Três pontos sobre…
… Grêmio, campeão da Copa do Brasil 2016
Grêmio 1 x 1 Atlético-MG
● Foi uma noite marcante. A primeira vez que a bola rolou desde a tragédia envolvendo o avião da Chapecoense. Os dois times fizeram valer a pena e fizeram um jogo bastante disputado, mas praticamente definido no jogo de ida, quando o Tricolor gaúcho bateu o Galo no Mineirão por 3 a 1. O jejum de 15 anos sem títulos nacionais foi quebrado, merecidamente.
(Imagens localizadas no Google)
– Homenagens – Nota 10 – Emocionante. Tanto a organização do jogo, quanto as torcidas e os jogadores. Sem palavras.
● Grêmio
– Marcelo Grohe – Nota 6 – Após o jogo, fez uma bela homenagem para seus colegas da Chapecoense, Danilo, Follman, Giménez e Matheus Biteco. Na partida, foi seguro quando precisou. Apenas uma falha: estava muito adiantado no gol de Cazares.
– Edilson – Nota 6 – Não avançou muito, mas fechou muito bem o seu lado do campo.
– Pedro Geromel – Nota 8 – Não convocá-lo para a Seleção Brasileira atualmente é insanidade; hoje, tem que ser um dos quatro zagueiros. Fez uma partida excelente. Devemos também lembrar da assistência no último gol do jogo passado, que abriu consideravelmente a vantagem gremista.
– Kannemann – Nota 7,5 – Completou uma zaga perfeita Geromel e anulou Lucas Pratto.
– Marcelo Oliveira – Nota 5 – Idem a Edilson. Não atacou, mas defendeu bem.
– Walace – Nota 7,5 – Meio campista moderno, esse é outro selecionável. Não bastasse ter dado equilíbrio para a Seleção Olímpica na conquista da medalha de ouro, em quase todos os jogos é um dos melhores em campo. É incrível como esse primeiro volante do Grêmio poderia ser o “camisa 10” de muitos times por aí.
– Ramiro – Nota 6 – Ele foi a principal mudança do time de Renato Gaúcho em relação à equipe que era escalada antes por Roger Machado. Ramiro marca muito bem e sabe jogar com a bola. Nessa final, foi mais retraído, como todo o time.
– (Jailson) – Sem nota – O sósia de Will Smith entrou apenas no fim, para dar fôlego ao time.
– Maicon – Nota 6 – O capitão se reinventou no Grêmio e tem jogado muito bem. Foi um dos grandes destaques do primeiro jogo, mas hoje foi mais discreto.
– Douglas – Nota 6,5 – O camisa 10 comeu a bola no primeiro tempo. Cansou no segundo.
– (Miller Bolaños) – Sem nota – Não deu prazo de avaliar a sua partida. Fez um gol de rebote, o gol do título, mas quase estraga a festa no fim do jogo, fazendo cera e irritando os adversários em um momento desnecessário para isso.
– Everton – Nota 7 – Ninguém sentiu falta de Pedro Rocha (o craque da decisão). Infernizou a vida de Marcos Rocha e ainda recompôs bem no lado esquerdo.
– (Fred) – Sem nota – Entrou apenas para ganhar o bicho, como se dizia antigamente.
– Luan – Nota 6,5 – Não apareceu muito, mas é o melhor jogador do time e um dos melhores do país.
– Renato Gaúcho – Nota 7 – O maior ídolo do clube em todos os tempos escreve mais um capítulo vitorioso em sua história. Escalou bem o time, jogou com o regulamento e fez seu time ser campeão. Se quisesse, poderia ser mais ousado e fazer o time dar outra aula de bola ao Galo.
– Carol Portaluppi – Sempre é destaque.
● Atlético-MG
– Victor – Nota 7 – Emocionou a todos no momento do minuto de silêncio. Em campo, foi o responsável por seu time não ter perdido o jogo, com (pelo menos) uma grande defesa. Ainda tentou impedir o gol gremista, mas sem sucesso.
– Marcos Rocha – Nota 4,5 – Não é nem sombra do jogador que foi. Sofreu ao ser atacado e não conseguiu atacar. Só merece destaque os seus arremessos de lateral na área adversária.
– Gabriel – Nota 4,5 – Os atleticanos choram a ausência de Leo Silva. O Galo que venceu a Libertadores de 2013 e a Copa do Brasil de 2014 era um time muito desequilibrado, mas tinha zagueiros como o próprio Leo Silva e Réver (depois Jemerson). Atualmente sofre sem grandes opções.
– Erazo – Nota 3 – Poderíamos traduzir o nome dele para o português como “Erraço“. Fui bonzinho na nota. Ele marca mais ou menos bem e é bom na bola aérea. Mas é muito lento e, talvez seja o pior jogador do mundo com a bola nos pés. Até ele torce pra não receber a bola. Realmente dá dó.
– Fábio Santos – Nota 5,5 – O Grêmio quase não atacou pelo seu lado, pois ele sabe cuidar do que é seu. Só se soltou no fim do jogo, sem resultar em maiores perigos.
– Rafael Carioca – Nota 5 – Conseguiu se acertar na marcação no segundo tempo. Apareceu menos do que é acostumado nos seus chutes de média distância.
– Leandro Donizete – Nota 5 – O volante jogou seu futebol aguerrido de sempre, sem comprometer, mas também sem auxiliar na construção de jogo.
– (Cazares) – Nota 5,5 – Não tem como ser banco desse time. Apesar de inconstante, o baixinho é muito bom. Jogou cerca de 20 minutos, o suficiente para fazer a bola chegar mais no ataque e se eternizar com um gol maravilhoso, em chute de seu próprio campo. Gol de placa.
– Júnior Urso – Nota 4 – Perdido no primeiro tempo, nem voltou para o segundo.
– (Maicosuel) – Nota 3 – Ele jogou? Só lembro de tê-lo visto entrando em campo no intervalo. Nulo.
– Luan – Nota 5 – Correu, correu e correu. Cansou no segundo tempo.
– (Lucas Cândido) – Sem nota – Jogou poucos minutos, mas ninguém entendeu sua entrada em campo.
– Robinho – Nota 3 – Para um jogador de sua categoria (e salário), é inadmissível que só apareça quando vai bater as bolas paradas (faltas e escanteios).
– Lucas Pratto – Nota 4 – Sempre aparecia e pedia a bola, mas sempre perdia para o compatriota Kannemann. Todos esperavam mais dele.
– Diogo Giacomini – Nota 4 – O técnico interino escalou bem o time, mas poderia ter entrado com Cazares no lugar de Júnior Urso, logo de cara. As alterações foram horríveis. Maicosuel nada fez. Colocar o Lucas Cândido em um time que precisa de gols, é tentar acender fogo embaixo d’água.