… Real Madrid tricampeão mundial de clubes

Três pontos sobre…
… Real Madrid tricampeão mundial de clubes

(Imagem: UOL)

● Pela terceira vez seguida, o Real Madrid é campeão mundial de clubes.

Dessa vez, o gigante espanhol não teve dificuldade alguma para golear o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, por 4 x 1, com gols de Luka Modrić (14′), Marcos Llorente (60′), Sergio Ramos (78′) e um gol contra de Yahia Nader (90+1′); Tsukasa Shiotani (86′) diminuiu para os asiáticos.

Na primeira etapa, o time árabe até teve chances para abrir o placar, mas não o fez. E o Madrid castigou, ao inaugurar o marcador logo na sequência.

Depois, os brancos tocaram a bola e enfileiraram oportunidades perdidas, até liquidar a fatura a partir do meio do segundo tempo.

(Imagem: UOL)

● Destaques para Marcos Llorente, que tem substituído Casemiro à altura e talvez até conquiste a posição de titular. Llorente é sobrinho-neto de Paco Gento, o maior vencedor da história da UEFA Champions League (06 títulos) e o maior campeão com a camisa do Real Madrid (23 troféus).

Falando nisso, Sergio Ramos e Marcelo conquistaram seu 20º título e estão em terceiro lugar entre os maiores vencedores do clube. Estão abaixo do já citado Gento e de Manolo Sanchís (21 títulos).

(Imagem: UOL)

● Mas o fato é que o Campeonato Mundial de Clubes precisa de uma reformulação urgente para se tornar mais atrativo a todos: patrocinadores, televisão, clubes e, principalmente, torcedores.

A mudança sonhada pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, talvez não seja a ideal. Ele quer que o torneio seja disputado por 24 clubes, um ano antes da Copa a partir de 2021 (substituindo a Copa das Confederações no calendário da entidade), de quatro em quatro anos.

Quatro anos é uma eternidade para os clubes. Na maioria das vezes, todos os jogadores titulares de um time são trocados em um período tão longo como esse. Isso não premiaria os clubes, embora tornasse o torneio mais disputado.

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Talvez o formato mais próximo do ideal seria o que ocorreu no início do ano 2000, com oito clubes em duas chaves de quatro cada, com semifinais e final (em 2000 não houve semifinal).

Dessa forma, disputariam a competição: o campeão da Copa Libertadores da América, os respectivos campeões das Ligas dos Campeões da Europa, Ásia, África, Oceania e Concacaf, além do representante do país local e do último campeão mundial.

Assim, cada time disputaria pelo menos três partidas e teria chances de se recuperar em caso de uma estreia ruim.

Certamente existem outros formatos possíveis. Mas o fato é que o torneio precisa se reinventar urgentemente.

… Fabrício, Campeão Amador 2018

Três pontos sobre…
…Fabrício, Campeão Amador 2018

● Foi realizado nesta manhã o segundo jogo da final do Campeonato Amador Módulo A 2018, promovido pela Liga Uberabense de Futebol. Na primeira partida, disputada no domingo anterior, Esporte Clube Fabrício e Associação Esportiva Santa Marta empataram por 1 a 1. Ou seja: quem vencesse a partida decisiva seria campeão. Em caso de empate, a decisão seria nos pênaltis. Mas não houve necessidade.

Jogando novamente no Estádio Municipal Engenheiro João Guido, o querido Uberabão, as equipes fizeram um jogo bastante equilibrado. São dois times muito bem treinados, embora tenham claramente adotado posturas diferentes.

O Santa Marta fechava muito bem os espaços e apostava no contra-ataque. Mas corria o risco se abdicando da bola. O Fabrício, time experiente, tocava muito bem a bola, mas não conseguia penetrar na defesa adversária.

E aos 26 minutos de jogo o contragolpe do Santa foi mortal. O lateral Baiano cruzou da direita, Lagoa não conseguiu finalizar e a bola sobrou para Paraíba chutar no canto e inaugurar o marcador.

O Fabrício continuava sem causar perigo, até os 32′. Sabendo que seria difícil entrar na área rival, o meia Abmael chutou de longe e acertou o ângulo, sem chances para o bom goleiro Matheus. Tudo igual, o que levaria a decisão para as penalidades máximas.

(Imagem: Três Pontos)
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● E a bola parada, que ultimamente decide vários campeonatos mundo afora, era a arma mais perigosa de ambos os times. E foi ela quem desempatou a partida na metade do segundo tempo. O bom lateral Éder cobrou escanteio na primeira trave e Jordan desviou de peito para o gol. Era a virada fabriciana.

Agora em desvantagem, o Santa Marta foi com tudo para o ataque, mas se desorganizou em campo, permitindo vários contra-ataques rivais. Sorte que todos foram desperdiçados.

Os jogadores e a torcida do Santa Marta reclamaram bastante de um pênalti não marcado em cima de Paraíba, já depois dos 40′, mas o experiente árbitro Fernando Modesto Silva não marcou. Aliás, a arbitragem teve uma boa jornada, sabendo controlar os ânimos acirrados com cartões amarelos.

No fim, festa grená no Estádio Uberabão – que fazia um calor infernal!

(Imagem: http://www.jornalreplay.net/)
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● A torcida do Santa Marta merecia esse título, pelo belo apoio que deu nas arquibancadas. O time fez a melhor campanha no geral e terminou com nove pontos a mais que o campeão.

Mas o Fabrício, que sofreu para se classificar nas primeiras fases, foi se agigantando rumo ao título.

Esse é o décimo título na história do clube, que se tornou o maior campeão do Campeonato Amador Módulo A, ultrapassando Independente, Atlético e Bonsucesso, com nove troféus cada.

Fundado em 01/11/1941, o Esporte Clube Fabrício foi o vencedor nos anos de 1952, 1960, 1962, 1967, 1981, 1982, 1988, 2000, 2002 e 2018.

(Imagem: Mário Lúcio Sena (Ligeirinho))
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Santa Marta 1 x 2 Fabrício

SANTA MARTA
Matheus; Baiano (Everton), Requinha, Zé Neto e Fabiano; Carlos (Benjonson), Paraíba, Clodoaldo e Iran (Vitinho); James (Obina) e Lagoinha. Técnico: Marcelo Constâncio.

FABRÍCIO
Fernando Pompeu; Eder (Lukinha)(Moisés), Tomas, Dudu e Igor (Paulo); Jordan, Gabriel, Abmael (Jefferson) e Leo Porto; Vitor Negão (Paulo César) e Jadson. Técnico: Marcio Souza.

Local: Estádio Municipal Engenheiro João Guido – Uberabão

Arbitragem
Árbitro: Fernando Modesto da Silva
Assistente nº 1: Anderson Reis Oliveira
Assistente nº 2: Andressa de Oliveira Pereira
4º Árbitro: Daniel Gomes Resende

Gols:
26′ Paraíba (SMA)
32′ Abmael (FAB)
67′ Jordan (FAB)

… Athletico Paranaense, Campeão da Copa Sul-Americana 2018

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… Athletico Paranaense, Campeão da Copa Sul-Americana 2018

(Imagem: Conmebol)

O Athletico (com “H”) nasceu campeão, mais com sorte do que competência. O clube paranaense viu o Junior Barranquilla perder inúmeras chances claras no segundo tempo (até um pênalti), mas conseguiu se sagrar campeão na disputa por pênaltis.

A primeira partida já havia sido muito equilibrada. Um primeiro tempo sonolento deu lugar a uma segunda etapa bastante disputada. Em um contra-ataque de manual, Nikão achou Pablo bem posicionado para abrir o placar. O Junior empatou em uma bola parada. Teve a chance de virar em um pênalti perdido por Pérez.

Esse segundo jogo foi quase uma repetição. Pablo (sempre ele!) abriu o placar aos 25′. O merecido empate do Junior veio aos 12′ da etapa final, com Téo Gutiérrez.

O time de Barranquilla jogou melhor, especialmente na etapa complementar. Perdeu inúmeras chances claras, frente a frente com o ótimo goleiro Santos.

Mas na prorrogação, o Athletico melhorou. A única chance criada pelos colombianos resultou em um pênalti. Barrera cobrou muito mal e mandou a bola para fora.

(Imagem: BOL / UOL)


No finzinho, os rubro-negros estavam esgotados fisicamente.

A decisão foi nos pênaltis. Narváez abriu convertendo. Jonathan igualou. Fuentes chutou para fora. Raphael Veiga abriu vantagem. Pérez dessa vez fez o dele. Bergson teve categoria e marcou. Téo Gutiérrez, a estrela do Junior, bateu por cima. Renan Lodi teve a chance de liquidar a fatura, mas bateu para fora. O experiente goleiro Viera marcou. E coube ao capitão Thiago Heleno cobrar firme, com raiva, para dar o título ao Athletico.

Um prêmio a um clube que soube se estruturar e cresceu demais, especialmente nos últimos 20 anos. Uma gestão deveras controversa, mas com muitos méritos de Mário Celso Petraglia. Grandes jogadores revelados, que renderam tecnicamente e financeiramente, como Dagoberto, Fernandinho, Jadson, Kléberson, Paulo Rink, os goleiros Neto e Weverton, e vários outros. Além disso, ainda tem um dos melhores Centros de Treinamentos do país e um dos melhores e mais modernos estádios da América Latina – que hoje teve seu recorde de público, com 40.263 expectadores.

(Imagem: UOL)


E a torcida teve alegrias de sobra nesse período, um título do Brasileirão e diversos campeonatos estaduais. Mas o ápice se deu mesmo hoje, ao conquistar a Copa Sul-Americana, o primeiro título internacional do clube. Foi merecido, principalmente pelo grande rival que enfrentou na final.

Nos últimos meses, o CAP jogou o melhor futebol do Brasil, evoluindo substancialmente na tabela de classificação do campeonato brasileiro, após um começo terrível.

As ideias plantadas por Fernando Diniz foram aperfeiçoadas pelo técnico Tiago Nunes, tornando o time mais equilibrado. Destaques para o bom goleiro Santos, o experiente capitão Lucho González, os meias Raphael Veiga e Nikão, além do atacante Pablo.

E a nova identidade trouxe sorte ao Athletico. Ontem foram anunciadas diversas mudanças impactantes, como no nome do clube (Athletico ao invés de Atlético), mudança nas cores, no distintivo, no uniforme e no mascote. Identidade essa que já nasceu campeã.

Parabéns, Clube Athletico Paranaense! Campeão da Copa Sul-Americana de 2018!

… Final da Copa Libertadores da América 2018 em três atos

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… Final da Copa Libertadores da América 2018 em três atos

(Imagem: BOL / UOL)

● Era a final dos sonhos da CONMEBOL, dos argentinos e, talvez, do mundo todo. River Plate x Boca Juniors. Provavelmente os times mais tradicionais do continente, com uma disputa secular. Ambos nasceram no mesmo bairro e tomaram caminhos diferentes. Enquanto o River se tornou um clube um pouco mais elitista, os mais humildes se aproximavam mais do Boca.

Poderia ter sido uma grande final brasileira. Foram semifinais muito equilibradas, mas Palmeiras e Grêmio não foram páreo para os portenhos.

E a primeira partida ocorreu dia dia 10/11, mas foi adiada para o dia seguinte devido às péssimas condições climáticas. O local foi o mítico Estádio Alberto José Armando, mais conhecido e temido como La Bombonera: o estádio que “pulsa” como os corações xeneizes.

Foi uma partida leal, com quatro gols e empate por 2 x 2. Um gol para cada lado construído em jogadas trabalhadas e também outro para cada lado em bolas paradas.

O Boca deixou não conseguiu aproveitar a vantagem de jogar em casa e com torcida única a seu favor.

(Imagem: BOL / UOL)

● E no dia 24/11 o River tinha a chance de conquistar a Copa em sua casa, o Estádio Monumental Antonio Vespucio Liberti, o Monumental de Núñez, lotado de torcedores millonarios. O mundo inteiro esperava. Gianni Infantino, presidente da FIFA, estava lá para entregar a taça ao campeão.

Mas alguns poucos idiotas travestidos de aficionados atiraram pedras e gás de pimenta no ônibus do Boca, que chegava ao local da partida. Alguns atletas foram gravemente atingidos, principalmente o capitão Pablo Pérez, que teve um problema no olho.

A CONMEBOL insistia para o jogo ocorrer. O Boca não tinha a mínima condição física e emocional de disputar uma final continental contra o maior rival e sem seu capitão. Pediu o adiamento. O River aceitou. A CONMEBOL relutou, mas aceitou remarcar para o dia seguinte, após mais de duas horas e meia de indecisões.

No dia 25, domingo, compareceu novamente a paciente torcida que já havia esperado horas no dia anterior. Esperou mais algumas em vão. A final foi adiada novamente e não teria datas para acontecer na semana seguinte, devido ao importante encontro do G-20 sediado em Buenos Aires.

O Boca tentou a qualquer custo ser declarado vencedor da partida, tendo como base o fato que ocorreu três anos antes. Em 2015, torcedores do Boca jogaram spray de pimenta no vestiário do River, afetando seriamente os jogadores rivais. A CONMEBOL declarou o River vencedor. Mas claramente são situações diferentes e vamos citar dois pontos principais que as diferem. O incidente de 2015 foi dentro do estádio La Bombonera, que deveria ter a segurança privada e ser responsabilidade do clube mandante. O problema de 2018 ocorreu em via pública, que severia ser resguardada pela polícia argentina. Esse é o primeiro ponto. O segundo é mais nítido: em 2015, eram as oitavas de final; agora, era a decisão tão sonhada.

E a CONMEBOL conseguiu se sair ainda mais suja ao levar o jogo para fora da Argentina. Dentre vários candidatos, foi “escolhido” o Estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid. Uma decisão deveras estranha, mas já antecipa um pouco a decisão da entidade ao levar as finais para um “campo neutro” em jogo único, semelhante ao que ocorre na UEFA Champions League. Mas muito estranho ver a final da Liberta em solo europeu.

(Imagem: BOL / UOL)

● E no dia 09/12/2018, finalmente, nós assistimos a história sendo feita. River x Boca duelando na Espanha valendo o título da Taça Libertadores da América.

O River tinha a posse de bola, mas o Boca era mais seguro e jogava melhor. No primeiro tempo, Leonardo Ponzio errava tudo que tentava, enquanto Nahitan Nández acertava até quando errava. E em um belíssimo contra-ataque, o próprio Nández fez um lançamento rasteiro genial para o renascido Darío Benedetto. O centroavante saiu fácil da marcação de Maidana e tirou do alcance do goleiraço Armani.

Falando nisso, Armani já tinha feito várias defesas, impedindo que o Boca inaugurasse o marcador, mas dessa vez nada pode fazer. Um belíssimo gol.

O River tentava entrar na marcação rival, mas não conseguia. Até que Matías Biscay (auxiliar do suspenso técnico Marcelo Gallardo) fez uma alteração ousada. Tirou o volante Ponzio, fora de forma, e colocou o colombiano Juan Fernando Quintero aberto pela direita. Saiu do 4-1-4-1 para o 4-2-3-1, com três meias canhotos habilidosos.

Benedetto não aguentou o jogo todo e saiu aos 15′. Logo depois, Fernández tabelou com Palacios, invadiu a área e tocou para trás. O decidivo Lucas Pratto só completou para o gol. Uma bela trama que resultou no empate.

Os Millonarios melhoraram muito, mas o empate prevaleceu até o minuto final. Uma das decisões mais equilibradas e mais longas da história só poderia terminar na prorrogação.

E logo no início do tempo extra, o bom volante colombiano Wílmar Barrios recebeu o segundo cartão amarelo e foi para o chuveiro mais cedo. Agora, o River tinha ainda mais espaço e crescia. Mas perdia diversas oportunidades.

Na segunda etapa, Quintero virou o jogo com uma pancada da entrada da área. Mais um golaço em uma final com belos gols.

Tudo parecia decidido e o River foi empilhando chances desperdiçadas. O Boca morreu física, mental e taticamente. Fernando Gago não aguentou jogar nem 30 minutos e saiu lesionado, deixando os xeneizes com nove homens.

O goleiro Andrada tentava ser um goleiro linha, mas mais parecia um maluco que não sabia onde se posicionar. E em uma cobrança de escanteio na qual ele próprio estava na área, o River foi rápido no contragolpe e Pity Martínez ficou sozinho, sem marcação e sem goleiro para correr o campo todo e marcar o terceiro, o gol do título.

Marcelo Gallardo aumenta ainda mais sua idolatria em Núñez. Lucas Pratto e Franco Armani foram contratados para serem campeões e o fizeram com grande destaque para ambos. Pity Martínez mostrou mais lampejos do que o habitual. A dupla de zaga, embora lenta e idosa, deu conta do recado. Enzo Pérez já passou de seu auge, mas ainda é importante no time. Borré e Scocco nem fizeram tanta falta.

O River conquista seu quarto título da Libertadores. Derrotou seu maior rival e também seus fantasmas. Provou ser enorme.

Por tudo que houve e não houve, essa será uma final que demorará a ser esquecida. Bastidores “conmebolescos” à parte, venceu a melhor equipe.

… Palmeiras: Campeão Brasileiro 2018

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… Palmeiras: Campeão Brasileiro 2018


(Imagem: Paulo Sérgio / Estadão Conteúdo / Gazeta do Povo)

● Merecidamente, o Palmeiras conquistou o Campeonato Brasileiro de 2018.

Um torneio que teve vários times se lançando como potenciais vencedores, outros que se provaram favoritos durante a disputa, mas que teve o melhor elenco como legítimo campeão.

O Flamengo (que também possui um elenco valioso) disparou na frente até a parada para a Copa do Mundo. Parecia ser o mais forte até enfrentar o aguerrido São Paulo, de Diego Aguirre, e perder em pleno Maracanã.

O próprio SPFC tomou o favoritismo para si e fazia uma bela campanha, mas não conseguiu se manter quando começou a perder jogadores por contusão, no início do segundo turno.

E o Internacional se tornou líder. Era um sonho, se comparado ao pesadelo de ter disputado a segunda divisão no ano passado. E o Colorado também não teve fôlego. Foi ultrapassado pelo Palmeiras.

RELEMBRE:
… Palmeiras: Campeão Brasileiro 2016


(Imagem: Nayra Halm / Fotoarena / Folhapress)

● Em diversos momentos, o técnico Luiz Felipe Scolari pôde se dar ao luxo de ter dois times-base diferentes, sendo um para o Brasileirão e outro para os torneios de mata-mata (Libertadores e Copa do Brasil). E o time foi relativamente bem em todos os campeonatos. Na Libertadores, fez a melhor campanha até chegar na semifinal, quando foi parado pelo Boca Juniors e a ressurreição de Darío Benedetto. Na Copa do Brasil, um copeiro e matador Cruzeiro foi o vilão. Mas na liga nacional, que costuma premiar a regularidade, o Palmeiras provou porque é o melhor time do país.

Três goleiros de alto nível: Weverton, Jailson e Fernando Prass.

Zagueiros experientes e seguros: Edu Dracena, Luan, Antônio Carlos e Gustavo Gómez.

Bons laterais com força ofensiva: Mayke, Marcos Rocha, Diogo Barbosa e Victor Luis.

Volantes cães-de-guarda: Felipe Melo e Thiago Santos, além do multifuncional Jean e do capitão Bruno Henrique, que evoluiu muito e se tornou um jogador completo (um dos destaques do time).

Meias talentosos: Lucas Lima, Gustavo Scarpa, Moisés, Alejandro Guerra e Hyoran.

Mas os grandes destaques individuais do time estão mesmo no ataque. Embora tenha encerrado o ano em baixa, Miguel Borja teve seus bons momentos e foi importante, terminando a temporada como artilheiro do time com 20 gols.

Willian Bigode foi fundamental atuando pelas pontas ou até mais centralizado. Fez de tudo no time e conquistou seu quarto Brasileirão (Corinthians em 2011, Cruzeiro em 2013 e 2014, além do Palmeiras em 2018).

Dudu mostrou mais uma vez que destoa do nível dos demais atletas do país. É o maior expoente dessa nova era de imponência do alviverde (como se diz no hino). Só permanece no clube porque o Palmeiras “não precisa fazer dinheiro” a qualquer custo, por ter uma patrocinadora “mão aberta”.

E há também Deyverson, esse personagem de dualidade tão grande, amado e odiado na mesma proporção – algumas vezes pelas mesmas pessoas. Ele desperta diversos sentimentos no torcedor. Ao mesmo tempo que pode ser decisivo e marcar o gol do título, pode também ser expulso por um motivo fútil e deixar o time com um jogador a menos em momentos importantes.


(Imagem: One Football)

● Ter dois jogadores de qualidade, mas com esse temperamento explosivo, como Deyverson e Felipe Melo, não é tão simples. Precisa de um líder fora de campo, um técnico experiente, bastante vivido e vencedor.

Naquele 26 de julho, o Palmeiras precisava de Felipão e Felipão precisava do Palmeiras. Seria sua terceira passagem pelo clube. Na primeira, conquistou vários títulos importantes, que o levou a dirigir a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2002. Na segunda, conquistou a Copa do Brasil em 2012, mas teve também sua parcela de culpa no rebaixamento no Brasileirão do mesmo ano.

Ficou estigmatizado como ultrapassado após o humilhante fracasso do Brasil na Copa de 2014 (derrotas de 7 a 1 para a Alemanha e 3 a 0 para a Holanda). Só foi recuperar um pouco da moral no Guangzhou Evergrande, da China. Agora, em 2018, assumiu um Palmeiras irregular, mas de bons resultados e boas ideias deixadas pelo “legado” de Roger Machado, o treinador anterior.

Primeiro ajeitou a defesa, diminuindo substancialmente o número de gols sofridos (passou seus primeiros sete jogos sem sofrer gols). E, por mais que não tenha conseguido o título nos torneios eliminatórios, o time está invicto há 22 partidas no Brasileirão (recorde absoluto na era dos pontos corridos). O Palmeiras ainda não perdeu com Luiz Felipe Scolari no comando.

Polêmicas à parte, o Palmeiras conquista seu sexto título do Campeonato Brasileiro desde 1971 e seu 16º título de nível nacional.

Agora, a meta é encerrar o jejum de títulos sul-americanos que completará 20 anos em 2019.

… Palmeiras 2 x 2 Boca Juniors

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… Palmeiras 2 x 2 Boca Juniors


(Imagem: Globo Esporte)

O Palmeiras até que jogou bem, especialmente no segundo tempo. Fez os dois gols necessários para levar a disputa para os pênaltis. Mas a defesa deu espaço e sofreu dois gols.

O primeiro tempo foi estranho. Mais do mesmo da partida anterior, em que nenhum time conseguia se sobressair. O Palmeiras até fez o primeiro gol, mas o VAR entrou em ação e anulou corretamente o tento, por impedimento de Deyverson. E o Boca abriu o placar, dificultando mais ainda a vida do Palestra, que precisaria vencer por 4 a 1.

Na segunda etapa, o Verdão veio com tudo e virou o jogo. Estava próximo de marcar o terceiro gol e colocar fogo no jogo, mas… Darío Benedetto empatou o jogo.

Benedetto é um bom centroavante. Esteve muito próximo de defender a Argentina na Copa do Mundo de 2018, mas sofreu uma lesão que o tirou de campo por longo tempo. Está se recuperando apenas agora, mas provou que seu faro de artilheiro continua em dia. Ele marcou os dois gols do Boca na primeira partida (2 x 0) e marcou o segundo dos xeneizes, quando sofriam com o ataque palmeirense.

Precisando novamente de três gols, o Palestra não tinha mais fôlego. E o tempo foi se esvaindo até o final.

O time de melhor campanha na Libertadores ficou pelo caminho, na semifinal. E, pelo menos mais um ano, continuará sem o tão sonhado título mundial.

Nada está perdido. Merecidamente, o título do Campeonato Brasileiro é questão de tempo para os alviverdes.

E a final dos sonhos da CONMEBOL irá acontecer na Libertadores 2018: River Plate x Boca Juniors, os dois maiores clubes da Argentina e (talvez) as duas camisas mais pesadas da América do Sul. Meu palpite? O River será tetra.

… Grêmio 1 x 2 River Plate

Três pontos sobre…
… Grêmio 1 x 2 River Plate


(Imagem: UOL)

Desde o início já se previa um confronto histórico nas semifinais da Copa Libertadores da América entre dois tricampeões: Grêmio e River Plate.

Por ser o atual campeão, o tricolor gaúcho tinha um ligeiro favoritismo. Que se escancarou ao vencer dentro do Monumental de Núñez (1 x 0).

No jogo de volta, com a Arena lotada, suportou a pressão do rival argentino e ainda abriu o placar.

No segundo tempo, Everton Cebolinha teve uma chance de matar a classificação, mas perdeu gol feito.

Mas, se apenas um desastre tiraria o Grêmio da decisão, ele aconteceu!

A dez minutos do fim do tempo regulamentar, o River empatou. Seis minutos depois, em um lance comum na área, o VAR chamou a atenção do árbitro uruguaio Andrés Cunha para um possível pênalti, que foi confirmado.

Segundo cartão amarelo para o zagueiro Bressan (que tinha acabado de entrar) e pênalti, que Pity Martínez converteu.

Com o placar agregado em 2 x 2, o River se classificou pelo critério de gols marcados fora de casa. Detalhe: os quatro gols do duelo foram originados em bolas paradas.

Essa eliminação coloca por terra todo o planejamento do grande Grêmio em 2018. Resta lutar pela classificação direta para a Libertadores 2019 através do Brasileirão.

P.S.: Bressan é um zagueiro até razoável, mas ele dá azar ao Grêmio.

… #ForaLopetegui

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#ForaLopetegui


(Imagem: David Ramos / Getty Images)

Após a catastrófica goleada sofrida pelo Real Madrid em visita ao Camp Nou (5 a 1 para o Barcelona), dessa vez ninguém acha que o técnico madridista Julen Lopetegui escapa da demissão.

Na verdade, ele não deveria nem ter sido contratado. E nem me refiro à polêmica de ser anunciado no Madrid dois dias antes da estreia da seleção espanhola na Copa do Mundo de 2018 (o que ocasionou sua demissão pela Real Federação Espanhola de Futebol).

Lopetegui nunca se provou como técnico em alto nível. Teve sucesso apenas com as seleções de base e só porque tinha realmente uma geração incrível.

Passou duas temporadas no Porto (2014 a 2016) e não conseguiu quebrar a então hegemonia do Benfica. Dois fiascos.

Na seleção principal da Espanha, não teve tempo de ser mensurado, já que fez a bobagem de assinar com o Madrid antes do Mundial.

E, atualmente, é o técnico do pior Real Madrid do Século XXI (quiçá o pior da história). O time ficou mais de 400 minutos sem marcar gols e quebrou seu recorde negativo. Atualmente, é o nono colocado em uma liga que não costuma ser muito equilibrada.

A culpa não é apenas do técnico. O time está completamente desordenado e desmotivado, mas individualmente os jogadores estão muito abaixo do que costumam apresentar.

Também pesa a falta de um substituto de alto nível para Cristiano Ronaldo. O elenco ainda é um dos melhores do mundo, mas falta aquele atleta “world class” que decide as partidas. Gareth Bale foi esse cara na final da última Champions, mas desde então não repete a atuação de gala.

Se o Real Madrid ainda quiser salvar algo na temporada (traduzindo: Champions), precisa abrir os cofres já em janeiro. Se contratado, Eden Hazard estaria apto a jogar a UCL. É só um exemplo. Mas esse e/ou outros craques devem ser contratados imediatamente.

Há a expectativa de que Antonio Conte seja anunciado como técnico a qualquer tempo, com a concomitante demissão de Lopetegui. Não acreditamos que o comandante italiano seja o remédio para esse Madrid.

Tentando repetir a temporada 2015/2016, quando um técnico espanhol medíocre foi demitido no meio da temporada (na ocasião, Rafa Benítez) e um treinador do Castilla foi chamado para apagar o incêndio (Zinedine Zidane), acreditamos que as soluções caseiras sejam as melhores.

Santiago Solari atualmente treina o Castilla. Guti treina o time sub-20. Talvez eles consigam repetir o “efeito Zidane”. Mas para isso, primeiro o Madrid deve se livrar de quem nunca devia ter sido contratado. #ForaLopetegui

Atualizado às 18h00 de 29/10/2018: Enfim, Julen Lopetegui foi demitido do Real Madrid. Santiago Solari assume interinamente.

… Cruzeiro, campeão da Copa do Brasil 2018

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… Cruzeiro, campeão da Copa do Brasil 2018


(Imagem: Globo Esporte)

● Merecidamente, o Cruzeiro é campeão da Copa do Brasil. Aliás, se tornou o primeiro bicampeão da história do torneio, já que conquistou a taça também ano passado. É o sexto título cruzeirense nos 30 anos da competição, da qual se tornou o maior campeão.

Jair Ventura, técnico do Corinthians, até tentou começar a partida em um esquema mais agressivo, com Jonathas como centroavante, mas não surtiu o efeito esperado.

O Cruzeiro, time copeiro, cascudo, à imagem e semelhança de seu criador, o técnico Mano Menezes, soube segurar e conter o ímpeto do adversário.

Aos 28 minutos do primeiro tempo, Léo Santos falha um domínio bobo na linha lateral e permite o ataque celeste. Barcos faz boa jogada e finaliza na trave. Na sobra, Robinho emenda da entrada da área para o gol vazio e inaugura o marcador.

O Corinthians pressiona, chega a ter mais de 70% de posse de bola, mas só conseguiu igualar o placar quando o VAR entrou em ação e marcou um pênalti duvidoso no início do segundo tempo, de Thiago Neves sobre Ralf. Jadson cobrou com maestria e marcou.

Aos 24′ da segunda etapa, Pedrinho entra no lugar do nulo Jonathas. Não sei como o menino não é titular desse time! Toda vez que ele entra, ele agrega bastante e é decisivo. E seria novamente, no minuto seguinte após entrar em campo. Ele aproveitou uma bola rebatida e emendou para o gol. A bola desviou e matou o goleiro Fábio. Um golaço!

Mas o VAR entrou em ação novamente e de forma duvidosa anulou o gol. No início da jogada, Jadson deixou o braço no peito de Dedé e o árbitro foi na onda e anulou o gol.

O Timão sentiu e se arrefeceu um pouco. O Cruzeiro gastava o tempo. Até matar a jogada em um contra-ataque mortal, com Raniel segurando a marcação e deixando De Arrascaeta livre para tocar com muita categoria por cima de Cássio. Eram 37′ da etapa final. Ninguém mais tinha dúvidas que o Cruzeiro seria o campeão. E foi.


(Imagem: Djalma Vassão / Gazeta Press / Gazeta Esportiva)

● Destaques para a dupla de volantes Henrique e Ariel Cabral, que fecharam a “casinha” e não permitiram as infiltrações inimigas pelo meio. Mas os demais meias, principalmente Robinho e Rafinha, pelos lados, também ajudaram bastante na marcação. A improvisação do volante Lucas Romero na lateral esquerda não comprometeu.

De Arrascaeta, que foi titular da seleção uruguaia em amistoso ontem no Japão, viajou 24 horas para ser decisivo na hora H. Valeu os R$ 60 mil investidos pelo Cruzeiro nessa logística.

E o mito Dedé se agigantou em (quase) todas as bolas alçadas na área. É incrível como ele sobe bem. Fez falta nesse ciclo passado da Seleção Brasileira.

E o Corinthians, desmontado e desmanchado como nunca durante esse ano, lutou bravamente, mas as limitações ficaram ainda mais evidenciadas nessa final. Foi muito longe, pelo elenco que tem atualmente.

Festa na parte azul de Belo Horizonte! O Cruzeiro é, de novo, campeão da Copa do Brasil!

● Ficha Técnica — Corinthians 1 x 2 Cruzeiro
Data: 17/10/2018 — Horário: 21h45 locais
Estádio: Arena Corinthians — Cidade: São Paulo/SP
Público: 45.978 pagantes – 46.571 total
Renda: R$ 5.108.151,00
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (FIFA-RJ)
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa (FIFA-RJ) e Bruno Boschilia (FIFA-PR)
VAR: Wilton Pereira Sampaio (FIFA-GO)
Gols: 28′ Robinho (CRU); 54′ Jadson (COR)(pen); 82′ Giorgian De Arrascaeta (CRU)
Cartões Amarelos: Fagner, Ralf, Gabriel, Jadson, Emerson Sheik e Clayson (COR); Robinho, Thiago Neves e Rafinha (CRU)
Corinthians (4-2-3-1): Cássio (C); Fagner, Léo Santos, Henrique e Danilo Avelar; Ralf e Gabriel (↑ Mateus Vital); Emerson Sheik (↑ Clayson), Jadson e Ángel Romero; Jonathas (↑ Pedrinho). Técnico: Jair Ventura.
Cruzeiro (4-2-3-1): Fábio; Edilson, Dedé, Léo e Lucas Romero; Henrique (C) e Ariel Cabral; Robinho, Thiago Neves (↑ Lucas Silva) e Rafinha (↑ Giorgian De Arrascaeta); Hernán Barcos (↑ Raniel). Técnico: Mano Menezes.

Melhores momentos da partida (antes que tirem do ar):