Três pontos sobre…
… 23/06/2018 – O melhor do décimo dia da Copa
(Imagem: FIFA.com)
A Alemanha vence a Suécia com um gol aos 50 minutos do segundo tempo e se salva da eliminação precoce.
O México vence a Coreia do Sul e fica muito próximo das oitava de final.
A “ótima geração belga” dá novo show e goleia a Tunísia.
… Bélgica 5 x 2 Tunísia
(Imagem: FIFA.com)
Foi uma partida muito movimentada desde o início. A Bélgica partiu com tudo para fazer logo o placar. E conseguiu. Logo aos seis minutos de bola rolando, Eden Hazard é derrubado na linha da grande área. O árbitro marcou pênalti, ratificado pelo VAR. O próprio capitão belga converteu, marcando seu primeiro gol no Mundial.
Dez minutos depois, em um contragolpe, Dries Mertens abre para Romelu Lukaku na esquerda. Ele ajeita o corpo chuta cruzado, sem chances para o goleiro Ben Mustapha.
Quem esperava um jogo fácil, foi surpreendido logo na sequência. O capitão Wahbi Khazri (um dos melhores em campo) cobrou falta na cabeça de Dylan Bronn, que só testou para o gol.
Logo depois, a Tunísia começou a ter posse de bola e tentar atacar. Fazia uma falsa pressão, mas a defesa continuava falhando nas saídas de jogo. E começou o drama das lesões: dois defensores precisaram ser substituídos antes do intervalo, o que deixaria o time ainda mais fraco tecnicamente e “morto” fisicamente no segundo tempo.
Nos acréscimos da etapa inicial, a pressão alta fez a Bélgica roubar a bola no campo de ataque. Meunier ficou com ela, tabelou com De Bruyne e fez um passe genial, na medida para Lukaku tocar de direita por cima do goleiro. 3 a 1 no placar.
No início do segundo tempo, aos 6′, Toby Alderweireld lançou Eden Hazard em velocidade, pegando a defesa tunisiana desprevenida. O camisa 10 avançou, tirou do goleiro e tocou para o gol.
Com a partida resolvida, Roberto Martínez passa a poupar suas estrelas, substituindo o trio de ataque: Lukaku, Hazard e Mertens.
E começa a sina de Michy Batshuayi. Em 25 minutos em campo, foi o que mais chutou a gol em toda a partida. Ele queria seu gol de qualquer forma. E seria recompensado aos 45′, quando aproveitou um cruzamento de Tielemans e esticou a perna para completar para o gol.
Mesmo com a derrota elástica, a Tunísia não jogou mal. Foi surpreendente a postura de tentar pressionar a favorita Bélgica em diversos momentos. E o placar ficou mais justo quando Wahbi Khazri marcou seu gol nos últimos lances da partida, completando cruzamento de Nagguez.
Agora, falta só a confirmação matemática. Se a Inglaterra vencer o Panamá amanhã, os próprios panamenhos e a Tunísia estarão eliminados. Inglaterra e Bélgica estariam classificados e disputariam o primeiro lugar do grupo na próxima quinta-feira. Mas como o futebol não vive de hipóteses, vamos aguardar.
Enquanto não tem nenhum teste de verdade, a “ótima geração belga” segue dando show.
Melhores momentos da partida:
● Ficha Técnica — Bélgica 5 x 2 Tunísia
Data: 23/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Otkritie Arena (Spartak Stadium) — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 44.190
Árbitro: Jair Marrufo (Estados Unidos)
Gols: 6′ Eden Hazard (BEL)(pen); 16′ Romelu Lukaku (BEL); 18′ Dylan Bronn (TUN); 45+3′ Romelu Lukaku (BEL); 51′ Eden Hazard (BEL); 90′ Michy Batshuayi (BEL); 90+3′ Wahbi Khazri (TUN)
Cartão Amarelo: 14′ Ferjani Sassi (TUN)
Bélgica (3-4-3): 1.Thibaut Courtois; 2.Toby Alderweireld, 20.Dedryck Boyata e 5.Jan Vertonghen; 15.Thomas Meunier, 6.Axel Witsel , 7.Kevin De Bruyne e 11.Yannick Ferreira Carrasco; 14.Dries Mertens (17.Youri Tielemans ↑86′), 10.Eden Hazard (C) (21.Michy Batshuayi ↑68′) e 9.Romelu Lukaku (8.Marouane Fellaini ↑59′). Técnico: Roberto Martínez
Tunísia (4-2-3-1): 1.Farouk Ben Mustapha; 11.Dylan Bronn (21.Hamdi Nagguez ↑24′), 2.Syam Ben Youssef (3.Yohan Benalouane ↑41′), 4.Yassine Meriah e 12.Ali Maâloul; 17.Ellyes Skhiri e 13.Ferjani Sassi (23.Naïm Sliti ↑59′); 8.Fakhreddine Ben Youssef, 7.Saîf-Eddine Khaoui e 9.Anice Badri; 10.Wahbi Khazri (C). Técnico: Nabil Maâloul
… Coreia do Sul 1 x 2 México
(Imagem: FIFA.com)
Primeiramente vamos destacar o que foi mais lindo durante a partida. Os mexicanos sempre são um show à parte onde estiverem. Mas nesse sábado, a Arena Rostov parecia um “puxadinho” da Cidade do México. A torcida cantando a tradicional música “Cielito Lindo” foi impagável e ficará na memória, assim como foi na heroica vitória sobre os alemães.
Na vitória sobre a Alemanha, o México foi reativo durante quase toda a partida. Marcava bem e saía forte nos contra-ataques. Foi assim que fez o gol do jogo e cansou de perder vários. Mas dificilmente essa estratégia daria certo contra a Coreia do Sul. Por isso tudo mudou. Ao invés de esperar o adversário, o México teria que ser proativo. Teria que “propor o jogo” e fez isso muito bem.
Mesmo com a defesa sul-coreana fechada e sem dar espaços, La Tri tocava a bola, buscando o ataque. Em um lance isolado, aos 26′, Guardado tentou cruzar a bola da esquerda. Já dentro da área, o zagueiro Jang Hyun-soo tentou cortar, mas tocou com a mão na bola. E braço aberto dentro tocando dentro da área é pênalti. O árbitro nem titubeou e marcou sem precisar da confirmação do vídeo. Carlos Vela cobrou bem, deslocou o goleiro e marcou o primeiro do México.
Agora, a Coreia do Sul teria que sair para o ataque em busca do empate. E o México passou a jogar como gosta, com rápidas transições entre a defesa e o ataque. Com o perdão do trocadilho, Vela estava “aceso” no jogo. Mas o primeiro tempo terminou 1 a 0, nesta Copa que felizmente insiste em ter ao menos um gol por jogo.
Aos 21 minutos do segundo tempo, Hirving Lozano puxou o contragolpe com maestria, passou por dois marcadores e tocou para Chicharito na esquerda. E aí ele destilou o seu veneno: dominou, tirou o marcador e chutou de canela. A bola morreu no fundo do gol de Cho Hyun-woo.
Já nos acréscimos, só para estragar o meu palpite no bolão, Son Heung-min fez um lance de craque. Dominou já avançando na meia direita, cortou para a perna esquerda e bateu com curva, tirando qualquer chance do goleiro Ochoa.
Um Golaço, com “G maiúsculo”, próprio de um jogador como Son. Infelizmente o restante do time está bem abaixo do nível dele. Mas vale lembrar que a Coreia do Sul viajou à Rússia desfalcada por oito jogadores que estariam entre os 23. Não é desculpa e o time é ruim mesmo. Mas vale destacar a melhora de toda a equipe em comparação com a derrota para os suecos.
Melhores momentos da partida:
● Ficha Técnica — Coreia do Sul 1 x 2 México
Data: 23/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Arena Rostov — Cidade: Rostov-on-Don (Rússia)
Público: 43.472
Árbitro: Milorad Mažić (Sérvia)
Gols: 26′ Carlos Vela (MEX)(pen); 66′ Chicharito Hernández (MEX); 90+3′ Son Heung-min (COR)
Cartões Amarelos: 58′ Kim Yong-gwon (COR); 63′ Lee Yong (COR); 72′ Lee Seung-woo (COR); 80′ Jung Woo-young (COR)
Coreia do Sul (4-2-3-1): 23.Cho Hyun-woo; 2.Lee Yong, 20.Jang Hyun-soo, 19.Kim Yong-gwon e 12.Kim Min-woo (14.Hong Chul ↑84′); 16.Ki Sung-yueng (C) e 8.Ju Se-jong (10.Lee Seung-woo ↑64′); 18.Moon Seon-min (15.Jung Woo-young ↑77′), 11.Hwang Hee-chan e 17.Lee Jae-sung; 7.Son Heung-min. Técnico: Shin Tae-yong
México (4-3-3): 13.Guillermo Ochoa; 21.Edson Álvarez, 3.Carlos Salcedo, 15.Héctor Moreno e 23.Jesús Gallardo; 7.Miguel Layún, 16.Héctor Herrera e 18.Andrés Guardado (C) (4.Rafael Márquez ↑68′); 11.Carlos Vela (10.Giovani dos Santos ↑77′), 14.Javier “Chicharito” Hernández e 22.Hirving Lozano (17.Jesús Manuel Corona ↑71′). Técnico: Juan Carlos Osorio
… Alemanha 2 x 1 Suécia
(Imagem: FIFA.com)
E a Alemanha permanece mais viva que nunca na Copa do Mundo de 2018! Em um jogo não recomendado para cardíacos, a Nationalelf conseguiu a vitória de virada, já aos 50 min do segundo tempo.
Joachim Löw resolveu fazer quatro mudanças no time titular em relação à péssima partida contra o México. Mats Hummels estava com problemas físicos e deu lugar a Antonio Rüdiger. Jonas Hector voltou a ser titular depois de se recuperar de uma lesão, no lugar de Marvin Plattenhardt. As demais mudanças foram técnicas: saiu a dupla consagrada Sami Khedira e Mesut Özil, para a entrada de Sebastian Rudy e Marco Reus.
Já nos primeiros instantes, a Alemanha começou a pressionar demais. Mas não foi uma pressão de qualquer jeito. Foram jogadas trabalhadas, articuladas, de movimentação dos meia-atacantes. Coisa de quem sabe o que deve fazer em campo, sem desespero. Mas a defesa sueca estava muito bem postada, como em quase todos os momentos de todos os jogos.
E aos 12′, quando a partida ainda estava empatada sem gols, a Suécia foi claramente prejudicada pela arbitragem. Em uma bola roubada e contra-ataque rápido, Marcus Berg ficou cara a cara com o goleiro Neuer, mas Boateng o alcançou na velocidade e o deslocou com a mão no ombro, além de uma pequena alavanca com o pé. O time sueco inteiro reclamou, mas tanto o árbitro quando o VAR decidiram que era lance normal. Mas se eles assistirem novamente o lance, vão ficar com vergonha dessa decisão. Para que serve o VAR, se não para a revisão desses lances subjetivos?!
Mas a Suécia não se intimidou e abriu o placar aos 32′. O detalhe é que dos 25 aos 31, a Alemanha estava com um jogador a menos, devido a um choque casual entre a chuteira de Toivonen e o nariz de Rudy. O jogador alemão foi atendido, mas com suspeita de fratura no nariz e sangramento contínuo, teve que deixar o campo. Mas enquanto Rudy era atendido, a Suécia pressionava. E no minuto seguinte da entrada de Gündoğan, Toni Kroos errou um passe (ele também erra passe!). Berg recuperou a bola, passou para Claesson, que lançou no alto para Ola Toivonen dentro da área. O camisa 20 dominou bonito e tocou por cobertura sobre Manuel Neuer. A bola ainda desviou em Boateng e tomou o caminho do gol.
Depois, a Suécia passou a fechar a “casinha” ainda mais. E a Alemanha pressionava. No intervalo, Joachim Löw trocou o nulo Julian Draxler por Mario Gomez, homem de área. Aliás… é burra essa insistência em Draxler. Ele não resolvia no Schalke 04, no Wolfsburg e não resolve no PSG. Jogador superestimado. Leroy Sané está fazendo muita falta nessa Alemanha.
E logo aos 3′ do segundo tempo, Timo Werner (que passou a jogar na ponta esquerda) chutou cruzado, Mario Gomez tentou alcançar a bola sem conseguir e Marco Reus finalizou do jeito que deu, um misto de joelho com canela. Pouco importa. Importante foi o gol de empate.
E dá-lhe blitz para cima dos suecos. A pressão passou a ser mais intensa ainda. E a Suécia foi cansando. Mesmo depois que Boateng foi expulso por receber justamente o segundo cartão amarelo, a Suécia não conseguia contra-atacar, tampouco atacar.
Em um cruzamento de Kroos da esquerda, Mario Gomez cabeceou com perigo, mas o goleiro Olsen fez uma excelente defesa, embora a bola tenha vindo em cima dele.
Com pouco a fazer, Löw tirou o lateral Hector e colocou o meia-atacante Julian Brandt. Em um de seus primeiros lances, ele recebeu fora da área, cortou para a perna esquerda e bateu bem. A bola explodiu na trave. Na volta, Timo Werner estava impedido, mas nem assim acertou o gol.
A Alemanha ainda lutava, não se contentando com o empate. E aos 49′ do segundo tempo, Durmaz fez uma falta muito idiota no lado direito de sua área. Uma bola que normalmente seria cruzada. Mas qual equipe no mundo possui um talento como Toni Kroos, que coloca a bola onde quer?! E foi isso que o jogador do Real Madrid fez. Em uma jogada de dois lances com Marco Reus, Kroos bateu bonito, com curva, no ângulo esquerdo do goleiro Olsen. Um gol e uma partida para ficar para a história.
Agora, a Alemanha praticamente depende de si mesma para se classificar. Se vencer a Coreia do Sul, preferencialmente por um bom placar, dificilmente não se classifica.
Vamos nos preparar, meus amigos… estou sentindo cheiro de Brasil x Alemanha nas oitavas de final!
Melhores momentos da partida:
● Ficha Técnica — Alemanha 2 x 1 Suécia
Data: 23/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Olímpico de Fisht (Fisht Stadium) — Cidade: Sóchi (Rússia)
Público: 44.287
Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia)
Gols: 32′ Ola Toivonen (SUE); 48′ Marco Reus (ALE); 90+5′ Toni Kroos (ALE)
Cartões Amarelos: 52′ Albin Ekdal (SUE); 71′ Jérôme Boateng (ALE); 90+7′ Sebastian Larsson (SUE)
Cartão Vermelho: 82′ Jérôme Boateng (ALE)
Alemanha (4-2-3-1): 1.Manuel Neuer (C); 18.Joshua Kimmich, 16.Antonio Rüdiger, 17.Jérôme Boateng e 3.Jonas Hector (20.Julian Brandt ↑87′); 19.Sebastian Rudy (21.İlkay Gündoğan ↑31′) e 8.Toni Kroos; 13.Thomas Müller, 7.Julian Draxler (23.Mario Gómez ↑INTERVALO) e 11.Marco Reus; 9.Timo Werner. Técnico: Joachim Löw
Suécia (4-4-2): 1.Robin Olsen; 2.Mikael Lustig, 3.Victor Lindelöf, 4.Andreas Granqvist (C) e 6.Ludwig Augustinsson; 7.Sebastian Larsson, 8.Albin Ekdal, 17.Viktor Claesson (21.Jimmy Durmaz ↑74′) e 10.Emil Forsberg; 20.Ola Toivonen (11.John Guidetti ↑78′) e 9.Marcus Berg (22.Isaak Kiese Thelin ↑90′). Técnico: Janne Andersson