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… 02/07/2018 – Bélgica 3 x 2 Japão

Três pontos sobre…
… 02/07/2018 – Bélgica 3 x 2 Japão


(Imagem: FIFA.com)

● A Bélgica é uma seleção tradicional em Copas do Mundo. Participou da primeira, em 1930, e de treze no total. Em 1986, chegou nas semifinais e terminou a competição em um honroso 4º lugar. Diziam ser aquela a melhor geração do país, com Jan Ceulemans, Jean-Marie Pfaff, Eric Gerets e Enzo Scifo. Até que nessa década atual, aparecessem e se consolidassem jogadores de videogame como Eden Hazard, Kevin De Bruyne, Dries Mertens, Romelu Lukaku, Vincent Kompany, Thibaut Courtois e muitos outros. Todos destaques em grandes times do mundo.

Assim, qualquer seleção que contasse com esses talentos seria favorita a conquista da Copa do Mundo. Certo? Mas a Bélgica nunca foi potência no futebol. Além do já citado 4º lugar na Copa de 1986, foi vice-campeã da Eurocopa de 1980 e 3º lugar na Euro 1972. O único título conquistado no futebol é a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1920, quando jogou em casa, em Antuérpia.

E essa mesma geração atual disputou a Copa de 2014. Foi bem na primeira fase, passou sufoco nas oitavas e caiu frente a um gigante sul-americano nas quartas de final. Daquela vez, foi a Argentina.

Agora, quatro anos depois, tudo se repete: show na primeira fase, sufoco nas oitavas e enfrentará um gigante sul-americano nas quartas: o Brasil é o adversário da vez, na próxima sexta-feira.


O técnico espanhol Roberto Martínez escalou a Bélgica no ofensivo 3-4-3


O Japão atuou no sistema 4-2-3-1, com muita velocidade pelas pontas

● Na primeira fase, a Bélgica não foi testada. Venceu fácil Panamá e Tunísia e jogou com o time reserva contra a Inglaterra.

A maioria esmagadora dos palpites apontavam que a Bélgica ganharia fácil. Faltou combinar com os japoneses.

Os Diables Rouges começaram melhor, impondo seu ritmo e até tiveram algumas chances. Mas não houve necessariamente uma pressão em busca do gol.

O susto começou logo no início do segundo tempo, aos três minutos, quando o Japão abriu o placar. Shibasaki viu Haraguchi disparar nas costas de Vertonghen e lançou. Haraguchi deu um drible de corpo no belga e chutou cruzado sem chances de defesa para Courtois.

Quatro minutos depois, a surpresa foi maior. Kagawa dominou na meia lua e deixou atrás para Takashi Inui dominar e bater forte de longe. Courtois até foi na bola, mas não alcançou. A “zebra” japonesa passeava pela Arena Rostov e abria 2 a 0 no placar.

Mas aos 25′, De Bruyne cobrou escanteio e, após um bate-rebate na área, a bola sobrou para Vertonghen quase na linha de fundo, sem qualquer ângulo. Ele tentou devolver a bola para o meio da área, mas ela pegou um efeito e tomou o rumo do gol. Foi uma bola surpreendente, mas defensável pelo goleiro Kawashima, que foi encoberto na jogada.

Quatro minutos depois, Hazard fez jogada pela esquerda e cruzou na cabeça do gigante Fellaini, que meteu a cabeleira na bola e empatou a partida.

Já nos acréscimos, aos 48′, Courtois subiu para agarrar um escanteio e saiu jogando rápido com De Bruyne. O camisa 7 acelerou o lance e abriu na direita para Meunier, que cruzou de primeira. Lukaku fez o corta-luz e Chadli completou para o gol. Era a virada dos Diables Rouges.

Toda a vantagem que o Japão custou a construir tinha ido embora com um gol e pura sorte e dois marcados por jogadores que entraram no segundo tempo.


(Imagem: FIFA.com)

● A seleção japonesa sai do Mundial de cabeça erguida. Embora tenha se classificado para as oitavas de final apenas por ter dois cartões amarelos a menos que Senegal, tenho certeza de que fez um papel melhor do que faria o país africano nessa fase. Porém, fica o amargo na boca. Esteve com dois gols à frente no marcador faltando 1/4 do jogo e, mesmo assim, deixou escapar a vaga nas quartas de final.

Foi uma enorme prova de maturidade da “ótima geração belga”, que se viu em uma grande adversidade e conseguiu superá-la com o que tem de melhor: o contra-ataque e a bola aérea.

Porém, se quiser passar pelo Brasil na próxima fase, deve ficar atenta a algumas questões:

— É inegável a qualidade no ataque de Yannick Ferreira Carrasco, mas ele não marca bem. Não é um ala esquerdo. Em seu setor, Willian pode “deitar e rolar”;
— Kompany está voltando de um longo tempo de inatividade por lesão e é lento. Não consegue fazer a cobertura com a velocidade necessária;
— De Bruyne e Hazard têm que aparecer mais. Ficaram apagados em grande parte no jogo de hoje.
— O técnico Roberto Martínez não tem uma segunda opção de sistema tático além do 3-4-3. Se o Brasil avançar bem Willian pela direita, Neymar pela esquerda e Gabriel Jesus (ou Roberto Firmino) pelo meio, pode causar estragos à defesa belga. Com isso, os alas teriam que recuar e o Brasil teria superioridade no meio campo.

Como diria Michael Jordan, “os playoffs separam os homens dos meninos”. Então, agora é a hora de a Bélgica provar que tem uma geração talentosa e vencedora ou apenas um bando de jogadores superestimados.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

BÉLGICA 3 x 2 JAPÃO

 

Data: 02/07/2018

Horário: 21h00 locais

Estádio: Arena Rostov

Público: 41.466

Cidade: Rostov-on-Don (Rússia)

Árbitro: Malang Diedhiou (Senegal)

 

BÉLGICA (3-4-3):

JAPÃO (4-2-3-1):

1  Thibaut Courtois (G)

1  Eiji Kawashima (G)

2  Toby Alderweireld

19 Hiroki Sakai

4  Vincent Kompany

22 Maya Yoshida

5  Jan Vertonghen

3  Gen Shoji

15 Thomas Meunier

5  Yuto Nagatomo

6  Axel Witsel

17 Makoto Hasebe (C)

7  Kevin De Bruyne

7  Gaku Shibasaki

11 Yannick Ferreira Carrasco

8  Genki Haraguchi

14 Dries Mertens

10 Shinji Kagawa

10 Eden Hazard (C)

14 Takashi Inui

9  Romelu Lukaku

15 Yuya Osako

 

Técnico: Roberto Martínez

Técnico: Akira Nishino

 

SUPLENTES:

 

 

12 Simon Mignolet (G)

12 Masaaki Higashiguchi (G)

13 Koen Casteels (G)

23 Kosuke Nakamura (G)

23 Leander Dendoncker

21 Gotoku Sakai

20 Dedryck Boyata

2  Naomichi Ueda

3  Thomas Vermaelen

6  Wataru Endo

17 Youri Tielemans

20 Tomoaki Makino

19 Mousa Dembélé

18 Ryota Oshima

8  Marouane Fellaini

16 Hotaru Yamaguchi

22 Nacer Chadli

11 Takashi Usami

16 Thorgan Hazard

4  Keisuke Honda

18 Adnan Januzaj

13 Yoshinori Muto

21 Michy Batshuayi

9  Shinji Okazaki

 

GOLS:

48′ Genki Haraguchi (JAP)

52′ Takashi Inui (JAP)

69′ Jan Vertonghen (BEL)

74′ Marouane Fellaini (BEL)

90+4′ Nacer Chadli (BEL)

 

CARTÃO AMARELO: 40′ Gaku Shibasaki (JAP)

 

SUBSTITUIÇÕES:

65′ Dries Mertens (BEL) ↓

Marouane Fellaini (BEL) ↑

 

65′ Yannick Ferreira Carrasco (BEL) ↓

Nacer Chadli (BEL) ↑

 

81′ Gaku Shibasaki (JAP) ↓

Hotaru Yamaguchi (JAP) ↑

 

81′ Genki Haraguchi (JAP) ↓

Keisuke Honda (JAP) ↑

Gols da partida:

… 28/06/2018 – O melhor do 15º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 28/06/2018 – O melhor do 15º dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A primeira fase está encerrada. Agora, já conhecemos os 16 classificados.
Japão e Senegal empataram em tudo, mas os africanos foram eliminados por terem dois cartões amarelos a mais.
Teve também vitória da “ótima geração belga”, Colômbia, Polônia e Tunísia.


… Senegal 0 x 1 Colômbia


(Imagem: FIFA.com)

Senegal se classificaria com um empate. A equipe do técnico-ídolo Aliou Cissé joga um futebol pragmático. Mas hoje apelou diante da Colômbia. Praticamente não quis jogar. Ficou cozinhando a partida em “banho-maria” até que o tempo passasse. Mas foi duramente castigada.

Para não depender do resultado da outra partida do grupo, a Colômbia tinha que vencer. Mas também não acelerava. Por isso se tornou um jogo lento e de pouquíssimas emoções.

E a primeira chance do jogo foi colombiana, aos doze minutos. Juan Fernando Quintero cobrou falta da meia direita e obrigou Khadim N’Ndiaye a fazer uma defesa difícil. A bola ainda quicou no chão antes de chegar ao goleiro.

Aos 16′, Keita Baldé faz boa jogada e encontra Sadio Mané livre na entrada da área. Ele avança e é travado antes de finalizar. O árbitro sérvio Milorad Mažić marcou pênalti. O VAR interferiu e o árbitro anulou a penalidade ao ver no vídeo que Davinson Sánchez pegou apenas na bola. De vez em quando o VAR faz justiça.

James Rodríguez sentiu uma lesão e teve que abandonar o campo aos 31 min, dando lugar a Luis Muriel.

No 20º minuto do segundo tempo, Quintero cobrou falta para a área e a bola sobrou para Muriel chutar no canto, mas Kalidou Koulibaly tirou para a linha de fundo.

Aos 28′, Quintero cobrou escanteio e Yerri Mina apareceu como um foguete para cabecear forte e para baixo, sem chances para o goleiro senegalês. Segundo gol de Mina na Copa. Com esse resultado, a Colômbia se garantia na próxima fase.

Depois de sofrer o gol, Senegal acordou e tentou criar algumas chances de empatar, mas não conseguiu. O mais perto disso, foi aos 31′, em jogada trabalhada pela direita, que M’Baye Niang chutou forte para a boa defesa de David Ospina.

Senegal se despede da Copa com aquela sensação de que poderia ter feito mais se não fosse pragmático. O país sempre teve um futebol bonito e envolvente. Mas ao invés de jogar como sabe, tentou garantir o empate. O merecido e doloroso castigo veio com a eliminação.

A Colômbia foi a líder do Grupo H. Ganhou de presente a chance de enfrentar a Inglaterra valendo uma vaga nas quartas de final. Jogo duro.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Senegal 0 x 1 Colômbia
Data: 28/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Cosmos Arena (Arena Samara) — Cidade: Samara (Rússia)
Público: 41.970
Árbitro: Milorad Mažić (Sérvia)
Gol: 74′ Yerri Mina (COL)
Cartões Amarelos: 45′ Johan Mojica (COL); 51′ M’Baye Niang (SEN)
Senegal (4-4-2): 16.Khadim N’Ndiaye; 21.Lamine Gassama, 6.Salif Sané, 3.Kalidou Koulibaly e 12.Yassouf Sabaly (22.Moussa Wagué ↑74′); 8.Cheikhou Kouyaté, 5.Idrissa Gueye, 18.Ismaila Sarr e 10.Sadio Mané (C); 20.Keita Baldé (14.Moussa Konaté ↑80′) e 19.M’Baye Niang (15.Diafra Sakho ↑86′). Técnico: Aliou Cissé
Colômbia (4-2-3-1): 1.David Ospina; 4.Santiago Arias, 23.Davinson Sánchez, 13.Yerri Mina e 17.Johan Mojica; 6.Carlos Sánchez e 15.Mateus Uribe (16.Jefferson Lerma ↑83′); 11.Juan Cuadrado, 20.Juan Fernando Quintero e 10.James Rodríguez (14.Luis Muriel ↑31′); 9.Radamel Falcao García (C) (19.Miguel Borja ↑89′). Técnico: José Pekerman

… Japão 0 x 1 Polônia


(Imagem: FIFA.com)

O Japão não estava garantido na próxima fase da Copa. Por isso, causou estranheza a ideia do técnico Akira Nishino, de poupar mais da metade do time.

Decepcionada pela eliminação precoce, a Polônia jogava para se despedir com uma vitória.

Aos 13′, Yoshinori Muto arriscou rasteiro de fora da área, mas Fabiański foi buscar, fazendo uma excelente defesa.

No minuto 32, Bereszyński cruzou da direita e Grosicki cabeceou no cantinho para o gol. Era só sair para comemorar. Mas goleiro japonês, o veterano Eiji Kawashima, fez a defesa da Copa e uma das mais difíceis de todos os tempos. Um verdadeiro milagre.

Aos 14 minutos do segundo tempo, Kurzawa cobra falta da intermediária esquerda e o zagueiro Jan Bednarek completa para o gol. A Polônia estava vencendo e eliminando o Japão naquele momento.

E os polacos continuaram criando chances de gol. Zieliński lançou Grosicki na direita e ele cruzou para Robert Lewandowski, que escorregou e chutou mal, por cima do gol.

E o Japão contou com a sorte. A quinze minutos do fim a Colômbia abriu o placar diante de Senegal, voltando a dar sobrevida ao Japão.

E a partir daí os japoneses passaram a tocar a bola sem se arriscar, esperando o fim da partida. Foram vaiados pela torcida de Volgogrado. Um novo gol da Polônia os eliminaria, mas não aconteceu. O gol do empate de Senegal também eliminaria os nipônicos, mas não aconteceu.

Japão e Senegal empataram em todos os critérios: 4 pontos para cada; saldos de gols zerados; quatro gols marcados e quatro sofridos; empate por 2 x 2 no confronto direto. O critério que os desempatou foi o “Fair Play”. Por ter dois cartões amarelos a mais, os senegaleses voltaram para casa. Pela primeira vez na história, um critério tão subjetivo quanto um cartão amarelo, serviu para desempatar duas seleções em uma Copa do Mundo.

O Japão enfrenta a França nas oitavas de final. É o azarão dentre os 16 sobreviventes.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Japão 0 x 1 Polônia
Data: 28/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Arena Volgogrado — Cidade: Volgogrado (Rússia)
Público: 42.189
Árbitro: Janny Sikazwe (Zâmbia)
Gol: 59′ Jan Bednarek (POL)
Cartão Amarelo: 59′ Tomoaki Makino (JAP)
Japão (4-2-3-1): 1.Eiji Kawashima (C); 19.Hiroki Sakai, 22.Maya Yoshida, 20.Tomoaki Makino e 5.Yuto Nagatomo; 16.Hotaru Yamaguchi e 7.Gaku Shibasaki; 21.Gotoku Sakai, 9.Shinji Okazaki (15.Yuya Osako ↑47′) e 11.Takashi Usami (14.Takashi Inui ↑65′); 13.Yoshinori Muto (17.Makoto Hasebe ↑82′). Técnico: Akira Nishino
Polônia (3-4-3): 22.Łukasz Fabiański; 18.Bartosz Bereszyński, 15.Kamil Glik e 5.Jan Bednarek; 21.Rafał Kurzawa (17.Sławomir Peszko ↑79′), 10.Grzegorz Krychowiak, 6.Jacek Góralski e 3.Artur Jędrzejczyk; 19.Piotr Zieliński (14.Łukasz Teodorczyk ↑79′), 11.Kamil Grosicki e 9.Robert Lewandowski. Técnico: Adam Nawalka

… Inglaterra 0 x 1 Bélgica


(Imagem: FIFA.com)

Tanto ingleses quanto belgas foram a campo com os times reservas. Ninguém fazia nada para vencer a partida. Se o jogo terminasse empatado, o primeiro lugar do Grupo G seria decidido pelo critério de menor número de cartões amarelos. Àquela altura, a Inglaterra tinha menos cartões.

Se teve alguém que quis vencer, foi a Bélgica. Logo no início, aos 6′, Youri Tielemans encheu o pé de fora da área e deu trabalho para Jordan Pickford, goleiro do Everton.

Pouco depois, Adnan Januzaj entrou na área e cruzou para Marouane Fellaini, que cabeceou em cima do goleiro. Com a bola ainda em jogo, Michy Batshuayi ganhou a dividida e a mandou para o gol. Mas eis que surgiu Gary Cahill com seu pé salvador, em cima da linha, impedindo o gol dos Diables Rouges.

Nos primeiros instantes do segundo tempo, Jamie Vardy roubou a bola no campo de ataque e Marcus Rashford bateu com perigo, à esquerda de Thibaut Courtois.

Aos seis minutos, Tielemans abriu na direita para Januzaj. Ele deu um drible curto em Danny Rose e chutou de esquerda em diagonal, no canto direito de Pickford. Um belo gol. Um colírio para uma partida tão sonolenta.

Aos 21′, Harry Maguire encontra Vardy, que toca de primeira para Rashford sair cara a cara com Courtois. O garoto esperou para definir a jogada e chutou no canto, mas o goleiro foi na bola e impediu o empate.

A sete minutos do fim, Danny Welbeck pegou a sobra de um escanteio e chutou cruzado, mas a zaga belga afastou.

Essa é a segunda vez que a Bélgica consegue terminar a fase de grupos com 100% de aproveitamento. A primeira foi há quatro anos, no Brasil.

Foi a segunda vez em toda a história que a Bélgica venceu a Inglaterra. A primeira foi por 3 x 2 em 09/05/1936, há 82 anos, em um amistoso em Bruxelas. Agora, em 22 partidas disputadas, são 15 vitórias inglesas, 5 empates e 2 vitórias belgas.

Mas agora, por ter sido líder do Grupo G, a Bélgica se coloca no chaveamento mais difícil da Copa, do lado de Brasil, Argentina, França, Uruguai e Portugal.

Os ingleses festejam, pois tem uma vida mais fácil até a semifinal, onde poderá enfrentar a Espanha.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Inglaterra 0 x 1 Bélgica
Data: 28/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Arena Baltika (Kaliningrado Stadium) — Cidade: Kaliningrado (Rússia)
Público: 33.973
Árbitro: Damir Skomina (Eslovênia)
Gol: 51′ Adnan Januzaj (BEL)
Cartões Amarelos: 19′ Youri Tielemans (BEL); 33′ Leander Dendoncker (BEL)
Inglaterra (3-5-2): 1.Jordan Pickford; 16.Phil Jones, 5.John Stones (6.Harry Maguire ↑INTERVALO) e 15.Gary Cahill; 22.Trent Alexander-Arnold (14.Danny Welbeck ↑79′), 21.Ruben Loftus-Cheek, 4.Eric Dier (C), 17.Fabian Delph e 3.Danny Rose; 19.Marcus Rashford e 11.Jamie Vardy. Técnico: Gareth Southgate
Bélgica (3-4-3): 1.Thibaut Courtois (C); 23.Leander Dendoncker, 20.Dedryck Boyata e 3.Thomas Vermaelen (4.Vincent Kompany ↑74′); 22.Nacer Chadli, 17.Youri Tielemans, 19.Mousa Dembélé e 16.Thorgan Hazard; 8.Marouane Fellaini, 18.Adnan Januzaj (14.Dries Mertens ↑86′) e 21.Michy Batshuayi. Técnico: Roberto Martínez

… Panamá 1 x 2 Tunísia


(Imagem: FIFA.com)

Duas equipes já eliminadas, que lutavam apenas pela honra de se despedir com uma vitória.

A Tunísia começou melhor. Aos dezenove minutos de jogo, após cobrança de escanteio, Wahbi Khazri cruzou da direita e Rami Bedoui cabeceou fraco, nas mãos do goleiro Jaime Penedo.

Mas depois da metade do primeiro tempo, o Panamá começou a atacar também. No 33º minuto, José Luis Rodríguez tabelou com Román Torres próximo da área e chutou de esquerda. A bola desviou em Yassine Meriah e tirou qualquer chance de defesa do goleiro tunisiano Aymen Mathlouthi. O segundo gol panamenho na história das Copas foi contra. Não importa! Festa total da torcida!

Pouco depois, Oussama Haddadi cruzou da esquerda e Fakhreddine Ben Youssef cabeceou bem, rente à trave esquerda de Penedo.

Aos seis minutos do segundo tempo, Ghailene Chaalali fez boa jogada, abriu na direita para o capitão Khazri, que cruzou de primeira para Ben Youssef completar para o gol. Foi uma bela trama coletiva.

A vidada quase veio no lance seguinte. Khazri foi lançado, ganhou da zaga em velocidade e foi derrubado. O árbitro deu vantagem, mas Ben Youssef chutou cruzado para boa defesa de Penedo com os pés.

Mas aos 21′, Oussama Haddadi invadiu a área pela esquerda e só rolou na segunda trave para Wahbi Khazri completar para o gol vazio.

Aos 27 a torcida panamenha chegou a comemorar o empate, em um belo chute de Edgar Bárcenas, mas o árbitro bareinita já havia apitado uma falta de ataque antes da finalização.

O Panamá perdeu as três partidas, mas a qualificação para a disputa do Mundial será festejada ainda por muitos anos. Essa geração já está bem envelhecida, mas fez por merecer e chegou ao ápice de disputar uma Copa do Mundo.

A Tunísia também festeja sua primeira vitória em Copas desde 1978. Se mostrou uma equipe de bom toque de bola, liderada por Wahbi Khazri.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Panamá 1 x 2 Tunísia
Data: 28/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Mordovia — Cidade: Saransk (Rússia)
Público: 37.168
Árbitro: Nawaf Shukralla (Bahrein)
Gols: 33′ Yassine Meriah (PAN)(contra); 51′ Fakhreddine Ben Youssef (TUN); 66′ Wahbi Khazri (TUN)
Cartões Amarelos: 44′ Ferjani Sassi (TUN); 71′ Anice Badri (TUN); 78′ Ricardo Ávila (PAN); 80′ Gabriel Gómez (PAN); 90+3′ Ghailene Chaalali (TUN)
Panamá (4-5-1): 1.Jaime Penedo; 13.Adolfo Machado, 5.Román Torres (C) (18.Luis Tejada ↑56′), 4.Fidel Escobar e 17.Luis Ovalle; 6.Gabriel Gómez, 20.Aníbal Godoy, 19.Ricardo Ávila (16.Abdiel Arroyo ↑81′), 8.Edgar Bárcenas e 21.José Luis Rodríguez; 9.Gabriel Torres (3.Harold Cummings ↑INTERVALO). Técnico: Hernán Darío Gómez
Tunísia (4-1-4-1): 16.Aymen Mathlouthi (C); 21.Hamdi Nagguez, 6.Rami Bedoui, 4.Yassine Meriah e 5.Oussama Haddadi; 17.Ellyes Skhiri; 8.Fakhreddine Ben Youssef, 20.Ghailene Chaalali, 13.Ferjani Sassi (9.Anice Badri ↑INTERVALO) e 23.Naïm Sliti (15.Ahmed Khalil ↑77′); 10.Wahbi Khazri (C) (18.Bassem Srarfi ↑89′). Técnico: Nabil Maâloul

Veja os confrontos das oitavas de final da Copa do Mundo de 2018:


(Imagem: Folha / UOL)

… 24/06/2018 – O melhor do 11º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 24/06/2018 – O melhor do 11º dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A Inglaterra massacra, mas quem faz a festa é o Panamá, que marcou seu primeiro gol na história das Copas.
Japão e Senegal mediram forças e provaram o equilíbrio do Grupo H.
Polônia decepciona e é eliminada com goleada para a Colômbia por 3 a 0.

… Inglaterra 6 x 1 Panamá


(Imagem: FIFA.com)

A Inglaterra fez uma partida meramente protocolar e mesmo assim venceu o Panamá por 6 a 1. É a maior goleada da Copa até agora e a maior vitória da Inglaterra na história dos Mundiais.

O Panamá até esboçou um bom início, tentando levar a bola para o campo de ataque, mas é uma equipe com pouca qualidade técnica. Talvez e provavelmente a pior seleção dessa Copa.

John Stones abriu o placar de cabeça após cobrança de escanteio, logo aos sete minutos.

Aos 19′, Lingard foi derrubado na área por Escobar. Harry Keane cobrou alta e forte, no canto direito do goleiro Penedo, que até foi nela, mas não teve chances.

No minuto 36, Lingard arriscou um chute de fora da área. A bola fez uma curva e entrou no canto esquerdo. Um belo gol.

Aos 40′, uma jogada ensaiada fantástica em cobrança de falta da intermediária ofensiva. Trippier tocou na meia lua, Henderson cruzou para a segunda trave, Harry Keane escorou de cabeça para o meio da pequena área e Sterling finalizou de cabeça. Penedo ainda defendeu, mas Stones completou o rebote de cabeça para o gol. Uma bela trama coletiva, que culminou com outro tento dos ingleses. Não percam as contas: 4 a 0.

O quinto saiu ainda no primeiro tempo, já nos acréscimos, quando Murillo agarrou Stones ao mesmo tempo em que Keane era agarrado por Godoy. O árbitro poderia escolher qual pênalti marcar. Harry Keane foi para a cobrança e repetiu a batida anterior. Dessa vez, Penedo pulou no outro canto.

Na etapa final, a Inglaterra ficou tocando para passar o tempo. Seriam mais 45 minutos desnecessários para o English Team.

Aos 17′, Loftus-Cheek chutou mascado de fora da área, a bola bateu em Keane e tomou o caminho do gol. Mesmo meio sem querer, era o “hat trick” do capitão inglês. Somado aos dois gols da estreia contra a Tunísia, Harry Keane agora é o novo artilheiro do Mundial, com cinco gols. Ele ultrapassou o português Cristiano Ronaldo e o belga Romelu Lukaku, que têm quatro.

A torcida panamenha ficou em êxtase quando sua seleção fez o seu gol. A honra de marcar o primeiro gol do Panamá na história das Copas do Mundo coube a um jogador muito emblemático. Felipe Baloy é o sexto jogador mais velho dessa edição do Mundial. Já passou por várias equipes de seu país, da Colômbia e do México. No Brasil, atuou por Grêmio e Atlético Paranaense. Sua moral na seleção é tanta, que disputou sua 101ª partida hoje e, quando foi a campo no lugar de Gabriel Gómez, recebeu de cara a braçadeira de capitão, que estava com Román Torres.

E foi aos 33′ que Ávila cobrou falta da esquerda, para a marca do pênalti e Baloy esticou a perna para completar para o fundo do gol de Jordan Pickford. Um gol que pouco diminui a goleada sofrida, mas que será comemorado por muito tempo até que o Panamá possa repetir esse feito em Copas diante de um campeão mundial.

Se quisessem, os ingleses poderiam ter feito uma goleada histórica, dentre as maiores das Copas. Mas foram burocráticos, esperando o jogo acabar durante todo o segundo tempo.

Essa vitória inglesa definiu os classificados no Grupo G. Inglaterra e Bélgica estão garantidas nas oitavas de final e rigorosamente empatadas em primeiro lugar da chave. O líder será decidido no confronto direto, na próxima quinta-feira. Por enquanto, a Inglaterra lidera por ter recebido um cartão amarelo a menos que os belgas.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Inglaterra 6 x 1 Panamá
Data: 24/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Cidade: Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 43.319
Árbitro: Gehad Grisha (Egito)
Gols: 8′ John Stones (ING); 22′ Harry Keane (ING)(pen); 36′ Jesse Lingard (ING); 40′ John Stones (ING); 45+1′ Harry Keane (ING)(pen); 62′ Harry Keane (ING); 78′ Felipe Baloy (PAN)
Cartões Amarelos: 10′ Armando Cooper (PAN); 24′ Ruben Loftus-Cheek (ING); 44′ Fidel Escobar (PAN); 72′ Michael Murillo (PAN)
Inglaterra (3-5-2): 1.Jordan Pickford; 2.Kyle Walker, 5.John Stones e 6.Harry Maguire; 12.Kieran Trippier (3. Danny Rose ↑70′), 21.Ruben Loftus-Cheek, 8.Jordan Henderson, 7.Jesse Lingard (17. Fabian Delph ↑63′) e 18.Ashley Young; 10.Raheem Sterling e 9.Harry Kane (C) (11. Jamie Vardy ↑63′). Técnico: Gareth Southgate
Panamá (4-1-4-1): 1.Jaime Penedo; 2.Michael Murillo, 5.Román Torres (C), 4.Fidel Escobar e 15.Erick Davis; 6.Gabriel Gómez (23.Felipe Baloy ↑69′); 8.Edgar Bárcenas (16.Abdiel Arroyo ↑69′), 11.Armando Cooper, 20.Aníbal Godoy (19.Ricardo Ávila ↑62′) e 21.José Luis Rodríguez; 7.Blas Pérez. Técnico: Hernán Darío Gómez

 

… Japão 2 x 2 Senegal


(Imagem: FIFA.com)

Antes de começar o Mundial, o Japão parecia ser a seleção mais fraca do equilibrado Grupo H, ainda mais depois da mudança recente de treinador. Mas, ajudado por um pênalti no início do jogo, venceu a favorita Colômbia.

Senegal possui bons talentos individuais com experiência em clubes europeus, mas seu rendimento era uma incógnita. Estreou vencendo a Polônia por 2 x 1.

No início da partida, a velocidade e força física dos senegaleses pareciam prevalecer sobre o toque de bola rápido e envolvente dos japoneses.

Aos onze minuto de jogo, Wagué cruzou para a área, Sakai tentou cortar e a bola caiu nos pés de Sabaly, que bateu para o gol. O experiente goleiro Kawashima tentou tirar de soco, mas acabou jogando a bola em cima do joelho de Sadio Mané. Era o primeiro gol da partida, quando Senegal já jogava melhor.

Aos 34′, um longo lançamento encontrou Nagatomo na esquerda da área. Ele dominou tirando dois adversários e deixou com Inui. O camisa 14 ajeitou o corpo e chutou rasteiro, no cantinho esquerdo do goleiro Khadim N’Ndiaye. Em um momento difícil do jogo, os japoneses empatavam.

No fim do primeiro tempo, os senegaleses jogaram melhor, criaram chances, mas não as traduziu em vantagem no placar.

Aos 15 minutos do segundo tempo, Haraguchi abriu para Shibasaki na direita e ele cruzou para a pequena área, mas Osako furou na hora de definir.

Quatro minutos depois, em novo contra-ataque dos samurais, Osako dominou na entrada da área e tocou de calcanhar para Inui que passava na esquerda. Ele bateu bonito, tirando do goleiro, mas a bola tocou no travessão e saiu.

Aos 26′, Sabaly cruzou, Niang deixou passar e Moussa Wagué chutou cruzado, alto e forte para o gol, sem chances para Kawashima. Wagué é o afriano mais jovem a marcar na história das Copas, com 19 anos e oito meses.

Mas sete minutos depois, Osako cruzou na área pelo alto e o goleiro senegalês saiu mal. Inui cruzou a sobra da ponta esquerda e Honda, sem goleiro, finalizou para o gol. Tudo empatado em Ecaterimburgo, como ficaria até o final.

Os senegaleses saíram com uma sensação de derrota, pois ficaram na frente do placar por duas vezes. Para se classificar, o Japão precisa apenas empatar com a já eliminada Polônia. Senegal também precisa de um empate para se classificar diante da Polônia. Com uma derrota, torce para que o Japão também perca por mais gols de diferença.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Japão 2 x 2 Senegal
Data: 24/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Estádio Central (Ekaterinburg Arena) — Cidade: Ecaterimburgo (Rússia)
Público: 32.572
Árbitro: Gianluca Rocchi (Itália)
Gols: 11′ Sadio Mané (SEN); 34′ Takashi Inui (JAP); 71′ Moussa Wagué (SEN); 78′ Keisuke Honda (JAP)
Cartões Amarelos: 59′ M’Baye Niang (SEN); 68′ Takashi Inui (JAP); 90′ Yassouf Sabaly (SEN); 90+1′ Cheick N’Doye (SEN); 90+4′ Makoto Hasebe (JAP)
Japão (4-2-3-1): 1.Eiji Kawashima; 19.Hiroki Sakai, 22.Maya Yoshida, 3.Gen Shoji e 5.Yuto Nagatomo; 17.Makoto Hasebe (C) e 7.Gaku Shibasaki; 8.Genki Haraguchi (9.Shinji Okazaki ↑75′), 10.Shinji Kagawa (4.Keisuke Honda ↑72′) e 14.Takashi Inui (11.Takashi Usami ↑87′); 15.Yuya Osako. Técnico: Akira Nishino
Senegal (4-3-3): 16.Khadim N’Ndiaye; 22.Moussa Wagué, 3.Kalidou Koulibaly, 6.Salif Sané e 12.Yassouf Sabaly; 13.Alfred N’Diaye (8.Cheikhou Kouyaté ↑65′), 5.Idrissa Gueye e 17.Badou N’Diaye (11.Cheick N’Doye ↑81′); 18.Ismaila Sarr, 19.M’Baye Niang (9.Mame Biram Diouf ↑86′) e 10.Sadio Mané (C). Técnico: Aliou Cissé

 

… Polônia 0 x 3 Colômbia


(Imagem: FIFA.com)

Pela rica história que tem, a Polônia seria a favorita do grupo. Mas foi um fiasco.

Depois de uma estreia apagada e decepcionante contra o Japão, a Colômbia mostrou sua força ao vencer a Polônia com autoridade por 3 a 0. Desde o princípio, tocou melhor a bola e fez uma marcação feroz em cima de Robert Lewandowski, um dos melhores atacantes do mundo – mesmo que não esteja em boa fase.

Mas a primeira chance de gol aconteceu só aos 37′. James Rodríguez abriu na direita com Cuadrado. Já dentro da área, ele passou facilmente por Rybus e Krychowiak, perdeu o ângulo e chutou em cima do goleiro Szczęsny.

Três minutos depois, James cobrou escanteio curto com Cuadrado, que passou para Quintero, que devolveu para James. O camisa 10 cruzou de primeira e o gigante Yerri Mina se antecipou a Szczęsny para desviar de cabeça. O zagueiro ex-Palmeiras tinha sido reserva na primeira partida, porque praticamente nem jogou nesse semestre, desde que se transferiu ao Barcelona (quando jogou, foi um fiasco). Agora, em sua estreia em Copas, ele fez o gol que deu mais tranquilidade à sua seleção no restante da partida.

A melhor chance da Polônia foi aos 14′ do segundo tempo, quando Bednarek fez um espetacular lançamento praticamente de área a área. Lewandowski dominou de esquerda, mas na hora de finalizar foi abafado por Ospina. O goleiro colombiano saiu bem e fechou o espaço, impedindo o empate.

Aos 30′, Quintero deu uma ótima enfiada de bola para Falcão García. O capitão colombiano dominou e bateu rasteiro, cruzado, com o lado externo do pé, para fazer seu primeiro gol em Copas do Mundo. Vale lembrar que ele não participou do Mundial passado, pois sofreu uma séria contusão quando estava justamente na melhor fase de sua carreira. Agora, com quatro anos de atraso, ele provou no maior palco do mundo o poder de definição que o consagrou nos gramados sul-americanos e europeus. Esse gol matou o jogo e as esperanças polonesas.

Cinco minutos depois, em uma rápido contra-ataque, James fez um lançamento rasteiro sensacional da esquerda para o meio, onde se infiltrava Cuadrado. Ele avançou com a bola, ganhou de velocidade de Pazdan e chutou no canto esquerdo de Szczęsny. 3 a 0 no marcador. Festa dos colombianos nas arquibancadas.

A dois minutos do fim, Lewandowski, o único a tentar causar algum perigo pelo lado polonês, foi buscar a bola na meia esquerda e chutou forte. Ospina estava bem posicionado e espalmou por cima do gol.

A Polônia se tornou a primeira cabeça de chave e a primeira seleção europeia eliminada antecipadamente desta Copa. Uma verdadeira decepção, em um grupo que se previa ser muito equilibrado e bastante acessível.

Com a vitória, a Colômbia entrou de vez na briga por uma vaga nas oitavas de final. E só depende de si. Se vencer Senegal na próxima quinta-feira, se classifica.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Polônia 0 x 3 Colômbia
Data: 24/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Kazan — Cidade: Kazan (Rússia)
Público: 42.873
Árbitro: César Arturo Ramos (México)
Gols: 40′ Yerri Mina (COL); 70′ Radamel Falcao García (COL); 75′ Juan Guillermo Cuadrado (COL)
Cartões Amarelos: 61′ Jan Bednarek (POL); 85′ Jacek Góralski (POL)
Polônia (3-4-2-1): 1.Wojciech Szczęsny; 20.Łukasz Piszczek, 5.Jan Bednarek e 2.Michał Pazdan (15.Kamil Glik ↑80′); 18.Bartosz Bereszyński (14.Łukasz Teodorczyk ↑72′), 10.Grzegorz Krychowiak, 6.Jacek Góralski e 13.Maciej Rybus; 19.Piotr Zieliński e 23.Dawid Kownacki (11.Kamil Grosicki ↑57′); 9.Robert Lewandowski (C). Técnico: Adam Nawalka
Colômbia (4-2-3-1): 1.David Ospina; 4.Santiago Arias, 23.Davinson Sánchez, 13.Yerri Mina e 17.Johan Mojica; 8.Abel Aguilar (15.Mateus Uribe ↑32′) e 5.Wílmar Barrios; 11.Juan Guillermo Cuadrado, 20.Juan Fernando Quintero (16.Jefferson Lerma ↑73′) e 10.James Rodríguez; 9.Radamel Falcao García (C) (7.Carlos Bacca ↑78′). Técnico: José Pekerman

… 19/06/2018 – O melhor do sexto dia da Copa

Três pontos sobre…
… 19/06/2018 – O melhor do sexto dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

Pelo Grupo A, a Rússia praticamente garantiu vaga nas oitavas de final.
No Grupo H, os favoritos Colômbia e Polônia perderam para Japão e Senegal.
Veja todos os detalhes aqui.

… Colômbia 1 x 2 Japão


(Imagem: FIFA.com)

Em um grupo tão equilibrado como o H, vencer é necessário. E, mesmo não contando inicialmente com James Rodríguez (se recuperando de lesão, entrou no segundo tempo) a Colômbia ostentava o favoritismo, com estrelas como Radamel Falcao García e Juan Guillermo Cuadrado. Na Copa passada, os cafeteros haviam goleado os orientais por 4 x 1.

E o Japão não veio à Copa da Rússia em uma fase tão boa. Inclusive, precisou mudar de treinador no início de abril, com Akira Nishino no lugar do bósnio Vahid Halilhodžić. Mas ostentava seus destaques, como Kawashima, Yoshida, Nagatomo, Kagawa, além do oportunismo de Osako.

E o atacante nipônico se valeu dessa qualidade quando a partida ainda nem havia começado direito. Aos três minutos, após uma bola rebatida vinda da zaga japonesa, Yuya Osako ganhou a disputa de bola com Davinson Sánchez, avançou e bateu rasteiro para a defesa de Ospina. Na sobra, Kagawa tentou finalizar de primeira, mas Carlos Sánchez se pôs na frente da bola e esticou o braço. Pênalti claro e cartão vermelho para o volante. Primeira expulsão dessa Copa.

Após três minutos de reclamação dos colombianos, Kagawa cobrou com tranquilidade, deslocando o goleiro e inaugurando o marcador.

Foi o quarto pênalti mais rápido e a segunda expulsão mais precoce da história das Copas.

Com um homem a mais em campo, o Japão teve o controle total da partida. Continuou criando e desperdiçando chances, especialmente com Takashi Inui.

Aos 39′, em um lance isolado, Falcao sofreu falta. Juan Quintero foi esperto e cobrou por baixo da barreira. O goleiro fez a defesa somente quando a bola já tinha entrado. Gol legal, validado pela tecnologia da linha do gol.

O placar se manteve até os 28′ do segundo tempo. Keisuke Honda cobrou o escanteio, Osako subiu bem e fez o segundo do Japão.

A chance mais clara para a Colômbia empatar foi em uma finalização de James Rodríguez pelo lado direito, mas o gigante Osako foi firme na marcação e impediu o gol.

Logicamente o pênalti e a expulsão foram os momentos chaves do jogo. Mas poucos esperavam uma vitória japonesa, que acabou por embolar o grupo já sem favoritos. Além disso, foi marcante por ser a primeira vitória de uma seleção asiática sobre um adversário sul-americano em toda a história das Copas.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Colômbia 1 x 2 Japão
Data: 19/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Arena Mordovia — Cidade: Saransk (Rússia)
Público: 40.842
Árbitro: Damir Skomina (Eslovênia)
Gols: 6′ Shinji Kagawa (JAP)(pen); 39′ Juan Fernando Quintero (COL); 73′ Yuya Osako (JAP)
Cartões Amarelos: 64′ Wílmar Barrios (COL); 86′ James Rodríguez (COL); 90+4′ Eiji Kawashima (JAP)
Cartão Vermelho: 3′ Carlos Sánchez (COL)
Colômbia (4-2-3-1): 1.David Ospina; 4.Santiago Arias, 23.Davinson Sánchez, 3.Óscar Murillo e 17.Johan Mojica; 6.Carlos Sánchez e 16.Jefferson Lerma; 11.Juan Cuadrado (5.Wílmar Barrios ↑31′), 20.Juan Fernando Quintero (10.James Rodríguez ↑59′) e 21.José Izquierdo (7.Carlos Bacca ↑70′); 9.Radamel Falcao García (C). Técnico: José Pekerman
Japão (4-2-3-1):
1.Eiji Kawashima; 19.Hiroki Sakai, 22.Maya Yoshida, 3.Gen Shoji e 5.Yuto Nagatomo; 17.Makoto Hasebe (C) e 7.Gaku Shibasaki (16.Hotaru Yamaguchi ↑80′); 8.Genki Haraguchi, 10.Shinji Kagawa (4.Keisuke Honda ↑70′) e 14.Takashi Inui; 15.Yuya Osako (9.Shinji Okazaki ↑85′). Técnico: Akira Nishino

… Polônia 1 x 2 Senegal


(Imagem: FIFA.com)

Também pelo Grupo H, Polônia e Senegal fizeram um primeiro tempo de muita marcação e poucas chances de gol. Os astros Robert Lewandowski e Sadio Mané pouco fizeram durante todo o jogo.

Aos 37 minutos de partida, após bela troca de passes entre Niang e Mané, Gueye chutou para o gol. Provavelmente a bola iria fora, mas desviou no zagueiro Thiago Cionek, brasileiro naturalizado polonês, e tomou o caminho do gol.

A melhor chance de Lewandowski foi aos 5′ do segundo tempo, em cobrança de falta que o goleiro N’Ndiaye foi buscar em seu canto esquerdo.

Aos 15, Krychowiak estava em seu campo de ataque quando fez um péssimo recuo. Bednarek deixou para Szczęsny, mas Niang foi mais rápido e tirou do goleiro e ficou com o caminho livre para as redes.

A grande polêmica nesse gol é que Niang estava fora de campo quando foi autorizada a sua entrada pelo árbitro. Justamente nesse momento Krychowiak recuou e Bednarek não percebeu a presença do atacante senegalês. Os poloneses reclamaram com razão, mas o juiz acabou validando o tento. Dois gols sofridos em falta de atenção e/ou de sorte dos poloneses.

Eles ainda diminuíram o placar a quatro minutos do fim, com o próprio Krychowiak escorando de cabeça uma falta cobrada da intermediária por Grosicki. Mas era tarde demais. Nos últimos instantes, nem na base do desespero a Polônia conseguiu empatar.

Os “Leões de Teranga” foram os únicos africanos a vencer na primeira rodada da Copa. Com isso, dão um passo firme rumo às oitavas de final, como já fizeram na sua estreia em Mundiais, em 2002. Falando nisso, o técnico dos africanos é o ídolo Aliou Cissé, capitão daquela equipe histórica, que ainda contava com Tony Sylva, Omar Daf e Lamine Diatta, todos fazendo parte da atual comissão técnica da seleção senegalesa.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Polônia 1 x 2 Senegal
Data: 19/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Otkritie Arena (Spartak Stadium) — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 44.190
Árbitro: Nawaf Shukralla (Bahrein)
Gols: 37′ Thiago Cionek (SEN)(gol contra); 60′ M’Baye Niang (SEN); 86′ Grzegorz Krychowiak (POL)
Cartões Amarelos: 12′ Grzegorz Krychowiak (POL); 49′ Salif Sané (SEN); 72′ Idrissa Gueye (SEN)
Polônia (4-2-3-1): 1.Wojciech Szczęsny; 20.Łukasz Piszczek (18.Bartosz Bereszyński ↑83′), 4.Thiago Cionek, 2.Michał Pazdan e 13.Maciej Rybus; 19.Piotr Zieliński e 10.Grzegorz Krychowiak; 16.Jakub Błaszczykowski (5.Jan Bednarek ↑INTERVALO), 11.Kamil Grosicki e 7.Arkadiusz Milik (23.Dawid Kownacki ↑73′); 9.Robert Lewandowski (C). Técnico: Adam Nawalka
Senegal (4-4-2): 16.Khadim N’Ndiaye; 22.Moussa Wagué, 3.Kalidou Koulibaly, 6.Salif Sané e 12.Yassouf Sabaly; 13.Alfred N’Diaye (8.Cheikhou Kouyaté ↑87′), 5.Idrissa Gueye, 18.Ismaila Sarr e 10.Sadio Mané (C); 9.Mame Biram Diouf (11.Cheick N’Doye ↑62′) e 19.M’Baye Niang (14.Moussa Konaté ↑75′). Técnico: Aliou Cissé

… Rússia 3 x 1 Egito


(Imagem: FIFA.com)

Muitos apostavam que a Rússia cairia ainda na fase de grupos (eu inclusive). Pelo futebol apresentado na Copa das Confederações no ano passado, pelos amistosos e pela ausência por lesão de Aleksandr Kokorin (seu melhor atacante), pelo sistema de jogo indefinido, pelas inseguranças na defesa… Enfim… Motivos não faltaram para duvidarmos dessa seleção russa.

No início do jogo, os donos da casa tentaram se impor. Mas a melhor chance foi os egípcios em um lance isolado, onde Mohamed Salah dominou na entrada da área e virou batendo de esquerda. A bola não passou tão perto, mas assustou o goleiro Akinfeev. Mas a verdade é que o primeiro tempo foi muito ruim. Faltou futebol e emoção. Mas seria diferente no segundo tempo.

Logo aos dois minutos, Golovin cruzou da direita, a zaga rebateu e Zobnin chutou mascado para o meio da área. O capitão Ahmed Fathi se antecipou a Dzyuba, mas a bola bateu em sua canela e foi para o gol. Mais um dentre vários gols contra nesse Mundial. Pelo volume de jogo, a Rússia merecia a vantagem no placar.

Aos 14′, Mário Fernandes apareceu bem na linha de fundo e cruzou rasteiro para trás, onde Denis Cheryshev completou para o gol. É o terceiro gol do russo na Copa, se igualando a Cristiano Ronaldo na artilharia.

Três minutos depois, Kutepov fez um lançamento do campo de defesa. Dzyuba dominou no peito na entrada da área, passou pelo zagueiro e mandou para as redes. Um belo gol, premiando o melhor em campo.

No minuto 27, Mo Salah fez tabela e foi derrubado na área. Pênalti confirmado pelo VAR. O próprio camisa 10 egípcio cobrou com perfeição, no ângulo direito de Akinfeev.

A confirmação ainda não é matemática, mas a Rússia está praticamente classificada para as oitavas de final. O Egito está praticamente eliminado.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Rússia 3 x 1 Egito
Data: 19/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Krestovsky Stadium (Saint Petesburg Stadium) — Cidade: São Petesburgo (Rússia)
Público: 64.468
Árbitro: Enrique Cáceres (Paraguai)
Gols: 47′ Ahmed Fathi (RUS)(gol contra); 59′ Denis Cheryshev (RUS); 62′ Artem Dzyuba (RUS); 73′ Mohamed Salah (EGI)(pen)
Cartões Amarelos: 57′ Trezeguet (EGI); 84′ Fyodor Smolov (RUS)
Rússia (4-2-3-1): 1.Igor Akinfeev (C); 2.Mário Fernandes, 3.Ilya Kutepov, 4.Sergei Ignashevich e 18.Yuri Zhirkov (13.Fyodor Kudryashov ↑86′); 8.Yury Gazinsky e 11.Roman Zobnin; 19.Aleksandr Samedov, 17.Aleksandr Golovin e 6.Denis Cheryshev (7.Daler Kuzyayev ↑74′); 22.Artem Dzyuba (10.Fyodor Smolov ↑79′). Técnico: Stanislav Cherchesov
Egito (4-2-3-1): 23.Mohamed El-Shenawy; 7.Ahmed Fathi (C), 2.Ali Gabr, 6.Ahmed Hegazy e 13.Mohamed Abdel Shafy; 8.Tarek Hamed e 17.Mohamed Elneny (22.Amr Warda ↑64′); 19.Abdalla Said, 21.Trezeguet (14.Ramadan Soby ↑68′) e 10.Mohamed Salah; 9.Marwan Mohsen (11.Kahraba ↑82′). Técnico: Héctor Cúper

… 04/06/2002 – Japão 2 x 2 Bélgica

Três pontos sobre…
… 04/06/2002 – Japão 2 x 2 Bélgica


Marc Wilmots e Kazuyuki Toda em disputa de bola (Imagem: FIFA.com)

● Era a primeira Copa do Mundo disputada na Ásia e a primeira a ser co-organizada. Quase todos já haviam estreado e no dia 04/06 foi a vez dos donos da casa. A Coreia do Sul jogou às 20h30 e venceu a Polônia por 2 x 0.

Um pouco antes, às 18h00, foi a vez dos japoneses entrarem na festa. A animação da torcida era enorme para enfrentar a experiente Bélgica, em confronto válido pelo Grupo H.

Era apenas a segunda Copa do Mundo que a seleção japonesa disputava. Em 1998, terminou em último lugar de seu grupo, com três derrotas (Argentina e Croácia, por 1 x 0, e Jamaica, por 3 x 1 – o primeiro e, até então, único gol feito pelos orientais no torneio, anotado pelo veterano atacante Masashi Nakayama).

O Japão era o atual campeão da Copa da Ásia. O técnico francês Philipp Troussier estava entusiasmado e vislumbrava uma vaga nas próxima fase. Grande ambição para um país sem história no futebol, mas que não queria ser o primeiro anfitrião da história a cair na primeira fase.


O Japão atuou no sistema 3-5-2. Kazuyuki Toda fechava mais no meio, dando liberdade para os avanços de Junichi Inamoto e Hidetoshi Nakata.


Robert Waseige escalou a Bélgica em um 4-4-2, com duas linhas de 4. O veterano Marc Wilmots era o destaque.

● Apesar do apoio maciço de quase todos os 55 mil presentes no Saitama Stadium, a seleção japonesa só conseguiu jogar bem no segundo tempo.

Antes disso, os torcedores viram um espetáculo sofrível, sem emoção, decepcionante para ambos os lados. Foram apenas quatro chances criadas, sendo uma cabeçada de Wilmots bem defendida pelo goleiro Narazaki e três finalizações para fora.

A maior decepção ficou por conta do craque japonês Hidetoshi Nakata, que não conseguiu criar nenhuma perigosa para sua equipe durante toda a partida.

Mas o jogo ferveu na etapa final.

Aos 12 minutos, Johan Walem ergue a bola para á área. A defesa japonesa tenta tirar por duas vezes, mas não consegue. A bola cai com Van Meir, que a joga de volta para a área. O capitão Marc Wilmots, no costado da zaga, acerta uma linda bicicleta e inaugura o marcador. Não era o início esperado para a Terra do Sol Nascente. E os japoneses, que tanto usam bicicletas no seu dia a dia, de repente viram uma dentro de campo. Mas dessa bike, eles não gostaram.


O capitão belga Marc Wilmots acerta uma linda bicicleta e abre o placar (Imagem: Pinterest)

O gol despertou os donos da casa que foram buscar a virada, comandados por Junichi Inamoto, meia do Arsenal, da Inglaterra.

Aos 14′, Shinji Ono faz lançamento longo. O volante Timmy Simons e o goleiro Geert De Vlieger ficam parados, indecisos, e Suzuki, de olhos bem abertos, surge entre os dois e toca para o gol.

Nove minutos depois, os belgas vacilam e oferecem o contra-ataque para os japoneses. Inamoto toma a bola no meio campo, tabela com Yanagisawa, recebe perto da área, passa por Van Meir, entra na área e bate na saída do goleiro.

A velocidade japonesa deixa os belgas atordoados. Mas justamente quando o Japão mandava na partida, a Bélgica empata.

Aos 30′, quando a defesa japonesa estava saindo para o fazer a linha de impedimento, Van Meir faz um lançamento para Van der Heyden, em posição legal. Já dentro da área, o belga dá um toque sutiu e encobre o goleiro Narazaki. Era a água no saquê dos japoneses.

Logo em seguida, o árbitro anula um gol de Inamoto, alegando falta no goleiro. Depois, não assinala um pênalti para a Bélgica. E as duas equipes tiveram que se contentar com o empate, que ficou de bom tamanho principalmente para os anfitriões, que somavam seu primeiro ponto em Copas do Mundo e já sonhavam com a inédita classificação.


Junichi Inamoto fez um belo gol e virou o jogo para o Japão (Imagem: Getty Images)

● Segundo o técnico Philipp Troussier, o Japão mereceu a vitória: “Eu creio que, no balanço final da partida, é justo dizer que foram dois pontos perdidos. Ao mesmo tempo, senti como se fosse um ponto ganho. É um ganho importante. O empate em 2 a 2 foi importante porque nos deu o primeiro ponto numa Copa e gerou uma onda de otimismo que nos carregou no segundo jogo”.

No jogo seguinte, diante da Rússia, o Japão obteve sua primeira vitória, por 1 x 0. E no terceiro jogo do grupo H, a inédita classificação para a próxima fase. Mas a Turquia foi a algoz nas oitavas de final, vendendo os anfitriões por 1 x 0. Muitos culparam a chuva, que teria prejudicado o toque de bola e a correria japonesa e beneficiado a maior força física dos turcos. O máximo que o Japão conseguiu foi uma bola na trave, em falta cobrada pelo brasileiro naturalizado japonês, Alex Santos.

O segundo lugar do grupo ficou com a Bélgica, que empatou os dois primeiros jogos, batendo o recorde de empates consecutivos em Mundiais, com cinco. Já vinha de três empates seguidos em 1998 (0 x 0 com a Holanda, 2 x 2 com o México e 1 x 1 com a Coreia do Sul). Em 2002, empatou com o Japão (2 x 2) e com a Tunísia (1 x 1). Na última rodada, enfim, venceu a Rússia por 3 x 2, quando os russos se classificariam com um empate. Nas oitavas de final, fez um jogo duríssimo contra o futuro campeão Brasil, mas perdeu por 2 x 0, em uma arbitragem muito controversa, que anulou um gol de Wilmots quando a partida ainda estava empatada sem gols, alegando falta do belga (que claramente não aconteceu).


Bart Goor avançando entre Toda e Daisuke Ichikawa (Imagem: Getty Images)

FICHA TÉCNICA:

 

JAPÃO 2 x 2 BÉLGICA

 

Data: 04/06/2002

Horário: 18h00 locais

Estádio: Saitama Stadium

Público: 55.256

Cidade: Saitama (Japão)

Árbitro: William Mattus (Costa Rica)

 

JAPÃO (3-5-2):

BÉLGICA (4-4-2):

12 Seigo Narazaki (G)

1  Geert De Vlieger (G)

3  Naoki Matsuda

15 Jacky Peeters

4  Ryuzo Morioka (C)

16 Daniel Van Buyten

16 Kōji Nakata

4  Eric Van Meir

22 Daisuke Ichikawa

12 Peter Van der Heyden

21 Kazuyuki Toda

18 Yves Vanderhaeghe

7  Hidetoshi Nakata

6  Timmy Simons

5  Junichi Inamoto

10 Johan Walem

18 Shinji Ono

8  Bart Goor

11 Takayuki Suzuki

7  Marc Wilmots (C)

13 Atsushi Yanagisawa

11 Gert Verheyen

 

Técnico: Philippe Troussier

Técnico: Robert Waseige

 

SUPLENTES:

 

 

1  Yoshikatsu Kawaguchi (G)

13 Franky Vandendriessche (G)

23 Hitoshi Sogahata (G)

23 Frédéric Herpoel (G)

2  Yutaka Akita

2  Éric Deflandre

17 Tsuneyasu Miyamoto

3  Glen De Boeck

20 Tomokazu Myojin

5  Nico Van Kerckhoven

6  Toshihiro Hattori

14 Sven Vermant

19 Mitsuo Ogasawara

19 Bernd Thijs

15 Takashi Fukunishi

17 Gaëtan Englebert

14 Alex Santos

21 Danny Boffin

8  Hiroaki Morishima

20 Branko Strupar

9  Akinori Nishizawa

22 Mbo Mpenza

10 Masashi Nakayama

9  Wesley Sonck

 

GOLS:

57′ Marc Wilmots (BEL)

59′ Takayuki Suzuki (JAP)

67′ Junichi Inamoto (JAP)

75′ Peter Van der Heyden (BEL)

                                                             

CARTÕES AMARELOS:

21′ Peter Van der Heyden (BEL)

31′ Kazuyuki Toda (JAP)

54′ Junichi Inamoto (JAP)

62′ Gert Verheyen (BEL)

82′ Eric Van Meir (BEL)

 

SUBSTITUIÇÕES:

64′ Shinji Ono (JAP) ↓

Alex Santos (JAP) ↑

 

68′ Takayuki Suzuki (JAP) ↓

Hiroaki Morishima (JAP) ↑

 

68′ Johan Walem (BEL) ↓

Wesley Sonck (BEL) ↑

 

71′ Ryuzo Morioka (JAP) ↓

Tsuneyasu Miyamoto (JAP) ↑

 

83′ Gert Verheyen (BEL) ↓

Branko Strupar (BEL) ↑

Gols da partida e lances duvidosos:

… 09/06/2002 – Japão 1 x 0 Rússia

Três pontos sobre…
… 09/06/2002 – Japão 1 x 0 Rússia


Japones comemoram o gol de Inamoto (Imagem: Stu Forster/Getty Images)

● A rivalidade política entre Japão e Rússia é secular. Os dois países disputam a posse das Ilhas Sakhalinas, que ficam ao norte japonês e no leste russo. Na Segunda Guerra Mundial, eles também estiveram em lados opostos, com o Japão pertencendo ao “Eixo” (juntamente com Alemanha e Itália) e a União Soviética lutando pelos “Aliados” (ao lado de Estados Unidos e Reino Unido).

Veja mais:
… 04/06/2002 – Japão 2 x 2 Bélgica

A Rússia disputava sua segunda Copa do Mundo após a dissolução da União Soviética. Contava com bons nomes, com histórico no futebol espanhol, como o zagueiro Viktor Onopko e os meias Valeri Karpin e Aleksandr Mostovoi.

O Japão era o então campeão da Copa da Ásia e estava em sua segunda Copa. Perdeu os três jogos em 1998, mas agora jogava em casa e tinha obrigação de fazer um bom papel, treinado pelo francês Philippe Troussier.


Os japoneses foram escalados em um 3-5-2 com muita velocidade e intensidade.


Os russos foram armados no 4-1-4-1, com boa ocupação dos espaços.

● Para essa partida, a Rússia teve o retorno de Smertin, mas ainda não contava com Mostovoi (lesionado). Sem ele, a criatividade da equipe caía vertiginosamente.

O Japão, empurrado por 66 mil torcedores, se saiu melhor. O ponto ganho contra a Bélgica encheu os japoneses de confiança. Inamoto começou com tudo e logo aos cinco minutos avançou e chutou forte, mas a bola foi para fora.

O capitão Tsuneyasu Miyamoto (com sua máscara protetora preta) tira de cabeça duas bolas perigosas do ataque russo.

O veterano zagueiro russo Viktor Onopko (em seu 100º jogo pela seleção) usou toda sua experiência para cortar um ótimo lançamento de Inamoto para o atacante loirinho Suzuki.

A partida estava em um ritmo alucinante. Aos 16 minutos, o garoto Marat Izmailov chutou entre a trave e o goleiro Narazaki, que conseguiu fazer a defesa, fazendo a torcida gelar.

Apesar do ritmo, as duas defesas estavam muito seguras. Mas aos 27 minutos, Kōji Nakata passou por Solomatin e cruzou à meia altura. O goleiro Nigmatullin rebateu para o meio da área e Hidetoshi Nakata, livre na meia-lua, chutou forte por cima do gol.

Na sequência, Narazaki mergulhou nos pés de Pimenov e Yegor Titov não conseguiu pegar o rebote.

Aos 35, Titov passa por Kōji Nakata e entra na área, mas Toda tira de Solomatin e desvia para escanteio.

No fim do primeiro tempo, Toda fez pênalti claro em Semshov, ignorado pelo árbitro alemão Markus Merk.

Pouco antes do intervalo, o zagueiro Yuri Nikiforov teve a chance de finalizar, mas Narazaki fez a defesa.

Mas foram os co-anfitriões que abriram o placar aos 6 minutos do segundo tempo, com um belo gol. Hidetoshi Nakata arremata de fora da área, torto. Yanagisawa, no meio do caminho, dá um toque na bola e deixa Inamoto livre para dominar e chutar no alto do gol. Foi o segundo gol do meia do Arsenal na Copa. Já havia marcado no empate contra a Bélgica, por 2 a 2. Os russos pediram impedimento, mas o gol foi legal. Os nipônicos foram ao delírio.

Aos 12 minutos, Beschastnykh entra em campo no lugar de Smertin. Em seu primeiro toque na bola, ele dominou sozinho dentro da área, driblou o goleiro, mas chutou para fora. Era um gol feito.

As lacunas começaram a aparecer em ambas as defesas. Yanagisawa recebeu um lançamento de Hidetoshi Nakata e chutou para fora.

Aos 26, Hidetoshi Nakata (o melhor em campo) chutou de fora da área e a bola explodiu na trave.


Hidetoshi Nakata e Izmailov disputam a bola (Imagem: GES/Augenklick)

● Os japoneses, mais bem postados em campo, mereceram a vitória. O gol de Junichi Inamoto deu ao Japão a sua primeira vitória em Copas do Mundo. Foi comemorado não só no estádio, mas por todo o país, onde os torcedores se reuniam para assistir ao jogo nos telões.

O Japão foi líder do grupo H na primeira fase, empatando com a Bélgica (2 x 2), vencendo a Rússia (1 x 0) e a Tunísia (2 x 0). Caiu nas oitavas de final, em derrota para a forte Turquia por 1 a 0, com um gol de Ümit Davala. Muitos culparam a chuva, que teria prejudicado o toque de bola japonês e beneficiado a maior força física dos turcos.

A Rússia (como sempre, depois do fim da União Soviética) ficou na primeira fase. Mesmo vencendo a Tunísia (2 x 0) em jogo anterior ao dos japoneses, perdeu o confronto direto para a Bélgica por 3 x 2.

FICHA TÉCNICA:

 

JAPÃO 1 x 0 RÚSSIA

 

Data: 09/06/2002

Horário: 20h30 locais

Estádio: International Stadium Yokohama (atual Nissan Stadium)

Público: 66.108

Cidade: Yokohama (Japão)

Árbitro: Markus Merk (Alemanha)

 

JAPÃO (3-5-2):

RÚSSIA (4-1-4-1):

12 Seigo Narazaki (G)

1  Ruslan Nigmatullin (G)

3  Naoki Matsuda

5 Andrei Solomatin

17 Tsuneyasu Miyamoto (C)

3  Yuriy Nikiforov

16 Kōji Nakata

7  Viktor Onopko

20 Tomokazu Myojin

2  Yuri Kovtun

21 Kazuyuki Toda

8  Valeri Karpin

7 Hidetoshi Nakata

4  Alexey Smertin

5  Junichi Inamoto

9  Yegor Titov

18 Shinji Ono

20 Marat Izmailov

11 Takayuki Suzuki

6  Igor Semshov

13 Atsushi Yanagisawa

19 Ruslan Pimenov

 

Técnico: Philippe Troussier

Técnico: Oleg Romantsev

 

SUPLENTES:

 

 

1  Yoshikatsu Kawaguchi (G)

23 Aleksandr Filimonov (G)

23 Hitoshi Sogahata (G)

12 Stanislav Cherchesov (G)

2  Yutaka Akita

13 Vyacheslav Dayev

4  Ryuzo Morioka

14 Igor Chugainov

22 Daisuke Ichikawa

18 Dmitri Sennikov

6  Toshihiro Hattori

17 Sergei Semak

19 Mitsuo Ogasawara

21 Dmitri Khokhlov

15 Takashi Fukunishi

15 Dmitri Alenichev

14 Alex Santos

10 Aleksandr Mostovoi

8  Hiroaki Morishima

22 Dmitri Sychev

9  Akinori Nishizawa

11 Vladimir Beschastnykh

10 Masashi Nakayama

16 Aleksandr Kerzhakov

 

GOL: 51′ Junichi Inamoto (JAP)

 

CARTÕES AMARELOS:

13′ Ruslan Pimenov (RUS)

15′ Tsuneyasu Miyamoto (JAP)

38′ Andrei Solomatin (RUS)

42′ Kōji Nakata (JAP)

60′ Dmitri Khokhlov (RUS)

90+1′ Masashi Nakayama (JAP)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Ruslan Pimenov (RUS) ↓

Dmitri Sychev (RUS) ↑

 

52′ Marat Izmailov (RUS) ↓

Dmitri Khokhlov (RUS) ↑

 

57′ Alexey Smertin (RUS) ↓

Vladimir Beschastnykh (RUS) ↑

 

72′ Takayuki Suzuki (JAP) ↓

Masashi Nakayama (JAP) ↑

 

75′ Shinji Ono (JAP) ↓

Toshihiro Hattori (JAP) ↑

 

85′ Junichi Inamoto (JAP) ↓

Takashi Fukunishi (JAP) ↑ 

Melhores momentos da partida: