Três pontos sobre…
… Preocupante diferença técnica entre europeus e sul-americanos
(Imagem: Globo Esporte)
● O Grêmio foi valente e imortal, mas se valeu de uma partida épica dos seus três homens do meio da defesa para sair batido pelo placar magro. Marcelo Grohe, Geromel e Kannemann se doaram ao máximo, mas não puderam evitar a derrota.
Arthur fez muita falta para que o Grêmio pudesse trocar mais do que três passes no jogo. Luan (o melhor jogador do Brasil no ano) errou todo o pouco que tentou criar. Ramiro e Fernandinho foram nulos e Barrios ficou sem função no ataque. O único chute a gol do Tricolor Gaúcho foi uma cobrança de falta de Edílson, de muito longe, que passou por cima do gol.
No meio, Michel e Jailson foram engolidos pelo melhor meio campo do mundo. Casemiro, Kroos, Modrić e Isco controlaram a partida (como costumam fazer contra quase todos os times do mundo). Benzema foi “um nada“, como tem sido nessa temporada. E Cristiano Ronaldo fez pouco. Só o gol: uma cobrança de falta na qual ele contou com a sorte e a bola passou no meio da barreira, justamente no espaço e na fração de segundos em que Lucas Barrios estava se virando de costas.
Depois, o Madrid continuou controlando o jogo a seu bel-prazer até o fim do tempo regulamentar.
Em uma final na qual havia um favorito destacado e outro time disposto a surpreender, a surpresa não se concretizou e o favorito jogou de forma burocrática, apenas protocolar. Muito pouco futebol.
● FICHA TÉCNICA: |
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REAL MADRID 1 x 0 GRÊMIO |
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Data: 16/12/2017 Horário: 21h00 locais Estádio: Zayed Sports City Stadium Público: 41.064 Cidade: Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) Árbitro: César Arturo Ramos (México) |
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REAL MADRID (4-4-2): |
GRÊMIO (4-2-3-1): |
1 Keylor Navas (G) |
1 Marcelo Grohe (G) |
2 Daniel Carvajal |
2 Edílson |
5 Raphaël Varane |
3 Pedro Geromel (C) |
4 Sergio Ramos (C) |
4 Walter Kannemann |
12 Marcelo |
12 Bruno Cortez |
14 Casemiro |
25 Jailson |
8 Toni Kroos |
5 Michel |
10 Luka Modrić |
17 Ramiro |
22 Isco |
7 Luan |
9 Karim Benzema |
21 Fernandinho |
7 Cristiano Ronaldo |
18 Lucas Barrios |
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Técnico: Zinédine Zidane |
Técnico: Renato Portaluppi |
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SUPLENTES: |
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13 Kiko Casilla (G) |
48 Paulo Victor (G) |
35 Moha Ramos (G) |
30 Bruno Grassi (G) |
19 Achraf Hakimi |
6 Leonardo Gomes |
6 Nacho |
14 Bruno Rodrigo |
15 Theo Hernández |
15 Rafael Thyere |
18 Marcos Llorente |
22 Bressan |
23 Mateo Kovačić |
26 Marcelo Oliveira |
24 Dani Ceballos |
28 Kaio |
17 Lucas Vázquez |
8 Maicon |
20 Marco Asensio |
88 Léo Moura |
11 Gareth Bale |
11 Everton |
21 Borja Mayoral |
9 Jael |
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GOL: 53′ Cristiano Ronaldo (MAD) |
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CARTÃO AMARELO: 26′ Casemiro (MAD) |
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SUBSTITUIÇÕES: |
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63′ Lucas Barrios (GRE) ↓ |
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Jael (GRE) ↑ |
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71′ Ramiro (GRE) ↓ |
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Everton (GRE) ↑ |
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73′ Isco (MAD) ↓ |
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Lucas Vázquez (MAD) ↑ |
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79′ Karim Benzema (MAD) ↓ |
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Gareth Bale (MAD) ↑ |
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84′ Michel (GRE) ↓ |
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Maicon (GRE) ↑ |
● Há cinco anos um time sul-americano não anota um gol na final do Campeonato Mundial de Clubes. O último foi o gol solitário do Corinthians sobre o Chelsea em 2012. Está cada vez mais discrepante a diferença técnica entre os clubes da Europa e os da América do Sul.
O abismo é tão grande que talvez seja melhor comemorar perder por míseros 1 a 0 e enaltecer a garra e a solidez do sistema defensivo.
Todos nós que acompanhamos futebol sabemos que é muito mais fácil montar uma boa defesa do que um bom ataque. Na defesa os times de nosso continente conseguem se dar bem. Mas não conseguem criar e, por consequência, não fazem gols em confrontos com grandes clubes europeus.
Antigamente as partidas intercontinentais tinham mais equilíbrio, principalmente devido à limitação de estrangeiros em clubes da Europa e a manutenção de grandes jogadores na América do Sul. Mas com a criação da Lei Bosman e o aumento de patrocínios e valores recebidos por direitos de transmissão na TV, os clubes do “Velho Mundo” se tornaram verdadeiras seleções mundiais. E, por consequência, esvaziam de talentos os demais times.
(Fonte: OneFootball)
Esses números absurdos retratam bem essa diferença técnica. Poderia ser qualquer outra partida entre grandes clubes dos dois continentes, que provavelmente seriam estatísticas semelhantes. Infelizmente.
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