Três pontos sobre… … Zidane anuncia saída do Real Madrid
(Imagem: The 18)
Zinédine Yazid Zidane é um dos maiores jogadores de todos os tempos. Para alguns, ele é o maior de sua posição. Conquistou Copa do Mundo, Eurocopa, UEFA Champions League, Copa Intercontinental e vários outros títulos como jogador. Se ele quisesse ficar sentado em cima de suas glórias dentro de campo, poderia tê-lo feito. Mas encerrou a carreira no auge de seus 34 anos recém completados.
E ele queria mais. Em 2013 passou a ser auxiliar técnico de Carlo Ancelotti no Real Madrid. O clube tinha passado a ser a sua casa havia doze anos. Em 2014, se tornou o técnico do Castilla, time B dos merengues. Mas era muito pouco.
Nos primeiros dias de 2016, após a demissão de Rafa Benítez, Zizou assumiu como treinador do time principal do Real. Desde então, em dois anos e meio, conquistou “apenas” 03 (TRÊS) UEFA Champions League consecutivas (2015/16, 2016/17 e 2017/18), dois Campeonatos Mundiais Interclubes (2016 e 2017), um Campeonato Espanhol (2016/17), duas Supercopas da UEFA (2016 e 2017) e uma Supercopa da Espanha (2017).
(Imagem: David Ramos / Getty Images)
Seria natural que ele se acomodasse em seu cargo e seguisse conquistando mais títulos. Mas novamente surpreendeu ao anunciar no dia de hoje, 31/05/2018, a sua saída do comando do clube blanco.
“Eu tomei a decisão de não continuar como técnico do Real Madrid, é um momento raro, mas esse time precisa de uma mudança para continuar ganhando, precisa de outro discurso, outra metodologia de trabalho e é por isso que tomei essa decisão.”
Como discordar? Mesmo vencendo, algumas de suas decisões eram questionadas e os atletas pareciam mesmo acomodados em alguns momentos. Realmente essa mudança pode dar um novo fôlego ao Madrid.
O presidente do clube, Florentino Pérez, ficou surpreso com a decisão, mas respeitou e disse não ser um “adeus”, mas sim um “até breve”. Em seus 15 anos de presidência, Pérez viu pela primeira vez um técnico pedir para sair do clube (foram 13 demitidos pelo mandatário).
(Imagem: Made in Foot / IconSport)
A expectativa é que se anuncie o novo técnico nas próximas horas. A imprensa espanhola cita alguns nomes como favoritos, como Mauricio Pochettino (Tottenham), Joachim Löw (da seleção alemã), Massimiliano Alegri (Juventus), Jurgen Klopp (Liverpool), Antonio Conte (Chelsea), Maurizio Sarri (ex-Napoli), Arsène Wenger (ex-Arsenal), Santiago Solari (Real Madrid Castilla) e Guti Hernández (Real Madrid Sub-20).
De todos esses nomes, o mais cotado e surpreendente é o de Guti, ídolo do clube como jogador (jogou com Zidane), que vem fazendo a equipe sub-20 encantar. Porém, seria uma escolha que viria seguida de muita pressão em um momento como esse. Talvez o ideal seria um nome mais tarimbado, como o de Arsène Wenger, deixando Guti como auxiliar técnico, em uma espécie de transição até o ídolo merengue assumir o comando.
Como escrevemos aqui, esse Real Madrid construiu uma dinastia. Mas toda dinastia acaba. Além da saída de Zizou, Cristiano Ronaldo falou em tom de despedida no último sábado e Gareth Bale já disse estar insatisfeito no clube. Será o fim desse Real como conhecemos? O time tem uma grande capacidade técnica e financeira para se reconstruir e continuar sendo dominante no continente. Resta saber se isso será feito com competência, como nos últimos anos, ou de forma atabalhoada, como nos anos anteriores.
Ao Míster Zidane, o madridismo só tem uma coisa a dizer: “Obrigado!”Zizou deixa o Real Madrid ainda maior do que era quando assumiu. Deixa um grande legado e sobe o nível de exigência da torcida. A enorme idolatria que tinha como jogador, conseguiu ser ainda maior como técnico.
O Liverpool começou jogando melhor, marcando pressão nos primeiro trinta minutos e trocando passes rápidos no campo de ataque. Foram alguns lances de perigo, mas nenhuma chance clara criada. Mohamed Salah era um dos que mais tentava. Mas esse não seria seu dia.
A história da partida mudou em um lance isolado aos 24 minutos do primeiro tempo. Sergio Ramos e Salah engancharam seus braços e o braço do egípcio ficou preso ao cair. A queda foi realmente muito feia e o atacante do Liverpool infelizmente não conseguiu continuar em campo, sendo substituído cinco minutos depois. No momento, pareceu um lance acidental, uma falta comum. Quem já jogou bola sabe: em um lance tão rápido, dificilmente o defensor teria tempo para pensar em causar uma queda que tirasse o rival de campo. São milésimos de segundos para pensar e agir ao mesmo tempo. Mas se tratando de Sergio Ramos e seu histórico nada limpo, fiquemos a vontade para julgar a ação do beque – subjetividade pura.
Zidane escalou inicialmente os mesmos atletas que venceram a Juventus na final do ano passado
Jürgen Klopp apostou na mesma escalação ofensiva que levou seu time à final
Logo depois foi a vez de Dani Carvajal se lesionar depois de uma queda. Outra grande perda para o espetáculo. Mas enquanto o Madrid repôs bem, com Nacho, o Liverpool trocou o intrépido Mo Salah por um Adam Lallana sem ritmo, que estava voltando aos poucos de lesão.
Devido à falta de peças ofensivas, Jürgen Klopp teve que desmontar seu 4-3-3 e o Liverpool passou a jogar no 4-4-2.
O Liverpool morreu e o Madrid passou a jogar. Benzema teve um gol justamente anulado aos 42′, após aproveitar uma defesa sensacional do goleiro Karius em cabeçada de Cristiano Ronaldo. Mas ambos estavam impedidos, tanto o português, quanto o francês.
No início do segundo tempo, Lallana errou um corte dentro da área e a bola sobrou para Isco, livre, mas ele chutou no travessão.
Karim Benzema e Loris Karius voltaram a ser protagonistas aos cinco minutos da etapa final. Toni Kroos fez um lançamento, mas Benzema não alcançou e a bola ficou com Karius. O goleiro foi sair rapidamente com as mãos e jogou a bola bem no instante em que Benzema esticou a perna. A bola bateu no pé do francês e tomou o rumo do gol. Um gol ridículo dava a vantagem no placar ao Real Madrid.
Mas a reação do Liverpool foi rápida. O time voltou a fazer a pressão alta e conseguiu o empate aos 10′. James Milner cobrou o escanteio, Dejan Lovren subiu bem de cabeça e desviou para o meio da pequena área. Sadio Mané foi mais rápido que Keylor Navas e esticou bem a perna para desviar do goleiro. Tudo igual em Kiev.
Com Nacho no lugar de Carvajal, os laterais passaram a não avançar tanto. Bale entrou para resolver a parada
Sem opções de ataque no banco, Klopp foi obrigado a mudar o sistema de jogo, perdendo força em suas ações ofensivas
O minuto 19 nos brindou com uma verdadeira obra prima. Marcelo cruzou de pé direito para a entrada da área e Gareth Bale, que tinha acabado de entrar, emenda de bicicleta para o gol. Um gol para ficar na história das finais da competição.
Os Reds quase empataram de novo, após uma troca de passes que Mané chutou de fora da área, mas a bola acertou na trave direita de Navas. Pura sorte. Sorte de (tri)campeão? Sim, conforme foi ratificado 14 minutos depois.
Aos 38′, Bale recebeu uma bola na direita, teve tempo de ajeitar e chutar da intermediária. Seria uma bola fácil para qualquer goleiro. Se ficasse parado, talvez a bola batesse em seu rosto e não fosse gol. Mas não era qualquer um. Era Loris Karius: um dos goleiros que mais comete falhas bisonhas. E cometeu mais uma. Ele estava pronto para socar a bola, mas resolveu de última hora segurá-la e abriu as mãos. Não fez nem uma coisa e nem outra: acabou empurrando a bola para o gol. Uma das piores partidas de um goleiro na história do futebol de alto nível.
O Liverpool perdeu o restante de sua pouca força que ainda restava. O Madrid ainda teve chances de sacramentar a goleada, mas não o fez. E conquistava, de novo, a Liga dos Campeões da Europa.
Cristiano Ronaldo pouco apareceu em campo. Deixou uma mensagem enigmática na entrevista após o jogo, dizendo que “foi muito bonito jogar no Real Madrid”. Benzema fez “só” o gol; se for embora, leva a gratidão dos madridistas, mas já vai tarde. Bale afirmou que precisa jogar mais e vai decidir seu futuro junto com seu empresário. Luka Modrić está ficando velho. Keylor Navas sempre está lá para salvar o time, mas às vezes falta confiança. Talvez esse seja o fim desse esquadrão como conhecemos.
Do outro lado, o Liverpool tem muita margem para melhorar. É um time promissor. A zaga não comprometeu. Milner está velho e lento. O capitão Jordan Henderson é um jogador de pura homogeneidade: não marca, não arma, não cruza, não chuta e não lidera. Roberto Firmino “dybalou” hoje. Se não fosse por Sadio Mané, o trio de ataque mais prolífico da história da Champions teria passado em branco. Karius não é goleiro para um time de alto nível. Karius nem é goleiro.
Mo Salah tem a torcida do universo para que se recupere e continue a brilhar na Copa do Mundo. Carvajal também.
Sergio Ramos é o eterno vilão. Há quatro anos, impediu o título do Atlético de Madrid aos 48 minutos do segundo tempo ao empatar o jogo. Hoje, “tirou” de campo o melhor jogador do mundo. Atualmente, é o cara mais odiado do mundo da bola. Mas tem o amor e o apoio da torcida do Real Madrid. Provavelmente, o torcedor madridista deve considerá-lo “meu malvado favorito”.
(Imagem: UOL)
Falando em malvado, quão malvado é esse Real Madrid?! Só nos últimos anos, tirou o título do coitadinho do Atlético, por duas vezes! Impediu Gianluigi Buffon de conquistar a Champions e se consagrar ainda mais! E agora tirou a chance de título do queridinho Mo Salah e desse lindo Liverpool! É o time a ser batido. É o mais odiado do mundo. Menos, claro, pelos que o ama – que são muitos.
Madrid Champions League. É uma dinastia. Assim como foi a dinastia do mesmo Real Madrid pentacampeão entre 1956 e 1960, o Ajax tricampeão (1971 a 1973) e o Bayern de Munique (1974 a 1976). Desde a fase moderna da UEFA Champions League, nenhum time tinha conseguido dois títulos consecutivos. Agora já são três. E contando…
Pra terminar: se CR7 fosse um clube, já seria o terceiro maior vencedor do torneio. Com cinco títulos, ele igualou Bayern, Liverpool e Barcelona.
Jordi Alba não toca na bola, apenas em Marcelo em lance dentro da área blaugrana. Pênalti ignorado pelo péssimo árbitro Hernández Hernández
(Imagem: realmadrid.com)
Mesmo que pouco valha para o campeonato, o Superclássico é um jogo a parte.
Para o Barcelona, valia pela possibilidade de permanecer invicto e ver Don Andrés Iniesta se despedir com uma vitória sobre o rival.
Para o Madrid, era importante se vingar da derrota por 3 x 0 no Santiago Bernabéu, carimbar a faixa de campeão do Barça e se manter em alto nível para a a final da Champions.
Pensando assim, o time catalão deve ter ficado mais feliz com o resultado.
Um ótimo contra-ataque puxado por Sergi Roberto e um lindo voleio de Luis Suárez abriram o placar aos 10 minutos de jogo, quando os culés eram melhores.
Os merengues empataram em bela trama entre Cristiano Ronaldo, Toni Kroos e Karim Benzema, que o português acabou completando para as redes.
Depois, o Real perdeu pelo menos três chances claras de gol, principalmente com CR7.
Sergio Ramos e Suárez trocaram os tradicionais sopapos e ambos receberam cartão amarelo. Gareth Bale fez um “carinho” com a sola da chuteira na panturrilha de Samuel Umtiti, mas o juiz nem aplicou cartão (erradamente).
Sergi Roberto foi expulso por se desentender com Marcelo pouco antes do intervalo. Ernesto Valverde recompôs a defesa colocando Nélson Semedo no lugar do nulo Philippe Coutinho.
Os blaugranas jogariam toda a segunda etapa com um homem a menos. Mas o Real perdeu sua referência ofensiva ao substituir CR7, que sentiu dores no tornozelo, pelo pisão casual que levou de Piqué no lance do gol.
Os 45 minutos finais deveriam ser de um Madrid ofensivo, com toque de bola que envolvesse o adversário.
Mas logo aos 7′, Raphaël Varane toma a frente em uma jogada, mas leva uma rasteira de Suárez. Mas o árbitro Alejandro José Hernández Hernández só poderia estar cego ao não ver a falta. Na sequência desse lance, Lionel Messi fez a especialidade da casa e o segundo gol.
Seis minutos depois, veio a emoção da despedida de Iniesta, substituído por Paulinho – que passou a errar quase tudo que tentou.
O Real atacava sem saber o que fazer com a bola e o Barça teve chance de ampliar. Mas não fez e não faria até o apito final.
Aos 27 minutos, em bela troca de passes, Marco Asensio acha Gareth Bale no meio. O galês chuta de primeira da entrada da área e acerta o canto do ótimo goleiro Ter Stegen.
Aos 31′, Marcelo fez boa jogada e foi derrubado na área por Jordi Alba. Pênalti claríssimo, ignorado pela pior arbitragem dos últimos tempos.
Luis Suárez e Gareth Bale fizeram hora extra em campo e deveriam ter sido expulsos.
Barcelona conseguiu o resultado que queria, principalmente porque tem Lionel Messi e isso faria a diferença para qualquer equipe do mundo.
O apito foi mais prejudicial aos merengues, principalmente em dois lances capitais. Mas não sabemos o que aconteceria se o árbitro tivesse sido mais rigoroso com Bale, marcado a falta em Varane e até o pênalti em Marcelo. O Madrid poderia ter vencido. O Barcelona poderia ter vencido. Ou o jogo poderia ter terminado empatado.
Mas eu tenho um sonho. Sonho que um dia a arbitragem não interfira no Superclássico e que o melhor em campo vença. Faz muito tempo que isso não acontece…
No dia 30 de maio de 1984, a Roma teve seus sonhos frustrados pelo Liverpool na final da Copa dos Campeões da Europa (atual UEFA Champions League). E, agora, quase 34 anos depois, os Reds voltaram a ser os algozes dos Giallorossi, dessa vez nas semifinais.
Se não tem mais a dança das pernas de espaguete do goleiro Bruce Grobbelaar, o time inglês tem o trio de ataque mais letal do mundo no momento: Mohamed Salah, Sadio Mané e Roberto Firmino, que já bateram o recorde de trio mais goleador da história do torneio, somando 29 gols (e contando…).
O Bayern de Munique, de novo, criou diversas chances, mas parou na inoperância de seu ataque e nas defesas do goleiro Keylor Navas.
Os bávaros possuem ótimos jogadores, muito bem treinados pela lenda Jupp Heynckes, foram melhores nas duas partidas, mas…
… não aproveitou as chances claras de gol;
… não finalizou muito, sempre tentando achar um companheiro mais bem colocado e acabou errando demais no último passe;
… deu espaços na marcação;
… brincou na saída de bola, onde nunca se deve fazer;
… faltou alma vencedora.
Essa última questão é um pouco polêmica. Mas desde a aposentadoria de Philipp Lahm e a saída de Bastian Schweinsteiger falta uma grande liderança para esse Bayern. É inegável a qualidade de Jérôme Boateng, Mats Hummels, Franck Ribéry, Arjen Robben, Robert Lewandowski e Thomas Müller, mas temos a impressão que falta um líder. Poderia ser Manuel Neuer, lesionado durante toda a temporada. Mas um clube desse tamanho que dá a braçadeira de capitão a um jogador que (quase sempre) se omite nos momentos decisivos, é como o navio “Pérola Negra” tendo Jack Sparrow como capitão.
Mas nada disso estaria sendo dito se o Bayern tivesse avançado. E, de novo, faltou muito pouco para isso. Faltou o árbitro turco Cüneyt Çakır marcar pênalti em bola na mão de Marcelo dentro da área. Faltou finalização. Faltou Sven Ulreich ser mais “Neuer” com a bola nos pés, após um recuo tolo de Tolisso.
Do outro lado, faltou jogar. Uma hora a camisa deixa de pesar e o Madrid deixa de vencer. Faltaram Dani Carvajal e Isco, lesionados. Faltou mais Cristiano Ronaldo e Luka Modrić. Mas sobrou Keylor Navas, que sempre aparece para salvar os merengues em momentos decisivos.
Ou seja, foi uma partida decidida pelos dois goleiros: pelas defesas do madridista e pela falha do bávaro.
Não importa quem venha do outro lado, Liverpool ou Roma. Esse Real Madrid vai ter que jogar muito mais para entrar na história dos tricampeões da Champions.
Três pontos sobre… … Bayern de Munique 1 x 2 Real Madrid
(Imagem: Globo Esporte)
Como vencer esse Real Madrid na UEFA Champions League?
Mesmo jogando mal e sendo dominado, o time consegue vencer adversários do quilate de PSG, Juventus e Bayern fora de casa.
O Bayern cansou de criar chances, com dez (!) oportunidades claríssimas criadas e desperdiçadas.
Mas começou bem, com Joshua Kimmich aproveitando o maior ponto fraco dos merengues: os contra-ataques nas costas de Marcelo. Mas Keylor Navas caiu antes, o que pode ter ajudado no gol.
Depois, Franck Ribéry perdeu gol feito, daqueles que não se pode perder, ao adiantar demais a bola. Mas como criticar o camisa 7, a estrela que mais brilhou no Bayern nos últimos onze anos?!
Mats Hummels também perdeu uma chance clara. Ou seja, poderia estar 3 a 0 para os bávaros, tranquilamente. Mas o ditado é velho: “Quem não faz…”
O mesmo Marcelo que deu espaços na defesa, é um monstro no ataque. Fez um belo gol, chutando forte e rasteiro da entrada da área. Foi seu sétimo gol em mata-matas, o defensor que mais fez gols nessa fase da UCL.
Rafinha erra passe pelo meio, Marco Asensio tabela com Lucas Vázquez e vira o jogo. O mesmo Asensio que diria depois do jogo: “Real Madrid sabe sofrer er aproveitar as oportunidades”. E como sabe sofrer! E como sofreu!
Zidane teve seus méritos na vitória. Seu time estava acuado e Ribéry jogando muito. Com a lesão do lateral direito Dani Carvajal, ao invés dele colocar um defensor em seu lugar, inventou ao colocar Karim Benzema no ataque e recuar o meia atacante Vázquez para fazer a lateral. Mais rápido e mais jovem, ele diminuiu o ímpeto de Ribéry.
Cristiano Ronaldo teve uma única chance de marcar, mas dominou a bola no braço antes de chutar cruzado. Gol bem anulado. Agora o gajo está em um raro jejum na Champions: um jogo sem marcar, que não acontecia há um ano.
O Real Madrid tem que ficar esperto. Esse foi o placar nas quartas de final do ano passado e o time perdeu a partida de volta em casa pelo mesmo placar, só passando na prorrogação com uma ligeira ajudinha da arbitragem. Também deve se lembrar da última eliminatória contra a Juventus, quando venceu fora de casa por 3 x 0 e estava perdendo pelo mesmo placar até o último lance do jogo.
E o Bayern tem qualidade e camisa para reverter a vantagem.
Mohamed Salah está brilhando. Na primeira partida das semifinais da UEFA Champions League, fez dois gols e deu duas assistências para a vitória do Liverpool sobre a Roma por 5 x 2.
Aliás, esse placar ficou barato para os romanos, salvos de um massacre maior por seu goleiro galã e pela má pontaria de Sadio Mané.
Roberto Firmino está jogando mais que o “menino” Jesus. Talvez mereça ser titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.
Salah, Mané e Roberto Firmino atualmente formam um trio tão letal quando os aclamados MSN e BBC em seu auge. Não me refiro à qualidade, mas sim à quantidade de gols.
No fim, a Roma ainda diminuiu o marcador, deixando um placar “acessível” para ser feito no jogo de volta. Um 3 a 0, como foi contra o Barcelona, classifica os italianos.
Faltavam 10 segundos para o fim da partida e a Juventus conseguia um resultado épico, que levaria o jogo para uma inesperada prorrogação. Eis que um erro de posicionamento e um lance estabanado do zagueiro Benatia colocou tudo a perder.
Eu entendo o desespero de Buffon. Provavelmente eu mesmo faria pior na situação. Mas não vi motivo para ele ser expulso naquele momento. Não houve agressão física ao árbitro. Nada do que ele tenha dito seria suficiente para uma expulsão. A Juventus já tinha sido punida demais com o pênalti.
E se o árbitro errou na expulsão, acertou no pênalti. Benatia atropelou Lucas Vásquez dentro da área. Ele estava em situação difícil para dominar e/ou concluir a gol, mas o zagueiro marroquino resolveu seu problema com o atropelamento.
Real Madrid sobrou na partida anterior. A Juventus mais que sobrou nessa partida. Seria clubismo eu afirmar que um time mereceria mais do que o outro.
Fica a história: o primeiro gol Mandžukić, com menos de dois minutos de bola rolando, é o gol mais rápido que já sofreu o Real Madrid em casa pela Champions. Se não houvesse o pênalti, seria a primeira vez que o Real perderia em casa por três gols de diferença pela competição.
E Cristiano Ronaldo chega a 15 gols marcados em 10 jogos, estando a dois do recorde em uma só temporada (que já é dele). Além disso, completa 11 partidas seguidas anotando gols pelo torneio. Outro recorde para um quebrador de recordes.