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… 16/06/2018 – O melhor do terceiro dia da Copa

Três pontos sobre…
… 16/06/2018 – O melhor do terceiro dia da Copa


Messi cobra pênalti e Halldórsson defende (Imagem: FIFA.com)

Foi uma maratona com quatro jogos.
O VAR e a Islândia debutaram em Copas do Mundo e se saíram vitoriosos.
França e Argentina deixaram a desejar e o Peru pagou pelo que não fez.
Veja abaixo como foram todas as partidas de hoje.

… França 2 x 1 Austrália


Griezmann ficou devendo hoje… (Imagem: FIFA.com)

A França venceu a Austrália “no piloto automático”. Com uma atuação ruim, Les Bleus não conseguiram trabalhar como um time e contaram com lances isolados para conseguir a vitória.

Dentro de suas limitações, a Austrália foi brava. Soube se fechar muito bem, mas faltou poder de fogo no ataque.

Mas quem foi realmente decisiva foi a tecnologia. O VAR marcou pênalti em Griezmann e ele mesmo converteu, aos 13′ do segundo tempo. Quatro minutos depois, o VAR confirmou que Umtiti meteu a mão na bola. Pênalti para os australianos, que o capitão Mile Jedinak mandou para as redes. Finalmente, a nove minutos do fim, Pogba fez tabela pelo meio e dividiu com Behich. A bola bateu no travessão e pingou dentro do gol. A tecnologia da linha do gol confirmou o tento e a vitória francesa.

É muito pouco para uma seleção tão talentosa e cotada como uma das favoritas ao título. Pogba e Griezmann (autores dos gols hoje) já provaram mais de uma vez que não são confiáveis para liderar essa geração. Mbappé já mostrou capacidade, mas é muito novo para isso. Mesmo com todas as polêmicas extracampo, a França vai sentir muita falta de alguém como Karim Benzema, acostumado a ser importante coletivamente no Real Madrid.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — França 2 x 1 Austrália
Data: 16/06/2018 — Horário: 13h00 locais
Estádio: Arena Kazan — Cidade: Kazan (Rússia)
Público: 41.279
Árbitro: Andrés Cunha (Uruguai)
Gols: 58′ Antoine Griezmann (FRA)(pen); 62′ Mile Jedinak (AUS)(pen); 81′ Aziz Behich (FRA)(gol contra)
Cartões Amarelos: 13′ Matthew Leckie (AUS); 57′ Joshua Risdon (AUS); 76′ Corentin Tolisso (FRA); 87′ Aziz Behich (AUS)
França (4-3-3): 1.Hugo Lloris (C); 2.Benjamin Pavard, 4.Raphaël Varane, 5.Samuel Umtiti e 21.Lucas Hernández; 13.N’Golo Kanté, 12.Corentin Tolisso (14.Blaise Matuidi ↑78′) e 6.Paul Pogba; 11.Ousmane Dembélé (18.Nabil Fékir ↑70′), 10.Kylian Mbappé e 7.Antoine Griezmann (9.Olivier Giroud ↑70′). Técnico: Didier Deschamps
Austrália (4-2-3-1): 1.Mathew Ryan; 19.Joshua Risdon, 5.Mark Miligan, 20.Trent Sainsbury e 16.Aziz Behich; 15.Mile Jedinak (C) e 13.Aaron Mooy; 7.Matthew Leckie, 23.Tom Rogić (22.Jackson Irvine ↑72′) e 10.Robbie Kruse (17.Daniel Arzani ↑84′); 11.Andrew Nabbout (9.Tomi Jurić ↑64′). Técnico: Bert van Marwijk

 

… Argentina 1 x 1 Islândia


Messi tentou, tentou e tentou. Mas não conseguiu passar pelos guerreiros vikings (Imagem: FIFA.com)

A Argentina é outra favorita que decepcionou. Até começou bem quando, aos 19′ de jogo, Kun Agüero aproveitou uma bola na área, girou bem e chutou forte de esquerda, no ângulo. Tudo no script até aí.

Mas quatro minutos depois, Finnbogason pega o rebote do goleiro Caballero e marca o primeiro gol da Islândia na história das Copas e empata o jogo.

Depois disso, a partida se tornou ataque contra defesa. E, incrivelmente, a defesa se sobressaiu. Em vários momentos, eram os onze atletas atrás da linha da bola. Liderada pelos volantes Gunnarsson e Hallfreðsson, a marcação em cima de Lionel Messi foi muito forte. Ele até teve suas chances, mas não conseguiu marcar.

A chance mais clara para o camisa 10 albiceleste foi em um pênalti, cometido por Magnússon em cima de Meza. Messi bateu à meia altura no canto esquerdo, mas o goleiro Halldórsson pulou certo e fez a defesa.

Messi participou muito do jogo, mas não estava em seus melhores dias. Ele, e toda a Argentina, insistiram muito pelo meio. Meza e Di María foram escalados para jogarem abertos, mas afunilavam demais. Pelo meio, a “parede de gelo” da Islândia resistiu aos ataques. E os vikings debutaram em Copas do Mundo com um empate contra a poderosa Argentina de Messi.

A Islândia não é surpresa e muito menos zebra. Quem acompanha mais de perto o futebol tem visto a evolução de seus jogadores e, consequentemente, de sua seleção.

Na próxima partida, contra a Croácia, a Argentina necessita da vitória. Caso contrário, pode ficar próxima de repetir o pesadelo de 2002.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Argentina 1 x 1 Islândia
Data: 16/06/2018 — Horário: 16h00 locais
Estádio: Otkritie Arena (Spartak Stadium) — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 44.190
Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia)
Gols: 19′ Sergio Agüero (ARG); 23′ Alfreð Finnbogason (ISL)
Argentina (4-2-3-1): 23.Willy Caballero; 18.Eduardo Salvio, 17.Nicolás Otamendi, 16.Marcos Rojo e 3.Nicolás Tagliafico; 14.Javier Mascherano e 5.Lucas Biglia (7.Éver Banega ↑54′); 13.Maximiliano Meza (9.Gonzalo Higuaín ↑84′), 11.Ángel Di María (22.Cristian Pavón ↑75′) e 10.Lionel Messi (C); 19.Sergio Agüero. Técnico: Jorge Sampaoli
Islândia (4-4-1-1): 1.Hannes Halldórsson; 2.Birkir Sævarsson, 14.Kári Árnason, 6.Ragnar Sigurðsson e 18.Hörður Magnússon; 17.Aron Gunnarsson (C) (23.Ari Freyr Skúlason ↑76′), 20.Emil Hallfreðsson, 7.Jóhann Berg Guðmundsson (19.Rúrik Gíslason ↑63′) e 8.Birkir Bjarnason; 10.Gylfi Sigurðsson; 11.Alfreð Finnbogason (9.Björn Sigurðarson ↑89′). Técnico: Heimir Hallgrímsson.

 

… Peru 0 x 1 Dinamarca


Cueva e Poulsen, os protagonistas da partida (Imagem: FIFA.com)

Foram 36 anos de espera para que o Peru voltasse a disputar uma Copa do Mundo. E começou com a corda toda, controlando as ações da partida e acuando o adversário. Mas este não era qualquer um. Era a Dinamarca, fria, calculista e efetiva.

Enquanto o Peru ficava com a bola e tentava criar chances para abrir o placar, os dinamarqueses pareciam ter o jogo sob controle. O goleiro Kasper Schmeichel honrou o sobrenome e fechou o gol nas melhores chances dos sul-americanos.

No finalzinho do primeiro tempo, o VAR apareceu, ajudando o árbitro gambiano Bakary Gassama a apitar um pênalti sofrido por Christian Cueva. O meia do São Paulo deslocou o goleiro, mas a bola foi por cima do gol. Goleiro bom tem que ter sorte, também.

Aos 14 minutos do segundo tempo, a Dinamarca saiu em um contra-ataque bem armado, até que a bola caiu nos pés de Christian Eriksen, o craque do time. Ele sabe o que faz. E fez de forma perfeita, ao conduzir a bola pelo meio e deixar Poulsen na cara do gol, para anotar o único tento da partida.

Paolo Guerrero (anistiado de suspensão apenas para jogar a Copa) entrou pouco depois. Até teve suas oportunidades, mas não conseguiu empatar. Mas mostrou que está em forma. Tecnicamente, é muito superior aos seus companheiros e deve ser titular nos próximos jogos.

A Dinamarca venceu o confronto direto mais importante. Deve vencer também a Austrália e, praticamente, se garantir na próxima fase.

Mesmo jogando melhor, o Peru perde a partida e se complica para a sequência da competição. Os pontos perdidos agora terão que ser recuperados contra a França, se quiserem continuar sonhando em avançar para as oitavas de final. Pelo que os franceses mostraram mais cedo, não é impossível.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Peru 0 x 1 Dinamarca
Data: 16/06/2018 — Horário: 19h00 locais
Estádio: Arena Mordovia — Cidade: Saransk (Rússia)
Público: 40.502
Árbitro: Bakary Gassama (Gâmbia)
Gol: 59′ Yussuf Yurary Poulsen (DIN)
Cartões Amarelos: 38′ Renato Tapia (PER); 86′ Thomas Delaney (DIN); 90+3′ Yussuf Yurary Poulsen (DIN)
Peru (4-2-3-1): 1.Pedro Gallese; 17.Luis Advíncula, 2.Alberto Rodríguez (C), 15.Christian Ramos e 6.Miguel Trauco; 13.Renato Tapia (23.Pedro Aquino ↑87′) e 19.Yoshimar Yotún; 18.André Carrillo, 8.Christian Cueva e 20.Edison Flores (9.Paolo Guerrero ↑62′); 10.Jefferson Farfán (11.Raúl Ruidíaz ↑85′). Técnico: Ricardo Gareca
Dinamarca (4-2-3-1): 1.Kasper Schmeichel; 14.Henrik Dalsgaard, 4.Simon Kjær (C), 6.Andreas Christensen (13.Mathias Jørgensen ↑81′) e 17.Jens Stryger Larsen; 7.William Kvist (19.Lasse Schöne ↑35′) e 8.Thomas Delaney; 20.Yussuf Yurary Poulsen, 10.Christian Eriksen e 23.Pione Sisto (11.Martin Braithwaite ↑67′); 9.Nicolai Jørgensen. Técnico: Åge Hareide

 

… Croácia 2 x 0 Nigéria


Pra variar, Modrić foi o destaque do jogo (Imagem: FIFA.com)

E a maratona de futebol deste sábado terminou com o pior dos quatro jogos. Confesso que fiquei com sono em grande parte do tempo. É incrível como a Nigéria consegue fazer jogos chatos. Foi assim também contra o Irã em 2014. Mas a culpa não é só dos africanos. O árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci pensou que estava no Brasil e não deixou o jogo correr, apitando tudo e tornendo o jogo mais feio ainda.

O técnico croata escalou uma equipe super ofensiva no papel e desentrosada na prática, com Rakitić e Modrić de volantes, Perišić na esquerda, Rebić na direita e Kramarić pelo meio se aproximando de Mandžukić.

A Nigéria é muita correria e nada mais. Uma decepção, se lembrarmos daquele time de 1998, com Okocha, Ikpeba, Amokachi e outros.

A dupla Modrić e Mandžukić decidiram a partida. Aos 32′, o camisa 10 do Real Madrid cobrou um escanteio, Mandžukić cabeceou e a bola bateu nas pernas do volante Etebo e morreu no fundo do gol de Uzoho. Gol contra.

Já aos 26 do segundo tempo, o zagueirão Troost-Ekong abraçou Mandžukić e o árbitro Sandro Meira Ricci apitou pênalto. Modrić cobrou com perfeição, para marcar pela primeira vez em Copas do Mundo.

Se jogar como estava treinando, com o meio mais fechado e Modrić se aproximando mais do ataque, a Croácia tem time para dificultar as coisas para a Argentina. Veremos na próxima quinta feira.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Croácia 2 x 0 Nigéria
Data: 16/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Baltika (Kaliningrado Stadium) — Cidade: Kaliningrado (Rússia)
Público: 31.136
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Brasil)
Gols: 32′ Oghenekaro Etebo (CRO)(gol contra); 71′ Luka Modrić (CRO)(pen)
Cartões Amarelos: 30′ Ivan Rakitić (CRO); 70′ William Troost-Ekong (NIG); 89′ Marcelo Brozović (CRO)
Croácia (4-2-3-1): 23.Danijel Subašić; 2.Šime Vrsaljko, 6.Dejan Lovren, 21.Domagoj Vida e 3.Ivan Strinić; 7.Ivan Rakitić e 10.Luka Modrić (C); 18.Ante Rebić (8.Mateo Kovačić ↑78′), 9.Andrej Kramarić (11.Marcelo Brozović ↑60′) e 4.Ivan Perišić; 17.Mario Mandžukić (20.Marko Pjaca ↑86′). Técnico: Zlatko Dalić
Nigéria (4-2-3-1): 23.Francis Uzoho; 12.Abdullahi Shehu, 5.William Troost-Ekong, 6.Leon Balogun e 2.Brian Idowu; 4.Wilfred Ndidi e 8.Oghenekaro Etebo; 11.Victor Moses, 10.John Obi Mikel (C) (13.Simeon Nwankwo ↑88′) e 18.Alex Iwobi (7.Ahmed Musa ↑62′); 9.Odion Ighalo (14.Kelechi Iheanacho ↑72′). Técnico: Gernot Rohr

… 12/06/2014 – Brasil 3 x 1 Croácia

Três pontos sobre…
… 12/06/2014 – Brasil 3 x 1 Croácia


Jogadores comemoram o terceiro gol brasileiro (Imagem: Jefferson Bernardes)

● Era um momento gigantesco: a primeira partida do Brasil em uma Copa do Mundo em seu território desde o “Maracanazzo“, exatos 63 anos, 10 meses e 26 dias depois. A Seleção começada credenciada como favorita ao hexacampeonato também por ter vencido sem contestações a Copa das Confederações no ano anterior, com direito a 3 a 0 sobre a Espanha na final.

As duas equipes já tinham se enfrentado em uma estreia de Copa, com vitória brasileira em 2006 por 1 a 0, gol de Kaká.

Veja mais:
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… 12/07/2014 – Brasil 0 x 3 Holanda

O hino nacional cantado “à capela” por todo estádio tem seus efeitos. Se por um lado emociona, inflama e motiva aos jogadores, por outro lado assusta. Os mais emotivos chegaram a chorar, como Júlio César, Thiago Silva e David Luiz.


O Brasil atuou no sistema 4-2-3-1, mas um pouco diferente do usual. Talvez para surpreender o adversário, os três jogadores de meio atrás de Fred foram escalados fora de sua posição habitual (com Hulk pela direita, Oscar pelo meio e Neymar pela esquerda). Nesta partida, Hulk foi deslocado para a esquerda e apareceu pouco. Oscar jogou aberto pela direita e Neymar circulou pelo meio.


A Croácia também foi escalada no 4-2-3-1, com um meio campo muito técnico e boa recomposição defensiva de toda a equipe.

● O jogo começou com os brasileiros nervosos, perdidos e mal posicionados em campo, principalmente os laterais Daniel Alves e Marcelo. Os primeiros 20 minutos da Copa foram da Croácia, que criou chances desde o início.

Aos 6 minutos, Perišić cruzou da direita e Ivica Olić, sozinho, cabeceia rente à trave do goleiro Júlio César.

A Croácia começou dominando e abriu o placar aos 11 minutos de partida. Olić recebeu lançamento nas costas de Daniel Alves, avançou livre pela esquerda e cruzou rasteiro. Nikica Jelavić erra o chute e a bola bate no pé de Marcelo, que vinha na corrida e acaba desviando para o gol. Foi o primeiro gol contra da história da Seleção Brasileira em Copas do Mundo. Também foi a primeira vez que o primeiro gol de uma edição de Copa foi um gol contra.

O gol permitiu à Croácia jogar mais recuada, dificultando a tentativa de pressão brasileira.

Mas logo o Brasil criaria a primeira chance. Oscar cruzou da direita e a bola passa direto por Fred e Neymar. Pouco depois, Paulinho aparece como homem surpresa e chuta no meio do gol, para a defesa do goleiro croata.

Na sequência, Neymar recebe na direita, invade a área e cruza para trás. A zaga enxadrezada rebateu e Oscar chutou forte de perna esquerda, para uma boa defesa de Pletikosa.

O empate veio aos 29 minutos. Oscar ganha de três marcadores e toca para Neymar, que chuta de fora da área, fraco e torto. Mesmo sem ter pegado bem na bola, ela desvia levemente na zaga e engana o goleiro Pletikosa, morrendo fraca, no cantinho esquerdo dele.

O jogo foi se arrastando de forma difícil para o Brasil até os 26 minutos do segundo tempo, quando Fred recebe na área e desaba sem ser tocado. Só o árbitro japonês Yuichi Nishimura enxergou esse pênalti. Neymar bate mal, à meia altura, no canto direito do goleiro, que chegou a tocar na bola, mas não impediu a virada brasileira.

Pouco depois, Oscar cruza na cabeça de David Luiz, que finaliza por cima.

A Croácia teve um gol anulado logo em seguida, após a arbitragem marcar uma falta duvidosa em cima do goleiro Júlio César.

Já nos acréscimos, Ramires roubou a bola no meio de campo, Oscar avançou sozinho em contra-ataque e chutou da meia-lua, de pé trocado, coroando sua grande atuação nesta partida. Foi o melhor jogo de Oscar pela Seleção Brasileira.


Oscar se livra de três marcadores, no lance do gol de empate (Imagem: UOL)

● Foi uma estreia pouco convincente do Brasil, mas essa tensão era esperada. No fim, valeu pela vitória.

Por mais que Oscar tenha feito uma partida gigante, Neymar foi imprescindível, assumindo a responsabilidade que carregava, como a grande esperança do Brasil na Copa. Ele decidiu com dois gols, que acalmaram um pouco a Seleção e deu tranquilidade para trabalhar mais as jogadas.

A Croácia foi bem em seu setor defensivo. A linha de meio (Modrić, Rakitić e Kovačić) é muito combativa e criativa. Os três homens mais avançados também jogaram bem, inclusive na marcação da saída de bola brasileira. Mas é nítida a falta que fez seu melhor jogador, Mario Mandžukić, que não jogou a estreia por cumprir suspensão por ter sido expulso na última partida das eliminatórias.

Nas demais partidas que disputou, a Croácia goleou Camarões por 4 a 0 e perdeu para o México por 3 a 1, terminando em 3º lugar do grupo A, sem se classificar à próxima fase.


Fred vai ao chão, no lance que originou o pênalti da virada (AP Photo/Thanassis Stavrakis)

FICHA TÉCNICA:

 

BRASIL 3 x 1 CROÁCIA

 

Data: 12/06/2014

Horário: 17h00 locais

Estádio: Arena Corinthians

Público: 62.103

Cidade: São Paulo (Brasil)

Árbitro: Yuichi Nishimura (Japão)

 

BRASIL (4-2-3-1):

CROÁCIA (4-2-3-1):

12 Júlio César (G)

1  Stipe Pletikosa (G)

2 Daniel Alves

11 Darijo Srna (C)

3 Thiago Silva (C)

5  Vedran Ćorluka

4  David Luiz

6  Dejan Lovren

6 Marcelo

2  Šime Vrsaljko

17 Luiz Gustavo

10 Luka Modrić

8  Paulinho

7  Ivan Rakitić

7  Hulk

4  Ivan Perišić

11 Oscar

20 Mateo Kovačić

10 Neymar Jr

18 Ivica Olić

9  Fred

9  Nikica Jelavić

 

Técnico: Luiz Felipe Scolari

Técnico: Niko Kovač

 

SUPLENTES:

 

 

1  Jefferson (G)

23 Danijel Subašić (G)

22 Victor (G)

12 Oliver Zelenika (G)

23 Maicon

3  Danijel Pranjić

15 Henrique

13 Gordon Schildenfeld

13 Dante

21 Domagoj Vida

14 Maxwell

8  Ognjen Vukojević

5  Fernandinho

14 Marcelo Brozović

18 Hernanes

15 Milan Badelj

16 Ramires

19 Sammir

19 Willian

22 Eduardo da Silva

20 Bernard

16 Ante Rebić

21 Jô

17 Mario Mandžukić

 

GOLS:

11′ Marcelo (CRO) (gol contra)

29′ Neymar (BRA)

71′ Neymar (BRA) (pen)

90’+ 1′ Oscar (BRA)

 

CARTÕES AMARELOS:

25′ Neymar (BRA)

64′ Vedran Ćorluka (CRO)

73′ Dejan Lovren (CRO)

90′ Luiz Gustavo (BRA)

 

SUBSTITUIÇÕES:

60′ Mateo Kovačić (CRO) ↓

Marcelo Brozović (CRO) ↑

 

62′ Paulinho (BRA) ↓

Hernanes (BRA) ↑

 

68′ Hulk (BRA) ↓

Bernard (BRA) ↑

 

78′ Nikica Jelavić (CRO) ↓

Ante Rebić (CRO) ↑

 

88′ Neymar (BRA) ↓

Ramires (BRA) ↑

Melhores momentos da partida:

… Zvonimir Boban: o guerreiro croata

Três pontos sobre…
… Zvonimir Boban: o guerreiro croata

● Está fazendo aniversário hoje um dos maiores craques recentes do Leste Europeu, o croata Zvonimir Boban. Nascido na antiga Iugoslávia, começou sua carreira no Dinamo Zagreb (IUG), passando pelo Bari (ITA), Milan (ITA) e encerrando no Celta de Vigo (ESP). No Milan, venceu, dentre outros títulos, quatro scudetti (campeonatos italianos) e a UEFA Champions League de 1994. Boban foi titular na final da UCL contra o Barcelona de Romário e Hristo Stoichkov, na qual o Milan venceu os catalães por incisivos 4 x 0.

● Por seleções, Boban foi campeão mundial sub-20 com a Iugoslávia, em um time que tinha, dentre outros destaques, Robert Jarni, Igor Stimac, Robert Prosinecki, Davor Suker e Pedrag Mijatovic, inclusive eliminando o Brasil nas quartas de final. Pela seleção principal, jogou 7 jogos pela Iugoslávia e 51 pela Croácia, após a independência desta. Com a camisa quadriculada, disputou a Euro de 1996 e a Copa de 1998, na qual a Croácia foi 3º lugar e Boban foi um dos destaques individuais.

● No meio do confronto separatista, em 1990, em um jogo em casa entre o poderoso Estrela Vermelha (sérvio) e o seu Dinamo Zagreb (croata), os ultras dos dois lados começaram a se atacar fora do estádio e a rixa continuou na hora do jogo. Os sérvios, conduzidos pelo ultranacionalista Arkan, começou a provocar os croatas, ameaçando-os de morte e atirando bancos e facas nos adversários. os torcedores locais também protestavam, clamando inflamados pela independência de sua nação. Parte da torcida, mais rebelde, derreteu com ácido as grades do alambrado e começou uma batalha campal entre os ultras dos dois lados. A polícia, para variar, partiu para uma violência sem igual apenas contra os croatas, praticamente auxiliando aos sérvios no massacre. Boban, vendo um torcedor croata sendo agredido, deu uma voadora em um policial. Apanhou bastante, mas foi protegido por sua torcida. Esse episódio o fez perder a Copa de 1990 pela Iugoslávia, pois foi suspenso por seis meses pela federação. Boban virou um dos heróis da independência croata. Certa vez, declarou sobre o eposódio: “Aqui estava eu, um cara público, preparado para arriscar minha vida, minha carreira, e tudo o que a fama poderia ter trazido, por causa de um ideal”.


(Imagem localizada no Google)