… Holanda 3 x 0 Alemanha

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… Holanda 3 x 0 Alemanha


(Imagem: Emmanuel Dunand / STF)

A Holanda goleou a (ex-?) poderosa Alemanha por 3 a 0, com gols de Virgil van Dijk (30′), Memphis Depay (86′) e Georginio Wijnaldum (90+3′).

Com esse resultado, a Alemanha é a lanterna de seu grupo na Liga das Nações da UEFA.

A última vitória da Oranje sobre a Nationalelf havia sido em 2002.

Melhores momentos da partida:

… Henry Fa’arodo: ícone do futebol das Ilhas Salomão

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… Henry Fa’arodo: ícone do futebol das Ilhas Salomão


(Imagem: FIFA)

● Henry Samuel Luito’o Fa’arodo Junior nasceu em 05/10/1982, em Honiara, capital das Ilhas Salomão.

É um jogador baixo, com 1,72 m e 70 kg, que joga como meia-atacante, e também como meia ou ponta pela direita.

Ainda jovem, ganhou uma bolsa de estudos na Nelson College (Nova Zelândia), onde jogou pelo First XI e pelo Nelson Suburbs, que são clubes formador de atletas vinculado à Nelson College.

É um dos poucos jogadores de seu país que atuou em uma liga profissional, na Austrália, onde jogou pelo Perth Gloria na primeira temporada da A-League e pelo Melbourne Knights na antiga NSL.

Depois de uma temporada na Nova Zelândia, atuou pelo Altona Magic-AUS, onde conquistou o título da Victorian Premier League (Campeonato Regional do estado australiano de Victoria) em 2008.

Em maio de 2010, conquistou a Liga dos Campeões da OFC (Oceania), com o Hekari United (de Papua-Nova Guiné), o primeiro clube de fora da Austrália e Nova Zelândia a conquistar o torneio. É até hoje o único clube de uma ilha do Pacífico a disputar o Mundial Interclubes.

No início de 2012, Fa’arodo assinou com o Team Wellington na ASB (Campeonato Neozelandês). No mesmo ano, durante a temporada de inverno, voltou à cidade de Nelson para retribuir um pouco de carinho pela sua fase de formação, sendo auxiliar técnico da equipe júnior do FC Nelson e ajudando o time a conquistar o campeonato. Em seu tempo atuando na Austrália, conseguiu a licença para treinamento de jovens no futebol. Chegou a jogar algumas partidas pelo time principal do FC Nelson, mas logo retornou ao Team Wellington, clube pelo qual ainda tinha um contrato válido.

Em toda sua carreira defendeu as seguintes equipes: Nelson Suburbs-NZE (2000-2001); Fawkner Blues-AUS (2002 e 2004); Melbourne Knights-AUS (2002-2004); Perth Glory-AUS (2005-2006); Essendon Royals-AUS (2006); Canterbury United-NZE (2006-2007); Richmond SC Eagles-AUS (2007); Auckland City-NZE (2007-2008); Altona Magic-AUS (2008); Koloale FC-SAL (2009 e 2011); Hekari United Port Moresby-PNG (2010-2011); Team Wellington-NZE (2011-2012 e 2013-2015); FC Nelson-NZE (2012); Miramar Rangers-NZE (2013); Western United-SAL (2015 e 2016-2017); Solomon Warriors-SAL (2016); Marist-SAL (2017-2018).

Em 01/07/2018, ele assinou com o Wellington Olympic AFC, clube da capital da Nova Zelândia.


(Imagem: Oceania Football)

● Convocado para a seleção desde 2002, estreou nesse mesmo ano na Copa da Oceania, contra o Taiti. Participou de 16 jogos das eliminatórias para as Copas do Mundo. É o atual capitão e o recordista de partidas disputadas, com 61 jogos com a camisa dos “Bonitos” (apelido da seleção das Ilhas Salomão), marcando 20 gols.

Marcou seu único “hat trick” pelos salomônicos em 10/05/2004, na vitória sobre Tonga por 6 x 0, em confronto válido pelas eliminatórias da Copa de 2006 (em sua primeira partida por esta competição).

Foi vice-campeão dos Jogos do Pacífico, quando as Ilhas Salomão perderam a final para a Nova Caledônia por 2 x 0.

Henry Fa’arodo foi selecionado como titular na equipe do All Stars da Oceania que enfrentou o Los Angeles Galaxy em um amistoso disputado na Nova Zelândia, em 06/12/2008. Nesta partida, ele jogou ao lado de Edgar Davids e contra David Beckham.

● Atualmente é Diretor de Desenvolvimento Técnico da Federação de Futebol das Ilhas Salomão e já anunciou que irá se aposentar da seleção em breve.

Sobre ser capitão da seleção, certa vez ele disse:

“Sobre ser o capitão da seleção nacional, a parte mais importante do meu papel é ser um bom exemplo para os mais jovens. Para poder ajudar a definir os padrões para os garotos que estão chegando agora, mas não só isso, mas para ser inspirador para todos que gostam de futebol no meu país.”

… Maior erro de arbitragem de todos os tempos

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… Maior erro de arbitragem de todos os tempos


(Imagem: Fox Sports)

Em plena La Bombonera, seria bastante natural que o Boca Juniors vencesse o Cruzeiro por 2 x 0. E até por maior diferença de gols. Mas toda e qualquer eventual superioridade xeneize fica em segundo plano, ao considerarmos o assalto “equívoco” da arbitragem na partida.

O Cruzeiro foi melhor nos primeiros 15 minutos, mas não aproveitou as oportunidades para inaugurar o marcador.

O primeiro gol do Boca foi uma bela troca de passes, quando Pablo Pérez deixou Mauro Zárate na cara do gol. Destaque para a falha de posicionamento defensivo do time mineiro.

O jogo transcorria normalmente até os 28 minutos do segundo tempo. Em um cruzamento na área, Dedé chocou sua cabeça com o rosto de Esteban Andrada, goleiro do Boca. Foi um lance muito feio e preocupante. No dia seguinte soube-se que Andrada havia fraturado o maxilar. Mas foi um lance casual, um “acidente de trabalho”.

Não se sabe por qual motivo o árbitro paraguaio Eber Aquino utilizou o recurso do VAR e foi rever o lance no vídeo. E se sabe menos ainda o porquê o juiz resolveu expulsar Dedé.

O zagueiro brasileiro estava posicionado para cabecear a bola. O goleiro argentino socou a bola e houve o choque. Quem jogou bola (nem que seja de brincadeira, na rua) sabe que é impossível premeditar um lance desses.

Expulsão claramente equivocada, para dizer o mínimo. Já faz algum tempo que os clubes brasileiros estão sendo prejudicados em competições sul-americanas. E aí chegamos no problema da representatividade atual do Brasil no futebol atual, em todos os níveis. Assunto que já foi amplamente abordado e que vamos deixar para outro momento.

O Boca ampliou pouco depois, quando o técnico cruzeirense Mano Menezes preferiu fazer uma alteração no ataque antes de reposicionar a defesa. Após um cruzamento, Edílson errou uma cabeçada e acertou o volante Henrique, que fazia as vezes de zagueiro na posição de Dedé. A bola sobrou para Pablo Pérez encher o pé e anotar o segundo gol dos xeneizes.

Mas o que fica na história é a expulsão de Dedé. Certamente uma das mais injustas de todos os tempos.

… Em Brasília, nem ambulância funciona

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… Em Brasília, nem ambulância funciona


(Imagem: UOL)

Em Brasília nada nunca funciona, como já sabemos. Mas foi surpreendentemente triste quando os atletas precisaram empurrar a ambulância que socorria Bruno Silva, jogador do Vasco, que foi vítima de um fortíssimo choque com um companheiro de equipe. Até que o veículo pegou “no tranco”, ainda no gramado do estádio Mané Garrincha.

Assim como o Flamengo pós-Copa, que pouco funciona e custa pegar no tranco. E o Vasco, que não funciona faz tempo. (Volta, Valdir Bigode!)

O Vasco marcou um gol sofrido e feio. O do Flamengo foi contra. Empate por 1 a 1, em Brasília, onde nada funciona.

… Palmeiras 0 x 1 Cruzeiro

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… Palmeiras 0 x 1 Cruzeiro


(Imagem: Reuters / Fox Sports)

Não sou palmeirense. Nem cruzeirense. Mas o fato é que o goleiro Fábio (que é uma lenda viva) não é acostumado a falhar como falhou. Talvez por isso o árbitro Wagner Reway tenha apitado uma falta inexistente sobre o goleiro no último lance do jogo. Mesmo com a opção de deixar o lance seguir e chamar o apoio do VAR logo depois, o juiz preferiu interferir diretamente no resultado.

O Palmeiras teve a posse de bola e tentou pressionar, mas o Cruzeiro tem um bom time, com bastante experiência. Fez o gol no início do jogo e sofreu pouco.

Na outra partida ocorreu o que todos imaginavam. O Corinthians entrou em campo para não jogar e não deixar o adversário jogar. E esse Flamengo pós-Copa é muito carente de criatividade e se deixou ser engolido pela retranca corintiana.

Com a exclusão do gol marcado fora de casa como critério de desempate, temo que os dois finalistas sejam decididos nos pênaltis.

… Brasil 5 x 0 El Salvador

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… Brasil 5 x 0 El Salvador


(Imagem: Pedro Martins / MoWa / Goal)

Um amistoso contra El Salvador não pode servir de parâmetro para a Seleção Brasileira.

Pouco vale o placar elástico.

O único mérito foi começar a dar rodagem aos novos jogadores nessa pequena renovação, tirando um pouco o peso da estreia.

E nem contra o “poderoso” adversário, o “menino” Neymar desabrochou…

… 45 anos do Golpe Militar no Chile

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… 45 anos do Golpe Militar no Chile

Dia 11 de setembro não é trágico apenas para os Estados Unidos, que rememoram o atentado terrorista ocorrido 17 anos atrás.

Em 1973, no Chile, neste mesmo dia, o general Augusto Pinochet liderou o golpe militar que derrubou o governo comunista de Salvador Allende e iniciou uma ditadura repleta de uma série de barbáries, incluindo tortura e morte de opositores.

E um dos locais mais utilizados para esse triste fim era o mítico Estádio Nacional de Santiago.

Mais que o barulho da torcida, os gritos de dor ecoarão eternamente no grande palco do futebol chileno.

… Carlos “El Pibe” Valderrama

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… Carlos “El Pibe” Valderrama


(Imagem localizada no Google)

Já se passaram mais de vinte anos de seu auge, mas Carlos Valderrama é reconhecido mundialmente.

Ele é muito mais que apenas uma vasta cabeleira loira.

Ostentando a camisa 10 e a faixa de capitão, “El Pibe” desfilava em campo. Afinal, quem precisa correr é a bola.

E isso ele fazia com precisão, com a melhor escolha nas jogadas e, invariavelmente, deixando seus companheiros na cara do gol.

Era capaz de desmontar todo um sistema defensivo adversário apenas com sua técnica e seus passes precisos e decisivos.

Uma bela amostra de suas qualidades é show que a Colômbia deu ao golear a Argentina por 5 x 0, em pleno Monumental de Núñez.


(Imagem localizada no Google)

Pela seleção colombiana foram 111 partidas disputadas e 11 gols marcados. Ainda hoje é quem mais vezes vestiu a camisa dos Cafeteros.

Valderrama foi capitão de sua seleção em três Copas do Mundo (1990, 1994 e 1998). Liderou os colombianos na primeira vez em que passaram para a segunda fase de um Mundial, em 1990, ao criar a jogada para que Freddy Rincón marcasse o gol de empate contra a Alemanha no último minuto de jogo.

Vários clubes puderam desfrutar de seu talento: Unión Magdalena-COL (1981-1983); Millonarios-COL (1984); Deportivo Cali-COL (1985-1987); Montpellier-FRA (1988-1990); Real Valladolid-ESP (1990-1991); Independiente Medellín-COL (1992); Atlético Junior de Barranquilla-COL, seu clube de coração (1993-1995). Foi um dos pioneiros no futebol da MLS (Major League Soccer, principal campeonato norte-americano de futebol). Nas terras ianques, jogou por Tampa Bay Mutiny (1996-1997 e 1999-2001); Miami Fusion (1998); Colorado Rapids (2002-2004), onde encerrou a extensa carreira, aos 42 anos.

Grandes momentos de genialidade de “El Pibe” Valderrama:

Entrevista descontraída de Valderrama ao canal Desimpedidos:

Reverência de David Beckham ao ídolo Carlos Valderrama:

… Técnicos da seleção da Alemanha: apenas dez na história

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… Técnicos da seleção da Alemanha: apenas dez na história

Dentre todos os fatores responsáveis pelo sucesso da seleção da Alemanha de futebol desde sempre, um dos principais provavelmente seja a histórica manutenção dos técnicos.

Desde seu primeiro treinador, Otto Nerz, em 1926, o “Mannschaft” teve apenas outros nove, já contando com o atual, Joachim Löw.

Mesmo nas raras vezes em que os nomes mudaram, a filosofia continuou. E outro detalhe relevante é que esses dez nomes conhecem o futebol de dentro do campo, pois todos foram jogadores profissionais.

Desde o fim do século XIX já existia um “amontoado” de jogadores alemães que representavam o país, mas a seleção nacional só surgiu mesmo em 1908. Sua primeira partida oficial foi há quase 110 anos, em 05/04/1908, quando perdeu para a Suíça por 5 a 3. Até 1926, a “Nationalelf” não tinha um treinador. Eram os próprios dirigentes da Federação quem selecionavam os jogadores convocados e escolhiam os titulares nas partidas. Nesse período, foram 58 jogos, com 16 vitórias, 12 empates e 30 derrotas. O aproveitamento ruim deixou claro que era necessária uma maior organização. Assim, decidiram contratar o primeiro técnico.

1. Otto Nerz — De 31/10/1926 a 07/08/1936

(Imagem: Tennis Borussia)
Jogou entre 1910 e 1924 como meio-campista lateral do VfR Mannheim e do Tennis Borussia Berlin, mesmo time onde se tornou técnico. Em 1926 foi nomeado o primeiro técnico da história da seleção alemã de futebol. Na época, Nerz transformou uma equipe medíocre em uma camisa respeitada no futebol europeu. Seu maior mérito era estar sempre aberto a novas aprendizagens, estudando e absorvendo conhecimentos técnicos e táticos de lendas como James Hogan, Hugo Meisl e Vittorio Pozzo. Em dez anos, foram 70 partidas, com 42 vitórias, 10 empates, 18 derrotas, 192 gols marcados e 113 sofridos. Seu melhor resultado em competições oficiais foi o 3º lugar na Copa do Mundo de 1934.

2. Sepp Herberger — De 13/09/1936 a 07/06/1964

(Imagem: Alchetron)
Assim como seu antecessor, jogou no VfR Mannheim e encerrou a carreira de jogador (atacante) e começou a de técnico no Tennis Borussia Berlin. A partir de 1932, trabalhou quatro anos como auxiliar de Otto Nerz na “Nationalelf”. Em 1936, naturalmente se tornou o sucessor como treinador principal da seleção. Embora fosse filiado desde 1933 ao Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores, sua real participação junto ao nazismo nunca pôde ser comprovada. Ficou na seleção até 1942, quando ela teve que ser dissolvida por causa da Segunda Guerra Mundial, ficando inativa até 1950. Em 1945, trabalhou rapidamente no Eintracht Frankfurt e a partir de 1950 voltou a treinar seleção alemã (que com o fim da Guerra passou a ser Alemanha Ocidental – a Alemanha Oriental era comunista e passou a ser outra equipe nacional diferente), ficando até 1964. Foi o principal responsável pelo primeiro título mundial alemão, o famoso “Milagre de Berna”, quando a Alemanha Ocidental venceu a fortíssima Hungria de virada por 3 a 2 na final da Copa do Mundo de 1954. Fez um bom papel também em 1958, levando seu país ao 4º lugar na Copa. No geral, foram 167 jogos, vencendo 94, empatando 27 e perdendo 46 vezes, anotando 435 gols e tomando 250.

3. Helmut Schön — De 04/11/1964 a 21/06/1978

(Imagem: DFB)
Era um bom atacante, que em 16 jogos pela seleção marcou 17 gols, mas foi prejudicado pelo advento da Segunda Guerra Mundial. Entre 1956 e 1964 foi assistente técnico de Sepp Herberger na “Nationalelf” e o sucedeu em 1964, ficando até 1978. Montou equipes com alma de campeão, além de contar com jogadores excepcionais à época, como Franz Beckenbauer, Sepp Maier, Gerd Müller, Uwe Seeler, Wolfgang Overath e outros. Provou seus conhecimentos táticos na final da Copa do Mundo de 1974, quando escalou o “carrapato” Berti Vogts para marcar individualmente o genial Johan Cruijff e a Alemanha Ocidental venceu a Holanda de virada por 2 a 1. Conquistou também a Eurocopa de 1972. Além disso, foi vice-campeão na Copa de 1966 e 3º lugar na Copa de 1970, além de vice na Euro de 1976. Foram 139 jogos, com 87 vitórias, 31 empates e 21 derrotas; 292 gols pró e 107 contra.

4. Jupp Derwall — De 11/10/1978 a 20/06/1984

(Imagem: UEFA)
Jogou como atacante nas décadas de 1940 e 1950. Foi assistente de Schön na seleção entre 1970 e 1978 e se tornou técnico principal logo depois. Ficou no cargo até 1984. Das 67 partidas, venceu 44, empatou 12 e perdeu 11, com 144 gols feitos e 60 tomados. Seu melhor resultado foi o título da Euro de 1980 e o vice da Copa de 1982.

5. Franz Beckenbauer — De 12/09/1984 a 08/07/1990

(Imagem: Soccer Blog)
O maior jogador e ídolo da história do país tinha acabado de pendurar as chuteiras e não tinha nenhuma experiência como técnico, mas foi contratado pela federação alemã em 1984. Em seis anos de trabalho, foram 66 jogos sob sua batuta, com 34 vitórias, 20 empates e 12 derrotas, marcando 107 vezes e sofrendo 61 gols. Além do vice-campeonato na Copa de 1986, conquistou a Copa do Mundo de 1990, se tornando o segundo a ser campeão como jogador e técnico (juntamente com Zagallo). É o único a ser campeão como capitão e técnico.

6. Berti Vogts — De 29/08/1990 a 05/09/1998

(Imagem: DFB)
Enorme como jogador, nem tanto como treinador. Assim como sucedeu Beckenbauer na braçadeira de capitão, também o fez como técnico na seleção. Após encerrar a carreira, treinou a seleção sub-21 (1979-1990) e foi assistente técnico da seleção principal (1986-1990). Depois, se tornou o técnico principal, ficando até 1998. Nesses oito anos, mesmo com bons jogadores (Lothar Matthäus, Jürgen Klinsmann, Thomas Häßler, Matthias Sammer e outros), sua equipe era muito pragmática, sempre praticando um futebol feio. Apesar dos vários fracassos, mesmo assim conseguiu ser campeão da Eurocopa em 1996 e vice em 1992. Nesses oito anos, foram 102 jogos, 66 vitórias, 24 empates e 12 derrotas, 206 gols marcados e 86 sofridos.

7. Erich Ribbeck — De 10/10/1998 a 20/06/2000

(Imagem: Fussball Sammler)
O ex-zagueiro de equipes pequenas na década de 1960 tinha muita experiência na prancheta. Mesmo com pouco sucesso, era técnico desde 1965 e já havia passado por sete clubes, além de ter sido auxiliar de Jupp Derwall na seleção entre 1978 e 1984. Dessa vez a federação alemã quebrou a tradição de investir em nomes emergentes para apostar em um “medalhão”. Foi um verdadeiro fiasco! A Alemanha caiu logo na primeira fase da Euro 2000 e Ribbeck foi demitido. Era uma transição entre gerações e os atletas disponíveis tinham um nível bem abaixo dos campeões de 1990. Tanto, que chegou a ponto de Ribbeck convocar o brasileiro Paulo Rink para compor seu ataque. Foram apenas 24 jogos, dos quais venceu 10, empatou 6 e perdeu 8; marcou 42 tentos e sofreu 31. Mas esses maus resultados foram importantes, pois foi a constação de que algo deveria mudar no futebol alemão, principiando pela formação dos atletas; ao invés de privilegiar a força física de sempre, passaram a focar em jogadores mais técnicos. Se não houvesse esse fiasco na Euro 2000, dificilmente veríamos destaques como Philipp Lahm, Mario Götze, Marco Reus…

8. Rudi Völler — De 16/08/2000 a 24/06/2004

(Imagem: Oliver Berg – DPA)
Assim a federação alemã voltou a apostar em ex-atletas com histórico campeão na seleção. Foi a vez de Rudi Völler, que tinha menos de seis meses de experiência como técnico no Bayer Leverkusen. Mas, aos trancos e barrancos, resgatou o respeito do mundo pela “Nationalelf”, levando uma equipe mediana à final da Copa do Mundo de 2002. Caiu na primeira fase da Euro 2004. Em 53 jogos, foram 29 vitórias, 11 empates e 13 derrotas, 109 gols marcados e 57 sofridos.

9. Jürgen Klinsmann — De 24/07/2004 a 08/07/2006

(Imagem: AFP)
Após a saída de Völler, ninguém queria assumir o “Mannschaft”. Por indicação de Berti Vogts, Jürgen Klinsmann foi convidado. Após se aposentar, o ex-atacante só queria paz e tranquilidade, morando na Califórnia. Mas aceitou essa duríssima missão. Como seu auxiliar, trabalhava um ex-meia do Freiburg, Joachim Löw. Já era o momento de começar a colher os frutos que estavam sendo plantados pela federação. A dupla rejuvenesceu o elenco, com jogadores como Philipp Lahm, Bastian Schweinsteiger, Per Mertesacker e Lukas Podolski. Klinsmann soube potencializar o fato de disputar uma Copa do Mundo em casa e conseguiu unir jogadores e torcida. O resultado final foi um belo 3º lugar, com uma nova mentalidade implantada na seleção alemã. Foram intensos 34 jogos, vencendo 20, empatando 8 e perdendo apenas 6; fez 81 gols e tomou 43.

10. Joachim Löw — De 16/08/2006 até hoje

(Imagem: DFB)
Conhecido mundialmente também pelos hábitos nada higiênicos, Löw deu sequência ao trabalho de Klinsmann e melhorou os resultados. Com (por enquanto) doze anos no cargo, já foram 168 partidas (até o momento), com 111 vitórias, 31 empates e 26 derrotas. Foi vice-campeão na Eurocopa de 2008, semifinalista nas Euros de 2012 e 2016; ficou em 3º lugar na Copa de 2010 e venceu o troféu da Copa das Confederações de 2017. Mas, a cereja do bolo foi realmente a conquista da Copa do Mundo de 2014, vencendo a Argentina na decisão, além do massacre sobre o anfitrião Brasil na semifinal, por 7 a 1. Mas, no momento atual, está em baixa, devido ao fiasco na Copa do Mundo de 2018, quando a seleção alemã foi eliminada ainda na primeira fase, com a pior campanha de sua história. Mesmo assim, Joachim Löw manteve a confiança da federação e seguirá no comando da Nationalelf.

… René Higuita: o goleiro espetáculo

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… René Higuita: o goleiro espetáculo


(Imagem: Diário Online)

Pouco importavam os craques que estivessem em campo. A grande estrela sempre era aquele goleiro cabeludo espevitado, que gostava de jogar com os pés. Um maluco, “El Loco” Higuita, que avançava até o campo adversário driblando os rivais.

Nunca existiu e dificilmente existirá um goleiro como René Higuita, o aniversariante de hoje. Foi um dos pioneiros a trabalhar fora da área. Fez 41 gols durante sua longa carreira (37 de pênalti e 4 em cobranças de falta).

Foi também o principal protagonista do primeiro título relevante da história do futebol colombiano, quando o Atlético Nacional, de Medellín, conquistou a Copa Libertadores da América em 1989.

Polêmico, controverso e bastante questionado fora de campo, dentro das quatro linhas ele era um espetáculo a parte.


(Imagem: Panini)