… Pelé: o melhor goleiro da história do futebol

Três pontos sobre…
… Pelé: o melhor goleiro da história do futebol

● Até 1970, as substituições de jogadores não eram permitidas. Assim, se o goleiro se lesionasse ou fosse expulso, um jogador da linha teria que ir pro gol. Adivinham quem era o “goleiro reserva”, dentro de campo, do Santos e até mesmo da Seleção Brasileira? Ele mesmo! o Rei Pelé! Em jogos registrados, o Rei Pelé, nunca foi escalado como goleiro, mas por quatro vezes substituiu o arqueiro durante a partida e nunca sofreu gols:

– 04/11/1959, na Vila Belmiro – Santos 4 x 2 Comercial (da capital, time hoje extinto), pelo Campeonato Paulista. Foi para o gol aos 19 minutos do 2º tempo e fechou o gol (já tinha feito um no jogo). Substituiu o goleiro Lalá, que tomou um chute na cabeça e teve concussão cerebral.

– 19/01/1964, no Pacaembu – Santos 4 x 3 Grêmio, pelas semifinais da Taça Brasil de 1963. Certamente foi o jogo mais difícil. Na primeira partida, o Santos venceu o Grêmio em Porto Alegre por 3 x 1. Na volta, no Pacaembu, Pepe abriu o placar e o Grêmio virou pra 3 x 1. Pelé marcou 3 gols e o jogo estava 4 x 3, quando aos 41 minutos do segundo tempo, o goleiro Gylmar se irritou com uma marcação do árbitro argentino Teodoro Nitti e foi expulso. A lenda também diz que o árbitro marcou um pênalti, que Pelé defendeu. O fato é que ele fechou o gol com defesas difíceis, até o fim do jogo, não sofreu gols e levou o Peixe para a final.

– 14/11/1969, em João Pessoa – Santos 3 x 0 Botafogo/PB. Manoel Maria fez dois gols e sofreu um pênalti, cobrado por Pelé. Era o gol 999. Em seguida o goleiro Jair Estevão passou mal e o Rei foi novamente fechar o gol. Segundo a lenda, o técnico Antoninho pediu para o goleiro simular uma contusão para o Rei ir para o gol, a fim de deixar o gol 1.000 para o jogo seguinte, contra o Vasco da Gama, no Maracanã (o que realmente ocorreu).

– 19/06/1973, nos Estados Unidos – Santos 4 x 0 Baltimore Boys (EUA). Substituiu o goleiro Cláudio.

● Em entrevista à ESPN em 2014, o craque-coringa Lima, parceiro do Rei no Santos, disse que Pelé vestiu a camisa número 1 em cerca de 12 jogos, segundo sua conta. Afirmou que em várias excursões de amistosos, principalmente na África, os patrocinadores pediam pra ter Pelé em seu gol, jogando como adversário do Santos. Falou ainda que nas excursões, quando terminava o treino, Pelé gritava: “Bora! Agora vamos pro nosso jogo: branco contra crioulo!” E Ele era sempre o goleiro. Se tentassem tirar as luvas dele, ele não aceitava. Lima contou também que Pelé pulava, caía e fazia os movimentos corretos; e pedia aos goleiros principais para que o corrigissem se fizesse algo errado. Na mesma entrevista, segundo o ponta direita Manoel Maria, era difícil enfrentar a fera no gol nos treinos. Pelé só jogava no gol. Inclusive antes de se adoentar, há cerca de dois anos, Pelé ainda brincava em casa e em fins de ano na praia, sempre como goleiro. Ainda à ESPN, o ex-goleiro Lalá disse que se Pelé fosse apenas goleiro, certamente chegaria à seleção e seria titular absoluto. Era maravilhoso entre as três traves. Pepe diz que o Rei era muito bom, elástico, ágil e voava na bola.

● Ele sempre queria estar perto do gol. Adorava o gol. Se não marcando os tentos, era defendendo-os. Sempre que tinha uma chance, corria para voltar a ser o “Bilé” de sua infância, seu ídolo. O Rei tinha verdadeira obsessão pelo gol. Tanto, que curiosamente, mesmo por linhas tortas, Edson Cholbi Nascimento passou pelo Peixe nos anos 90. Edinho, filho do Rei, se tornou um bom goleiro, longe de ser ótimo, mas atuando com regularidade no gol do Santos entre 1994 e 1998, inclusive sendo um dos destaques do time vice-campeão brasileiro de 1995. Mas impossível chegar aos pés do pai. Pelé nunca precisou ser goleiro para ser o número 1.


(Imagens localizadas no Google)

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