Três pontos sobre…
… 08/07/1982 – Alemanha Ocidental 3 x 3 França
“A noite de Sevilha”
(Imagem: Pinterest)
● Depois da Seleção Brasileira, era a França quem tinha o futebol mais encantador do planeta. Les Bleus voltavam à uma semifinal após 1958. O destaque era o meio campo, com os “Três Mosqueteiros” franceses, que, como no livro, também eram quatro: Bernard Genghini, Jean Tigana, Alain Giresse e Michel Platini. Um meio campo leve, habilidoso, de ótimo toque de bola e visão de jogo. No ataque, dois pontas de origem, Didier Six e Dominique Rocheteau, abriam espaço nas defesas adversárias para o avanço dos meias.
Desde 1979, Michel Platini e Jean-François Larios eram companheiros de clube no Saint-Étienne e se tornaram bons amigos. Platini era casado com Christelle Bigoni desde 1977 – uma loira linda, muito atraente e de olhos azuis. Aconteceu de Larios ter um caso com a esposa de Platini e o assunto ter explodido às vésperas da derrota da França para a Inglaterra por 3 x 1 na estreia. Depois de todo o alvoroço feito pela imprensa, Platini deu o ultimato ao técnico Michel Hidalgo para que escolhesse entre um e outro. O treinador não tinha como fazer diferente e optou por manter seu capitão e camisa 10.
Sem Larios, a França goleou o Kuwait por 4 x 1 do técnico Carlos Alberto Parreira – em jogo em que um xeique do país árabe invadiu o campo e obrigou o árbitro a anular um gol legítimo dos gauleses. Na sequência, a França empatou com a Tchecoslováquia por 1 x 1 e se classificou em segundo lugar no Grupo D. A segunda fase foi mais tranquila. Venceu a Áustria por 1 x 0 e a Irlanda do Norte por 4 x 1. Nas semifinais, enfrentaria a Alemanha Ocidental.
A Alemanha Ocidental perdeu por 2 x 1 na estreia para a surpreendente Argélia, de Rabah Madjer e Lakhdar Belloumi. Se recuperou na rodada seguinte ao bater o Chile por 4 x 1. Na terceira partida, protagonizou o jogo mais vergonhoso da história das Copas, um jogo de compadres, ao vencer a Áustria por 1 x 0, no único placar possível para classificar as duas seleções e eliminar os argelinos. Essa partida ficou conhecida como “Jogo da Vergonha” ou “A Vergonha de Gijón”. Na fase seguinte, venceu a Espanha, dona da casa, por 2 x 1 e empatou sem gols com a Inglaterra. Foi o suficiente para se garantir entre os quatro primeiros do Mundial pela sétima vez em sua história.
A Alemanha Ocidental do técnico Jupp Derwall atuava em um falso 4-4-2 em um misto de 3-5-2. O lateral esquerdo Bernd Förster fazia o papel de um terceiro zagueiro, a fim de liberar o outro lateral, Kaltz, que apoiava um pouquinho mais pela direita, fazendo o contra-peso do meia esquerda Briegel. Paul Breitner era o “todo-campista” indo de área a área. Dremmler marcava para Magath armar as jogadas para o ponta Littbarski e o centroavante Klaus Fischer.
Treinada por Michel Hidalgo, a França atuava no sistema tático 4-4-2. O destaque era seu quarteto de meio campo, com muita qualidade técnica: Ghengini, Tigana, Giresse e Platini.
● Eleito pela revista France Football o Bola de Ouro como melhor jogador da Europa em 1980 e 1981, o craque alemão Karl-Heinz Rummenigge estava em más condições físicas e, por isso, começou no banco de reservas. A França colocou em campo o que tinha de melhor.
A Alemanha começou melhor e partiu logo para o ataque, com a intenção de marcar um gol logo e se fechar. Mas o primeiro chute a gol foi dos franceses, aos cinco minutos de jogo, mas o chute de Giresse foi para fora.
Em sua primeira Copa, Pierre Littbarski era o mais acionado no ataque alemão. Único remanescente da Copa de 1974, Paul Breitner era o líder no meio de campo. O líbero Uli Stielike comandava a defesa teutônica.
Três minutos depois, Littbarski cobrou uma falta e a bola bateu na trave.
Depois, Rocheteau ajeitou com o peito e Genghini chutou por cima.
A Alemanha Ocidental abriu o placar aos dezessete minutos. Paul Breitner recebeu a bola de Wolfgang Dremmler no meio entre três franceses e avançou e tocou para Klaus Fischer. O goleiro francês Jean-Luc Ettori saiu da meta e defendeu, mas a bola sobrou na linha da grande área para Littbarski emendar forte e rasteiro para o gol.
Aos 21′, Platini cabeceou para fora.
Seis minutos depois, Manfred Kaltz (capitão na ausência de Rummenigge) derrubou Genghini. Giresse cobrou a falta, Platini desviou de cabeça e Bernd Förster derrubou Rocheteau dentro da área. Platini bateu o pênalti com frieza, no canto direito do goleiro Harald Schumacher, que caiu para o lado esquerdo.
(Imagem: UOL)
Com o passar do tempo, o jogo foi ficando mais pegado. Manuel Amoros e Littbarski se estranharam. Dremmler derrubou Tigana em um lance em que mereceria pelo menos o cartão amarelo. Depois, Schumacher deixou o corpo em uma dividida com Platini. Mais adiante, Bernd Förster acertou as costas de Rocheteau com o joelho em um lance fora da área. Schumacher trombou com Six e deu um bruto empurrão no atacante francês.
Em uma partida com tanto contato físico, os alemães acabavam levando vantagem. O time francês era leve, sem nenhum volante de ofício. Giresse e Genghini foram obrigados a se desdobrarem na marcação e receberam cartão amarelo.
O jogo continuava aberto. Em um contra-ataque, Rocheteau serviu Platini, que não conseguiu virar o jogo.
Depois, o tanque Hans-Peter Briegel surgiu na área e finalizou de primeira, mas viu Ettori espalmar pela linha de fundo.
Ainda no primeiro tempo, o perigoso Littbarski cabeceou a queima-roupa depois de um cruzamento da direita.
No fim do primeiro tempo Platini chutou de primeira de fora da área, mas a bola foi pela linha de fundo.
Na volta do intervalo, o técnico Michel Hidalgo já pensava em dar mais mobilidade a seu time e mandou Patrick Battiston ir para o aquecimento. E ele entrou aos sete minutos no lugar de Genghini.
No início do segundo tempo, Rocheteau ganhou de Schumacher e fez o gol, mas o árbitro anulou por falta do gaulês.
Platini e Battiston chutaram por cima. A França estava mais perto do gol.
(Imagem: UOL)
● Um lance decisivo para os rumos da partida aconteceu aos doze minutos do segundo tempo.
Maxime Bossis roubou a bola de Dremmler e deixou com Platini na meia direita. O camisa 10 lançou para Battiston nas costas da defesa germânica, entre o goleiro Schumacher e o líbero Stielike. O volante francês chegou primeiro para tocar de esquerda na saída do goleiro alemão, mas a bola foi para fora. Schumacher tinha saído do gol com uma fúria desproporcional e voou com tudo para cima do francês, sem se importar com a bola e acertou o quadril no rosto de Battiston. Proposital ou não, o goleiro alemão levou o francês a nocaute. Desmaiado em campo, ficou desacordado por quase 30 minutos.
Atônito, Platini acompanhou Battiston até fora do campo e pensou que o colega havia morrido: “Não tinha pulso, estava pálido…”
De forma absurda e ridícula, o árbitro holandês Charles Corver não viu a falta e deixou o jogo seguir, não expulsou o goleiro alemão pela agressão e ainda demorou um longo tempo para permitir a entrada da maca.
E Schumacher observava tudo de longe, mascando um chiclete, como se não tivesse feito nada, querendo cobrar logo o tiro de meta. Tudo isso enquanto Battiston é atendido pela equipe médica com direito a balão de oxigênio. Foi necessário colocar uma rampa sobre o fosso para que a ambulância conseguisse entrar próxima ao gramado.
Levado ao hospital, Battiston entraria em coma, mas se recuperaria logo. Ele sofreu uma concussão, teve dois dentes quebrados, três costelas fraturadas, algumas vértebras danificadas e permaneceu seis meses sem jogar após o episódio. Vinte e cinco anos mais tarde, ele passou por um transplante de osso na mandíbula. E não parou de sofrer e de passar por cirurgias.
Quando disseram a Schumacher que o francês tinha perdido dois dentes, o alemão aumentou ainda mais o ódio do mundo contra ele ao dizer: “Se é só isso que está errado com ele digam-lhe que pago as coroas”. Um jornal francês fez uma enquete poucos dias depois e o resultado deixava claro o que pensavam: o goleiro era o segundo alemão mais odiado da história, atrás apenas de Adolf Hitler.
Anos depois, Schumacher se defendeu em sua autobiografia “Anpfiff” (“Apito”, em alemão), dizendo que não se aproximou para ver o estado de Battiston porque o francês estava rodeado de colegas que lhe faziam gestos ameaçadores.
“Pediu desculpa, perdoei, mas não quero falar mais disso. Não quero me encontrar com ele. Senti que ao longo dos anos ele ficou marcado por isso, mas acabou. Passou. Foi um acidente em campo, nunca saberemos se foi propositado ou não.” ― Patrick Battiston, anos depois.
E Battiston, que havia acabado de entrar, teve que sair dez minutos depois para a entrada de Christián López.
(Imagem: Mais Futebol)
● E depois de uma queda após o atendimento a Battiston, o ritmo do jogo voltou a acelerar. Aos 27′, o pouco inspirado Felix Magath deu lugar a Hrubesch, “Das Kopfball-Ungeheuer” (“A Besta Cabeceadora”).
López anhou no alto de Schumacher, mas mandou por cima.
Aos 35′, Six chutou e Schumacher pegou.
A Alemanha respondeu, com Ettori pegando o chute de Briegel.
Fischer e Littbarski cruzaram com perigo, mas sem ninguém para aproveitar.
Rocheteau chutou com perigo, mas Schumacher evitou o gol.
Com o tempo regulamentar próximo do fim, o jogo estava aberto. Os franceses controlavam o ritmo e os alemães investiam em ataques em velocidade.
Aos 45′ do segundo tempo, Amoros chutou de fora da área e a bola foi no travessão.
Breitner também chutou de fora da área, Ettori espalmou para o lado e mergulhou para evitar o rebote de Fischer. Uma defesaça!
(Imagem: Pinterest)
● Na prorrogação o jogo pegou fogo de vez.
Logo no segundo minuto do tempo extra, Didier Six cobrou escanteio e a defesa alemã tirou. Platini ficou com o rebote na ponta direita e foi derrubado por Hans-Peter Briegel. Giresse cobrou a falta, a bola desviou na barreira e sobrou na marca do pênalti, na medida para Marius Trésor emendar um voleio indefensável para o gol.
Littbarski, um dos melhores em campo, chutou e Ettori pegou.
Até os alemães estavam torcendo para a França. Mas se Schumacher era o vilão, Karl-Heinz Rummenigge era o anti-herói. Mesmo em más condições físicas, Rummenigge foi para o jogo aos sete minutos e seria decisivo. O melhor jogador do mundo no ano anterior era o único capaz de carregar sua equipe mesmo sem estar no seu melhor. Mas antes, veria a Mannschaft tomar o terceiro gol.
No minuto seguinte, Dominique Rocheteau puxou contragolpe pela direita. Da meia-lua, Platini viu Didier Six sozinho na esquerda da área. Ele segurou, percebeu a aproximação de Giresse e rolou para o baixinho emendar bonito, da risca da grande área. A bola ainda bateu na trave antes de ir morrer no fundo das redes.
Sem sorte, a Alemanha respondeu com um chute na trave de Fischer.
Aos 12′, Uli Stielike ganhou uma dividida com Bossis. Rummenigge passou para Littbarski na esquerda, recebeu de volta e deixou para Stielike abrir de novo para Littbarski invadir a área e cruzar da esquerda. Rummenigge se antecipou à marcação de Trésor e desviou de costas para o gol.
A presença de Rummenigge desorientava a defesa francesa. Aos três minutos do segundo tempo, o craque tocou de três dedos para Bernd Förster, que abriu na esquerda para Littbarski. O ponta alemão continuava impressionante. Ele foi à linha de fundo e cruzou da esquerda para a segunda trave. Hrubesch subiu e escorou de cabeça para a entrada da pequena área e Klaus Fischer virou uma linda bicicleta e mandou para o gol.
O jogo continuou intenso até o apito final, mas sem grandes chances de nenhum lado.
E assim foi necessária a primeira decisão por pênalti da história dos Mundiais.
(Imagem: These Football Times)
● Tudo igual em 120 minutos e a partida foi decidida nos pênaltis.
A França bateu o primeiro. Giresse pôs o time na frente, batendo rasteiro à direita, deslocando Schumacher.
Manfred Kaltz empatou, cobrando à esquerda, quase no meio do gol. Ettori caiu para o lado direito.
Manuel Amoros cobrou com calma, à meia altura e à esquerda, enquando o goleiro alemão foi para o outro canto.
Paul Breitner mandou alto e no meio do gol. Ettori foi surpreendido e ficou parado, sem reação.
Rocheteau foi o cobrador seguinte. Bateu à esquerda, deslocando o arqueiro alemão.
Uli Stielike, jogador do Real Madrid, bateu mal, à meia altura e à direita e o goleiro Ettori defendeu. O alemão se ajoelhou e chorou, até ser conduzido por Littbarski para receber o consolo dos demais colegas de equipe.
Mas Didier Six retribuiu e bateu da mesma forma e Schumacher pegou.
Littbarski empatou em 3 a 3. Ele mandou no ângulo esquerdo, sem chances para o goleiro.
Platini converteu o seu, batendo à esquerda, enquanto o arqueiro alemão pulou para o lado contrário.
Rummenigge bateu rasteiro à esquerda e o goleiro ficou parado.
Maxime Bossis foi um dos melhores em campo e foi um dos grandes defensores de sua geração. Ele foi o primeiro a bater nas cobranças alternadas. Chutou rasteiro e à direita, mas Schumacher voou para pegar. O goleiro que deveria ter sido expulso e banido do esporte por um longo tempo era o vilão do futebol e o heróis dos alemães.
Com uma frieza incrível, Horst Hrubesch bateu no canto esquerdo e Ettori ficou parado no meio. Gol da classificação: 5 a 4 para a Alemanha Ocidental. Com a vitória, todos vão comemorar com Stielike, que ainda estava desolado.
(Imagem: Mais Futebol)
● Uma partida dramática, uma das maiores semifinais da história das Copas.
A Nationalelf se garantia em mais uma decisão de Mundial, enquanto os franceses estavam inconsoláveis. Uma das derrotas mais doídas numa semifinal de Copa do Mundo.
“Foi meu jogo mais bonito. O que aconteceu naquelas duas horas reuniu todos os sentimentos da própria vida. Nenhum filme, nenhuma peça, conseguiria capturar tantas contradições e emoções. Foi completo. Tão forte. Fabuloso.” ― Michel Platini
Na decisão do 3º lugar, a França perdeu para a Polônia por 3 x 2. Mas dois anos depois, Michel Platini estava exuberante e liderou Les Bleus na conquista da Eurocopa de 1984. Na Copa do Mundo de 1986, a França eliminou o Brasil e chegou novamente às semifinais, mas caiu mais uma vez diante da Alemanha Ocidental. Ficou em 3º lugar ao bater a Bélgica por 4 x 2 na prorrogação. O título mundial só veio em 1998, na geração comandada por Zinedine Zidane.
Em quatro decisões por pênaltis somando todos os Mundiais, a Alemanha sempre foi vencedora. Incrivelmente, a cobrança de Uli Stielike contra a França em 1982 é a única penalidade perdida até hoje pela Alemanha nesse tipo de disputa.
Na final, a Alemanha Ocidental enfrentaria a Itália. Contaremos a história dessa partida no dia 11 de julho.
(Imagem: Getty Images)
● FICHA TÉCNICA: |
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ALEMANHA OCIDENTAL 3 x 3 FRANÇA |
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Data: 08/07/1982 Horário: 21h00 locais Estádio: Ramón Sánchez Pizjuán Público: 70.000 Cidade: Sevilha (Espanha) Árbitro: Charles Corver (Holanda) |
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ALEMANHA OCIDENTAL (4-4-2): |
FRANÇA (4-4-2): |
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1 Harald Schumacher (G) |
22 Jean-Luc Ettori (G) |
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20 Manfred Kaltz (C) |
4 Maxime Bossis |
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4 Karlheinz Förster |
8 Marius Trésor |
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15 Uli Stielike |
5 Gérard Janvion |
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5 Bernd Förster |
2 Manuel Amoros |
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6 Wolfgang Dremmler |
9 Bernard Genghini |
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2 Hans-Peter Briegel |
14 Jean Tigana |
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3 Paul Breitner |
12 Alain Giresse |
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14 Felix Magath |
10 Michel Platini (C) |
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7 Pierre Littbarski |
18 Dominique Rocheteau |
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8 Klaus Fischer |
19 Didier Six |
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Técnico: |
Técnico: Michel Hidalgo |
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SUPLENTES: |
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21 Bernd Franke (G) |
1 Dominique Baratelli (G) |
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22 Eike Immel (G) |
21 Jean Castaneda (G) |
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12 Wilfried Hannes |
3 Patrick Battiston |
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19 Holger Hieronymus |
6 Christian Lopez |
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17 Stephan Engels |
7 Philippe Mahut |
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18 Lothar Matthäus |
11 René Girard |
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10 Hansi Müller |
13 Jean-François Larios |
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13 Uwe Reinders |
15 Bruno Bellone |
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16 Thomas Allofs |
16 Alain Couriol |
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9 Horst Hrubesch |
17 Bernard Lacombe |
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11 Karl-Heinz Rummenigge |
20 Gérard Soler |
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GOLS: |
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17′ Pierre Littbarski (ALE) |
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27′ Michel Platini (FRA) (pen) |
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92′ Marius Trésor (FRA) |
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98′ Alain Giresse (FRA) |
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102′ Karl-Heinz Rummenigge (ALE) |
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108′ Klaus Fischer (ALE) |
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CARTÕES AMARELOS: |
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35′ Alain Giresse (FRA) |
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40′ Bernard Genghini (FRA) |
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46′ Bernd Förster (ALE) |
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SUBSTITUIÇÕES: |
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50′ Bernard Genghini (FRA) ↓ |
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Patrick Battiston (FRA) ↑ |
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60′ Patrick Battiston (FRA) ↓ |
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Christian Lopez (FRA) ↑ |
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73′ Felix Magath (ALE) ↓ |
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Horst Hrubesch (ALE) ↑ |
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97′ Hans-Peter Briegel (ALE) ↓ |
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Karl-Heinz Rummenigge (ALE) ↑ |
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DECISÃO POR PÊNALTIS: |
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ALEMANHA 5 |
FRANÇA 4 |
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Manfred Kaltz (gol, no meio do gol) |
Alain Giresse (gol, à direita) |
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Paul Breitner (gol, alto, no meio do gol) |
Manuel Amoros (gol, à esquerda) |
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Uli Stielike (perdeu, à direita, defendido por Ettori) |
Dominique Rocheteau (gol, à esquerda) |
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Pierre Littbarski (gol, no ângulo esquerdo) |
Didier Six (perdeu, à direita, defendido por Schumacher) |
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Karl-Heinz Rummenigge (gol, com curva, no canto esquerdo) |
Michel Platini (gol, no canto esquerdo) |
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Horst Hrubesch (gol, à esquerda) |
Maxime Bossis (perdeu, à direita, defendido por Schumacher) |
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Gols da partida (Rede Globo):
Melhores momentos (FIFA):
Reportagem e entrevistas com Schumacher e Battiston (FIFA):
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