Três pontos sobre…
… Manchester City 6 x 0 Chelsea
(Imagem: UOL)
Foi um massacre. O Chelsea teve poucas chances e nenhuma muito clara para diminuir a vergonha. Foi a maior derrota dos Blues desde a criação da Premier League e a segunda maior em toda sua história (fica atrás apenas da goleada sofrida para o Wolverhampton Wanderers, em 26/09/1953, pelo Campeonato Inglês).
O Chelsea possui um bom plantel, com atletas como Kepa, Jorginho, N’Golo Kanté, Pedro Rodríguez, Pedro Rodríguez, Gonzalo Higuaín e outros. Mas não conseguiu ver a cor da bola neste domingo.
O técnico Maurizio Sarri parece ser refém de um sistema de jogo e não consegue impor variações táticas. Sempre troca as peças e não o jeito de jogar. Foi assim ao trocar Marcos Alonso por Emerson Palmieri, Ross Barkley por Mateo Kovačić e Pedro por Ruben Loftus-Cheek. Não muda!
Jorginho é um bom jogador, “inventado” por Sarri como um regista. Mas nunca será Andrea Pirlo.
Sobre David Luiz nem é preciso dizer mais nada.
Higuaín pode ter sua fama de perder gols em momentos decisivos, mas é um goleador. Hoje não conseguiu ser.
Eden Hazard é craque, mas já deu o que tinha que dar nesse Chelsea. Seu destino está mais que traçado e, enfim, deve sair no final da temporada.
O Manchester City, por sua vez, conta com um dos melhores elencos do mundo, permitindo que Pep Guardiola mude bastante o sistema tático e mantenha o nível de excelência. Hoje foi o 4-3-3, mas já foi recentemente: 4-1-4-1, 4-2-3-1, 3-1-3-2-1, 4-4-2, e outros.
Do meio para a frente, tem peças como İlkay Gündoğan, Kevin De Bruyne, David Silva, Bernardo Silva, Phil Foden, Leroy Sané, Riyad Mahrez, Gabriel Jesus e Sergio Agüero. Nenhum time do mundo tem esse poder de fogo em quantidade.
Mas a peça chave é Fernandinho. Incrível como esse atleta escorraçado no Brasil é a mola propulsora da engrenagem do City. Tá certo que na Seleção Brasileira, Paulinho não é Gündoğan, Renato Augusto não é De Bruyne e Tite nunca será Guardiola, mas… o Fernandinho da Seleção não é o mesmo do City. Com a camisa amarela lhe falta tudo, especialmente confiança – o que lhe sobra com a camisa dos citizens.
O que mais chama a atenção é a intensidade. E o City segue firme na disputa por todas as competições que disputa e pode ser considerado um dos favoritos em todas. Mas qualquer coisa diferente da final da UEFA Champions League já terá sido mais um ano fracassado no projeto.