… Roberto Carlos, “la zurda sinistra”

Três pontos sobre…
… Roberto Carlos, “la zurda sinistra”

(Imagem: Acredite ou não)

Roberto Carlos da Silva Rocha nasceu em Garça, cidade do interior paulista, em 10 de abril de 1973.

Roberto Carlos nunca se limitou a marcar, mesmo sendo um lateral esquerdo – responsável por compor o sistema defensivo.

Com o advento do sistema 4-4-2 em meados da década de 1980, os antigos pontas praticamente tiveram seu fim decretado. Com isso, os laterais passaram a ser fundamentais no apoio, criação de jogadas, aproximação, cruzamentos.

Por mais que escola brasileira sempre tenha sido vanguardeira nesse sentido (com Nílton Santos, Carlos Alberto Torres e outros), ela se estabeleceu e fez sucesso na Seleção e no futebol europeu com o surgimento de laterais como Branco, Jorginho, Cafu e do próprio Roberto Carlos.


(Imagem: Band)

Aos 16 anos, Roberto já era titular do União São João. Disputou sua primeira partida pela Seleção Brasileira principal em 1992, aos 18 anos, ainda jogando pelo clube de Araras/SP.


(Imagem: Terceiro Tempo)

No mesmo ano teve um curto período de empréstimo ao Atlético Mineiro, que perdeu todas suas cinco partidas em uma excursão na Europa. RC não conseguiu mostrar todo seu potencial e acabou voltando ao União São João.


(Imagem: Grupo Opinião)

Mas em 1993 foi uma das primeiras estrelas das inúmeras contratações da Parmalat para o Palmeiras. E se tornou lenda no Parque Antártica. Em pouco mais de dois anos, foi bicampeão paulista (1993 e 1994), bicampeão brasileiro (1993 e 1994), além de campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1993.


(Imagem: Calciopédia)

Despertou o interesse da Inter de Milão, onde passou a jogar como ala pela esquerda, meia e até ponta. Disputou apenas uma temporada com a camisa interista, a de 1995/96. Foram sete gols em 34 jogos – insuficientes para convencer o então presidente Massimo Moratti, que o trocou com o Real Madrid pelo já veterano atacante chileno Iván “Bam-Bam” Zamorano.


(Imagem: Getty Images)

Em Madrid, foram onze anos vestindo a camisa merengue e se tornou lenda. Logo em sua primeira temporada, marcou cinco gols e conquistou La Liga. No fim do ano de 1997, foi eleito o segundo melhor jogador do mundo pela FIFA, atrás apenas do fenômeno Ronaldo.

Nesse mesmo ano, marcou o gol de falta contra a França, que a bola fez uma curva que fez os físicos estudarem essa batida na bola.

Em 21/02/1998, marcou sobre o Tenerife um dos gols mais impressionantes da história, chamado de “gol impossível”. No início do segundo tempo, em uma bola esticada rumo à linha de fundo, Roberto disparou, alcançou e mandou um canhão para dentro da área. Inicialmente parecia ser um cruzamento, já que não havia nenhum ângulo para o chute direto. Mas a bola fez uma curva memorável e entrou no ângulo oposto. O gol mais espírita de todos os “gols espíritas”.

O sucesso permaneceu e o lado esquerdo do Madrid permanecia sendo responsável pela grande maioria dos gols do time – que continuou enfileirando títulos: UEFA Champions League (1997/98, 1999/00 e 2001/02), Copa Intercontinental (1998 e 2002), Campeonato Espanhol (1996/97, 2000/01, 2002/03 e 2006/07), Supercopa da Europa (2002) e Supercopa da Espanha (1997, 2001 e 2003).


(Imagem: Fenerbahçe)

Saiu do clube pela porta da frente e foi campeão da Supercopa da Turquia de 2007 pelo Fenerbahçe. Depois, até teve um bom ano pelo Corinthians em 2010, mas fez parte do time que passou a vergonha história caindo na pré-Libertadores para o Tolima em 2011. Logo depois, foi atuar no futebol russo, pelo Anzhi Makhachkala. Anunciou sua aposentadoria dos gramados em 2012 e se tornou auxiliar técnico do time russo. Na sequência, foi técnico dos turcos Sivasspor (2013/14) e Akhisar Belediyespor (2015). Ainda em 2015, foi desbravar o incipiente futebol da Índia, onde foi jogador-treinador do Delhi Dynamos FC em 2015/16 e encerrou definitivamente a carreira.


(Imagem: eotimedopovo.com.br)

Pela Seleção Brasileira, foram 126 jogos e onze gols. Disputou três Copas do Mundo: 1998, 2002 e 2006. Foi vice-campeão e muito criticado em 1998. Se tornou campeão e fundamental no time de 2002. Foi considerado o principal vilão em 2006 (contamos melhor toda a história aqui). Conquistou também os títulos da Copa América de 1997 e 1999, a Copa das Confederações de 1997, a Copa Umbro de 1995 e foi medalhe de bronze nos Jogos Olímpicos de 1996.

É considerado um dos melhores laterais esquerdos de todos os tempos – discutivelmente, para muitos ele é o maior. Recentemente foi nomeado para o segundo time do “Dream Team” histórico da Bola de Ouro da revista France Football.

Roberto Carlos é uma lenda. É história, títulos, gols, explosão, raiva, tudo ao mesmo tempo.

Parabéns pelo seu aniversário, Roberto!


(Imagem: Esportes Online)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *