Três pontos sobre…
… Kylian Mbappé renovou com o PSG
Depois de uma arrastada novela, Kylian Mbappé, um dos maiores nomes do futebol mundial, renovou com o Paris Saint-Germain até 2025 e frustrou os planos do Real Madrid.
Veja mais no vídeo.
Três pontos sobre…
… Kylian Mbappé renovou com o PSG
Depois de uma arrastada novela, Kylian Mbappé, um dos maiores nomes do futebol mundial, renovou com o Paris Saint-Germain até 2025 e frustrou os planos do Real Madrid.
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Três pontos sobre…
… 30/06/2018 – França 4 x 3 Argentina
(Imagem: FIFA.com)
● Essa partida já entrou para a história das Copas do Mundo. Sete gols, sendo três golaços.
Foi o primeiro confronto entra campeões mundiais na Copa de 2018. E nas oitavas de final, quem perdesse cairia fora e embarcaria de volta para o seu país. Como esperado, a França venceu. Mas se enganou quem pensou que fosse fácil.
Foi uma prova de maturidade da seleção francesa. Se já era uma boa equipe, que foi vice-campeã da Eurocopa de 2016, agora subiu de nível. Com apenas 19 anos, Kylian Mbappé era o que faltava para subir essa França de nível. Um extra-classe. Um menino, que jogou como gente grande hoje.
Didier Deschamps escalou a França no 4-3-3. Sem a bola, Mbappé e Griezmann recuavam e o sistema se transformava no 4-2-3-1.
Jorge Sampaoli mandou sua equipe a campo com um 4-3-3 no papel. Na prática, tendo Messi como único atacante e com muita mobilidade, acabava sendo um 4-3-2-1.
● No comecinho do jogo, Griezmann cobrou uma falta no travessão. Era uma bela amostra do que queria a França.
Mas o favoritismo começou a se transformar em números aos onze minutos de jogo. Após uma roubada de bola, Mbappé avançou com a bola desde perto de sua área defensiva até a área adversária. Nesse trajeto de cerca de 70 metros, deixou quatro adversários para trás. Para evitar o gol certo, Rojo teve que pará-lo segurando-o dentro da área. Penalidade clara, que Griezmann cobrou no canto esquerdo, deslocando o goleiro Armani.
Pouco depois, Griezmann passou fácil por Rojo, foi à linha de fundo, bateu para o meio da área, mas Armani pegou. E isso seria uma das poucas coisas que Griezmann fez hoje com a bola rolando, ofuscado por Mbappé.
E a França não forçou o jogo para ampliar. Por muito tempo, deu a bola para a Argentina e esperou o contra-ataque que demorou a vir. E levou o empate.
Aos 41′, Pavón começou a jogada pela esquerda e Banega viu Di María sozinho na intermediária. Kanté deu um raro espaço no meio e o camisa 11 acertou um raro tiro, no canto esquerdo do e Lloris, sem chances para o goleiro. Um dentre os vários golaços desse jogo.
A virada albiceleste veio aos 3 min do segundo tempo. Banega cobrou falta para a área, Pogba desviou mal e a bola sobrou com Messi. Quando Ele pega a bola dentro da área, tende a sair algo bom. Ele girou sobre a marcação de Matuidi e chutou fraco, mas a bola desviou em Mercado no meio do caminho e tomou o rumo do gol. Agora, os hermanos estavam na frente!
Mas foi por pouco tempo, só por nove minutos. Para estragar o meu palpite no bolão, Matuidi lançou na ponta esquerda para Lucas Hernández que cruzou para a área. A bola passou por todo mundo e encontrou o outro lateral, Pavard, que emendou um chutaço de primeira e a bola foi rodopiando até ter seu caminho interrompido ao bater nas redes do ângulo esquerdo. Um dos mais belos gols da Copa.
Aos 19′, Hernández apareceu novamente bem no apoio cruzando rasteiro para o meio da área. Matuidi chutou em cima da zaga e a bola sobrou para Mbappé. O prodígio parisiense cortou para a esquerda, chutou a queima roupa e a bola passou por baixo de Armani. Era uma nova virada, dessa vez francesa.
(Imagem: FIFA.com)
E Les Bleus queriam mais. E conseguiram quatro minutos depois. Em um ataque muito veloz, a bola começou com o goleiro Lloris, passou com passes verticais por Kanté, Griezmann e Matuidi, até Giroud dar o último toque e deixar Mbappé em condições de chutar cruzado, fazendo o quarto gol francês. Em termos coletivos, foi o gol mais lindo desse mundial. Mbappé se tornou o segundo jogador mais jovem a fazer dois gols em um jogo de Copa. Só perde para um tal de Pelé, que tinha 17 anos em 1958.
Depois, Pogba limpou a marcação e abriu com Giroud na esquerda. O centroavante dominou, mas chutou na rede pelo lado de fora. Muita gente gritou gol no estádio.
Próximo ao fim do tempo regulamentar, Mascherano roubou a bola no campo de ataque e ela ficou com Messi. O camisa 10 arrancou do jeito que gosta, passou no meio de dois marcadores, mas finalizou fraco de direita, para a defesa fácil de Lloris.
Já nos acréscimos, aos 47′, Messi dominou na meia direita e cruzou na cabeça de Kun Agüero, que cabeceou forte no canto direito baixo, sem chances para o goleiro francês.
Mas era tarde demais. Ainda deu tempo de ter uma confusão entre os jogadores. Onde tem Argentina perdendo, costuma ter confusão. Mercado derrubou Pogba e Otamendi chutou a bola nas costas do francês, que estava caído no chão. Houve uma troca de empurrões dos dois lados e o árbitro iraniano Alireza Faghani conduziu bem a situação. Enquanto isso, o tempo foi se esgotando, junto com a chance dos argentinos.
No último lance do jogo, Pavón chutou cruzado para o meio da área, mas Di María desviou mal e perdeu a última chance de levar o jogo para a prorrogação.
(Imagem: FIFA.com)
● A cada erro dos colegas ou a cada gol sofrido por sua equipe, Messi só abaixava a cabeça. Nunca justificou o papel de liderança que a braçadeira de capitão lhe sugeria. É um dos maiores craques que o futebol já viu. É um dos grandes gênios dentre todos os segmentos na história da humanidade. Mas nunca foi líder. E se despede de uma Copa em que fez um golaço importante contra a Nigéria, mas é muito pouco perto do que ele é capaz de produzir. Culpa dele, que nos acostumou mal.
Mas Messi não é o culpado de tudo. A confusão na AFA (Associação de Futebol Argentina) existe desde sempre, mas ficou acentuada após a morte do ex-presidente Julio Grondona. Em 2015, uma eleição na entidade, que tinham 75 votantes, terminou empatada em 38 a 38. Nesse ciclo desde a última Copa, foram três técnicos e três rupturas de estilos de jogo: Gerardo “Tata” Martino, mais técnico; Edgardo Bauza, mais de marcação; e Jorge Sampaoli, um “bielsista” tão maluco quanto seu mestre.
É fato que Sampaoli não convocou bem e depositou confiança em quem não deveria. Com a lesão do goleiro Romero, deu chances a Caballero ao invés de escalar logo Armani. No meio, convocou Biglia machucado e manteve Mascherano como titular, mesmo que o “Jefecito” se mostrasse cada dia mais fora de forma. Levou a campo muitas vezes Mezza e Pavón, quando tinha Paulo Dybala no banco. Utilizou Messi de atacante, tendo no elenco Agüero e Higuaín – fora Mauri Icardi, que nem foi convocado.
Sem falar na mudança repentina dos sistemas táticos. Em quase todas as partidas das eliminatórias e em amistosos, Sampaoli escalou sua seleção no 3-4-3. Na Copa, optou pelo 4-4-2 na estreia, quando empatou com a Islândia por 1 a 1. Na segunda partida, voltou ao 3-4-3 e foi goleado pela Croácia por 3 a 0. Contra a Nigéria, regressou ao 4-4-2. Hoje, foi uma espécie de 4-3-2-1, com Messi isolado no ataque.
O universo todo sabe que a defesa argentina é frágil. E, desde a saída de Alejandro Sabella em 2014, nenhum técnico conseguiu dar consistência ao setor, independentemente dos jogadores. Esse conjunto de problemas levou a Argentina de volta para a casa precocemente. Pode ter sido o fim dessa geração talentosa, mas que não traduziu sua qualidade em títulos: Lionel Messi, Javier Mascherano, Ángel Di María, Kun Agüero, Gonzalo Higuaín e outros.
Como era esperado desde antes da Copa, a França segue firme nas quartas de final, onde vai enfrentar o Uruguai, que eliminou Portugal com uma vitória de 2 a 1 hoje.
(Imagem: FIFA.com)
● FICHA TÉCNICA: |
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FRANÇA 4 x 3 ARGENTINA |
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Data: 30/06/2018 Horário: 17h00 locais Estádio: Arena Kazan Público: 42.873 Cidade: Kazan (Rússia) Árbitro: Alireza Faghani (Irã) |
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FRANÇA (4-3-3): |
ARGENTINA (4-3-3): |
1 Hugo Lloris (G)(C) |
12 Franco Armani (G) |
2 Benjamin Pavard |
2 Gabriel Mercado |
4 Raphaël Varane |
17 Nicolás Otamendi |
5 Samuel Umtiti |
16 Marcos Rojo |
21 Lucas Hernández |
3 Nicolás Tagliafico |
13 N’Golo Kanté |
14 Javier Mascherano |
6 Paul Pogba |
15 Enzo Pérez |
14 Blaise Matuidi |
7 Éver Banega |
10 Kylian Mbappé |
11 Ángel Di María |
7 Antoine Griezmann |
22 Cristian Pavón |
9 Olivier Giroud |
10 Lionel Messi (C) |
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Técnico: Didier Deschamps |
Técnico: Jorge Sampaoli |
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SUPLENTES: |
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16 Steve Mandanda (G) |
23 Willy Caballero (G) |
23 Alphonse Areola (G) |
1 Nahuel Guzmán (G) |
19 Djibril Sidibé |
6 Federico Fazio |
3 Presnel Kimpembe |
4 Cristian Ansaldi |
17 Adil Rami |
8 Marcos Acuña |
22 Benjamin Mendy |
18 Eduardo Salvio |
15 Steven Nzonzi |
5 Lucas Biglia |
12 Corentin Tolisso |
20 Giovani Lo Celso |
8 Thomas Lemar |
13 Maximiliano Meza |
18 Nabil Fekir |
21 Paulo Dybala |
20 Florian Thauvin |
19 Sergio Agüero |
11 Ousmane Dembélé |
9 Gonzalo Higuaín |
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GOLS: |
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13′ Antoine Griezmann (FRA)(pen) |
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41′ Ángel Di María (ARG) |
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48′ Gabriel Mercado (ARG) |
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57′ Benjamin Pavard (FRA) |
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64′ Kylian Mbappé (FRA) |
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68′ Kylian Mbappé (FRA) |
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90+3′ Sergio Agüero (ARG) |
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CARTÕES AMARELOS: |
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11′ Marcos Rojo (ARG) |
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19′ Nicolás Tagliafico (ARG) |
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43′ Javier Mascherano (ARG) |
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50′ Éver Banega (ARG) |
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72′ Blaise Matuidi (FRA) |
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73′ Benjamin Pavard (FRA) |
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90+3′ Nicolás Otamendi (ARG) |
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90+3′ Olivier Giroud (FRA) |
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SUBSTITUIÇÕES: |
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INTERVALO Marcos Rojo (ARG) ↓ |
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Federico Fazio ↑ |
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66′ Enzo Pérez (ARG) ↓ |
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Sergio Agüero (ARG) ↑ |
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75′ Cristian Pavón (ARG) ↓ |
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Maximiliano Meza (ARG) ↑ |
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75′ Blaise Matuidi (FRA) ↓ |
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Corentin Tolisso (FRA) ↑ |
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83′ Antoine Griezmann (FRA) ↓ |
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Nabil Fekir (FRA) ↑ |
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89′ Kylian Mbappé (FRA) ↓ |
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Florian Thauvin (FRA) ↑ |
Gols da partida: