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… Real Madrid 0 x 3 Barcelona

Três pontos sobre…
… Real Madrid 0 x 3 Barcelona


(Imagem: Juan Medina / Reuters / UOL)

É possível um time ser bastante superior ao outro durante 90 minutos e ser goleado por 3 a 0? Pois foi isso que aconteceu no jogo de volta das semifinais da Copa do Rei.

Na primeira partida, o Real Madrid já havia sido melhor no primeiro tempo, mas o Barcelona igualou na etapa final. Agora, no Santiago Bernabéu, o roteiro se repetiu. Mas, dessa vez, com mais requintes de crueldade.

O Madrid teve o time bem encaixado na marcação, com Lucas Vázquez fechando totalmente os espaços na direita e impedindo os avanços do ótimo Jordi Alba. Os culés não assustavam.

Enquanto isso, os merengues criaram várias oportunidades, principalmente com Vinícius Júnior entrando em diagonal da esquerda pelo meio e os avanços constantes de Sergio Reguilón (que deixou Marcelo no banco novamente – e parece ser sem volta). Vázquez também avançava bem na outra ponta. Karim Benzema aparecia bem fazendo o pivô e tabelando pelo meio. Luka Modrić e Toni Kroos orquestravam pelo meio. Keylor Navas (melhor que Thibaut Courtois) não teve trabalho algum.


(Imagem: Javier Soriano / AFP / UOL)

Porém, todas as chances foram desperdiçadas e o Madrid não teve competência para marcar nenhum gol. Se Vinícius Júnior cria muito, ele também erra muito. Assustadoramente! Mas é um menino de 18 anos, com muita habilidade e velocidade. É uma pedra bruta, que precisa ser lapidada. Não deveria ser titular. Mas a culpa não é dele.

A culpa é de Florentino Pérez que não contratou reposição para Cristiano Ronaldo. Parece simples e idiota comparar Vini e CR7 – uma pérola bruta e um dos melhores da história. Mas, quando o português foi vendido à Juventus, era nítida a necessidade de novas contratações. Deveria ter quebrado a banca e contratado Eden Hazard e mais um entre Harry Keane, Edinson Cavani, Robert Lewandowski ou Sergio Agüero. Dinheiro nunca faltou. Falta poder de fogo. Falta alguém com aquele “instinto assassino” de Cristiano, de querer o gol a qualquer custo.


(Imagem: FC Barcelona)

Mas, voltando para a realidade atual, o time cansou de perder gols. E, no intervalo, Ernesto Valverde corrigiu alguns detalhes e o Barça voltou com tudo – embora o Real continuasse melhor.

Se há três semanas Lionel Messi entrou no segundo tempo e pouco conseguiu fazer, hoje ele atuou durante os 90 minutos, mas apareceu ainda menos. Foi muito bem marcado e teve pouco espaço. Espaço esse que surgiu para Ousmane Dembélé, sempre caindo pelas pontas.

Aos 5′, Carvajal deu espaço e o atacante francês cruzou rasteiro da esquerda na medida para Luisito Suárez emendar de primeira. Placar parcial injusto até então. Mas piorou.

Aos 23′, Gareth Bale entrou no lugar de Vázquez. No minuto seguinte o Barça ampliou. Dembélé cruzou novamente para Suárez completar. Varane chegou antes do uruguaio e tocou contra o próprio gol. O zagueiro se machucou feio no lance. Veja nesse link como ficou sua perna. Não tenho coragem de colocar a foto aqui.

O que já era catastrófico para os madridistas terminou quatro minutos depois. Suárez sofreu pênalti e cobrou com cavadinha, estilo Panenka. 3 a 0.

E aí o jogo acabou. O Real continuou atacando, mas sem poder de fogo algum. O Barça não quis jogar mais. Nem precisou.

Barcelona é (novamente) finalista da Copa do Rei. Será o campeão.