paulo Futebol Clube.

O time titular líder do Brasileirão, que todos conhecem de cor, começou a ter seus desfalques – o que pesou bastante na atuação.

Luan cumpriu suspensão. Luciano lesionado. Arboleda sentiu desconforto muscular. Juanfran pediu para não jogar por problemas pessoais.

E o “jênio” Fernando Diniz, com um elenco de 25 jogadores, não tem plano B. Sempre dá um jeito de escalar Tchê Tchê e Vítor Bueno, não importa onde. Mas se esses “craques” jogam em qualquer posição, é porque não são bons em nenhuma.

E um time sem pegada, sem tesão, só poderia ter entregue o que entregou: uma vergonha histórica.

Diego Costa, pior zagueiro que já vi – pior que Nem, Rogério Pinheiro, Wilson, Ameli e Lucão juntos – só deixou de falhar ao ser substituído no intervalo.

Igor Vinícius deveria ser proibido de passar em frente ao CT. Deveria ser dispensado no vestiário por deficiência técnica.

Mas não foi só falta de qualidade. Foi falta de vontade.

No intervalo, o técnico são-paulino trocou ambas as amebas por outras: Leo Pelé e Paulinho Bóia.

Ao expulsar Tchê Tchê, o árbitro fez o que Diniz deveria ter feito – completando ao tirar Bueno pra colocar Rodrigo Nestor.

Nestor deveria ser o substituto natural de Luan, claro. Mas hoje está claro que o camisa 13 é fundamental no SPFC.

Sanguíneo como é, se Luciano estivesse em campo, provavelmente seria expulso por ter agredido meia dúzia de colegas desse time sem brio.

Só se salvou Tiago Volpi. Porque o placar foi muito magro pelo que foi a partida. Era jogo para, pelo menos, 10 a 1.

O SPFC ainda contou com a sorte por causa do resultado do Fla-Flu.

Agora é esperar os reflexos desse desastre histórico e torcer para que não se desenhe a tragédia anunciada: a perda de um título encaminhado e a continuação da maldita fila – que não acaba desde aquela final inacabada da Copa Sul-Americana, no dia 12/12/2012.

… São Paulo 4 x 3 Lanús

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… São Paulo 4 x 3 Lanús


(Imagem: Reuters / Globo Esporte)

● Quem assiste um jogo do São Paulo se deleita. Costuma ser um time com muita posse de bola, sem chutão direto da defesa, troca de passes incessante, ocupação entre as linhas do adversário e muitos gols marcados. Com espírito ofensivo, o técnico não tem medo de trocar seus dois zagueiros por dois atacantes. Porém, o time não é agressivo na marcação, oferece muitos espaços e sofre muitos gols, especialmente em bola parada ou então quando a defesa é pressionada.

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… Flamengo 1 x 4 São Paulo

Quem não torce para o SPFC, ama assistir às partidas. Quem torce para o Tricolor do Morumbi, sofre um pequeno infarto a cada ataque adversário, gol perdido do seu time ou mexida maluca do treinador.

Esse é justamente o resumo do jogo de hoje.

● O Lanús é um time medíocre, que ofereceu perigo ao SPFC em todos os raros ataques. E fez dois gols. Dani Alves achou um em escanteio.

O São Paulo fez um primeiro tempo ruim e um ótimo segundo tempo. Muito pela troca de um zagueiro (Diego Costa) por um atacante (Pablo), mas também pelo recuo compulsório do Lanús. Uma coisa também levou a outra, claro. Logo Diniz também tiraria o outro zagueiro (Bruno Alves) e colocaria Vitor Bueno, após empatar a partida com Pablo.


(Imagem: Staff Images / Conmebol / Globo Esporte)

Mas a frutífera criação de jogadas foi resultar nos gols decisivos apenas no fim da partida, com muita emoção. Quem é são-paulino se emocionou, lembrou dos velhos tempos e do time com cara de vencedor. Fernando Diniz se tornou um gênio do dia pra noite.

● Com 4 x 2, o Tricolor se classificava. Diniz voltou dois zagueiros para campo (Arboleda e Leo Pelé). O Lanús se desesperava, arrumando brigas antes do recomeço do jogo. Mas, logo na saída, um chutão pra frente causou um pânico na remontada defesa do São Paulo e o Lanús marcou o gol decisivo. O são-paulino que estava comemorando o milagre sentiu como se tivessem lhe arrancado a alma.

Com o placar em 4 x 3, o mediano Lanús se classificou. Mais uma eliminação para a conta do histórico vexatório do Tricolor do Morumbi desde o título da Libertadores de 2005 (último torneio em mata-mata que o SPFC venceu, já que a final da Copa Sul-Americana de 2012 não acabou…)

E o torcedor do São Paulo, mais uma vez, tristemente relembrou o hino do clube: “as tuas glórias vem do passado”.

E os demais torcedores, assistiram uma partida emocionante, especialmente no fim.

Melhores momentos da partida:

… Flamengo 1 x 4 São Paulo

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… Flamengo 1 x 4 São Paulo


(Imagem: Goal)

● O Mengão estava invicto havia doze partidas. A última derrota até então era a (in)esquecível goleada sofrida para o Independiente del Valle por 5 a 0.

Mesmo com desfalques como Gabriel Barbosa, Giorgian De Arrascaeta, Rodrigo Caio, Thiago Maia e Willian Arão, o estável Flamengo ainda era favorito contra o sempre instável São Paulo.

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… São Paulo 4 x 3 Lanús

O Tricolor vinha de derrota por 3 x 2 para o Lanús pela Copa Sul-Americana e classificação nos pênaltis diante do Fortaleza pela Copa do Brasil – sofrendo oito gols nesses três jogos.

Quando Pedro fez um golaço e abriu o placar para o Flamengo logo aos seis minutos de jogo, estava tudo “normal”. Aliás, aqui cabe um parêntese para falarmos de Pedro. Ele não teve oportunidades na Europa, quando passou pela Fiorentina. Mas, atuando no futebol brasileiro, por Fluminense e Flamengo, ele “cheira a gol”. Além de ser muito bom tecnicamente e entender como poucos da função de centroavante, finaliza bem de qualquer forma. Deveria estar entre os 23 convocados da Seleção Brasileira – talvez até como titular.


(Imagem: André Durão / Globo Esporte)

● Mas a “anormalidade” começou pouco depois, com o SPFC começando o jogo com sua tradicional troca de passes desde a defesa, mas, incrivelmente, passou a ganhando espaço entre as linhas do Flamengo. Com isso, sempre tinha um são-paulino bem posicionado para receber o passe. E um ataque pela esquerda resultou em um golaço de Tchê Tchê (!). Méritos dele, que não teve medo de chutar e colocar a bola no ângulo.

O VAR marcou pênalti de Diego Costa em Éverton Ribeiro. Bruno Henrique bateu mal e Thiago Volpi pegou bem.

Nos acréscimos do primeiro tempo, Reinaldo cruzou da esquerda e Gustavo Henrique escorou mal. Brenner (que tem feito seus gols e salvando o SPFC) bateu firme e virou o jogo.


(Imagem: André Durão / Globo Esporte)

● No começo do segundo tempo, Gustavo Henrique (em uma jornada desastrosa) fez pênalti em Bruno Alves. A penalidade foi marcada corretamente pelo VAR, mas a arbitragem errou no início do lance, ao marcar escanteio ao invés de tiro de meta. Reinaldo, o “Kingnaldo”, bateu deslocando o goleiro e converteu.

Pouco depois, Daniel Alves cometeu pênalti em Gérson e o árbitro marcou sem precisar de ver o vídeo. Dessa vez quem bateu foi Pedro. Ele chutou da mesma forma que Bruno Henrique (mal) e Volpi foi da mesma forma: foi bem e defendeu.

Aos 31′, João Gomes recebeu de Bruno Henrique e chutou no travessão.

Cinco minutos depois, Volpi lançou desde sua área. Luciano dominou ganhando do bom zagueiro Nathan e chutou cruzado de direita.

Aos 40′, Vitor Bueno chutou de longe. A bola tinha o caminho do ângulo, mas o ótimo goleiro Hugo Souza “Neneca” fez uma ótima defesa. Aliás, que ótimo goleiro é esse! Merece ser melhor observado por Tite e seu “staff”.


(Imagem: André Durão / Globo Esporte)

● Placar final: 4 a 1 para o SPFC, mas que poderiam ser 6 a 3 ou até mais. Um belo jogo dos dois times. Mas não foi “normal”.

Pelo que os dois times estão jogando nos últimos tempos, não é normal que o SPFC enfie uma goleada no melhor time do Brasil e da América. O Tricolor do Morumbi passa por uma crise institucional sem precedência, que só vê sua dívida aumentar exponencialmente e os resultados em campo não condizem com o caro (e desequilibrado) elenco que foi formado. Os títulos não vêm desde 2008 (a Copa Sul-Americana de 2012 foi um caso atípico, em que a final nem acabou…) e os nomes que foram contratados para levar o time às vitórias não conseguem responder dentro de campo.

Para o Flamengo, a derrota pode ser boa para mostrar que o time não é invencível e precisa estar sempre concentrado para manter o alto nível.

Para o São Paulo, serve de incentivo para buscar o resultado diante do Lanús pela Copa Sul-Americana na próxima quarta-feira.

Melhores momentos da partida:

… São Paulo campeão mundial de 1992

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… São Paulo campeão mundial de 1992


(Imagem: saopaulofc.net)

● O São Paulo já era um clube com bom histórico regional e até nacional. O time tinha sido vice-campeão brasileiro em 1989 e 1990 e, enfim, foi campeão em 1991 (tinha vencido antes, em 1977). Com uma base forte e vários jogadores que vestiram ou vestiriam a camisa da Seleção Brasileira, o Tricolor do Morumbi venceu uma difícil Copa Libertadores, batendo o argentino Newell’s Old Boys nos pênaltis, com um Zetti decisivo. Com poucas alterações no time (a mais importante foi a saída do zagueiro Antonio Carlos), partiu para o Japão.

O Barcelona era o chamado “Dream Team“, montado pelo gênio Johan Cruijff, expoente em pessoa do “Futebol Total”. Eram muitos craques mundiais em um só time, completado por outros bons jogadores, todos de alto nível. O time estava no meio do único tetracampeonato espanhol de sua história. Na final da UEFA Champions League de 1991/92, venceu na prorrogação o fortíssimo time da Sampdoria. Todos apostavam em uma vitória categórica do Barça sobre o São Paulo. Só faltou combinar antes.

(Imagem: Orlando Kissner / AE)

● O Barça aproveitou o início nervoso do adversário e começou mostrando a que veio, aos 12 minutos, com um golaço do craque búlgaro Stoichkov, em chute da intermediária, surpreendendo e encobrindo o goleiro Zetti. Todos tinham certeza que era o início de uma goleada. Mas estavam enganados. Aos 27 minutos, em um contra-ataque, Palhinha lançou na esquerda para Müller, que fez jogada individual e cruzou para a área. Raí se antecipou à defesa espanhola e completou de barriga para o gol de Zubizarreta. Raí começava a escrever a sua história a parte.

O Mestre Telê Santana tinha fama de pé frio, por não conseguir vencer a Copa do Mundo com duas ótimas Seleções Brasileiras, em 1982 e 1986. Ele era sempre ranzinza, como um avô velho. Sempre gritava muito na beira do gramado e se estressava com tudo. Mas especialmente nesse dia, Telê foi sereno todo o tempo, com consciência de todo o potencial de sua equipe.

Os dois times tiveram chances de marcar, mas não saía o gol. O lateral-esquerdo (anjo da guarda) Ronaldo Luís salvou em cima da linha uma bola chutada por Txiki Begiristain. No segundo tempo a partida continuava em extremo equilíbrio, com os dois times jogando em busca do gol, mas o placar não era alterado, mesmo com o time brasileiro já sendo muito superior na partida. Até os 34 minutos da etapa complementar, quando Palhinha sofreu falta no lado esquerdo da intermediária ofensiva. Em situações normais e para jogadores normais, seria um excelente e perigoso cruzamento para a área.

Então apareceu ele de novo, o capitão, o craque da camisa nº 10 (que ganharia o carro da Toyota ao ser eleito o melhor da partida). Em cobrança de falta ensaiada (que nunca dava certo nos treinamentos), Raí rolou para Cafu, que apenas escorou e assistiu ao meia colocar a bola no ângulo direito, como se fosse colocada com as mãos, um míssil teleguiado. Uma verdadeira obra prima feita por um artista.

Com pouco tempo para se recuperar, o Barça viu o São Paulo administrar a vantagem e se tornar campeão do mundo.

(Imagem: Lance!)

● Após o jogo, o técnico Johan Cruijff disse: “se é para ser atropelado, que seja uma Ferrari”. Além do placar, essa declaração era a prova definitiva da superioridade do novo campeão mundial.

Não tem como negar: esse foi o maior e melhor jogo da história do São Paulo Futebol Clube. É claro que os títulos de 1993 e 2005 são inesquecíveis, mas o de 1992 foi diferente. Além de ter sido o primeiro Mundial do clube, foi em cima de um time considerado imbatível, além de ser o único título mundial conquistado com (e por causa de) Raí.

FICHA TÉCNICA
São Paulo 2 x 1 Barcelona
SÃO PAULO (4-4-2)
Zetti; Vítor, Adílson, Ronaldão e Ronaldo Luís; Pintado, Toninho Cerezo (Dinho), Raí e Cafu; Müller e Palhinha. Técnico: Telê Santana.
BARCELONA (3-5-2)
Andoni Zubizarreta; Albert Ferrer, Ronald Koeman e Eusébio Sacristán; José Mari Bakero (Ion Andoni Goikoetxea), Pep Guardiola, Guillermo Amor, Michael Laudrup e Richard Witschge; Txiki Begiristain (Miguel Ángel Nadal) e Hristo Stoichkov. Técnico: Johan Cruijff.
Data: 13/12/1992
Local: Estádio Nacional (Tóquio, Japão)
Público: 60.000
Árbitro: Juan Carlos Loustau (Argentina)
Gols:
12′ Hristo Stoichkov (BAR)
27′ Raí (SPFC)
79′ Raí (SPFC)

… São Paulo de 2008: inédito e único tricampeão brasileiro

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… São Paulo de 2008: inédito e único tricampeão brasileiro


(Imagem: Globo Esporte)

● Hoje completa exatos oito anos do último título brasileiro do São Paulo Futebol Clube.

O Tricolor venceu o Campeonato Brasileiro de 1991, as Copas Libertadores de 1992 e 1993 e as Copas Intercontinentais também de 1992 e 1993. Exceto alguns torneios regionais, o tricolor só voltou a se destacar em níveis maiores com o título da Libertadores e Mundial de 2005. Logo depois emendou um inédito tricampeonato Brasileiro, entre 2006 e 2008.

O SPFC foi dos primeiros a tirar vantagem da Lei Pelé, contratando excelentes jogadores no fim de seus contratos. Vários ídolos recentes do clube chegaram com passe livre ou vieram com preço relativamente barato. Assim, o time montou um verdadeiro esquadrão em nível continental, com um elenco de vastas opções e era candidato a tudo que disputava. Uma gestão exemplar e um time forte, que disputava sempre para ganhar, era uma motivação extra para novos contratados. Era um círculo virtuoso.

No primeiro título da sequência, a base do time ainda era a campeã mundial um ano antes (e vice da Libertadores de 2006), com: Rogério Ceni; Fabão, André Dias (Edcarlos) e Miranda (Alex Silva); Ilsinho (Souza), Mineiro, Josué (Richarlyson), Danilo (Lenílson) e Júnior; Leandro (Thiago Ribeiro) e Aluísio Chulapa (Alex Dias). Era um time que sofria poucos gols, com meio campo marcador e criativo, com um ataque que aproveitava as chances criadas. Armando tudo isso estava um técnico histórico: Muricy Ramalho. Era o quarto título do Campeonato Brasileiro.

● Em 2007, as projeções para o clube não eram muito boas, pois perdeu, dentre outros, o lateral direito Ilsinho e a dupla Mineiro-Josué (siameses do meio campo, como os blaugranas Xavi-Iniesta, guardadas as devidas proporções, claro). Mas incrivelmente a diretoria conseguiu repor as peças e até ampliar o portfólio disponível para o Professor Muricy: os atacantes Dagoberto e Borges, Hernanes (de volta de empréstimo), o meia-ala Jorge Wágner e o zagueiro Breno, promissor e revelado nas divisões de base do clube, de apenas 17 anos. Com um time compacto e oportunista, foi constante em todo o campeonato. Entre a 17ª e a 25ª rodada, o time sequer levou gols. Como resultado, tem o menor número de gols sofridos da história do torneio, com 19 em 38 partidas (média de 0,5). o time base era: Rogério Ceni; Breno, André Dias e Miranda; Souza, Hernanes, Richarlyson, Leandro e Jorge Wágner; Dagoberto e Borges (Aloísio Chulapa).

(Imagem: SPFC.net)

● Já em 2008, a reestruturação foi maior. Adriano Imperador voltou ao Brasil para jogar a Libertadores no primeiro semestre e logo foi embora. Também chegaram: o lateral Joílson, o atacante Éder Luís e o zagueiro Rodrigo. Mas saíram destaques como Leandro, Souza, Aloísio e Breno. Na Copa Libertadores, a terceira eliminação consecutiva para um time brasileiro (Inter em 2006, Grêmio em 2007 e Fluminense, nas quartas de final de 2008). No Paulista, queda na semifinal para o futuro campeão, Palmeiras.

Sem confiança alguma, o SPFC começou o Brasileirão ainda nocauteado, perdendo do Grêmio em casa por 1 a 0 e empatando com Atlético-PR e Coritiba por 1 a 1. Diferentemente dos anos anteriores, o Tricolor do Morumbi demorou a engrenar e não se aproximou da liderança no primeiro turno. Depois de quatro jogos sem vitória, o time goleou o Galo por 5 x 1 em casa e bateu o Flamengo por 4 a 0 no Maracanã. Ao fim de um primeiro turno irregular, estava atrás de Grêmio, Cruzeiro e Palmeiras.

Logo na primeira rodada do returno, perdeu novamente para o Grêmio (dessa vez fora de casa) por 1 a 0. Com isso, os gaúchos abriram 11 pontos na dianteira e eram os favoritos destacados a quebrarem um jejum de 12 anos. Depois dessa derrota, o São Paulo ganhou um ritmo heroico, ultrapassou o Grêmio na 33ª rodada e não perdeu mais. Foram 11 vitórias e 6 empates até a penúltima rodada. O Tricolor precisava apenas vencer em casa e, diante de 66.888 pagantes no Morumbi, apenas empatou com o Fluminense. O Grêmio goleou o fraco Ipatinga e manteve chances de título.

Na rodada final (07/12/2008), bastaria ao um empate com o Goiás, enquanto o Grêmio precisava vencer o Galo em casa e torcer por derrota do São Paulo. Houve diversos boatos de suborno de arbitragem e polêmicas extra-campo que atrapalharam um pouco o andamento do jogo. Aos 22 minutos de jogo, Borges marcou em posição de impedimento, mas o árbitro validou o gol. Este seria o gol do título, do único time a vencer por três vezes consecutiva o Campeonato Brasileiro desde sua concepção como tal, em 1971. O time base de 2008 foi: Rogério Ceni; Rodrigo, André Dias e Miranda; Joílson, Zé Luís (Richarlyson), Hernanes, Hugo e Jorge Wágner; Dagoberto e Borges.

O Brasil teve esquadrões formidáveis desde 1971, mas só um clube se tornou tricampeão consecutivo. O maior mérito do time no período, foi perceber que a vitória (tanto em casa, quanto fora) na 1ª, na 17ª ou na última rodada, valia a mesma coisa: 3 valiosíssimos pontos. Muricy soube se reinventar, tomou consciência das fraquezas do time e otimizou suas forças, como a bola parada (a principal). Não existe gol feio; feio é não fazer e, pior ainda, sofrer gol.

Agora, esperamos que o São Paulo saia logo dessa atual estagnação e resignação, olhando para o futuro. Para um clube dessa grandeza, é inadmissível que seja apenas como o hino, onde “as tuas glórias vêm do passado”.