Do Paulistão ao Acriano, veja a lista completa de todos os campeões estaduais de 2018.
SP – Campeonato Paulista Campeão: Corinthians (29º título) Vice: Palmeiras (26º vice) Final 1º Jogo: Corinthians 0 x 1 Palmeiras Final 2º Jogo: Palmeiras 0 x 1 Corinthians (Nos pênaltis, vitória do Corinthians por 4 a 3)
SP – Campeonato Paulista Série A2 Campeão: Guarani (2º título) Vice: Oeste (2º vice) Final: Guarani 4 x 0 Oeste (Os dois clubes disputarão a Série A1 em 2019)
RJ – Campeonato Carioca Campeão: Botafogo (21º título) Vice: Vasco (25º vice) Final 1º Jogo: Botafogo 2 x 3 Vasco Final 2º Jogo: Vasco 0 x 1 Botafogo (Nos pênaltis, vitória do Botafogo por 4 a 3)
MG – Campeonato Mineiro Campeão: Cruzeiro (37º título) Vice: Atlético (38º vice) Final 1º Jogo: Atlético 3 x 1 Cruzeiro Final 2º Jogo: Cruzeiro 2 x 0 Atlético (Cruzeiro foi campeão por ter melhor campanha na primeira fase)
RS – Campeonato Gaúcho Campeão: Grêmio (37º título) Vice: Brasil de Pelotas (5º vice) Final 1º Jogo: Grêmio 4 x 0 Brasil de Pelotas Final 2º Jogo: Brasil de Pelotas 0 x 3 Grêmio
PR – Campeonato Paranaense Campeão: Atlético (24º título) Vice: Coritiba (22º vice) Final 1º Jogo: Coritiba 1 x 0 Atlético Final 2º Jogo: Atlético 2 x 0 Coritiba
BA – Campeonato Baiano Campeão: Bahia (47º título) Vice: Vitória (25º vice) Final 1º Jogo: Bahia 2 x 1 Vitória Final 2º Jogo: Vitória 0 x 1 Bahia
PE – Campeonato Perbambucano Campeão: Náutico (22º título) Vice: Central (2º vice) Final 1º Jogo: Central 0 x 0 Náutico Final 2º Jogo: Náutico 2 x 1 Central
GO – Campeonato Goiano Campeão: Goiás (28º título) Vice: Aparecidense (2º vice) Final 1º Jogo: Aparecidense 0 x 0 Goiás Final 2º Jogo: Goiás 3 x 1 Aparecidense
SC – Campeonato Catarinense Campeão: Figueirense (18º título) Vice: Chapecoense (6º vice) Final: Chapecoense 0 x 2 Figueirense
CE – Campeonato Cearense Campeão: Ceará (45º título) Vice: Fortaleza (26º vice) Final 1º Jogo: Ceará 2 x 1 Fortaleza Final 2º Jogo: Fortaleza 1 x 2 Ceará
PA – Campeonato Paraense Campeão: Remo (45º título) Vice: Paysandu (39º vice) Final 1º Jogo: Paysandu 1 x 2 Remo Final 2º Jogo: Remo 1 x 0 Paysandu
RN – Campeonato Potiguar Campeão: ABC (55º título) Vice: América (41º vice)
O ABC venceu os dois turnos e se sagrou campeão sem a necessidade de uma final.
AL – Campeonato Alagoano Campeão: CSA (38º título) Vice: CRB (27º vice) Final 1º Jogo: CSA 0 x 1 CRB Final 2º Jogo: CRB 0 x 2 CSA
PB – Campeonato Paraibano Campeão: Botafogo (29º título) Vice: Campinense (9º vice) Final 1º Jogo: Campinense 1 x 0 Botafogo Final 2º Jogo: Botafogo 2 x 0 Campinense
MA – Campeonato Maranhense Campeão: Moto Club (26º título) Vice: Imperatriz (5º vice) Final 1º Jogo: Moto Club 3 x 0 Imperatriz Final 2º Jogo: Imperatriz 2 x 1 Moto Club
AM – Campeonato Amazonense Campeão: Manaus (2º título) Vice: Fast (28º vice) Final: Manaus 4 x 0 Fast
MS – Campeonato Sul-Mato-Grossense Campeão: Operário (11º título) Vice: Corumbaense (1º vice) Final 1º Jogo: Corumbaense 1 x 0 Operário Final 2º Jogo: Operário 1 x 0 Corumbaense (Operário foi campeão por ter melhor campanha na primeira fase)
MT – Campeonato Mato-Grossense Campeão: Cuiabá (8º título) Vice: Sinop (5º vice) Final 1º Jogo: Sinop 0 x 2 Cuiabá Final 2º Jogo: Cuiabá 3 x 1 Sinop
DF – Campeonato Brasiliense Campeão: Sobradinho (3º título) Vice: Brasiliense (4º vice) Final 1º Jogo: Sobradinho 0 x 1 Brasiliense Final 2º Jogo: Brasiliense 0 x 1 Sobradinho (Nos pênaltis, vitória do Sobradinho por 4 a 3)
ES – Campeonato Capixaba Campeão: Serra (6º título) Vice: Real Noroeste (1º vice) Final 1º Jogo: Real Noroeste 0 x 1 Serra Final 2º Jogo: Serra 3 x 4 Real Noroeste (Serra foi campeão por ter melhor campanha na primeira fase)
AC – Campeonato Acriano Campeão: Rio Branco (47º título) Vice: Galvez (2º vice) Final 1º Jogo: Galvez 2 x 2 Rio Branco Final 2º Jogo: Rio Branco 3 x 0 Galvez
SE – Campeonato Sergipano Campeão: Sergipe (35º título) Vice: Itabaiana (8º vice) Final 1º Jogo: Itabaiana 1 x 1 Sergipe Final 2º Jogo: Sergipe 0 x 0 Itabaiana (Sergipe foi campeão por ter melhor campanha na primeira fase)
PI – Campeonato Piauiense Campeão: Altos (2º título) Vice: River (14º vice) Final 1º Jogo: River 0 x 0 Altos Final 2º Jogo: Altos 4 x 2 River
RR – Campeonato Roraimense
Campeão: São Raimundo (9º título) Vice: Atlético Roraima (7º vice)
O São Raimundo venceu os dois turnos e se sagrou campeão sem a necessidade de uma final.
TO – Campeonato Tocantinense Campeão: Palmas (6º título) Vice: Gurupi (5º vice) Final 1º Jogo: Gurupi 2 x 2 Palmas Final 2º Jogo: Palmas 2 x 1 Gurupi
RO – Campeonato Rondoniense
Campeão: Real Ariquemes (2º título)
Vice: Barcelona (2º vice) Final 1º Jogo: Barcelona 1 x 1 Real Ariquemes Final 2º Jogo: Real Ariquemes 1 x 0 Barcelona
AP – Campeonato Amapaense
Campeão: Ypiranga (9º título) Vice: Santos (2º vice) Final 1º Jogo: Ypiranga 0 x 0 Santos Final 2º Jogo: Santos 1 x 1 Ypiranga (Nos pênaltis, vitória do Ypiranga por 4 a 1)
Três pontos sobre… … Real Madrid 3 x 1 Paris Saint-Germain
(Imagem: RealMadrid.com)
● Apesar da má fase, o Real Madrid começou teoricamente com o que tem de melhor, em um 4-4-2 com o meio campo em losango. Se não tem outro centroavante, vai de Karim Benzema mesmo. Como Carvajal estava suspenso, apostou na maior segurança defensiva de Nacho, ao invés do jovem Achraf Hakimi. Zidane preferiu apostar no sistema que deu a 12ª “Orelhuda” ao Madrid, ao invés de lançar Gareth Bale no lugar do (sempre) apagado Benzema. (Não é nada pessoal… Ele joga muito! Mas atualmente está jogando menos do que nada.)
Em relação ao PSG, não podemos afirmar que veio com sua melhor escalação. Para começar, Unai Emery resolveu mexer na defesa, trocando o capitão Thiago Silva pelo jovem Presnel Kimpembe. Na lateral esquerda, preferiu Yuri Berchiche a Layvin Kurzawa. Com Thiago Motta lesionado, o recém-chegado Lass Diarra ficou no banco e o meio campo ficou leve, com Verratti, Rabiot e Lo Celso (um meio leve e bom de passes, mas um tanto frouxo na marcação). No ataque, o trio de sempre. E nada de Ángel Di María, o jogador em melhor fase no time.
● O Madrid começou marcando pressão no campo de ataque, mas aguentou apenas poucos minutos. Criou chances, com Cristiano Ronaldo batendo cruzado para fora e Toni Kroos chutando da entrada da área, em boa defesa de Aréola.
Pouco depois, em um contra-ataque, Marcelo faz um lançamento sensacional da esquerda, encontrando CR7 vindo em velocidade pelo meio. O português adiantou demais e chutou a bola no rosto do goleiro francês, perdendo claríssima oportunidade.
Como quem não faz, leva, aos 33 minutos de jogo, Kylian Mbappé fez grande jogada pela direita e cruzou rasteiro. Cavani fez o corta-luz, Neymar não consegue o domínio, Nacho toca para trás e a bola sobra para Adrien Rabiot, sozinho, bater de pé direito e inaugurar o marcador.
No finalzinho da primeira etapa, Marcelo acha Benzema, que chuta de primeira da entrada da área, para boa defesa de Aréola. Na cobrança curta de escanteio, Toni Kroos invade a área pela esquerda e é derrubado infantilmente por Lo Celso. O alemão valorizou na queda, mas o pênalti foi indiscutível. Na cobrança, CR7 bate cruzado e forte, no canto direito do goleiro, que foi na bola, mas não conseguiu alcançar. Tudo igual no fim do primeiro tempo. O placar não era injusto, mas o PSG foi ligeiramente melhor nos primeiros 45 minutos.
No início do segundo tempo, Neymar puxa contra-ataque e toca para Mbappé chutar cruzado, forte e rasteiro, mas Keylor Navas defendeu. Depois, em uma cobrança de escanteio, Sérgio Ramos esticou o pé e tirou um gol certo de Kimpembe.
Poucos entenderam a alteração do péssimo Unai Emery, ao tirar Edinson Cavani e colocar Thomas Meunier na lateral direita, avançando Daniel Alves para o meio. Mesmo assim, o PSG esteve perto de matar o jogo, quando Berchiche chutou cruzado e a bola passou por Mbappé e Daniel.
Zidane já havia trocado o inúcuo Benzema por Gareth Bale, mas quando faltava dez minutos para o fim, o Madrid foi para o “tudo ou nada”. Tirou Casemiro e Isco, colocando Lucas Vázquez e Marco Asensio bem abertos pelas pontas. Seria uma espécie de 4-4-2, partindo para um 4-2-4. Poderia ter dado errado, principalmente por ter tirado Casemiro, o homem do balanço defensivo, mas deu tudo certo para o gigante espanhol.
Aos 38 minutos do segundo tempo, Luka Modrić encontra Asensio pela esquerda. Ele cruza para a pequena área e Aréola espalma para o meio, bem onde está Cristiano Ronaldo, que só estica o joelho e bota a bola nas redes. Era o seu 116º gol na história da Champions e o seu 101º com a camisa do Real Madrid. Era a virada.
O Real aproveitou um PSG ainda atordoado pela virada e aumentou a vantagem. Três minutos depois, Marcelo abre com Asensio e entra na área. O espanhol cruza rasteiro para o meio e o brasileiro emenda a bomba, ampliando o marcador.
Para o técnico Unai Emery, a culpa da derrota foi da arbitragem, que assinalou um pênalti (claro) a favor do Madrid e deixou de marcar um (duvidoso) a favor de seu time, quando uma bola a queima roupa acertou o braço de Sergio Ramos, que estava colado ao corpo. Se a penalidade fosse marcada, não seria nenhum absurdo – assim como não foi absurdo deixar o jogo seguir.
O placar mais justo seria um empate ou uma vitória por um gol para qualquer um dos lados. Agora o Madrid leva uma vantagem, mas ela nem é tão grande. Um 2 a 0 para o PSG, que seria um placar normal, dá a vantagem aos franceses. Mas eles terão que aproveitar mais as várias chances criadas. E Neymar precisa jogar mais. Um candidato a melhor jogador do mundo precisa ser mais decisivo em partidas desse porte. Potencial para isso ele tem.
Ah, mais um detalhe: faltam exatos quatro meses para começar a Copa do Mundo.
Três pontos sobre… … Times de futebol favoritos da Vila do Chaves – “El Chavo del Ocho”
Chaves (“El Chavo del Ocho”) é indiscutivelmente um dos programas mais assistidos da televisão mundial, indicado para qualquer idade. Com um humor puro, até ingênuo, o “menino do barril” vem conquistando gerações há quase cinco décadas.
E vez ou outra o futebol aparece por lá. Seja os meninos jogando bola na vila ou Seu Madruga (Don Ramón) assistindo partidas pela TV ou pelo rádio.
Durante vários outros episódios, os personagens aparecem fazendo referência a alguns times, que na versão brasileira foram “traduzidos” para outros para nossa melhor compreensão.
Mas… para qual time torcem os atores da série ou até mesmo os personagens?
(Imagens localizadas no Google)
● A figura principal e o próprio criador, Roberto Gomes Bolaños, intérprete de Chaves (“El Chavo del Ocho”, no original), era o mais ligado ao futebol. Na verdade, era fanático. A ponto de criar o filme “El Chanfle” em 1979, onde protagoniza um roupeiro do América do México. Em todas as vezes que dizia que “seria melhor ter ido ver o filme do Pelé”, o original se referia à película “El Chanfle”.
Já nas brincadeiras com Quico e os demais, Chaves sempre falava que queria ser Barbirotto, Ataliba, Luís Pereira, e outros. Na versão original, o nome era sempre o mesmo: Enrique Borja, atacante que jogou grande parte da sua carreira no América.
Na infância e juventude, Chespirito era torcedor do Chivas Guadalaraja, mas a melhor fase do América o fez mudar de time para o resto da vida.
O personagem Chaves torcida para o Monterrey, que foi “abrasileirado” como Corinthians.
● Já o seu parceiro de brincadeira, Quico, torcia para o América, assim como seu intérprete Carlos Villagrán (que em algumas fontes aparece como torcedor do Chivas). Já no Brasil, o ator foi visto com camisas de vários clubes, mas em 2010 se declarou sãopaulino. Já a partir de 2013, quando foi nomeado embaixador de Porto Alegre para a Copa de 2014, passou a se considerar gremista, apoiando o clube diversas vezes nas redes sociais.
● Chiquinha (La Chilindrina) era torcedora do Monterrey (no Brasil, Corinthians), assim como vários outros personagens. Na vida real, María Antonieta de las Nieves (que também era intérprete de Dona Neves, “biscavó” da Chiquinha) não é muito fã de esportes e não tem um time de coração.
● Seu pai, Seu Madruga (Don Ramón) foi visto na série torcendo pelo Monterrey (Corinthians) para agradar o Senhor Barriga. Mas era tão fanático pelo Necaxa e até tinha um pôster do clube em sua sala, na casa nº 72 na vila. Inclusive um dos bordões na versão original era: “Yo le voy al Necaxa”, que significava algo como discordar, ser diferente ou contrário aos outros, pois o clube não era muito popular na época. Ramón Valdés também torcia para o Necaxa, que se chamou Atlético Español durante um período (entre 1971 e 1982).
● Como já falado, Senhor Barriga (Zenón Barriga y Pesado) torcia para o Monterrey (Corinthians na versão brasileira). O ator Edgar Vivar (que também fazia o papel de Nhonho) torce para o Pumas, mas em algumas fontes afirmam que ele também torce para o Monterrey. Em algumas visitas ao Brasil, já afirmou várias vezes: “Sou Corinthians!”
● Professor Girafales (Jirafales, no original) preferia o beisebol e as touradas, esportes muito mais populares no México à época da gravação. Mas o ator Rubén Aguirre era fã do Pumas. Na série, me lembro de um episódio em que o “Mestre Linguiça” (Tá, tá, tá, tá, tá!) vibrava por um gol do Palmeiras.
● Dona Clotilde, a inesquecível “Bruxa do 71” não era muito adepta dos esportes. Mas a estrela Angelines Fernández, como toda boa espanhola, torcia para o Real Madrid, time de sua cidade natal.
● O personagem de Dona Florinda também não manifestou suas preferências futebolísticas na série. Mas Florinda Meza (que também fazia o papel da Pópis) era adepta do América, assim como seu marido Roberto.
● Seu cunhado, Horacio Gómez Bolaños (intérprete do Godinez), também torcia para o América.
Três pontos sobre… … “Futebol Contra a Fome” 2017, em Uberlândia
● Novamente estávamos presente nesse espetáculo que é feito dentro e fora de campo.
Nesta terça-feira, 26/12/2017, no Estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia, grandes estrelas midiáticas se privaram de ficar com suas famílias e foram fazer o show, que tem o intuito principal de arrecadar alimentos não perecíveis para serem doados a instituições beneficentes da região.
● Ídolos de parte a parte. Na equipe de Fernando Pires, o “Time da Solidariedade”, que jogou de lilás, estavam, dentre outros, o goleiro Felipe (ex-Corinthians e Flamengo, que defenderá o Uberlândia nesta temporada), Gabriel (ex-lateral direito, filho de Wladimir), Roberto Carlos, Jorge Wagner, Elias, Elano, Emerson Sheik e Diego Tardelli.
Pelo lado contrário (mas não adversário), jogaram de branco o time de Alexandre Pires, o “Time do Amor”, com Rafinha (lateral do Bayern de Munique), Amaral, Dante, Neto (do futsal), Gabriel Medina (do surfe), Fred (youtuber do canal “Desimpedidos”) Lucas Lima (do Palmeiras), Pedrinho (o anãozinho), Nenê, Denílson e Neymar Jr.
A merecida homenagem da vez foi para Neto, o craque do futsal, por ter representado tão bem o Brasil e por tudo que fez pelo seu esporte.
● Em campo, os times começaram tímidos em relação aos gols. Mas no segundo tempo, principalmente nos últimos minutos, o placar foi feito com tranquilidade.
O marcador final foi 12 a 12. Empate em campo, mas todos saem ganhando, principalmente as entidades que serão atendidas pelas doações dos alimentos. Ainda não se tinha a confirmação da quantidade, mas já se sabe que é o recorde.
Na 17ª edição do “Futebol Contra a Fome”, um verdadeiro golaço dos “Irmãos Pires”, mais uma vez.
Três pontos sobre… … Preocupante diferença técnica entre europeus e sul-americanos
(Imagem: Globo Esporte)
● O Grêmio foi valente e imortal, mas se valeu de uma partida épica dos seus três homens do meio da defesa para sair batido pelo placar magro. Marcelo Grohe, Geromel e Kannemann se doaram ao máximo, mas não puderam evitar a derrota.
Arthur fez muita falta para que o Grêmio pudesse trocar mais do que três passes no jogo. Luan (o melhor jogador do Brasil no ano) errou todo o pouco que tentou criar. Ramiro e Fernandinho foram nulos e Barrios ficou sem função no ataque. O único chute a gol do Tricolor Gaúcho foi uma cobrança de falta de Edílson, de muito longe, que passou por cima do gol.
No meio, Michel e Jailson foram engolidos pelo melhor meio campo do mundo. Casemiro, Kroos, Modrić e Isco controlaram a partida (como costumam fazer contra quase todos os times do mundo). Benzema foi “um nada“, como tem sido nessa temporada. E Cristiano Ronaldo fez pouco. Só o gol: uma cobrança de falta na qual ele contou com a sorte e a bola passou no meio da barreira, justamente no espaço e na fração de segundos em que Lucas Barrios estava se virando de costas.
Depois, o Madrid continuou controlando o jogo a seu bel-prazer até o fim do tempo regulamentar.
Em uma final na qual havia um favorito destacado e outro time disposto a surpreender, a surpresa não se concretizou e o favorito jogou de forma burocrática, apenas protocolar. Muito pouco futebol.
● FICHA TÉCNICA:
REAL MADRID 1 x 0 GRÊMIO
Data: 16/12/2017
Horário: 21h00 locais
Estádio: Zayed Sports City Stadium
Público: 41.064
Cidade: Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos)
Árbitro: César Arturo Ramos (México)
REAL MADRID (4-4-2):
GRÊMIO (4-2-3-1):
1 Keylor Navas (G)
1 Marcelo Grohe (G)
2 Daniel Carvajal
2 Edílson
5Raphaël Varane
3Pedro Geromel (C)
4Sergio Ramos (C)
4Walter Kannemann
12 Marcelo
12 Bruno Cortez
14 Casemiro
25 Jailson
8Toni Kroos
5Michel
10 Luka Modrić
17 Ramiro
22 Isco
7Luan
9Karim Benzema
21 Fernandinho
7 Cristiano Ronaldo
18 Lucas Barrios
Técnico: Zinédine Zidane
Técnico: Renato Portaluppi
SUPLENTES:
13 Kiko Casilla (G)
48 Paulo Victor (G)
35 Moha Ramos (G)
30 Bruno Grassi (G)
19 Achraf Hakimi
6 Leonardo Gomes
6Nacho
14 Bruno Rodrigo
15 Theo Hernández
15 Rafael Thyere
18 Marcos Llorente
22 Bressan
23 Mateo Kovačić
26 Marcelo Oliveira
24 Dani Ceballos
28 Kaio
17 Lucas Vázquez
8 Maicon
20 Marco Asensio
88 Léo Moura
11 Gareth Bale
11 Everton
21 Borja Mayoral
9Jael
GOL: 53′ Cristiano Ronaldo (MAD)
CARTÃO AMARELO: 26′ Casemiro (MAD)
SUBSTITUIÇÕES:
63′ Lucas Barrios (GRE) ↓
Jael (GRE) ↑
71′ Ramiro (GRE) ↓
Everton (GRE) ↑
73′ Isco (MAD) ↓
Lucas Vázquez (MAD) ↑
79′ Karim Benzema (MAD) ↓
Gareth Bale (MAD) ↑
84′ Michel (GRE) ↓
Maicon (GRE) ↑
● Há cinco anos um time sul-americano não anota um gol na final do Campeonato Mundial de Clubes. O último foi o gol solitário do Corinthians sobre o Chelsea em 2012. Está cada vez mais discrepante a diferença técnica entre os clubes da Europa e os da América do Sul.
O abismo é tão grande que talvez seja melhor comemorar perder por míseros 1 a 0 e enaltecer a garra e a solidez do sistema defensivo.
Todos nós que acompanhamos futebol sabemos que é muito mais fácil montar uma boa defesa do que um bom ataque. Na defesa os times de nosso continente conseguem se dar bem. Mas não conseguem criar e, por consequência, não fazem gols em confrontos com grandes clubes europeus.
Antigamente as partidas intercontinentais tinham mais equilíbrio, principalmente devido à limitação de estrangeiros em clubes da Europa e a manutenção de grandes jogadores na América do Sul. Mas com a criação da Lei Bosman e o aumento de patrocínios e valores recebidos por direitos de transmissão na TV, os clubes do “Velho Mundo” se tornaram verdadeiras seleções mundiais. E, por consequência, esvaziam de talentos os demais times.
Esses números absurdos retratam bem essa diferença técnica. Poderia ser qualquer outra partida entre grandes clubes dos dois continentes, que provavelmente seriam estatísticas semelhantes. Infelizmente.
Três pontos sobre… … Independiente continua sendo o “Rey de Copas”
(Imagem: ESPN Brasil)
● Em uma decisão em casa, especialmente contra clubes argentinos, não basta ter uma equipe tecnicamente melhor. Tem que jogar melhor, ter mais o controle da posse de bola, aproveitar as chances criadas e não dar muitas chances aos rivais.
Assim como na primeira partida, o Flamengo jogou melhor na primeira etapa, abriu o placar e perdeu a oportunidade de fazer o segundo gol e matar logo o jogo. Novamente não fez.
● Faltou poder de fogo. Faltou Paolo Guerrero, que, seja culpado ou inocente do doping pelo qual foi suspenso pela FIFA, fez muita falta hoje. Felipe Vizeu não é mau jogador, mas ainda não é um centroavante decisivo como o peruano.
Faltou mais Diego. Não é uma perseguição minha contra o craque (muito longe disso, sou admirador de seu bom futebol), mas fazendo um retrospecto rápido da carreira dele, teve muito mais fracassos do que sucessos. Mas falaremos disso em outro momento.
Lucas Paquetá, além de ter anotado o gol, correu, driblou, brigou e foi o melhor rubro-negro em campo. Ainda foi pouco.
Mas não foi o Flamengo que perdeu o título. Foi o Independiente que venceu.
● O Club Atlético Independiente, o “Rey de Copas”, é o maior campeão da Taça Libertadores da América, com sete títulos e 17 troféus internacionais no total. É uma “camisa que enverga varal”, como dizem alguns locutores esportivos. Mas não foi mérito apenas do peso da camisa, mas principalmente a disciplina tática do time bem treinado pelo técnico Ariel Holan (um nome a se prestar mais atenção) e a qualidade de seus homens de frente, especialmente Ezequiel Barco (que aos 18 anos já foi vendido para a MLS), Maximiliano Meza e Emmanuel Gigliotti.
Gigliotti, centroavante de muita força física, mas também grande velocidade, quase virou o jogo em uma bola roubada de Réver, mas Juan (uma verdadeira lenda do futebol) tirou em cima da linha de gol.
E com as substituições realizadas pelo técnico Reinaldo Rueda, o Flamengo ficou mais aberto e o clube argentino teve mais chances para fazer o segundo gol do que o time brasileiro.
Placar justo e título em boas mãos.
Para 2018, são dois times que chegarão muito fortes na disputa pela Copa Libertadores e têm tudo para estarem nos mata-matas da competição. Aguardamos ansiosamente.
(Imagem: Jefferson Bernardes / AFP / CP / Portal Tri)
● O clube que apresentou o melhor futebol do ano na América do Sul é o Campeão da Taça Libertadores da América.
Merecidamente, o Grêmio conquistou o terceiro título, após ter vencido em 1983 e 1995. Esse foi menos sofrido do que das outras vezes. Desde a primeira fase, em todos os momentos o Grêmio foi provando que era forte favorito. Adversários foram caindo um por um.
O gol de Cícero, na quarta passada, deixou a glória mais perto.
Uma final contra um time ajeitado, bem treinado, mas claramente inferior tecnicamente. Mas que mesmo assim nunca dava chutão. Podia até se arriscar, mas mostrava personalidade e deu uma aula de como sair jogando desde sua área com toques curtos.
● E foi justamente em um toque curto que Fernandinho roubou a bola no meio e avançou sem fim até completar o golaço.
Falando em golaço, Luan fez o seu, coroando uma excepcional temporada. Para mim, teria um lugar entre os 23 convocados para a Seleção Brasileira na Copa da Rússia (principalmente no lugar de Taison ou Giuliano, figuras que o Tite ama).
O Lanús descontou, deixando o placar mais justo, com um pênalti bem convertido por José Sand.
● Ramiro ainda foi expulso, se exaltando demais ao reclamar com o árbitro. Mas a culpa não é dele. A alma gremista sempre se exalta demais: ela é tão grande, que não cabe dentro do corpo.
Um elenco montado por vários pratas da casa (destaque também para o talismã Pedro Rocha), mas também por vários “refugos”, como Cícero, Christian, Paulo Victor, o próprio Lucas Barrios… Mas que formaram uma excelente engrenagem nesta versão do Imortal.
E o engenheiro de tudo isso foi Renato Portaluppi. O maior nome da história do futebol gaúcho em todos os tempos. Primeiro brasileiro campeão da Libertadores como jogador e técnico. Merece, sim, uma estátua! Na verdade, já poderia tê-la ganhado há 34 anos.
Críticos vão dizer que o Grêmio espiona adversários com drones. Mas… não me lembro de nenhuma lei proibindo… Pode até existir, mas desconheço.
Agora, o Tricolor Gaúcho vai em busca de outro sonho: o campeonato mundial, que o mito Renato venceu em 1983.
● Me recordo como se fosse hoje e acho difícil que isso algum dia me saia da memória.
Lembro do espanto de minha esposa ao me acordar de manhã na terça, 29/11/2017, e me dar a notícia: “O avião da Chapecoense caiu!”
Pulei da cama de uma vez, mas já rezando para que não tivesse sido um acidente fatal. Que tivesse poucos mortos e feridos. Mas quando fui pesquisar, eu vi que já eram dezenas de mortos.
Ao ver os nomes, as lágrimas já pingaram: Bruno Rangel, Cleber Santana, Caio Júnior… Deva Pascovicci, Victorino Chermont… lágrimas pingando…
Mas quando vi o nome de Mário Sérgio, o pranto rolou com mais força.
● Quanta gente morta! Quantas pessoas que eu admirava e se foram!
Quantas vidas interrompidas bruscamente! Quantas histórias ainda por serem escritas, como a dos jovens Gimenez e Matheus Biteco e vários outros.
Não trabalhei nesse dia. Eu já não trabalharia, mas de qualquer forma eu não conseguiria.
Foi um baque para todo o país e para todo o mundo do futebol.
Na primeira partida, todos esperávamos uma Chape que endurecesse o jogo contra o poderoso Atlético Nacional, trazendo da Colômbia um bom resultado que permitisse conquistar o título em casa.
O título até veio. Mais como uma prova de sensibilidade humana do Nacional e da Conmebol.
● Da mesma forma como não esqueço, a incredulidade ainda é tanta, que vez ou outra me vejo pensando: “Um bom nome para assumir tal time é o Caio Júnior” ou “Meu time precisa de um bom goleiro, como o Danilo”.
Nunca é aceitável um acidente como foi, mas prefiro não emitir opiniões sobre suas possíveis razões.
Admirável é a reconstrução de um clube que perdeu praticamente todo o seu elenco e teve forças para começar do zero.
E se manter na Série A do Campeonato Brasileiro. A Chape é “incaível”. Um dos cinco times que nunca foram rebaixados no Brasileirão. E, incrivelmente, ainda está viva pela classificação à Copa Libertadores da América.
Zé Roberto, ídolo de várias camisas e admirado também por todos os rivais (Imagens localizadas no Google)
Seu talento era enorme para ficar apenas preso à lateral esquerda e o técnico Candinho o transformou em um enorme meio campista, liderando a Portuguesa à final do Brasileirão em 1996.
Em um ano de Real Madrid, um título espanhol. O suficiente para ir para sua primeira Copa do Mundo, como suplente, em 1998. No Flamengo, pouco destaque.
Era um dos líderes do Bayer Leverkusen que chegou à final da Champions em 2002 e poderia ter feito parte do panteão de heróis campeões da Copa de 2002, mas Scolari fez outras escolhas. Mas em 2006 foi o melhor brasileiro de um Mundial decepcionante, onde era um dos operários que tentava fazer com que um certo quadrado fizesse mágica.
No Bayern de Munique, foi um dos melhores e mais constantes atletas na década passada, resultando em cinco conquistas da Bundesliga.
Em uma rápida passagem pelo Santos, o bicampeonato paulista. No Hamburgo e no Al-Gharafa, ficou longe dos holofotes, mas era sempre fundamental para seu time.
Veio como estrela para o Grêmio, brilhou nos três anos no Sul, mas sem conquistas relevantes.
Chegou ao Palmeiras em 2015 e fez seus companheiros de equipe entender que “O Palmeiras é grande!”
Uma enorme carreira, tanto no quantitativo quanto no qualitativo foi encerrada nesta segunda-feira.