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… 30/07/1966 – Inglaterra 4 x 2 Alemanha Ocidental

Três pontos sobre…
… 30/07/1966 – Inglaterra 4 x 2 Alemanha Ocidental


(Imagem: FIFA.com)

● Inglaterra e Alemanha Ocidental chegaram à decisão com campanhas similares: duas vitórias e um empate na primeira fase, triunfos contestados sobre sul-americanos nas quartas de final e vitórias de 2 a 1 nas semifinais. Até então, os ingleses possuíam a melhor defesa (apenas um gol sofrido) e os alemães tinham o segundo melhor ataque (13 gols, atrás apenas de Portugal, com 17).

O equilíbrio era reflexo também do estilo de jogo das duas seleções, adeptas do chamado “futebol força”. Como diferencial, os ingleses jogavam em casa, com o estádio Wembley lotado. Os “inventores do futebol” nunca tinham passado das quartas de final em uma Copa do Mundo. Desta vez, jogando em casa, queriam aproveitar a vantagem do mando de campo. Os donos da casa não ganhavam um Mundial desde a Itália, em 1934. Era o momento de o tabu ser quebrado.

A Rainha Elizabeth II e a Duquesa de Kent eram as convidadas de honra no magnífico estádio Wembley, onde 96.924 torcedores foram assistir ao maior jogo da história do futebol inglês. Estava presente também o então primeiro ministro britânico, Harold Wilson.

Era o jogo de nº 200 da história das Copas. A Inglaterra era a favorita. O retrospecto do confronto entre as seleções até então era composto de sete partidas, com seis vitórias inglesas e um empate. A base do time era o West Ham, campeão da Copa da Inglaterra em 1963/64 e da Recopa Europeia em 1964/65, com o zagueiro Bobby Moore, o lateral Ray Wilson, o ponta Martin Peters e o atacante Geoff Hurst. A tabela deu um dia a menos de descanso para os ingleses antes da final. Os alemães jogaram dia 25 e os ingleses, dia 26.

Na primeira fase, a Inglaterra foi líder do Grupo 1 com cinco pontos. Empatou sem gols com o Uruguai e venceu México e França, ambos por 2 a 0. Nas quartas de final, um embate duríssimo e controverso contra os argentinos e vitória por 1 a 0. Depois, bateu com autoridade a grande seleção de Portugal, de Eusébio e Cia., por 2 a 1. Os “inventores do futebol” estavam a 90 minutos da consagração com o inédito título.

Os alemães foram líderes do Grupo 2, goleando a Suíça (5 x 0), empatando com a Argentina (0 x 0) e batendo a Espanha (2 x 1). Na fase seguinte, venceram o Uruguai por 4 x 0. Nas semifinais, acabaram com o sonho soviético ao vencer por 2 a 1. Agora, tentava conquistar de novo a Taça Jules Rimet, que já tinha conseguido em 1954.

O alemão Helmut Schön armou o time visitante em um misto de 4-2-4, mas que defensivamente se assemelhava ao 4-4-2 inglês, com Emmerich voltando mais que de costume e o ótimo Uwe Seeler recuando para armar o jogo, enquanto Haller e Held faziam os lances pelos lados de campo e Overath organizava o jogo pelo meio. O técnico apostou na marcação individual sobre Bobby Charlton. O responsável por isso seria o jovem Franz Beckenbauer, de apenas 20 anos.

Para a decisão, o astro Jimmy Greaves já estava recuperado e sua escalação era pedida pela imprensa local. Mas o técnico Alf Ramsey decidiu pela manutenção do time, com Geoff Hurst no ataque, apostando na força do jogo aéreo e maior presença de área do seu camisa 10. Ball e Peters, como sempre, armavam pelo lado e combatiam o meio campo rival.


O técnico Alf Ramsey até tentou utilizar o sistema 4-3-3, mas, com a lesão de Jimmy Greaves e as más partidas dos pontas na primeira fase, acabou optando pelo 4-4-2. Os grandes destaques eram os meias Martin Peters pela esquerda e o caçula Alan Ball na direita. Eles faziam um bom balanço defensivo e atacavam quando tinham a bola. Foi uma sacada genial de Ramsey, que antecipou uma tendência ao que se vê em muitas equipes em pleno século XXI.


O técnico Helmut Schön escalou a Alemanha Ocidental no sistema 4-2-4, o mais utilizado na época.

● Os primeiros minutos são tensos, com ambas seleções ainda estudando os movimentos do rival. Ninguém facilita o jogo e não há abertura para ataques mais incisivos. Apenas a chamada “trocação”.

A primeira chance de gol é alemã. Uwe Seeler chuta da entrada da área, mas Gordon Banks salta em ponte e faz uma defesa segura.

Instantes depois, Nobby Stiles cruza, Tilkowski corta e Hurst atinge o goleiro e o deixa no chão.

Tilkowski salvou o primeiro gol inglês ao espalmar para escanteio um chute cruzado de Peters.

Dessa vez, Nobby Stiles não marcava individualmente, mas conseguia travar o avanço de Overath. Enquanto Roger Hunt era “engolido” pela marcação de Weber, Höttges apenas tentava acompanhar Hurst e Schulz ficava na sobra. No meio, os gênios Beckenbauer e Bobby Charlton se anulavam em um embate altamente técnico e tático.

Aos doze minutos de jogo, surge o primeiro erro fatal. Held cruza e o lateral Ray Wilson cabeceia, mas corta mal. Helmut Haller recupera a bola e bate cruzado, rasteiro, sem chances para Gordon Banks. Foi o sexto gol de Haller no torneio. A pequena torcida alemã em Wembley comemora. Pela primeira vez na Copa, a Inglaterra está em desvantagem no marcador. É o segundo gol sofrido pelos Three Lions em toda Copa. O técnico Alf Ramsey demonstra tranquilidade. Seus jogadores também estão calmos. Eles sabem o que devem fazer.

Aos 18′, Bobby Charlton escapa de Beckenbauer e toca para Bobby Moore, que é derrubado por Overath. Moore cobra rápido, pegando a defesa alemã desprevenida. Geoff Hurst sobe sozinho e cabeceia para baixo, no canto direito do goleiro. Tilkowski reclama muito de sua defesa, principalmente com a desatenção de Höttges. A seleção anfitriã chegou rapidamente ao empate. Alegria para a torcida inglesa e para Sua Majestade.


(Imagem: FIFA.com)

Ball cruza da esquerda, Bobby Charlton domina e bate de canhota, para uma segura defesa do goleiro alemão.

Bobby Charlton, sempre ele, abre na direita para George Cohen. O lateral cruza da intermediária e Hurst cabeceia no chão, no canto esquerdo. Tilkowski não segura. Ball cruza para o meio da área e Overath chega tirando de lá.

Após um escanteio, Overath chuta, Banks defende, mas dá rebote. Na sobra, Lothar Emmerich chuta para grande defesa de Banks, que sai em seus pés e segura a bola.

No intervalo de jogo, o placar está igual: 1 a 1. O fato de ter saído dois gols antes dos 20 minutos foi uma surpresa, já que todos esperavam uma partida defensiva. Mas os times buscaram o ataque o tempo todo.

Mais tensão ainda no segundo tempo, com oportunidades de gols para os dois lados.

Aos 33 minutos da segunda etapa, escanteio para a Inglaterra. A cobrança é feita e Hurst domina e chuta. Höttges tenta cortar. A bola sobe e cai limpa para Martin Peters emendar de primeira, da risca da pequena área. Foi o primeiro gol do falso ponta esquerda no Mundial. Impossível pensar em uma ocasião melhor. Poderia ser o gol do título. Novamente Wembley vai à loucura. O English Team está a doze minutos do título mundial. Tilkowski novamente fica inconformado pelos espaços dados por sua defesa.

Aos 41′, Emmerich escapa em contra-ataque perigoso, mas Bobby Moore dá um carrinho limpo e preciso, impedindo o gol do ponta esquerda alemão.

A Inglaterra ainda teve a chance de matar o jogo. Em um rápido contra-ataque, Roger Hunt acha Bobby Charlton na entrada da área. O craque vinha na corrida e chutou mascado, para fora. O jogo ainda não tinha acabado. E contra a Alemanha não se pode perder um gol desses. Os alemães são sempre os alemães e eles nunca se entregam.


(Imagem: FIFA.com)

A prova disso viria aos dramáticos 44 minutos do segundo tempo. Jack Charlton faz uma falta desnecessária em Held na intermediária. Os jogadores ingleses tentam gastar tempo reclamando, mas a cobrança é rápida. Emmerich cobra forte e Cohen desvia para cima, no meio da área. Na sobra, Held chuta nas costas do companheiro Schnellinger, a bola passa por Uwe Seeler e Wolfgang Weber chega de carrinho antes de Wilson e Banks para mandar para o gol.

Incrível! A Alemanha Ocidental conseguiu empatar praticamente no último lance do tempo regulamentar. Bobby Charton parece não acreditar. Ele pede toque de mão de Schnellinger no lance, mas a jogada foi legal. Logo depois do novo pontapé inicial, o juiz encerra a partida. Jack Charlton não esconde a irritação. O técnico Alf Ramsey, mais uma vez, se mostra o mais calmo de todos.

● Assim, temos a primeira prorrogação em decisões desde 1934, em Roma.

A torcida inglesa não para um segundo. Além dos cânticos tradicionais, grita o tempo todo: “England! England!”

Seria um duro teste de resistência nos próximos trinta minutos, especialmente para os ingleses, com o moral abalado. Mas antes do início do tempo extra, Alf Ramsey ordenou que todos seus atletas permanecessem em pé antes de a bola voltar a rolar e disse apenas uma coisa ao seu time: “Vocês já venceram uma vez. Agora é só voltar a campo e vencer novamente. Vejam só os alemães. Eles estão liquidados”. De fato, ele estava certo. Beckenbauer diria depois: “Eu estava tão morto na prorrogação que não fiquei triste com a derrota. Estava feliz por acabar com aquele suplício”.

Na dramática prorrogação, a Inglaterra realmente mostra muito mais disposição. Os alemães estão esgotados e parecem não ter mais forças.

Ball arranca pelo meio e chuta da entrada da área. Tilkowski espalma para cima. O goleiro do Borussia Dortmund era bom, mas sempre espalmava e nunca segurava a bola de primeira.

Após a cobrança de escanteio, Bobby Charlton chuta da entrada da área e a bola bate caprichosamente na trave esquerda do arqueiro alemão.


(Imagem: FIFA.com)

Mas ninguém segurava o motorzinho Alan Ball, que passava facilmente pela marcação do ótimo Schnellinger. Aos 11 minutos do primeiro tempo da prorrogação, lançamento bonito de Stiles para o camisa 7, que escapa novamente pela direita e cruza rasteiro. De costas para o gol, Hurst domina, gira em cima de Schnellinger e dispara um tiro seco. A bola bate no travessão e quica sobre a linha antes de ser jogada para escanteio por Weber. Por não terem chances de brigar pelo rebote, Hunt e Hurst preferiram levantar os braços e comemorarem timidamente, tentando induzir a arbitragem a tomar alguma decisão a favor dos ingleses. O árbitro suíço Gottfried Dienst fica na dúvida, mas o bandeirinha soviético Tofik Bakhramov confirma o gol. Foi um lance rápido e dificílimo, que demorou 13 segundos (uma eternidade) para ter ser decidido. Os alemães protestam bastante, mas logo o capitão Uwe Seeler os dispersam para que o jogo recomece logo.

A Inglaterra estava na frente de novo. Até hoje ninguém conseguiu provar se a bola entrou ou não. Mas o resultado faz justiça à Inglaterra, que vinha jogando mais na final e era discutivelmente a melhor seleção de todo o Mundial e merecedora de um lugar na história.

A poucos segundos do fim, quando o árbitro já estava com o apito à boca e alguns torcedores já tinham invadido o campo para comemorar. Bobby Moore, com a maior calma do mundo, chuta para frente, afastando o perigo da defesa. A bola cai com Geoff Hurst, que carrega a bola até a grande área alemã, enquanto o locutor inglês Kenneth Wolstenholme, o mais famoso do país na época, deixou uma célebre frase para a história: “Some people are on the pitch…they think it’s all over….it is now!” (“Algumas pessoas estão no campo … elas pensam que está tudo acabado… agora está!”) Posteriormente o camisa 10 da Inglaterra confessou que sua intenção era chutar essa bola para fora do estádio, a fim de ganhar tempo. Ele errou e a bola foi morrer no ângulo direito, “deixando tudo acabado”, conforme finalizou Wolstenholme. Geoff Hurst é o primeiro (e até hoje o único) jogador a marcar três gols em uma final de Copa do Mundo.


(Imagem: FIFA.com)

● Independente da ajuda da arbitragem nos dois gols decisivos, a Inglaterra era merecidamente campeã mundial de futebol. Os próprios protagonistas afirmam isso:

“Toda vez que algum alemão me pergunta se a bola entrou, respondo apenas que, ainda assim, não iríamos perder aquele jogo.” — Bobby Charlton

“Ainda assim, os ingleses mereceram vencer.” — Wolfgang Weber

“Eles tinham um time excepcional, melhor que o nosso.” — Uwe Seeler

“Apesar da arbitragem, a Inglaterra tinha uma senhora equipe. Foram grandes campeões.” — Wolfgang Overath

O time foi muito bem armado e treinado por Alf Ramsey. Ele, que fez parte do fiasco do English Team na Copa de 1950 como zagueiro, tinha se tornado um grande técnico, capaz de feitos únicos pelo modesto time do Ipswich Town. Ele levou o time à conquista da segunda divisão em 1960/61 e do campeonato da primeira divisão inglesa logo na sequência, em 1961/62. Ele assumiu a seleção em 1963, pensando em mudar tudo que vira até então: em vez do colegiado definir os rumos do futebol no país, como pensava seu antecessor Walter Winterbottom, a direção de tudo caberia ao próprio Ramsey. Também era adepto de rígidos métodos de treinamento físico, que ele imaginava que pudesse fazer a diferença no Mundial. Ao assumir o cargo, o técnico declarou: “A Inglaterra vencerá”. E ele cumpriu o prometido.

Alf Ramsey não entrou no gramado para celebrar e nem para tirar seus atletas, como fizera contra os argentinos. Dizem que ele voltaria ao gramado a noite para dar uma volta de honra no estádio vazio. Ele esperou seus comandados passarem perto do banco de reservas para abraçá-los, um a um.


(Imagem: The Telegraph)

Depois, os atletas subiram até as tribunas, onde Bobby Moore limpou as mãos sujas no calção, estendeu-as à Rainha Elizabeth II e recebeu a Taça Jules Rimet com a humildade do dever cumprido, coroando duas horas e meia de muita emoção, em uma das partidas mais memoráveis da história do futebol. Mas por pouco o capitão não ficou de fora da Copa. A FIFA determinava que apenas jogadores com contratos vigentes poderiam disputar o Mundial. Moore vivia na época um litígio com o West Ham. Felizmente, ele renovou o contrato na véspera da partida de abertura e pôde disputar o torneio normalmente, para o bem do English Team.

Apenas os onze titulares deram a volta olímpica e ganharam medalhas. A injustiça foi reparada no dia 10/06/2009, quando a federação inglesa conseguiu com a FIFA as medalhas para os onze reservas, o treinador, o médico, o preparador físico e o massagista. Todos os sobreviventes e familiares dos falecidos se reuniram na sede do parlamento britânico para receberem o prêmio com 43 anos de atraso.

Ramsey, Bobby Charlton e Geoff Hurst receberiam o título de “Sir”, como “Cavaleiros do Império Britânico” por serem protagonistas na maior conquista da história do futebol inglês.

No final do ano, Charlton seria eleito o melhor jogador do mundo, conquistando a Bola de Ouro da revista France Football. Ele já era a história viva. Em 1958, ainda jovem, tinha sido um dos sobreviventes da “Tragédia de Munique”, um acidente com o avião do Manchester United, que causou a morte de 23 pessoas, incluindo oito jogadores. O craque, que foi reserva na Copa de 1958 e titular em 1962, estava no auge da forma e é considerado até hoje o melhor jogador inglês de todos os tempos.

Curiosamente, a Copa do Mundo de 1966 foi a primeira a ter um mascote. O leão “Willie” representava a força dos ingleses. O mascote fez tanto sucesso que se tornou uma tradição nos Mundiais seguintes.

Em “homenagem” a Tofik Bakhramov, a expressão “Russian Linesman” (bandeirinha russo) é usada até hoje nas arquibancadas do futebol inglês para se referir a um “árbitro amigo”. O auxiliar dá nome ao estádio nacional do Azerbaijão, em Baku, cidade onde nasceu e morreu.


(Imagem: FIFA.com / AP Photo / Bippa, File)

FICHA TÉCNICA:

 

INGLATERRA 4 x 2 ALEMANHA OCIDENTAL

 

Data: 30/07/1966

Horário: 15h00 locais

Estádio: Wembley

Público: 96.924

Cidade: Londres (Inglaterra)

Árbitro: Gottfried Dienst (Suíça)

 

INGLATERRA (4-4-2):

ALEMANHA OCIDENTAL (4-2-4):

Gordon Banks (G)

1  Hans Tilkowski (G)

2  George Cohen

2  Horst-Dieter Höttges

5  Jack Charlton

5  Willi Schulz

6  Bobby Moore (C)

6  Wolfgang Weber

3  Ray Wilson

3  Karl-Heinz Schnellinger

4  Nobby Stiles

4  Franz Beckenbauer

9  Bobby Charlton

12 Wolfgang Overath

7  Alan Ball

8  Helmut Haller

10 Geoff Hurst

9  Uwe Seeler (C)

21 Roger Hunt

10 Sigfried Held

16 Martin Peters

11 Lothar Emmerich

 

Técnico: Alf Ramsey

Técnico: Helmut Schön

 

SUPLENTES:

 

 

12 Ron Springett (G)

22 Sepp Maier (G)

13 Peter Bonetti (G)

21 Günter Bernard (G)

14 Jimmy Armfield

14 Friedel Lutz

18 Norman Hunter

15 Bernd Patzke

15 Gerry Byrne

17 Wolfgang Paul

17 Ron Flowers

18 Klaus-Dieter Sieloff

20 Ian Callaghan

7  Albert Brülls

22 George Eastham

16 Max Lorenz

19 Terry Paine

19 Werner Krämer

11 John Connelly

13 Heinz Hornig

8  Jimmy Greaves

20 Jürgen Grabowski

 

GOLS:

12′ Helmut Haller (ALE)

18′ Geoff Hurst (ING)

78′ Martin Peters (ING)

89′ Wolfgang Weber (ALE)

101′ Geoff Hurst (ING)

120′ Geoff Hurst (ING)

 

ADVERTÊNCIA: Martin Peters (ING)


(Imagem: Pinterest)

Gols da decisão:

Melhores momentos da partida:

Polêmico gol de Geoff Hurst, o terceiro da Inglaterra:

… 20/07/1966 – Inglaterra 2 x 0 França

Três pontos sobre…
… 20/07/1966 – Inglaterra 2 x 0 França


(Imagem: Getty Images)

● A Inglaterra estreou com um horrível empate sem gols com o Uruguai. Depois, bateu o México por 2 a 0 em uma partida fraca, com um futebol previsível e pouca inspiração ofensiva. Um empate contra os franceses garantiria o primeiro lugar do Grupo A.

Por sua vez, a França estreou empatando com o México por 1 a 1, na primeira vez que os mexicanos não estrearam perdendo em uma Copa do Mundo. Na sequência, os franceses perderam para o Uruguai por 2 a 1, de virada. Agora, precisariam vencer os donos da casa para ter chances de avançar.

Para os ingleses, não bastava organizar a Copa do Mundo. Era preciso conquistá-la para reafirmar sua “supremacia”. Os “inventores do futebol” ainda procuravam a melhor formação de seu ataque. Martin Peters já havia conquistado sua vaga na ponta esquerda, no lugar de John Connelly. Mas na ponta direita, o técnico Alf Ramsey estava na terceira tentativa, dessa vez sacando Terry Paine e colocando Ian Callaghan (ainda hoje quem mais vestiu a camisa do Liverpool, com 857 jogos em 18 anos).

Mas aquela linha de frente só duraria essa partida. Mais ofensivo que Paine, Callaghan fez tudo que um ponta deveria fazer à época: avançar, driblar, ir à linha de fundo e cruzar. Mas era pouco para o técnico Alf Ramsey. Ele queria pontas que fizessem a recomposição no meio de campo, quando o time não tivesse a posse de bola. Por mais que a França não ameaçaria em momento algum, a partida foi usada para observações. Quis o destino que esse fosse o jogo certo para o English Team definir de uma vez seus onze titulares.


O técnico Alf Ramsey ainda insistia em utilizar o sistema 4-3-3, em sua terceira tentativa. Dessa vez, Ian Callaghan foi escalado na ponta direita, mas não fez uma boa partida.


Henri Guérin escalou a França no sistema 4-2-4.

● Como diria Mauro Beting no livro “As Melhores seleções estrangeiras de todos os tempos”, assim como o confronto bélico entre ingleses e franceses que ocorreu entre 1337 e 1453, essa partida “lembrou a Guerra dos Cem Anos: muita luta e desinteligência (mas sem deslealdade). E pareceu levar um longo tempo para acabar…”

A seleção francesa era fraca tecnicamente. Talvez uma das piores de sua história. Precisava da vitória para tentar a classificação, mas entrou em campo sem Néstor Combin, ainda machucado. Para piorar, o meia Robert Herbin se lesionou logo nos primeiros minutos e foi fazer número no ataque, já que não eram permitidas substituições à época. Les Bleus teriam que segurar os ingleses em Wembley com um jogador a menos.

A Inglaterra era muito melhor, mas confundia velocidade com afobação.

Aos 28 minutos de jogo, Jimmy Greaves chegou a mandar a bola para as redes, mas o assistente tcheco Karol Galba anulou o gol.

Esse mesmo bandeirinha seria fundamental para que o placar fosse aberto em Wembley. Aos 38 do primeiro tempo, Nobby Stiles disputa a bola na área. A zaga afasta nos pés de Jimmy Greaves, que cruza de primeira. Jack Charlton cabeceia livre no segundo pau, a bola bate na trave e sobra para Roger Hunt mandar para as redes. Os zagueiros Marcel Artelesa e Robert Budzynski reclamam veementemente de impedimento, mas o árbitro peruano confirmou o gol.

Curiosamente, Jack, o irmão mais velho do craque Bobby Charlton só chegou à seleção inglesa aos 30 anos, um ano antes dessa Copa. Jogou por 21 anos no Leeds United. Era veloz, ofensivo e aproveitava muito bem seu 1,91 m de altura. Do irmão mais novo, só tinha a fisionomia e a falta de cabelo. Com a bola nos pés, eram completamente desiguais. Não se combinavam fora de campo. Mas os dois foram fundamentais para a caminhada dos Three Lions no Mundial em casa.

Aos 16′ do segundo tempo, outro gol inglês anulado. Em jogada muito bem treinada, a bola alta na segunda trave encontrou Hunt, que ajeitou de cabeça para Bobby Charlton vir de trás e finalizar. Dessa vez, um impedimento absurdo, anotado pelo assistente búlgaro Dimitar Rumenchev.

Os ingleses ampliaram o marcador naturalmente, aos 30 minutos da etapa final. Bobby Charlton (mais uma vez o melhor em campo), desarmou o lateral rival e cruzou para a área. A defesa francesa bateu cabeça e Callaghan cruzou para Roger Hunt cabecear sozinho na pequena área. A cabeçada foi em cima do goleiro Marcel Aubour, que não conseguiu segurar. Dois gols de Roger Hunt, ainda hoje o segundo maior goleador da história do Liverpool, com 286 gols.

Os franceses contestaram também esse segundo gol, pois pediam que o jogo fosse paralisado para atendimento médico a Jacques Simon, duramente atingido por Nobby Stiles. Foi realmente uma entrada criminosa. Tanto, que a FIFA lhe deu uma advertência e o técnico Ramsey recebeu uma mensagem de sua federação questionando se “era mesmo necessário continar escalando Stiles”. Por uma questão de princípios, evitando interferência externa, e também porque sabia da importância do volante do Manchester United, o treinador ameaçou se demitir no meio do Mundial. Stiles era fundamental e continuaria sendo.

É completamente injusta a história de que a Copa estava “arranjada” para que a Inglaterra a conquistasse. Por diversas vezes naquele Mundial (principalmente na primeira fase), os ingleses foram duramente prejudicados por decisões equivocadas dos árbitros. Assim, chegamos à conclusão de que não era a intenção de beneficiar a seleção local: a arbitragem era realmente péssima, errando para todos os lados. Nessa partida mesmo, foram validados dois gols duvidosos e anulados dois gols legítimos.

Nos 90 minutos, a Inglaterra mandou no jogo. Criou nove chances de gol e a França apenas quatro. O placar só ficou em 2 a 0 porque a Inglaterra era um time que tinha pressa, mas não pensava.


(Imagem: Scoopnest)

● A França terminou em último lugar do grupo, com um empate e duas derrotas.

A vitória classificou o English Team como primeiros colocados do Grupo A. Enfrentariam a boa seleção da Argentina, que também estava invicta e tinha sido segunda colocada no Grupo B, atrás da Alemanha Ocidental apenas nos critérios de desempate.

Mas Alf Ramsey queria que o time rendesse mais. A equipe estava jogando pouco e se achando muito. Para se consolidar como favorita, precisava jogar mais bola.

Com a recuperação do lesionado Alan Ball e a manutenção de Martin Peters como titular, Ramsey teria pontas que fazem a recomposição, como ele tanto queria. Assim, contra a Argentina nas quartas de final, o técnico teria seu “4-4-2 ideal”. Mas, como uma providência divina, o astro Jimmy Greaves se machucou. Ele era o queridinho da imprensa e torcida. Era talentoso, mas não ajudava taticamente a equipe. Seu substituto seria Geoff Hurst, que até então só tinha cinco jogos pelos Three Lions. Era menos espetacular que Greaves, mas era mais forte fisicamente e mais capacitado para ganhar as disputas pelo alto, segurar a bola e fazer o papel de pivô. Como veremos no próximo dia 30/07, essa simples mudança alterou os rumos da história do futebol mundial.


(Imagem: Scoopnest)

FICHA TÉCNICA:

 

INGLATERRA 2 x 0 FRANÇA

 

Data: 20/07/1966

Horário: 19h30 locais

Estádio: Wembley

Público: 98.270

Cidade: Londres (Inglaterra)

Árbitro: Arturo Yamasaki (Peru)

 

INGLATERRA (4-3-3):

FRANÇA (4-2-4):

1  Gordon Banks (G)

1  Marcel Aubour (G)

2  George Cohen

2  Marcel Artelesa (C)

5  Jack Charlton

5  Bernard Bosquier

6  Bobby Moore (C)

6  Robert Budzynski

3  Ray Wilson

12 Jean Djorkaeff

4  Nobby Stiles

16 Robert Herbin

9  Bobby Charlton

4  Joseph Bonnel

20 Ian Callaghan

13 Philippe Gondet

8  Jimmy Greaves

15 Yves Herbet

21 Roger Hunt

20 Jacques Simon

16 Martin Peters

14 Gérard Hausser

 

Técnico: Alf Ramsey

Técnico: Henri Guérin

 

SUPLENTES:

 

 

12 Ron Springett (G)

21 Georges Carnus (G)

13 Peter Bonetti (G)

22 Johnny Schuth (G)

14 Jimmy Armfield

7  André Chorda

18 Norman Hunter

18 Jean-Claude Piumi

15 Gerry Byrne

11 Gabriel De Michèle

17 Ron Flowers

17 Lucien Muller

7  Alan Ball

10 Héctor De Bourgoing

22 George Eastham

3  Edmond Baraffe

19 Terry Paine

8  Néstor Combin

11 John Connelly

9  Didier Couécou

10 Geoff Hurst

19 Laurent Robuschi

 

GOLS:

38′ Roger Hunt (ING)

75′ Roger Hunt (ING)

 

ADVERTÊNCIA:
Nobby Stiles (ING)


(Imagem: Scoopnest)

Gols e alguns lances da partida:

… 14/07/2018 – Bélgica 2 x 0 Inglaterra

Três pontos sobre…
… 14/07/2018 – Bélgica 2 x 0 Inglaterra


(Imagem: FIFA.com)

● Há quem defenda que não deveria existir o jogo que decide o terceiro e o quarto lugar em uma Copa do Mundo. Para ter a “chance” de disputar essa partida, a equipe tem que perder na semifinal. Normalmente os tims entram em campo desmotivados, sem a mínima vontade de disputar o pódio. Alguns técnicos escalam até mesmo times reservas ou jogadores que ainda não atuaram no torneio.

O técnico búlgaro Dimitar Penev, ao ver sua seleção perder por 4 a 0 no primeiro tempo, em 1994, foi taxativo: “Este jogo não deveria existir”.

O holandês Louis Van Gaal disse isso antes mesmo de sua equipe vencer o Brasil por 3 a 0 em 2014: “Acho que esse jogo nunca deveria ser jogado. Falo isso há dez, quinze anos. O que é pior é que existe a possibilidade de perder duas vezes seguidas. Em um torneio em que fizemos partidas maravilhosas, poderemos voltar para casa como perdedores”.

Mas o 3º lugar foi o primeiro grande resultado histórico da Seleção Brasileira, em 1938, imortalizando Domingos da Guia, Leônidas da Silva e outros craques da época.

E essa partida, entre os bons garotos ingleses e a “ótima geração belga” foi mais modorrento que o jogo entre ambas na primeira fase. Só não foi pior do que o insosso 0 a 0 entre França e Dinamarca, a única partida sem gols da Copa de 2018.

O técnico Roberto Martínez escalou a Bélgica no ofensivo 3-4-3, com Witsel e Tielemans fechando o meio e De Bruyne mais próximo do ataque.


A Inglaterra, do técnico Gareth Southgate, foi ao campo no sistema 3-5-2, com cinco alterações em relação ao time habitual.

● Assim como na derradeira partida do Grupo H, belgas e ingleses foram a campo com algumas alterações em relação às escalações habituais.

Ambas seleções mantiveram os seus respectivos sistemas táticos. Roberto Martínez deu chance ao meiocampista Youri Tielemans no onze titular. Gareth Southgate mexeu na defesa, com Phil Jones no lugar de Kyle Walker, e no meio, sacando Jordan Henderson, Dele Alli, Jesse Lingard e Ashley Young, escalando Eric Dier, Ruben Loftus-Cheek, Fabian Delph e Danny Rose.

Até por isso ficou claro que a Bélgica dava um pouco mais de importância para a partida.

Logo aos quatro minutos, a bola saiu do goleiro Courtois, passou por Chadli, que deixou com Lukaku no meio. O centroavante abriu na linha de fundo de novo com Chadli, que cruzou na área. Meunier apareceu como um raio para completar para o gol, de canela, do jeito que conseguiu.

Com o placar aberto, a Bélgica passou a jogar no contra-ataque e desperdiçou vários. Essa foi a partida desde então. A sonolenta Inglaterra propunha o jogo e a Bélgica não aproveitava os espaços.

Harry Keane teve chance de marcar seu sétimo gol no torneio, mas não o fez.

Após uma jogada ensaiada em cobrança de escanteio, Alderweireld quase anotou o segundo gol belga.

No segundo tempo, o English Team ficou mais perto do empate. Eric Dier tabelou com Rashford e tocou por cima de Courtois, mas Alderweireld salvou em cima da linha.

Em um contragolpe de manual, De Bruyne abriu na esquerda com Mertens, que cruzou na segunda trave onde Meunier emendou de primeira, para grande defesa de Pickford.

Aos 37′, De Bruyne deixou Hazard na cara do gol e ele não perdoou. 2 a 0 Bélgica.


(Imagem: FIFA.com)

● Uma coisa é certa: melhor se despedir do Mundial com uma vitória, deixando uma última boa impressão.

Embora não seja o que se esperava, esse resultado serve para consagrar a “ótima geração belga”, que termina na melhor colocação em suas treze Copas disputadas, superando a equipe de 1986, que contava com grandes jogadores como Jan Ceulemans, Jean-Marie Pfaff e Enzo Scifo.

Ainda é muito pouco perto do talento desse time. Mas a maioria dos atletas são jovens, que poderão retomar o sonho do título mundial em 2018. Apenas a defesa tem que ser renovada, pois os jogadores já estão na faixa dos 30 anos.

Assim como o “English Team”. Desde o início dessa preparação, eles tentavam tirar o peso da obrigação do título, dizendo que essa equipe estaria pronta apenas em 2022. Foi um bom resultado, além do previsto inicialmente. E terá que esperar mesmo mais quatro anos para quebrar um jejum que já dura 52 anos.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

BÉLGICA 2 x 0 INGLATERRA

 

Data: 14/07/2018

Horário: 17h00 locais

Estádio: Krestovsky Stadium (Saint Petesburg Stadium)

Público: 64.406

Cidade: São Petesburgo (Rússia)

Árbitro: Alireza Faghani (Irã)

 

BÉLGICA (3-4-3):

INGLATERRA (3-5-2):

1  Thibaut Courtois (G)

1  Jordan Pickford (G)

2  Toby Alderweireld

16 Phil Jones

4  Vincent Kompany

5  John Stones

5  Jan Vertonghen

6  Harry Maguire

15 Thomas Meunier

12 Kieran Trippier

17 Youri Tielemans

21 Ruben Loftus-Cheek

6  Axel Witsel

4  Eric Dier

22 Nacer Chadli

17 Fabian Delph

7  Kevin De Bruyne

3  Danny Rose

10 Eden Hazard (C)

10 Raheem Sterling

9  Romelu Lukaku

9  Harry Kane (C)

 

Técnico: Roberto Martínez

Técnico: Gareth Southgate

 

SUPLENTES:

 

 

12 Simon Mignolet (G)

13 Jack Butland (G)

13 Koen Casteels (G)

23 Nick Pope (G)

23 Leander Dendoncker

22 Trent Alexander-Arnold

20 Dedryck Boyata

2  Kyle Walker

3  Thomas Vermaelen

15 Gary Cahill

19 Mousa Dembélé

18 Ashley Young

8  Marouane Fellaini

8  Jordan Henderson

11 Yannick Ferreira Carrasco

20 Dele Alli

16 Thorgan Hazard

7  Jesse Lingard

18 Adnan Januzaj

14 Danny Welbeck

14 Dries Mertens

19 Marcus Rashford

21 Michy Batshuayi

11 Jamie Vardy

 

GOLS:

4′ Thomas Meunier (BEL)

82′ Eden Hazard (BEL)

 

CARTÕES AMARELOS:

52′ John Stones (ING)

76′ Harry Maguire (ING)

90+3′ Axel Witsel (BEL)

 

SUBSTITUIÇÕES:

39′ Nacer Chadli (BEL) ↓

Thomas Vermaelen (BEL) ↑

 

INTERVALO Danny Rose (ING) ↓

Jesse Lingard (ING) ↑

 

INTERVALO
Raheem Sterling (ING) ↓

Marcus Rashford (ING) ↑

 

60′ Romelu Lukaku (BEL) ↓

Dries Mertens (BEL) ↑

 

78′ Youri Tielemans (BEL) ↓

Mousa Dembélé (BEL) ↑

 

84′ Ruben Loftus-Cheek (ING) ↓

Dele Alli (ING) ↑

Melhores momentos da partida:

… 11/07/2018 – Croácia 2 x 1 Inglaterra

Três pontos sobre…
… 11/07/2018 – Croácia 2 x 1 Inglaterra


(Imagem: FIFA.com)

● Durante toda a Copa do Mundo, os ingleses tentaram tirar a pressão de cima de seus jogadores, dizendo que essa equipe estará realmente pronta para disputar o título no Qatar em 2022. Embora possua uma equipe jovem, com média de idade de 25,9 anos, são todos jogadores de nível técnico indiscutível. Quanto mais avançava na competição, mais isso ficava claro. E os torcedores sonhavam.

A Croácia terminou a primeira fase com 100% de aproveitamento, com destaque no “chocolate” diante dos argentinos. Depois, se desgastou muito fisicamente ao precisar passar por duas decisões nos pênaltis. Mesmo com média de idade de 27,5 anos, os destaques são os “vovôs” Luka Modrić (32), Mario Mandžukić (32) e Danijel Subašić (33). Mas foi Ivan Perišić quem liderou as ações ofensivas nessa partida de hoje, que levou sua seleção para primeira final em sua curta história.


Zlatko Dalić escalou a Croácia no sistema 4-2-3-1.


A Inglaterra, do técnico Gareth Southgate, foi ao campo no sistema 3-5-2.

● E o placar foi aberto logo aos cinco minutos. O ala direito Kieran Trippier, um dos melhores jogadores da Copa, cobrou falta pouco antes da meia lua, no ângulo e sem chances de defesa para o goleiro Subašić.

Nesse momento parecia que a camisa dos Three Lions iria pesar mais. Estava com o contra-ataque à sua disposição, mas Raheem Sterling e Jesse Lingard fizeram outra partida desastrosa, em que erraram quase tudo que tentaram.

Henderson cobrou escanteio bem aberto e Maguire escorou para fora.

Por duas vezes, Ivan Perišić chutou de longe, mas em ambas a bola saiu a esquerda da baliza.

Após um lateral aos 30 min, Harry Keane fez o pivô, Dele Alli deixou com Lingard, que colocou Keane na cara do gol. Ele chutou e Subašić defendeu. Na sobra, o próprio Keane chutou na trave, a bola tocou no goleiro croata e saiu de perigo. Mas o bandeirinha já havia assinalado um impedimento bastante duvidoso logo no primeiro lance.

Na sequência, Ante Rebić pegou a sobra de uma jogada que ele mesmo havia criado e chutou de pé esquerdo, mas o goleiro Pickford defendeu em dois tempos.

Aos 35′, Dele Alli ajeita para Lingard bater da meia lua. Mesmo sem marcação, o camisa 7 bateu para fora. Lembrou muito o lance de Renato Augusto contra Bélgica, já no fim fo jogo: poderia escolher o canto, mas errou a finalização. O inglês também pagaria caro por isso.

No segundo tempo, Modrić cruzou, a zaga desviou e Perišić encheu o pé, mas a marcação estava em cima e cortou antes que colocasse o goleiro em perigo. Parecia não ser o dia de Perišić. Mas era!

Aos 23′, Vrsaljko cruzou da direita e Perišić se antecipou à marcação de Walker e escorou para o gol de pé esquerdo. Os jogadores ingleses reclamaram muito de jogo perigoso do croata. Muitos árbitros marcariam a infração, mas Cüneyt Çakır confirmou o gol.

Pouco depois, Perišić pedalou para cima da marcação e bateu cruzado. A bola foi na trave e Rebić não aproveitou a sobra. Era a vez da Croácia dominar o jogo e perder chances de matar o jogo. Os meninos ingleses etavam nervosos.

Brozović encontrou Mandžukić na área. Ele girou sobre a marcação e bateu, mas o goleiro defendeu.

Trippier cobrou falta da direita, mas Harry Keane não cabeceou em cheio.

Na prorrogação, aos 8′, Trippier bateu um escanteio da direita e John Stones cabeceou firme. Vrsaljko tirou de cabeça em cima da linha. Um milagre em um momento crucial como esse.

No final da primeira parte do tempo extra, Perišić cruzou da esquerda para Mandžukić, mas Pickford foi para a dividida com o atacante e fechou o gol.

Na segunda etapa, logo aos 2 min, Modrić cobrou escanteio rasteiro para a área e Brozović chutou nas redes pelo lado de fora.

Mas tudo se resolveria no minuto seguinte. Perišić ganhou uma disputa pelo alto e Mandžukić aproveitou para chutar cruzado de esquerda. Um belo gol. Uma prova de por quê um centroavante tem que acreditar em todas as bolas. A Croácia jogava melhor e virava o jogo naquele momento.

Ainda deu tempo para Brozović chutar da entrada da área e Pickford defender.


(Imagem: FIFA.com)

● Após o apito final, uma festa histórica para quem está fazendo história. Pela primeira vez, a Croácia está na final da Copa do Mundo. É a primeira vez em que uma seleção que não estava entre as maiores favoritas inicialmente acaba alcançando a decisão.

Na final, a França é claramente favorita e por vários motivos. O primeiro é a história de Les Bleus, finalista pela terceira vez. Além disso, a França tem um time melhor tecnicamente. Enquanto os destaques croatas estão no meio campo, na França eles estão em todos os setores do campo.

A Croácia chega muito mais desgastada fisicamente, não só por ter um dia a menos de descanso, mas também porque precisou de três prorrogações seguidas – além de duas decisões por pênaltis.

Mas por outro lado, a Croácia mostrou que não se importa em vencer favoritos, como eram Argentina e Inglaterra. E com certeza esse é o momento de todos os atletas darem um “gás a mais” em busca da realização do sonho de (quase) todo jogador: vencer a Copa do Mundo.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

CROÁCIA 2 X 1 INGLATERRA

 

Data: 11/07/2018

Horário: 21h00 locais

Estádio: Olímpico Luzhniki

Público: 78.011

Cidade: Moscou (Rússia)

Árbitro: Cüneyt Çakır (Turquia)

 

CROÁCIA (4-2-3-1):

INGLATERRA (3-5-2):

23 Danijel Subašić (G)

1  Jordan Pickford (G)

2  Šime Vrsaljko

2  Kyle Walker

6  Dejan Lovren

5  John Stones

21 Domagoj Vida

6  Harry Maguire

3  Ivan Strinić

12 Kieran Trippier

11 Marcelo Brozović

20 Dele Alli

7  Ivan Rakitić

8  Jordan Henderson

10 Luka Modrić (C)

7  Jesse Lingard

4  Ivan Perišić

18 Ashley Young

18 Ante Rebić

10 Raheem Sterling

17 Mario Mandžukić

9  Harry Kane (C)

 

Técnico: Zlatko Dalić

Técnico: Gareth Southgate

 

SUPLENTES:

 

 

12 Lovre Kalinić (G)

13 Jack Butland (G)

1  Dominik Livaković (G)

23 Nick Pope (G)

13 Tin Jedvaj

22 Trent Alexander-Arnold

5  Vedran Ćorluka

16 Phil Jones

15 Duje Ćaleta-Car

15 Gary Cahill

22 Josip Pivarić

3  Danny Rose

14 Filip Bradarić

4  Eric Dier

19 Milan Badelj

21 Ruben Loftus-Cheek

8 Mateo Kovačić

17 Fabian Delph

20 Marko Pjaca

14 Danny Welbeck

9 Andrej Kramarić

19 Marcus Rashford

16 Nikola Kalinić (dispensado da delegação)

11 Jamie Vardy

 

GOLS:

5′ Kieran Trippier (ING)

68′ Ivan Perišić (CRO)

109′ Mario Mandžukić (CRO)

 

CARTÕES AMARELOS:

48′ Mario Mandžukić (CRO)

54′ Kyle Walker (ING)

96′ Ante Rebić (CRO)

 

SUBSTITUIÇÕES:

74′ Raheem Sterling (ING) ↓

Marcus Rashford (ING) ↑

 

INÍCIO DA PRORROGAÇÃO Ashley Young (ING) ↓

Danny Rose (ING) ↑

 

95′ Ivan Strinić (CRO) ↓

Josip Pivarić (CRO) ↑

 

97′ Jordan Henderson (ING) ↓

Eric Dier (ING) ↑

 

101′ Ante Rebić (CRO) ↓

Andrej Kramarić (CRO) ↑

 

112′ Kyle Walker (ING) ↓

Jamie Vardy (ING) ↑

 

115′ Mario Mandžukić (CRO) ↓

Vedran Ćorluka (CRO) ↑

 

119′ Luka Modrić (CRO) ↓

Milan Badelj (CRO) ↑

Melhores momentos da partida:

… 07/07/2018 – Suécia 0 x 2 Inglaterra

Três pontos sobre…
… 07/07/2018 – Suécia 0 x 2 Inglaterra


(Imagem: FIFA.com)

● Inglaterra e Suécia são duas das mais tradicionais escolas do futebol mundial. Ambas tentam recuperar o protagonismo de outras épocas.

Os suecos jogam um futebol extremamente tático e eficiente. Sofreu apenas dois gols, ambos na derrota para a Alemanha. E marcou seis gols, em todas as quatro partidas disputadas até então. E foi “comendo pelas beiradas” que a Suécia chegou nas quartas de final.

Os ingleses insistem que o jovem time deles está sendo preparado para a Copa de 2022, no Qatar. Mas já estão entre os semifinalistas, com grandes chances de chegar à decisão. Então, sonhar com o título não é loucura. O técnico Gareth Southgate conhece essa geração desde as divisões de base da seleção. Possui um sistema tático bem definido e que vem apresentando resultados satisfatórios. Outro fator fundamental é boa fase de jogadores importantes, como o capitão e artilheiro Harry Keane e o goleiro Jordan Pickford.

O retrospecto desse confronto é extremamente equilibrado. Em 24 partidas, foram oito vitórias ingleses, sete vitórias suecas e nove empates. Em Copas do Mundo, foram dois empates na fase de grupos: 1 x 1, em 2002, e 2 x 2, em 2006.


A Suécia atuou no 4-4-2 tradicional.


A Inglaterra, do técnico Gareth Southgate, foi ao campo no sistema 3-5-2.

● Aos doze minutos de bola rolando, Viktor Claesson arriscou da intermediária e a bola passou perto, assustando o goleiro inglês Jordan Pickford.

Aos 19′, Trippier tocou para Sterling, que avançou em alta velocidade até a meia lua. Harry Keane vinha na corrida e chuta rasteiro, mas a bola saiu à esquerda do gol. Curiosidade: esse foi a sétima finalização de Keane no Mundial e a primeira que não resultou em gol.

No trigésimo minuto, Ashley Young cobrou escanteio da esquerda na altura da marca do pênalti. Harry Maguire veio na corrida e cabeceou forte, sem chances para o goleiro Robin Olsen, para abrir o placar.

Aos 43′, Maguire recuperou a bola e passou para Keane. O capitão deixou com Lingard, que deixou Sterling na cara do gol. Ele chutou em cima do goleiro. Mas o jogo já estava parado, pois o bandeirinha tinha assinalado impedimento de Sterling.

Sterling voltou a perder um gol feito no minuto seguinte. Ele recebeu lançamento longo de Henderson, dominou na área e tentou driblar o goleiro Olsen, que tocou na bola. Na sobra, o camisa 10 inglês tentou finalizar, mas chutou em cima da defesa já recomposta. Sterling tem cansado de perder gols nessa Copa.

Nos primeiros instantes do segundo tempo, Augustinsson cruzou da esquerda e Marcus Berg apareceu na segunda trave para cabecear bem, mas Pickford fez um milagre e espalmou para o lado.

Aos nove minutos, Ashley Young cobrou falta para a área. Maguire subiu e cabeceou para o segundo pau. Sterling tentou a bicicleta, mas mandou em cima da zaga. A bola sobrou de novo para cabeçada de Maguire, mas Krafth aliviou o perigo tirando a bola da área.

Aos 14 min, Trippier foi à linha de fundo e tocou para trás. Lingard cruzou na cabeça de Dele Alli, que completou para o gol. Uma bela jogada construída com troca de passes, que resulta em bola aérea, especialidade britânica.

Três minutos depois, Claesson fez ótima jogada pela direita e Ola Toivonen cruzou rasteiro para Berg, que ajeitou para Claesson chutar rente ao chão. Pickford voou no cantinho direito e espalmou para o lado. Na sobra, Claesson tentou de novo, mas foi travado pela zaga. Nesse lance, Suécia mostrou toda sua qualidade, que a fez estar entre as oito melhores seleções do planeta. Só faltou o gol, negado pelo goleiro inglês.

Na metade do segundo tempo, Trippier cobrou escanteio da direita. Após um bate-rebate no meio da área, Maguire chutou forte de esquerda, mas a bola subiu demais.

Aos 27′, Guidetti cruzou da esquerda, Berg dominou e bateu alta, para nova defesaça de Pickford.


(Imagem: FIFA.com)

● Foi uma partida burocrática, em que ambas as equipes apostaram forte no jogo aéreo. A Inglaterra foi mais objetiva e conseguiu os gols. A Suécia não teve o mesmo ímpeto dos últimos jogos e não conseguiu ser incisiva. Quando conseguiu finalizar com perigo, o goleiro inglês Jordan Pickford fez os seus milagres.

Por mais que tenha sua tradição, a Suécia não era favorita nem para passar da primeira fase, em um grupo com Alemanha e México. Passou em primeiro da chave. Venceu a Coreia do Sul, vendeu caro a derrota para a Alemanha no último minuto e goleou o México. Venceu com tranquilidade a Suíça e fez uma partida razoável contra a Inglaterra. O saldo é muito positivo, se mostrando uma boa equipe. Dois jogadores suecos são cotados para a seleção da Copa: o zagueiro e capitão Andreas Granqvist (indiscutível) e o bom lateral esquerdo Ludwig Augustinsson. Destaque também para o meia direita Viktor Claesson, um dos poucos a buscar com frequência as jogadas individuais.

A Inglaterra conseguiu chegar nas semifinais pela terceira vez em sua história. Em 1966, venceu Portugal de Eusébio e seguiu rumo ao título. Em 1990, perdeu nos pênaltis para a Alemanha Ocidental e terminou em 4º lugar após perder também para a Itália.

O English Team já quebrou barreiras. Mas tem potencial para muito mais. Na próxima quarta-feira, encara a Croácia em busca de fazer história e disputar a final no dia 15, contra o vencedor de “França x Bélgica”.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

SUÉCIA 0 x 2 INGLATERRA

 

Data: 07/07/2018

Horário: 18h00 locais

Estádio: Cosmos Arena (Arena Samara)

Público: 39.991

Cidade: Samara (Rússia)

Árbitro: Björn Kuipers (Holanda)

 

SUÉCIA (4-4-2):

INGLATERRA (3-5-2):

1  Robin Olsen (G)

1  Jordan Pickford (G)

16 Emil Krafth

2  Kyle Walker

3  Victor Lindelöf

5  John Stones

4  Andreas Granqvist (C)

6  Harry Maguire

6  Ludwig Augustinsson

12 Kieran Trippier

7  Sebastian Larsson

20 Dele Alli

8  Albin Ekdal

8  Jordan Henderson

17 Viktor Claesson

7  Jesse Lingard

10 Emil Forsberg

18 Ashley Young

20 Ola Toivonen

10 Raheem Sterling

9  Marcus Berg

9  Harry Kane (C)

 

Técnico: Janne Andersson

Técnico: Gareth Southgate

 

SUPLENTES:

 

 

12 Karl-Johan Johnsson (G)

13 Jack Butland (G)

23 Kristoffer Nordfeldt (G)

23 Nick Pope (G)

2  Mikael Lustig (suspenso)

22 Trent Alexander-Arnold

14 Filip Helander

16 Phil Jones

5  Martin Olsson

15 Gary Cahill

18 Pontus Jansson

3  Danny Rose

13 Gustav Svensson

4  Eric Dier

15 Oscar Hiljemark

21 Ruben Loftus-Cheek

19 Marcus Rohdén

17 Fabian Delph

21 Jimmy Durmaz

14 Danny Welbeck

22 Isaak Kiese Thelin

19 Marcus Rashford

11 John Guidetti

11 Jamie Vardy

 

GOLS:

30′ Harry Maguire (ING)

59′ Dele Alli (ING)

 

CARTÕES AMARELOS:

87′ Harry Maguire (ING)

87′ John Guidetti (SUE)

90+4′ Sebastian Larsson (SUE)

 

SUBSTITUIÇÕES:

65′ Ola Toivonen (SUE) ↓

John Guidetti (SUE) ↑

 

65′ Emil Forsberg (SUE) ↓

Martin Olsson (SUE) ↑

 

77′ Dele Alli (ING)↓

Fabian Delph (ING) ↑

 

85′ Jordan Henderson (ING) ↓

Eric Dier (ING) ↑

 

85′ Emil Krafth (SUE) ↓

Pontus Jansson (SUE) ↑

 

90+1′ Raheem Sterling (ING) ↓

Marcus Rashford (ING) ↑

Melhores momentos da partida:

… 03/07/2018 – Colômbia 1 x 1 Inglaterra

Três pontos sobre…
… 03/07/2018 – Colômbia 1 x 1 Inglaterra


(Imagem: FIFA.com)

● A única partida entre Colômbia e Inglaterra em Copas do Mundo havia sido em 1998, quando os ingleses venceram por 2 a 0, com gols de Darren Anderton e David Beckham.

Agora, vinte anos depois, uma notícia ruim para o espetáculo: James Rodríguez não havia se recuperado de uma lesão sofrida contra a Polônia e estava fora até do banco de reservas, juntamente com o atacante palmeirense Miguel Borja.

Certamente foi a partida mais equilibrada das oitavas de final. E a mais tensa, nervosa, em que qualquer das equipes poderia sair vencedora.


O técnico argentino José Pekerman escalou a Colômbia no 4-3-3.


A Inglaterra, do técnico Gareth Southgate, foi ao campo no sistema 3-5-2.

● A Inglaterra começou o jogo pressionando. Nos primeiros 15 minutos, foram quatro chances criadas. A mais clara foi uma jogada toda do Tottenham: Kieran Trippier cruzou da direita e Harry Kane cabeceou por cima do gol, chegando a assustar o goleiro David Ospina, do Arsenal.

E os Three Lions continuaram insistindo, mas sem criar oportunidades claras que lhe permitissem abrir o placar. Aos 41′, Trippier cobrou falta e a bola passou perto da trave direita.

Aos 8 minutos do segundo tempo, Ashley Young cobrou falta para a área e Davinson Sánchez desviou de cabeça para a linha de fundo, impedindo um gol certo de Maguire.

Na sequência desse lance, Trippier cobrou escanteio e Keane foi seguro por Carlos Sánchez. Pênalti, que o próprio Keane bateu à meia altura e no meio do gol, tirando a força da bola e inaugurando o marcador no Spartak Stadium.

Aos 17′, Trippier (sempre ele) cruzou no segundo pau e Dele Alli cabeceou por cima.

Entre o intervalo e o meio do segundo tempo, foi um jogo de muita confusão, “empurra empurra”, discussões… muito mais por causa da postura da Colômbia, que tentava ganhar no grito e intimidar os jovens ingleses. Assim que a Colômbia decidiu jogar bola, melhorou na partida.

A melhor chance criada pela Colômbia foi em um contra-ataque aos 36 min, quando Bacca abriu na direita e Cuadrado, já dentro da grande área, chutou por cima.

Nos acréscimos, a Colômbia entrou em desespero para tentar empatar a partida. Qualquer bola era jogada na área e o zagueiro Yerri Mina, que é ótimo no jogo aéreo, já estava posicionado como centroavante.

Em uma cobrança de falta alçada para a área, aos 47′, a defesa rebateu e Mateus Uribe encheu o pé da intermediária. A bola iria no ângulo, mas Jordan Pickford voou e espalmou para a linha de fundo.

Na cobrança do escanteio, até Ospina foi para a área. Cuadrado cobrou e a bola procurou o gigante Mina. Ele cabeceou para baixo, a bola quicou e entrou entre a cabeça de Trippier e a trave. Mina se empolgou tanto, que foi comemorar nos braços da torcida cafetera.

Yerri Mina acabou como o artilheiro colombiano no Mundial, com três gols em três jogos, todos de cabeça em bolas paradas. O zagueiro, ex-Palmeiras, foi escorraçado do Barcelona, por ter falhado na única partida em que foi titular no campeonato espanhol (e a única que os culés perderam na liga). Com certeza, agora sai da Copa do Mundo em alta e com mercado, caso o Barça não queira mais seus serviços, como afirmou a imprensa espanhola.


(Imagem: FIFA.com)

● Um empate lutado, chorado, no último lance do jogo, que deu à partida mais trinta minutos de emoção com a prorrogação.

O gol deu mais ânimo para os colombianos no tempo extra. A Inglaterra estava moralmente destruída.

Aos 5′, Mojica cruzou rasteiro da esquerda, mas Falcao García não conseguiu alcançar.

Aos 11′, Cuadrado cobrou escanteio e Davinson Sánchez cabeceou por cima.

Dois minutos depois, Mojica levantou da esquerda e Falcao cabeceou mal. A melhor oportunidade do centroavante no jogo.

Na metade do segundo tempo da prorrogação, o lateral esquerdo Danny Rose fez a ultrapassagem, entrou na área e chutou cruzado, assustando Ospina.

Pouco depois, Trippier cobrou escanteio da direita e Dier cabeceou sozinho, mas por cima do gol.


(Imagem: FIFA.com)

● E a partida continuou empatada na prorrogação e foi decidida nos tiros livres da marca do pênalti. E no começo todos acertaram: Falcao García, Harry Keane, Cuadrado, Rashford e Muriel.

Henderson errou a quarta cobrança. Ele bateu à meia altura no canto esquerdo de Ospina, que pulou certo e espalmou. Aliás, Jordan Henderson é um jogador completo: não marca, não arma, não cruza, não chuta e não lidera. É o “Paulinho” deles, com a diferença que o “nosso” faz gols.

Mas para salvar a pele dele, Uribe chutou forte e a bola bateu no travessão, próximo ao ângulo direito. Depois, Trippier, talvez o melhor em campo, converteu. Carlos Bacca bateu à meia altura e no meio do gol; Pickford estava caindo para a direita, mas ainda conseguiu pegar. Coube a Eric Dier converter o último penal que garantiu sua seleção na próxima fase.

E pela segunda vez em toda sua centenária história, a Inglaterra vence uma disputa por pênaltis. Havia vencido apenas a Espanha nas quartas de final da Euro 1996. Foi derrotada derrotada dessa forma nas Copas de 1990 (para a Alemanha nas semifinais), 1998 (para a Argentina nas oitavas) e 2006 (para Portugal nas quartas), além das Eurocopas de 1996 (em casa, para a Alemanha na semifinal), 2004 (para Portugal nas quartas) e 2012 (para a Itália nas quartas). Fim de trauma.

Essa jovem Inglaterra (com meio time do Tottenham) ainda é uma incógnita. Agora, vai enfrentar a brava Suécia, que vem eliminando adversários mais renomados desde as eliminatórias. É chegada a hora dessa geração amadurecer de vez.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

COLÔMBIA 1 X 1 INGLATERRA

 

Data: 03/07/2018

Horário: 21h00 locais

Estádio: Otkritie Arena (Spartak Stadium)

Público: 44.190

Cidade: Moscou (Rússia)

Árbitro: Mark Geiger (Estados Unidos)

 

COLÔMBIA (4-3-2-1):

INGLATERRA (3-5-2):

1  David Ospina (G)

1  Jordan Pickford (G)

4  Santiago Arias

2  Kyle Walker

13 Yerri Mina

5  John Stones

23 Davinson Sánchez

6  Harry Maguire

17 Johan Mojica

12 Kieran Trippier

6  Carlos Sánchez

20 Dele Alli

5  Wílmar Barrios

8  Jordan Henderson

16 Jefferson Lerma

7  Jesse Lingard

11 Juan Guillermo Cuadrado

18 Ashley Young

20 Juan Fernando Quintero

10 Raheem Sterling

9  Radamel Falcao García (C)

9  Harry Kane (C)

 

Técnico: José Pekerman

Técnico: Gareth Southgate

 

SUPLENTES:

 

 

12 Camilo Vargas (G)

13 Jack Butland (G)

22 José Fernando Cuadrado (G)

23 Nick Pope (G)

2  Cristián Zapata

22 Trent Alexander-Arnold

3  Óscar Murillo

16 Phil Jones

18 Farid Díaz

15 Gary Cahill

8  Abel Aguilar

3  Danny Rose

15 Mateus Uribe

4  Eric Dier

21 José Izquierdo

21 Ruben Loftus-Cheek

10 James Rodríguez (lesionado)

17 Fabian Delph (lesionado)

14 Luis Muriel

14 Danny Welbeck

19 Miguel Borja (lesionado)

19 Marcus Rashford

7  Carlos Bacca

11 Jamie Vardy

 

GOLS:

57′ Harry Keane (ING) (pen)

90+3′ Yerri Mina (COL)

 

CARTÕES AMARELOS:

41′ Wílmar Barrios (COL)

52′ Santiago Arias (COL)

54′ Carlos Sánchez (COL)

56′ Jordan Henderson (ING)

63′ Radamel Falcao García (COL)

64′ Carlos Bacca (COL)

69′ Jesse Lingard (ING)

118′ Juan Cuadrado (COL)

 

SUBSTITUIÇÕES:

61′ Jefferson Lerma (COL) ↓

Carlos Bacca (COL) ↑

 

79′ Carlos Sánchez (COL) ↓

Mateus Uribe (COL) ↑

 

81′ Dele Alli (ING) ↓

Eric Dier (ING) ↑

 

88′ Juan Fernando Quintero (COL) ↓

Luis Muriel (COL) ↑

 

88′ Raheem Sterling (COL) ↓

Jamie Vardy (COL) ↑

 

102′ Ashley Young (ING) ↓

Danny Rose (ING) ↑

 

113′ Kyle Walker (ING) ↓

Marcus Rashford (ING) ↑

 

116′ Santiago Arias (COL) ↓

Cristián Zapata (COL) ↑

 

DECISÃO POR PÊNALTIS:

COLÔMBIA 3

INGLATERRA 4

Radamel Falcao García (gol, alta no meio do gol)

Harry Keane (gol, no canto esquerdo)

Juan Guillermo Cuadrado (gol, no ângulo esquerdo)

Marcus Rashford (gol, no canto esquerdo)

Luis Muriel (gol, no canto direito, deslocando o goleiro)

Jordan Henderson (perdeu, à direita defendido por David Ospina)

Mateus Uribe (perdeu, no travessão, próximo ao ângulo direito)

Kieran Trippier (gol, no ângulo esquerdo)

Carlos Bacca (perdeu, a meia altura no meio do gol, defendido por Jordan Pickford , que pulou no canto esquerdo)

Eric Dier (gol, no canto esquerdo)

Melhores momentos da partida:

… 28/06/2018 – O melhor do 15º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 28/06/2018 – O melhor do 15º dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A primeira fase está encerrada. Agora, já conhecemos os 16 classificados.
Japão e Senegal empataram em tudo, mas os africanos foram eliminados por terem dois cartões amarelos a mais.
Teve também vitória da “ótima geração belga”, Colômbia, Polônia e Tunísia.


… Senegal 0 x 1 Colômbia


(Imagem: FIFA.com)

Senegal se classificaria com um empate. A equipe do técnico-ídolo Aliou Cissé joga um futebol pragmático. Mas hoje apelou diante da Colômbia. Praticamente não quis jogar. Ficou cozinhando a partida em “banho-maria” até que o tempo passasse. Mas foi duramente castigada.

Para não depender do resultado da outra partida do grupo, a Colômbia tinha que vencer. Mas também não acelerava. Por isso se tornou um jogo lento e de pouquíssimas emoções.

E a primeira chance do jogo foi colombiana, aos doze minutos. Juan Fernando Quintero cobrou falta da meia direita e obrigou Khadim N’Ndiaye a fazer uma defesa difícil. A bola ainda quicou no chão antes de chegar ao goleiro.

Aos 16′, Keita Baldé faz boa jogada e encontra Sadio Mané livre na entrada da área. Ele avança e é travado antes de finalizar. O árbitro sérvio Milorad Mažić marcou pênalti. O VAR interferiu e o árbitro anulou a penalidade ao ver no vídeo que Davinson Sánchez pegou apenas na bola. De vez em quando o VAR faz justiça.

James Rodríguez sentiu uma lesão e teve que abandonar o campo aos 31 min, dando lugar a Luis Muriel.

No 20º minuto do segundo tempo, Quintero cobrou falta para a área e a bola sobrou para Muriel chutar no canto, mas Kalidou Koulibaly tirou para a linha de fundo.

Aos 28′, Quintero cobrou escanteio e Yerri Mina apareceu como um foguete para cabecear forte e para baixo, sem chances para o goleiro senegalês. Segundo gol de Mina na Copa. Com esse resultado, a Colômbia se garantia na próxima fase.

Depois de sofrer o gol, Senegal acordou e tentou criar algumas chances de empatar, mas não conseguiu. O mais perto disso, foi aos 31′, em jogada trabalhada pela direita, que M’Baye Niang chutou forte para a boa defesa de David Ospina.

Senegal se despede da Copa com aquela sensação de que poderia ter feito mais se não fosse pragmático. O país sempre teve um futebol bonito e envolvente. Mas ao invés de jogar como sabe, tentou garantir o empate. O merecido e doloroso castigo veio com a eliminação.

A Colômbia foi a líder do Grupo H. Ganhou de presente a chance de enfrentar a Inglaterra valendo uma vaga nas quartas de final. Jogo duro.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Senegal 0 x 1 Colômbia
Data: 28/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Cosmos Arena (Arena Samara) — Cidade: Samara (Rússia)
Público: 41.970
Árbitro: Milorad Mažić (Sérvia)
Gol: 74′ Yerri Mina (COL)
Cartões Amarelos: 45′ Johan Mojica (COL); 51′ M’Baye Niang (SEN)
Senegal (4-4-2): 16.Khadim N’Ndiaye; 21.Lamine Gassama, 6.Salif Sané, 3.Kalidou Koulibaly e 12.Yassouf Sabaly (22.Moussa Wagué ↑74′); 8.Cheikhou Kouyaté, 5.Idrissa Gueye, 18.Ismaila Sarr e 10.Sadio Mané (C); 20.Keita Baldé (14.Moussa Konaté ↑80′) e 19.M’Baye Niang (15.Diafra Sakho ↑86′). Técnico: Aliou Cissé
Colômbia (4-2-3-1): 1.David Ospina; 4.Santiago Arias, 23.Davinson Sánchez, 13.Yerri Mina e 17.Johan Mojica; 6.Carlos Sánchez e 15.Mateus Uribe (16.Jefferson Lerma ↑83′); 11.Juan Cuadrado, 20.Juan Fernando Quintero e 10.James Rodríguez (14.Luis Muriel ↑31′); 9.Radamel Falcao García (C) (19.Miguel Borja ↑89′). Técnico: José Pekerman

… Japão 0 x 1 Polônia


(Imagem: FIFA.com)

O Japão não estava garantido na próxima fase da Copa. Por isso, causou estranheza a ideia do técnico Akira Nishino, de poupar mais da metade do time.

Decepcionada pela eliminação precoce, a Polônia jogava para se despedir com uma vitória.

Aos 13′, Yoshinori Muto arriscou rasteiro de fora da área, mas Fabiański foi buscar, fazendo uma excelente defesa.

No minuto 32, Bereszyński cruzou da direita e Grosicki cabeceou no cantinho para o gol. Era só sair para comemorar. Mas goleiro japonês, o veterano Eiji Kawashima, fez a defesa da Copa e uma das mais difíceis de todos os tempos. Um verdadeiro milagre.

Aos 14 minutos do segundo tempo, Kurzawa cobra falta da intermediária esquerda e o zagueiro Jan Bednarek completa para o gol. A Polônia estava vencendo e eliminando o Japão naquele momento.

E os polacos continuaram criando chances de gol. Zieliński lançou Grosicki na direita e ele cruzou para Robert Lewandowski, que escorregou e chutou mal, por cima do gol.

E o Japão contou com a sorte. A quinze minutos do fim a Colômbia abriu o placar diante de Senegal, voltando a dar sobrevida ao Japão.

E a partir daí os japoneses passaram a tocar a bola sem se arriscar, esperando o fim da partida. Foram vaiados pela torcida de Volgogrado. Um novo gol da Polônia os eliminaria, mas não aconteceu. O gol do empate de Senegal também eliminaria os nipônicos, mas não aconteceu.

Japão e Senegal empataram em todos os critérios: 4 pontos para cada; saldos de gols zerados; quatro gols marcados e quatro sofridos; empate por 2 x 2 no confronto direto. O critério que os desempatou foi o “Fair Play”. Por ter dois cartões amarelos a mais, os senegaleses voltaram para casa. Pela primeira vez na história, um critério tão subjetivo quanto um cartão amarelo, serviu para desempatar duas seleções em uma Copa do Mundo.

O Japão enfrenta a França nas oitavas de final. É o azarão dentre os 16 sobreviventes.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Japão 0 x 1 Polônia
Data: 28/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Arena Volgogrado — Cidade: Volgogrado (Rússia)
Público: 42.189
Árbitro: Janny Sikazwe (Zâmbia)
Gol: 59′ Jan Bednarek (POL)
Cartão Amarelo: 59′ Tomoaki Makino (JAP)
Japão (4-2-3-1): 1.Eiji Kawashima (C); 19.Hiroki Sakai, 22.Maya Yoshida, 20.Tomoaki Makino e 5.Yuto Nagatomo; 16.Hotaru Yamaguchi e 7.Gaku Shibasaki; 21.Gotoku Sakai, 9.Shinji Okazaki (15.Yuya Osako ↑47′) e 11.Takashi Usami (14.Takashi Inui ↑65′); 13.Yoshinori Muto (17.Makoto Hasebe ↑82′). Técnico: Akira Nishino
Polônia (3-4-3): 22.Łukasz Fabiański; 18.Bartosz Bereszyński, 15.Kamil Glik e 5.Jan Bednarek; 21.Rafał Kurzawa (17.Sławomir Peszko ↑79′), 10.Grzegorz Krychowiak, 6.Jacek Góralski e 3.Artur Jędrzejczyk; 19.Piotr Zieliński (14.Łukasz Teodorczyk ↑79′), 11.Kamil Grosicki e 9.Robert Lewandowski. Técnico: Adam Nawalka

… Inglaterra 0 x 1 Bélgica


(Imagem: FIFA.com)

Tanto ingleses quanto belgas foram a campo com os times reservas. Ninguém fazia nada para vencer a partida. Se o jogo terminasse empatado, o primeiro lugar do Grupo G seria decidido pelo critério de menor número de cartões amarelos. Àquela altura, a Inglaterra tinha menos cartões.

Se teve alguém que quis vencer, foi a Bélgica. Logo no início, aos 6′, Youri Tielemans encheu o pé de fora da área e deu trabalho para Jordan Pickford, goleiro do Everton.

Pouco depois, Adnan Januzaj entrou na área e cruzou para Marouane Fellaini, que cabeceou em cima do goleiro. Com a bola ainda em jogo, Michy Batshuayi ganhou a dividida e a mandou para o gol. Mas eis que surgiu Gary Cahill com seu pé salvador, em cima da linha, impedindo o gol dos Diables Rouges.

Nos primeiros instantes do segundo tempo, Jamie Vardy roubou a bola no campo de ataque e Marcus Rashford bateu com perigo, à esquerda de Thibaut Courtois.

Aos seis minutos, Tielemans abriu na direita para Januzaj. Ele deu um drible curto em Danny Rose e chutou de esquerda em diagonal, no canto direito de Pickford. Um belo gol. Um colírio para uma partida tão sonolenta.

Aos 21′, Harry Maguire encontra Vardy, que toca de primeira para Rashford sair cara a cara com Courtois. O garoto esperou para definir a jogada e chutou no canto, mas o goleiro foi na bola e impediu o empate.

A sete minutos do fim, Danny Welbeck pegou a sobra de um escanteio e chutou cruzado, mas a zaga belga afastou.

Essa é a segunda vez que a Bélgica consegue terminar a fase de grupos com 100% de aproveitamento. A primeira foi há quatro anos, no Brasil.

Foi a segunda vez em toda a história que a Bélgica venceu a Inglaterra. A primeira foi por 3 x 2 em 09/05/1936, há 82 anos, em um amistoso em Bruxelas. Agora, em 22 partidas disputadas, são 15 vitórias inglesas, 5 empates e 2 vitórias belgas.

Mas agora, por ter sido líder do Grupo G, a Bélgica se coloca no chaveamento mais difícil da Copa, do lado de Brasil, Argentina, França, Uruguai e Portugal.

Os ingleses festejam, pois tem uma vida mais fácil até a semifinal, onde poderá enfrentar a Espanha.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Inglaterra 0 x 1 Bélgica
Data: 28/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Arena Baltika (Kaliningrado Stadium) — Cidade: Kaliningrado (Rússia)
Público: 33.973
Árbitro: Damir Skomina (Eslovênia)
Gol: 51′ Adnan Januzaj (BEL)
Cartões Amarelos: 19′ Youri Tielemans (BEL); 33′ Leander Dendoncker (BEL)
Inglaterra (3-5-2): 1.Jordan Pickford; 16.Phil Jones, 5.John Stones (6.Harry Maguire ↑INTERVALO) e 15.Gary Cahill; 22.Trent Alexander-Arnold (14.Danny Welbeck ↑79′), 21.Ruben Loftus-Cheek, 4.Eric Dier (C), 17.Fabian Delph e 3.Danny Rose; 19.Marcus Rashford e 11.Jamie Vardy. Técnico: Gareth Southgate
Bélgica (3-4-3): 1.Thibaut Courtois (C); 23.Leander Dendoncker, 20.Dedryck Boyata e 3.Thomas Vermaelen (4.Vincent Kompany ↑74′); 22.Nacer Chadli, 17.Youri Tielemans, 19.Mousa Dembélé e 16.Thorgan Hazard; 8.Marouane Fellaini, 18.Adnan Januzaj (14.Dries Mertens ↑86′) e 21.Michy Batshuayi. Técnico: Roberto Martínez

… Panamá 1 x 2 Tunísia


(Imagem: FIFA.com)

Duas equipes já eliminadas, que lutavam apenas pela honra de se despedir com uma vitória.

A Tunísia começou melhor. Aos dezenove minutos de jogo, após cobrança de escanteio, Wahbi Khazri cruzou da direita e Rami Bedoui cabeceou fraco, nas mãos do goleiro Jaime Penedo.

Mas depois da metade do primeiro tempo, o Panamá começou a atacar também. No 33º minuto, José Luis Rodríguez tabelou com Román Torres próximo da área e chutou de esquerda. A bola desviou em Yassine Meriah e tirou qualquer chance de defesa do goleiro tunisiano Aymen Mathlouthi. O segundo gol panamenho na história das Copas foi contra. Não importa! Festa total da torcida!

Pouco depois, Oussama Haddadi cruzou da esquerda e Fakhreddine Ben Youssef cabeceou bem, rente à trave esquerda de Penedo.

Aos seis minutos do segundo tempo, Ghailene Chaalali fez boa jogada, abriu na direita para o capitão Khazri, que cruzou de primeira para Ben Youssef completar para o gol. Foi uma bela trama coletiva.

A vidada quase veio no lance seguinte. Khazri foi lançado, ganhou da zaga em velocidade e foi derrubado. O árbitro deu vantagem, mas Ben Youssef chutou cruzado para boa defesa de Penedo com os pés.

Mas aos 21′, Oussama Haddadi invadiu a área pela esquerda e só rolou na segunda trave para Wahbi Khazri completar para o gol vazio.

Aos 27 a torcida panamenha chegou a comemorar o empate, em um belo chute de Edgar Bárcenas, mas o árbitro bareinita já havia apitado uma falta de ataque antes da finalização.

O Panamá perdeu as três partidas, mas a qualificação para a disputa do Mundial será festejada ainda por muitos anos. Essa geração já está bem envelhecida, mas fez por merecer e chegou ao ápice de disputar uma Copa do Mundo.

A Tunísia também festeja sua primeira vitória em Copas desde 1978. Se mostrou uma equipe de bom toque de bola, liderada por Wahbi Khazri.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Panamá 1 x 2 Tunísia
Data: 28/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Mordovia — Cidade: Saransk (Rússia)
Público: 37.168
Árbitro: Nawaf Shukralla (Bahrein)
Gols: 33′ Yassine Meriah (PAN)(contra); 51′ Fakhreddine Ben Youssef (TUN); 66′ Wahbi Khazri (TUN)
Cartões Amarelos: 44′ Ferjani Sassi (TUN); 71′ Anice Badri (TUN); 78′ Ricardo Ávila (PAN); 80′ Gabriel Gómez (PAN); 90+3′ Ghailene Chaalali (TUN)
Panamá (4-5-1): 1.Jaime Penedo; 13.Adolfo Machado, 5.Román Torres (C) (18.Luis Tejada ↑56′), 4.Fidel Escobar e 17.Luis Ovalle; 6.Gabriel Gómez, 20.Aníbal Godoy, 19.Ricardo Ávila (16.Abdiel Arroyo ↑81′), 8.Edgar Bárcenas e 21.José Luis Rodríguez; 9.Gabriel Torres (3.Harold Cummings ↑INTERVALO). Técnico: Hernán Darío Gómez
Tunísia (4-1-4-1): 16.Aymen Mathlouthi (C); 21.Hamdi Nagguez, 6.Rami Bedoui, 4.Yassine Meriah e 5.Oussama Haddadi; 17.Ellyes Skhiri; 8.Fakhreddine Ben Youssef, 20.Ghailene Chaalali, 13.Ferjani Sassi (9.Anice Badri ↑INTERVALO) e 23.Naïm Sliti (15.Ahmed Khalil ↑77′); 10.Wahbi Khazri (C) (18.Bassem Srarfi ↑89′). Técnico: Nabil Maâloul

Veja os confrontos das oitavas de final da Copa do Mundo de 2018:


(Imagem: Folha / UOL)

… 24/06/2018 – O melhor do 11º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 24/06/2018 – O melhor do 11º dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A Inglaterra massacra, mas quem faz a festa é o Panamá, que marcou seu primeiro gol na história das Copas.
Japão e Senegal mediram forças e provaram o equilíbrio do Grupo H.
Polônia decepciona e é eliminada com goleada para a Colômbia por 3 a 0.

… Inglaterra 6 x 1 Panamá


(Imagem: FIFA.com)

A Inglaterra fez uma partida meramente protocolar e mesmo assim venceu o Panamá por 6 a 1. É a maior goleada da Copa até agora e a maior vitória da Inglaterra na história dos Mundiais.

O Panamá até esboçou um bom início, tentando levar a bola para o campo de ataque, mas é uma equipe com pouca qualidade técnica. Talvez e provavelmente a pior seleção dessa Copa.

John Stones abriu o placar de cabeça após cobrança de escanteio, logo aos sete minutos.

Aos 19′, Lingard foi derrubado na área por Escobar. Harry Keane cobrou alta e forte, no canto direito do goleiro Penedo, que até foi nela, mas não teve chances.

No minuto 36, Lingard arriscou um chute de fora da área. A bola fez uma curva e entrou no canto esquerdo. Um belo gol.

Aos 40′, uma jogada ensaiada fantástica em cobrança de falta da intermediária ofensiva. Trippier tocou na meia lua, Henderson cruzou para a segunda trave, Harry Keane escorou de cabeça para o meio da pequena área e Sterling finalizou de cabeça. Penedo ainda defendeu, mas Stones completou o rebote de cabeça para o gol. Uma bela trama coletiva, que culminou com outro tento dos ingleses. Não percam as contas: 4 a 0.

O quinto saiu ainda no primeiro tempo, já nos acréscimos, quando Murillo agarrou Stones ao mesmo tempo em que Keane era agarrado por Godoy. O árbitro poderia escolher qual pênalti marcar. Harry Keane foi para a cobrança e repetiu a batida anterior. Dessa vez, Penedo pulou no outro canto.

Na etapa final, a Inglaterra ficou tocando para passar o tempo. Seriam mais 45 minutos desnecessários para o English Team.

Aos 17′, Loftus-Cheek chutou mascado de fora da área, a bola bateu em Keane e tomou o caminho do gol. Mesmo meio sem querer, era o “hat trick” do capitão inglês. Somado aos dois gols da estreia contra a Tunísia, Harry Keane agora é o novo artilheiro do Mundial, com cinco gols. Ele ultrapassou o português Cristiano Ronaldo e o belga Romelu Lukaku, que têm quatro.

A torcida panamenha ficou em êxtase quando sua seleção fez o seu gol. A honra de marcar o primeiro gol do Panamá na história das Copas do Mundo coube a um jogador muito emblemático. Felipe Baloy é o sexto jogador mais velho dessa edição do Mundial. Já passou por várias equipes de seu país, da Colômbia e do México. No Brasil, atuou por Grêmio e Atlético Paranaense. Sua moral na seleção é tanta, que disputou sua 101ª partida hoje e, quando foi a campo no lugar de Gabriel Gómez, recebeu de cara a braçadeira de capitão, que estava com Román Torres.

E foi aos 33′ que Ávila cobrou falta da esquerda, para a marca do pênalti e Baloy esticou a perna para completar para o fundo do gol de Jordan Pickford. Um gol que pouco diminui a goleada sofrida, mas que será comemorado por muito tempo até que o Panamá possa repetir esse feito em Copas diante de um campeão mundial.

Se quisessem, os ingleses poderiam ter feito uma goleada histórica, dentre as maiores das Copas. Mas foram burocráticos, esperando o jogo acabar durante todo o segundo tempo.

Essa vitória inglesa definiu os classificados no Grupo G. Inglaterra e Bélgica estão garantidas nas oitavas de final e rigorosamente empatadas em primeiro lugar da chave. O líder será decidido no confronto direto, na próxima quinta-feira. Por enquanto, a Inglaterra lidera por ter recebido um cartão amarelo a menos que os belgas.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Inglaterra 6 x 1 Panamá
Data: 24/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Cidade: Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 43.319
Árbitro: Gehad Grisha (Egito)
Gols: 8′ John Stones (ING); 22′ Harry Keane (ING)(pen); 36′ Jesse Lingard (ING); 40′ John Stones (ING); 45+1′ Harry Keane (ING)(pen); 62′ Harry Keane (ING); 78′ Felipe Baloy (PAN)
Cartões Amarelos: 10′ Armando Cooper (PAN); 24′ Ruben Loftus-Cheek (ING); 44′ Fidel Escobar (PAN); 72′ Michael Murillo (PAN)
Inglaterra (3-5-2): 1.Jordan Pickford; 2.Kyle Walker, 5.John Stones e 6.Harry Maguire; 12.Kieran Trippier (3. Danny Rose ↑70′), 21.Ruben Loftus-Cheek, 8.Jordan Henderson, 7.Jesse Lingard (17. Fabian Delph ↑63′) e 18.Ashley Young; 10.Raheem Sterling e 9.Harry Kane (C) (11. Jamie Vardy ↑63′). Técnico: Gareth Southgate
Panamá (4-1-4-1): 1.Jaime Penedo; 2.Michael Murillo, 5.Román Torres (C), 4.Fidel Escobar e 15.Erick Davis; 6.Gabriel Gómez (23.Felipe Baloy ↑69′); 8.Edgar Bárcenas (16.Abdiel Arroyo ↑69′), 11.Armando Cooper, 20.Aníbal Godoy (19.Ricardo Ávila ↑62′) e 21.José Luis Rodríguez; 7.Blas Pérez. Técnico: Hernán Darío Gómez

 

… Japão 2 x 2 Senegal


(Imagem: FIFA.com)

Antes de começar o Mundial, o Japão parecia ser a seleção mais fraca do equilibrado Grupo H, ainda mais depois da mudança recente de treinador. Mas, ajudado por um pênalti no início do jogo, venceu a favorita Colômbia.

Senegal possui bons talentos individuais com experiência em clubes europeus, mas seu rendimento era uma incógnita. Estreou vencendo a Polônia por 2 x 1.

No início da partida, a velocidade e força física dos senegaleses pareciam prevalecer sobre o toque de bola rápido e envolvente dos japoneses.

Aos onze minuto de jogo, Wagué cruzou para a área, Sakai tentou cortar e a bola caiu nos pés de Sabaly, que bateu para o gol. O experiente goleiro Kawashima tentou tirar de soco, mas acabou jogando a bola em cima do joelho de Sadio Mané. Era o primeiro gol da partida, quando Senegal já jogava melhor.

Aos 34′, um longo lançamento encontrou Nagatomo na esquerda da área. Ele dominou tirando dois adversários e deixou com Inui. O camisa 14 ajeitou o corpo e chutou rasteiro, no cantinho esquerdo do goleiro Khadim N’Ndiaye. Em um momento difícil do jogo, os japoneses empatavam.

No fim do primeiro tempo, os senegaleses jogaram melhor, criaram chances, mas não as traduziu em vantagem no placar.

Aos 15 minutos do segundo tempo, Haraguchi abriu para Shibasaki na direita e ele cruzou para a pequena área, mas Osako furou na hora de definir.

Quatro minutos depois, em novo contra-ataque dos samurais, Osako dominou na entrada da área e tocou de calcanhar para Inui que passava na esquerda. Ele bateu bonito, tirando do goleiro, mas a bola tocou no travessão e saiu.

Aos 26′, Sabaly cruzou, Niang deixou passar e Moussa Wagué chutou cruzado, alto e forte para o gol, sem chances para Kawashima. Wagué é o afriano mais jovem a marcar na história das Copas, com 19 anos e oito meses.

Mas sete minutos depois, Osako cruzou na área pelo alto e o goleiro senegalês saiu mal. Inui cruzou a sobra da ponta esquerda e Honda, sem goleiro, finalizou para o gol. Tudo empatado em Ecaterimburgo, como ficaria até o final.

Os senegaleses saíram com uma sensação de derrota, pois ficaram na frente do placar por duas vezes. Para se classificar, o Japão precisa apenas empatar com a já eliminada Polônia. Senegal também precisa de um empate para se classificar diante da Polônia. Com uma derrota, torce para que o Japão também perca por mais gols de diferença.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Japão 2 x 2 Senegal
Data: 24/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Estádio Central (Ekaterinburg Arena) — Cidade: Ecaterimburgo (Rússia)
Público: 32.572
Árbitro: Gianluca Rocchi (Itália)
Gols: 11′ Sadio Mané (SEN); 34′ Takashi Inui (JAP); 71′ Moussa Wagué (SEN); 78′ Keisuke Honda (JAP)
Cartões Amarelos: 59′ M’Baye Niang (SEN); 68′ Takashi Inui (JAP); 90′ Yassouf Sabaly (SEN); 90+1′ Cheick N’Doye (SEN); 90+4′ Makoto Hasebe (JAP)
Japão (4-2-3-1): 1.Eiji Kawashima; 19.Hiroki Sakai, 22.Maya Yoshida, 3.Gen Shoji e 5.Yuto Nagatomo; 17.Makoto Hasebe (C) e 7.Gaku Shibasaki; 8.Genki Haraguchi (9.Shinji Okazaki ↑75′), 10.Shinji Kagawa (4.Keisuke Honda ↑72′) e 14.Takashi Inui (11.Takashi Usami ↑87′); 15.Yuya Osako. Técnico: Akira Nishino
Senegal (4-3-3): 16.Khadim N’Ndiaye; 22.Moussa Wagué, 3.Kalidou Koulibaly, 6.Salif Sané e 12.Yassouf Sabaly; 13.Alfred N’Diaye (8.Cheikhou Kouyaté ↑65′), 5.Idrissa Gueye e 17.Badou N’Diaye (11.Cheick N’Doye ↑81′); 18.Ismaila Sarr, 19.M’Baye Niang (9.Mame Biram Diouf ↑86′) e 10.Sadio Mané (C). Técnico: Aliou Cissé

 

… Polônia 0 x 3 Colômbia


(Imagem: FIFA.com)

Pela rica história que tem, a Polônia seria a favorita do grupo. Mas foi um fiasco.

Depois de uma estreia apagada e decepcionante contra o Japão, a Colômbia mostrou sua força ao vencer a Polônia com autoridade por 3 a 0. Desde o princípio, tocou melhor a bola e fez uma marcação feroz em cima de Robert Lewandowski, um dos melhores atacantes do mundo – mesmo que não esteja em boa fase.

Mas a primeira chance de gol aconteceu só aos 37′. James Rodríguez abriu na direita com Cuadrado. Já dentro da área, ele passou facilmente por Rybus e Krychowiak, perdeu o ângulo e chutou em cima do goleiro Szczęsny.

Três minutos depois, James cobrou escanteio curto com Cuadrado, que passou para Quintero, que devolveu para James. O camisa 10 cruzou de primeira e o gigante Yerri Mina se antecipou a Szczęsny para desviar de cabeça. O zagueiro ex-Palmeiras tinha sido reserva na primeira partida, porque praticamente nem jogou nesse semestre, desde que se transferiu ao Barcelona (quando jogou, foi um fiasco). Agora, em sua estreia em Copas, ele fez o gol que deu mais tranquilidade à sua seleção no restante da partida.

A melhor chance da Polônia foi aos 14′ do segundo tempo, quando Bednarek fez um espetacular lançamento praticamente de área a área. Lewandowski dominou de esquerda, mas na hora de finalizar foi abafado por Ospina. O goleiro colombiano saiu bem e fechou o espaço, impedindo o empate.

Aos 30′, Quintero deu uma ótima enfiada de bola para Falcão García. O capitão colombiano dominou e bateu rasteiro, cruzado, com o lado externo do pé, para fazer seu primeiro gol em Copas do Mundo. Vale lembrar que ele não participou do Mundial passado, pois sofreu uma séria contusão quando estava justamente na melhor fase de sua carreira. Agora, com quatro anos de atraso, ele provou no maior palco do mundo o poder de definição que o consagrou nos gramados sul-americanos e europeus. Esse gol matou o jogo e as esperanças polonesas.

Cinco minutos depois, em uma rápido contra-ataque, James fez um lançamento rasteiro sensacional da esquerda para o meio, onde se infiltrava Cuadrado. Ele avançou com a bola, ganhou de velocidade de Pazdan e chutou no canto esquerdo de Szczęsny. 3 a 0 no marcador. Festa dos colombianos nas arquibancadas.

A dois minutos do fim, Lewandowski, o único a tentar causar algum perigo pelo lado polonês, foi buscar a bola na meia esquerda e chutou forte. Ospina estava bem posicionado e espalmou por cima do gol.

A Polônia se tornou a primeira cabeça de chave e a primeira seleção europeia eliminada antecipadamente desta Copa. Uma verdadeira decepção, em um grupo que se previa ser muito equilibrado e bastante acessível.

Com a vitória, a Colômbia entrou de vez na briga por uma vaga nas oitavas de final. E só depende de si. Se vencer Senegal na próxima quinta-feira, se classifica.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Polônia 0 x 3 Colômbia
Data: 24/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Kazan — Cidade: Kazan (Rússia)
Público: 42.873
Árbitro: César Arturo Ramos (México)
Gols: 40′ Yerri Mina (COL); 70′ Radamel Falcao García (COL); 75′ Juan Guillermo Cuadrado (COL)
Cartões Amarelos: 61′ Jan Bednarek (POL); 85′ Jacek Góralski (POL)
Polônia (3-4-2-1): 1.Wojciech Szczęsny; 20.Łukasz Piszczek, 5.Jan Bednarek e 2.Michał Pazdan (15.Kamil Glik ↑80′); 18.Bartosz Bereszyński (14.Łukasz Teodorczyk ↑72′), 10.Grzegorz Krychowiak, 6.Jacek Góralski e 13.Maciej Rybus; 19.Piotr Zieliński e 23.Dawid Kownacki (11.Kamil Grosicki ↑57′); 9.Robert Lewandowski (C). Técnico: Adam Nawalka
Colômbia (4-2-3-1): 1.David Ospina; 4.Santiago Arias, 23.Davinson Sánchez, 13.Yerri Mina e 17.Johan Mojica; 8.Abel Aguilar (15.Mateus Uribe ↑32′) e 5.Wílmar Barrios; 11.Juan Guillermo Cuadrado, 20.Juan Fernando Quintero (16.Jefferson Lerma ↑73′) e 10.James Rodríguez; 9.Radamel Falcao García (C) (7.Carlos Bacca ↑78′). Técnico: José Pekerman

… 18/06/2018 – O melhor do quinto dia da Copa

Três pontos sobre…
… 18/06/2018 – O melhor do quinto dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A “ótima geração belga” atropelou o estreante Panamá.
A Inglaterra sofreu, mas venceu.
Os suecos, pragmáticos, venceram com um gol de pênalti apontado pelo VAR.

… Suécia 1 x 0 Coreia do Sul


(Imagem: FIFA.com)

Suécia e Coreia do Sul fizeram um jogo fraco tecnicamente. As melhores chances foram desperdiçados pelos suecos. E como eles erraram gols…

Aos vinte minutos de partida, Lustig chuta cruzado Toivonen toca para a pequena área e Marcus Berg conseguiu chutar em cima do goleiro Cho Hyun-woo.

Aos 29′, Larsson cobrou escanteio e a bola sobrou para Berg, mas ele chutou fraco em cima da zaga.

No fim da primeira etapa, Lusting cruzou bem, mas Claesson cabeceou para fora.

A melhor chance dos asiáticos foi aos sete minutos do segundo tempo, em um cruzamento que Koo Ja-cheol desviou com perigo, mas a bola saiu à direita do goleiro Olsen.

Quatro minutos depois, Larsson cobrou falta para o meio da área, Toivonen desviou para boa defesa do goleiro sul-coreano.

Aos 17′, após cruzamento na área, Kim Min-woo derrubou Claesson na área. O árbitro Joel Aguilar ficou na dúvida, mas recorreu ao VAR para marcar corretamente o pênalti. O brasileiro Sandro Meira Ricci era o principal árbitro de vídeo da partida.

O capitão Andreas Granqvist assumiu a responsabilidade e cobrou bem, batendo com frieza no canto esquerdo, deslocando o goleiro.

Já nos acréscimos, após cruzamento para a área sueca, Lee Jae-sung escora para o meio da área e Hwang Hee-chan cabeceia com perigo, mas a bola vai para fora.

Mesmo pragmática, a Suécia buscou mais o gol e mereceu vencer. Mas nenhuma dessas duas seleções devem dar trabalho para México e Alemanha se garantirem nas oitavas de final.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Suécia 1 x 0 Coreia do Sul
Data: 18/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 42.300
Árbitro: Joel Aguilar (El Salvador)
Gol: 65′ Andreas Granqvist (SUE)(pen)
Cartões Amarelos: 13′ Kim Shin-wook (COR); 55′ Hwang Hee-chan (COR); 61′ Viktor Claesson (SUE)
Suécia (4-4-2): 1.Robin Olsen; 2.Mikael Lustig, 18.Pontus Jansson, 4.Andreas Granqvist (C) e 6.Ludwig Augustinsson; 7.Sebastian Larsson (13.Gustav Svensson ↑81′), 8.Albin Ekdal (15.Oscar Hiljemark ↑71′), 17.Viktor Claesson e 10.Emil Forsberg; 20.Ola Toivonen (22.Isaak Kiese Thelin ↑77′) e 9.Marcus Berg. Técnico: Janne Andersson
Coreia do Sul (4-1-4-1): 23.Cho Hyun-woo; 2.Lee Yong, 20.Jang Hyun-soo, 19.Kim Yong-gwon e 6.Park Joo-ho (12.Kim Min-woo ↑28′); 16.Ki Sung-yueng (C); 17.Lee Jae-sung, 13.Koo Ja-cheol (10.Lee Seung-woo ↑73′), 11.Hwang Hee-chan e 7.Son Heung-min; 9.Kim Shin-wook (15.Jung Woo-young ↑66′). Técnico: Shin Tae-yong

 

… Bélgica 3 x 0 Panamá


(Imagem: FIFA.com)

Para o Panamá, o sonho já está realizado. Levou o nome de seu país para o mundo, mostrando a todos que não é só um canal que liga os oceanos Atlântico e Pacífico. E foi lindo ver a emoção dos atletas ao ouvirem e cantarem o hino nacional. Especialmente o capitão Román Torres, o herói, autor do gol que classificou sua seleção para o Mundial. Sua voz embargada pelo sentimento e uma lágrima caindo no rosto. Ah, eu te amo, Copa do Mundo! Só você para nos trazer histórias como essa!

Mas também teve futebol. A badalada “ótima geração belga” começou mostrando a que veio, com muito volume de jogo e criando situações de perigo. Aos sete minutos, Mertens chutou firme, para grande defesa do goleiro Jaime Penedo. Aos 21′, De Bruyne foi à linha de fundo e cruzou, mas Torres cortou antes de a bola chegar em Lukaku. E os panamenhos conseguiram segurar o zero no placar na etapa inicial.

Mas logo no início do segundo tempo, o domínio se converteu em gols. Logo aos dois, Mertens pega o rebote e emenda do bico direito da grande área. A bola encobre o goleiro Penedo e morre nas redes. Mais um entre os lindos gols dessa Copa.

Na única chance dos centro-americanos, Bárcenas acha Murillo passando pela direita. Ele domina e chuta, mas o Courtois saiu para fechar o ângulo e defender com os pés.

Aos 24′, o trio mais talentoso em campo apareceu. Hazard escapou pela esquerda e deixou com De Bruyne na entrada da área. De trivela, ele colocou a bola na cabeça de Romelu Lukaku, que mergulhou para fazer o segundo tento dos belgas.

Seis minutos depois, Hazard puxou contra-ataque pelo meio, viu Lukaku escapar pela esquerda e lançou para o centroavante. Como todo bom artilheiro, ele tocou mansamente por cima só para tirar do goleiro.

O Panamá não serve de parâmetro. Mas as estrelas da Bélgica apareceram e decidiram a partida. Venceram e convenceram.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Bélgica 3 x 0 Panamá
Data: 18/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Olímpico de Fisht (Fisht Stadium) — Cidade: Sóchi (Rússia)
Público: 43.257
Árbitro: Janny Sikazwe (Zâmbia)
Gols: 47′ Dries Mertens (BEL); 69′ Romelu Lukaku (BEL); 75′ Romelu Lukaku (BEL)
Cartões Amarelos: 14′ Thomas Meunier (BEL); 18′ Erick Davis (PAN); 45+2′ Edgar Bárcenas (PAN); 49′ Armando Cooper (PAN); 51′ Michael Murillo (PAN); 57′ Aníbal Godoy (PAN); 59′ Jan Vertonghen (BEL); 88′ Kevin De Bruyne (BEL)
Bélgica (3-4-3): 1.Thibaut Courtois; 2.Toby Alderweireld, 20.Dedryck Boyata e 5.Jan Vertonghen; 15.Thomas Meunier, 6.Axel Witsel (22.Nacer Chadli ↑90′), 7.Kevin De Bruyne e 11.Yannick Ferreira Carrasco (19.Mousa Dembélé ↑74′); 14.Dries Mertens (16.Thorgan Hazard ↑83′), 10.Eden Hazard (C) e 9.Romelu Lukaku. Técnico: Roberto Martínez
Panamá (4-5-1): 1.Jaime Penedo; 2.Michael Murillo, 5.Román Torres (C), 4.Fidel Escobar e 15.Erick Davis; 6.Gabriel Gómez, 11.Armando Cooper, 20.Aníbal Godoy, 8.Edgar Bárcenas (9.Gabriel Torres ↑63′) e 21.José Luis Rodríguez (10.Ismael Díaz ↑63′); 7.Blas Pérez (18.Luis Tejada ↑73′). Técnico: Hernán Darío Gómez

 

… Tunísia 1 x 2 Inglaterra


(Imagem: FIFA.com)

Na primeira meia hora de jogo, talvez a Inglaterra tenha tido a melhor atuação de uma equipe no Mundial até agora. Depois, se complicou sozinha em um jogo fácil e só fez o gol da vitória nos acréscimos.

Os destaques foram o grande volume de jogo do English Team no início da partida, com várias chances criadas. Começando aos dois minutos, quando Dele Alli rouba uma bola dentro da área e Jesse Lingard finaliza para uma excepcional defesa do goleiro Mouez Hassen.

Aos 11′, o massacre técnico se resultou na mudança do placar. Após cobrança de escanteio, Stones cabeceou forte, mas o arqueiro Hassen foi no ângulo buscar. A bola sobrou justamente nos pés de quem não poderia: Harry Keane emendou para as redes, inaugurando o marcador.

Infelizmente, o goleiro tunisiano – melhor em campo até então – teve que ser substituído aos XX minutos, por ter caído de mal jeito em outra defesaça, feita ainda antes do gol sofrido. Uma pena. Mas depois foi a vez de seu substituto, Ben Mustapha, passar a fechar o gol. Aos 18′, segurou firme um chute de longe de Jordan Henderson.

Mas como os ingleses não gostam de jogo fácil, em um lance isolado em sua própria área, Kyle Walker foi estúpido ao abrir os braços e acertar Ben Youssef [8]. Pênalti, que Ferjani Sassi cobrou com maestria, no canto direito de Pickford, que acertou o canto, mas não conseguiu fazer a defesa.

Aos 44′, Lingard voltou a perder gol feito, tirando a bola por cima de Ben Mustapha, mas mandando à direita do gol.

Depois disso, o jogo foi esfriando, com a Tunísia se fechando toda, com uma linha de cinco atrás, em uma espécie de 5-4-1. A Inglaterra até tentou, mas não conseguiu criar tantas chances claras como no primeiro tempo.

Quando parecia que o castigo viria, eis que aparece ele. Quem? Keane! Sempre ele! De novo aproveitando um escanteio. Trippier bateu o córner, Maguire desviou no meio e Harry Keane completou de cabeça para o gol. Um gol que fez justiça ao que a Inglaterra (até surpreendentemente) jogou.

O técnico Gareth Southgate deve conhecer melhor seus atletas do que todos nós. Mas eu juro que não compreendo o fato de Marcus Rashford ser reserva de Raheem Sterling. Nada contra o jogador do City, mas o atacante do United é um dos maiores talentos ingleses dos últimos tempos.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Tunísia 1 x 2 Inglaterra
Data: 18/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Volgogrado — Cidade: Volgogrado (Rússia)
Público: 41.064
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)
Gols: 11′ Harry Kane (ING); 35′ Ferjani Sassi (SUE)(pen); 90+1′ Harry Kane (ING)
Cartão Amarelo: 33′ Kyle Walker (ING)
Tunísia (4-1-4-1): 22.Mouez Hassen (1.Farouk Ben Mustapha ↑16′); 11.Dylan Bronn, 2.Syam Ben Youssef, 4.Yassine Meriah e 12.Ali Maâloul; 17.Ellyes Skhiri; 13.Ferjani Sassi, 9.Anice Badri, 8.Fakhreddine Ben Youssef e 23.Naïm Sliti (14.Mohamed Amine Ben Amor ↑74′); 10.Wahbi Khazri (C) (19.Saber Khalifa ↑85′). Técnico: Nabil Maâloul
Inglaterra (3-5-2): 1.Jordan Pickford; 2.Kyle Walker, 5.John Stones e 6.Harry Maguire; 12.Kieran Trippier, 20.Dele Alli (21.Ruben Loftus-Cheek ↑80′), 8.Jordan Henderson, 7.Jesse Lingard (4.Eric Dier ↑90+3′) e 18.Ashley Young; 10.Raheem Sterling (19.Marcus Rashford ↑68′) e 9.Harry Kane (C). Técnico: Gareth Southgate

… 07/06/2002 – Inglaterra 1 x 0 Argentina

Três pontos sobre…
… 07/06/2002 – Inglaterra 1 x 0 Argentina


(Imagem: AP Photo / Ricardo Mazalan)

● Argentina e Inglaterra era o jogo mais esperado da primeira fase da Copa do Mundo de 2002. Era o reencontro das duas grandes rivais históricas, em confrontos que extrapolam o futebol (como em 1966 e 1986).

O último duelo oficial tinha sido nas oitavas de final da Copa anterior, em 1998. Naquela ocasião, a Inglaterra teve de jogar todo o segundo tempo e a prorrogação com um homem a menos, já que David Beckham foi expulso por chutar Diego Simeone, revidando uma entrada violenta e a provocação do argentino. Mesmo assim, o English Team segurou o empate por 2 x 2 e levou a partida para os pênaltis, mas perdeu por 4 x 3, com uma grande atuação do goleiro albiceleste Carlos Roa. Beckham foi responsabilizado pela derrota de 1998, mas agora era o capitão que liderava seu país à revanche.

Quatro anos depois, ingleses e argentinos renovam sua rivalidade sob os olhos atentos do melhor árbitro do mundo, o italiano Pierluigi Collina. Beckham e Simeone estavam mais uma vez cara a cara. Era visível a animosidade entre os dois, mas claramente eles queriam vencer na bola e não de outra forma.

O sueco Sven Gorän Eriksson, técnico da Inglaterra, tinha várias preocupações antes do Mundial, principalmente de ordem médica. No dia 10 de abril, David Beckham sofreu uma falta feia em um jogo do Manchester United e fraturou um osso metatarso do pé esquerdo (lesão semelhante à de Neymar em 2018) e se tornou dúvida para a Copa. Duas semanas depois, foi a vez do lateral Gary Neville, que sofreu a mesma lesão. Para completar, dez dias antes do início da Copa, o meio campista Danny Murphy teve a mesma fratura no amistoso entre Inglaterra e Coreia do Sul. Beckham fez uma terapia de reconstrução óssea (também aplicada em cavalos de corrida) e conseguiu se recuperar a tempo. Já os outros dois jogadores ficaram mesmo fora da lista final para o Mundial.

A seleção argentina era a grande favorita à conquista do Mundial de 2002. Estava invicta há quase dois anos e tinha quebrado o recorde de melhor campanha da história das eliminatórias sul-americanas. Se já não bastasse, contava com craques de nível mundial como Gabriel Batistuta, Hernán Crespo, Juan Sebastián Verón, Ariel Ortega, Javier Zanetti, Pablo Aimar e outros. O técnico Marcelo “Loco” Bielsa se deu ao luxo de desprezar Juan Román Riquelme, um dos melhores armadores das últimas décadas.

Claramente o Grupo F era o temido “Grupo da Morte”. A Argentina vinha de uma vitória tranquila por 1 a 0 sobre a Nigéria e precisava apenas de uma vitória para se garantir na próxima fase. A Inglaterra tinha empatado com a Suécia por 1 x 1 e precisava vencer.


A Inglaterra jogava no 4-4-2 ao seu estilo mais tradicional.


A Argentina atuava no 3-4-3 consagrado por Marcelo “Loco” Bielsa.

● A partida começou disputada, com muitas bolas divididas. A Argentina abusava das faltas duras no meio campo, impedindo a criação de jogadas do adversário.

Logo aos sete minutos, o lateral Juan Pablo Sorín invadiu a área pela esquerda, puxou a marcação e tocou de calcanhar para Kily González chutar forte de primeira, mas a bola saiu à esquerda do goleiro inglês David Seaman.

Apesar do domínio territorial argentino, quem esteve mais perto do gol foi o time inglês.

Aos 17′, Hargreaves driblou Javier Zanetti e lançou Michael Owen na entrada da grande área. O zagueiro Walter Samuel foi mais rápido e controlou bem a jogada.

Beckham era o mestre das bolas paradas inglesas, que levavam perigo a qualquer adversário, mas o jogador inglês mais temido era mesmo Michael Owen, o “Wonderkid” (“Garoto Maravilha”). Na Copa de 1998, ele já tinha infernizado a zaga argentina e feito um gol de placa, arrancando da intermediária e passando por dois adversários antes de finalizar.

Agora, aos 24 minutos ele apareceu pela primeira vez. Emile Heskey roubou a bola de Verón e Hargreaves fez um belo lançamento rasteiro, pegando Owen de frente para a defesa. Ele entrou na área e chutou rasteiro, cruzado. A bola foi na trave direita do goleiro Cavallero.

No minuto seguinte, a Argentina voltou a pressionar. Kily González cruzou e Gabriel Batistuta cabeceou para uma boa defesa de Seaman.

Aos 43′, Michael Owen mostrou que estava mesmo inspirado. Ele entrou na área pelo lado esquerdo e driblou Pochettino, que o derrubou. Collina assinalou pênalti. Beckham bateu forte, no meio do gol, fazendo o que seria o único gol do jogo.


(Imagem: Getty Images / FIFA)

Enquanto isso, o técnico argentino “El Loco” Bielsa caminhava inquieto de um lado para outro no banco de reservas. No intervalo, ele trocou o burocrático Verón pelo arisco Pablo Aimar, que passou a ser a peça central em busca do empate.

O English Team manteve o ritmo na etapa final. Logo aos 4′, Paul Scholes chutou forte de fora da área, mas Cavallero defendeu bem.

Scholes era o principal responsável pela armação das jogadas no meio campo inglês. Ele fez lançamento longo para a área e o veterano Teddy Sheringham recebeu livre, emendando um sem-pulo que obrigou Cavallero a fazer uma defesa dificílima.

Com a vantagem, os britânicos passaram a jogar somente nos contra-ataques, aproveitando principalmente a precisão dos passes de Scholes e a velocidade de Trevor Sinclair (que tinha entrado no lugar do lesionado Hargreaves na primeira etapa).

A Argentina insistia em jogadas aéreas improdutivas. Quando a zaga inglesa não afastava, o goleiro Seaman pegava.

Aos 32′, a albiceleste perdeu sua melhor chance. Após a cobrança de um escanteio da direita, Mauricio Pochettino subiu mais que a zaga inglesa e cabeceou forte, no meio do gol. David Seaman fez uma grande defesa.

Mas a Argentina já estava sem forças para reagir.

Após o apito final, David Beckham foi quem mais comemorou a vitória, como uma espécie de vingança pessoal diante do que lhe aconteceu em 1998.

O resultado deixou os argentinos em situação delicada, precisando ganhar da Suécia para passar para a próxima fase.


(Imagem: Getty Images / FIFA)

● Essa era a primeira vitória inglesa sobre a Argentina em Copas do Mundo desde 1966.

Era também o fim da invencibilidade de 18 jogos do técnico argentino Marcelo Bielsa. A última derrota dos portenhos havia sido no dia 26 de julho de 2000, pelas Eliminatórias, quando o Brasil venceu por 3 a 1.

A Inglaterra fez uma campanha digna. Empatou com a Suécia por 1 a 1, venceu a Argentina por 1 a 0 e empatou com a Nigéria por 0 a 0. Nas oitavas de final, fez um ótimo primeiro tempo e venceu a Dinamarca por 3 a 0. Nas quartas, parou no Brasil, com um show de Ronaldinho Gaúcho, e perdeu de virada por 2 a 1.

A Argentina acabou caindo mesmo na primeira fase. Após vencer a Nigéria por 1 a 0, perdeu para os ingleses por 1 a 0. No empate com a Suécia por 1 x 1, os argentinos não conseguiram a classificação mesmo com a ajuda da arbitragem no gol de empate. O juiz emiradense Ali Bujsaim não marcou uma falta clara em Henrik Larsson, deu um pênalti inexistente para os albicelestes e ainda ignorou o gol irregular de Hernán Crespo, que tinha invadido a área antes da cobrança, na sequência do lance. Ao final do jogo, os argentinos choraram a eliminação ainda em campo.

Curiosamente, juntamente com a delegação da seleção inglesa, viajou também um famoso cabeleireiro de Londes para acompanhar os atletas no Mundial: Scott Warren. Para atender a todos, ele veio acompanhado de mais três cabeleireiros de sua equipe. O único que não utilizou os serviços de Warren foi David Beckham, que tinha seu cabeleireiro particular, Aidan Phelan.


(Imagem: Getty Images / FIFA)

FICHA TÉCNICA:

 

INGLATERRA 1 x 0 ARGENTINA

 

Data: 07/06/2002

Horário: 20h30 locais

Estádio: Sapporo Dome

Público: 35.927

Cidade: Sapporo (Japão)

Árbitro: Pierluigi Collina (Itália)

 

INGLATERRA (4-4-2):

ARGENTINA (3-4-3):

1  David Seaman (G)

12 Pablo Cavallero (G)

2  Danny Mills

4  Mauricio Pochettino

5  Rio Ferdinand

6  Walter Samuel

6  Sol Campbell

13 Diego Placente

3  Ashley Cole

8  Javier Zanetti

21 Nicky Butt

14 Diego Simeone

18 Owen Hargreaves

11 Juan Sebastián Verón (C)

8  Paul Scholes

3  Juan Pablo Sorín

7  David Beckham (C)

10 Ariel Ortega

10 Michael Owen

9  Gabriel Batistuta

11 Emile Heskey

18 Kily González

 

Técnico: Sven-Göran Eriksson

Técnico: Marcelo “Loco” Bielsa

 

SUPLENTES:

 

 

13 Nigel Martyn (G)

23 Roberto Bonano (G)

22 David James (G)

1  Germán Burgos (G)

12 Wes Brown

2  Roberto Ayala

15 Martin Keown

22 José Chamot

16 Gareth Southgate

5  Matías Almeyda

14 Wayne Bridge

15 Claudio Husaín

4  Trevor Sinclair

20 Marcelo Gallardo

23 Kieron Dyer

16 Pablo Aimar

19 Joe Cole

17 Gustavo López

20 Darius Vassell

7  Claudio López

17 Teddy Sheringham

21 Claudio Caniggia

9  Robbie Fowler

19 Hernán Crespo

 

GOL: 44′ David Beckham (ING) (pen)

 

CARTÕES AMARELOS:

13′ Gabriel Batistuta (ARG)

29′ Ashley Cole (ING)

50′ Emile Heskey (ING)

 

SUBSTITUIÇÕES:

19′ Owen Hargreaves (ING) ↓

Trevor Sinclair (ING) ↑

 

INTERVALO Juan Sebastián Verón (ARG) ↓

Pablo Aimar (ARG) ↑

 

54′ Emile Heskey (ING) ↓

Teddy Sheringham (ING) ↑

 

60′ Gabriel Batistuta (ARG) ↓

Hernán Crespo (ARG) ↑

 

64′ Kily González (ARG) ↓

Claudio López (ARG) ↑

 

80′ Michael Owen (ING) ↓

Wayne Bridge (ING) ↑

Melhores momentos da partida: