Arquivo da tag: Jogo das Estrelas

… “Futebol Contra a Fome” 2016, em Uberlândia

Três pontos sobre…
… “Futebol Contra a Fome” 2016, em Uberlândia

● Acho muito divertidos esses “jogos das estrelas” em que se misturam artistas da bola, do palco e até anônimos, com o intuito de se divertirem no fim do ano, divertir o público, mas, principalmente, pelo foco social. Nesta segunda-feira, 26/12/2016, no Estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia, foram 32 mil torcedores, arrecadando 70 toneladas de alimentos não perecíveis, que serão doadas a 80 instituições beneficentes da região.

● Em uma festa linda do futebol, realizei sonhos. Mesmo sendo brincadeira, todos jogando sem qualquer responsabilidade, apenas por prazer, vi em campo ídolos mundiais: Roberto Carlos, Neymar Jr., Denílson, Nenê, Junior Baiano, Edílson, Amaral, Edmílson, Elano, Emerson Sheik, Ascelino Popó, Gabriel Medina, dentre outros. O placar mesmo deu a entender que tudo era zoeira: 14 x 13. Amaral, ex-volante (e cheio de histórias pra contar), defendia sozinho no time branco. Mesmo com o time branco (de Alexandre Pires) sendo mais forte, com Neymar e Denílson, no início do segundo tempo o time vermelho (de Fernando Pires), com Nenê, chegou a estar vencendo por 10 a 5. Mas Neymar Jr. e Emerson Sheik não gostam de perder nem em peladas e viraram o jogo. No fim, uma festa total.

● Mas o momento mais inesquecível foi a entrada em campo de Zico, mesmo sem jogar. A galera gritando “Zico! Zico! Zico!” me fez imaginar dentro da torcida do Flamengo, 35 anos atrás, quando ele liderava o rubro-negro ao título mundial. Mesmo de longe, com uma visão até ruim, é um sonho, uma honra inenarrável estar a poucos metros de Zico. Mesmo com quase 64 anos e mesmo que ele não jogue mais em alto nível há quase trinta anos, é um ídolo mundial, não só do futebol. É uma celebridade única, querido e amado até pelos vascaínos, botafoguenses e tricolores, a quem ele tanto castigava. Era e é impossível odiar Zico. Ele que fazia o brasileiro sonhar, agradecer a Deus por ser brasileiro. Em 90 minutos, Zico fazia o povo esquecer das misérias, do desemprego, da ditadura militar e sua repressão, dos planos econômicos falhos… Ídolo único, fantástico, o melhor jogador brasileiro desde Pelé. Como dizia o sábio Armando Nogueira: “Se Zico não venceu a Copa, azar da Copa.” Ele não precisou jogar com muitas camisas para ser ídolo de todas.