Sonho de aniversário

Sonhei com meu pai, em um sonho maluco em que assistíamos futebol. Ganhei meu presente de aniversário.

Nessa última noite, quando completei mais um ano de vida, com a cabeça cansada desses últimos dias difíceis, eu tive um sonho realmente biruta. Eu assistia à semifinal do Campeonato Mundial Interclubes.

No dia 29/12 eu escrevi no blog Três Pontos sobre o Steaua București, o primeiro campeão da UEFA Champions League situado no leste europeu. Como eu disse no texto, o Ministério da Defesa da Romênia quer impedir o atual dono do clube, o maluco Gigi Becali, de utilizar o nome, escudo e qualquer coisa que lembre o time, que foi fundado pelas Forças Armadas. Assim, não existirá mais o Steaua, mas ficará a história.

Incrivelmente, neste sonho, o campeão da Libertadores (que não lembro quem era) tinha perdido na semifinal para o Auckland City, da Nova Zelândia (!). O fraco time da Oceania estava na final e esperava o vencedor do outro lado da chave. O campeão da UEFA Champions League tinha desistido de participar do torneio e, assim, quem o substituiu não foi o vice, mas o campeão da Europa League (segundo torneio mais importante do Velho Continente), que foi o romeno Cluj. O Mundial foi realizado na própria Romênia e uma vaga era do campeão nacional, o Steaua.

O problema é que esse episódio envolvendo as Forças Armadas e o Steaua București impediu o clube de ter um time de futebol. Assim, uma equipe de futsal com esse nome foi criado e foi para o Mundial. Em cada jogo, o adversário deveria jogar futsal ao invés de futebol (!!! – tudo é possível nos sonhos).

Me lembro de estar assistindo a essa semifinal com o clássico romeno e pegar no sono quando o Steaua vencia por 1 a 0. Ao acordar já era o segundo tempo e o Cluj havia empatado. Virei para o lado e vi meu pai (que há mais de oito anos foi morar no céu). Ficamos conversando, já que estávamos torcendo para o Steaua, quando um brasileiro que jogava no Cluj acertou a trave em uma cobrança rápida de falta. Jogo empatado e, nos pênaltis, vitória do “nosso” time, que era praticamente campeão mundial, pois iria enfrentar um time amador na final. O último pênalti foi cobrado por um filho da lenda Gheorghe Hagi, maior craque da história do futebol da Romênia (ao acordar pesquisei e vi que ele realmente tem um filho jogador, Ianis Hagi, 18 anos, que atua na Fiorentina).

Acordei e rapidamente recordei uma conversa que tivemos certa vez: “Pai, o Hagi era realmente tão bom assim quanto dizem?”

Ele respondeu: “Mais ainda. Um dos melhores jogadores que já vi.”

Me deu ainda mais saudade do meu pai.


(Foto de 1987, eu e meu pai)

Originalmente publicado em meu perfil pessoal no Facebook.

Um comentário em “Sonho de aniversário

  1. Pingback: ... A Copa do Mundo que me fez apaixonar de vez por futebol - Três Pontos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *