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… 21/06/2018 – O melhor do oitavo dia da Copa

Três pontos sobre…
… 21/06/2018 – O melhor do oitavo dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

Dinamarca e Austrália empatam, França classificada e Peru eliminado.
Argentina decepciona, leva um “chocolate” do bom time Croácia e agora corre sérios riscos para se classificar às oitavas de final.
Veja os detalhes das partidas, inclusive nossa opinião sobre o fiasco da seleção argentina e de Lionel Messi.


… Dinamarca 1 x 1 Austrália


(Imagem: FIFA.com)

A Dinamarca começou com tudo, mostrando o que tem de melhor. Logo aos sete minutos, Jørgensen preparou bem a bola dentro da área e Christian Eriksen pegou de primeira, de perna esquerda, em finalização plástica, com alto grau de dificuldade. Mas não para quem é craque. Primeiro gol de Eriksen na Copa. Já havia dado a assistência contra o Peru. Ele é a alma e o bastião de qualidade do time.

Doze minutos depois, após cobrança de escanteio, Leckie cabeceia a bola na mão de Poulsen, que saltou mesmo com o braço esquerdo aberto. Com a ajuda do VAR, o árbitro espanhol Mateu Lahoz assinalou a penalidade máxima. Especialista em cobranças de pênalti, o capitão Mile Jedinak (e sua barba estilo “lenhador”) bateu bem no canto esquerdo, deslocando o goleiro Schmeichel e empatando o jogo.

Aos 27 da etapa final, Tom Rogić se livrou da marcação e chutou bem da meia lua, mas Schmeichel pegou.

O empate não fez justiça à partida, já que a Austrália dominou a partida após sofrer o gol. Só não venceu por falta de qualidade técnica dos meias e atacantes. Por outro lado, a Dinamarca foi pior que o adversário na segunda partida seguida (foi assim também contra o Peru). Enquanto os resultados estiverem vindo, tudo bem. O time tem potencial (e tem Eriksen), mas demonstra em poucos momentos. Mas será difícil passar das oitavas de final atuando dessa forma.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Dinamarca 1 x 1 Austrália
Data: 21/06/2018 — Horário: 16h00 locais
Estádio: Cosmos Arena (Arena Samara) — Cidade: Samara (Rússia)
Público: 40.727
Árbitro: Antonio Mateu Lahoz (Espanha)
Gols: 7′ Christian Eriksen (DIN); 38′ Mile Jedinak (AUS)(pen)
Cartões Amarelos: 37′ Yussuf Yurary Poulsen (DIN); 84′ Pione Sisto (DIN)
Dinamarca (4-2-3-1): 1.Kasper Schmeichel; 14.Henrik Dalsgaard, 4.Simon Kjær (C), 6.Andreas Christensen e 17.Jens Stryger Larsen; 19.Lasse Schöne e 8.Thomas Delaney; 20.Yussuf Yurary Poulsen (11.Martin Braithwaite ↑59′), 10.Christian Eriksen e 23.Pione Sisto; 9.Nicolai Jørgensen (21.Andreas Cornelius ↑68′). Técnico: Åge Hareide
Austrália (4-2-3-1): 1.Mathew Ryan; 19.Joshua Risdon, 20.Trent Sainsbury, 5.Mark Miligan e 16.Aziz Behich; 15.Mile Jedinak (C) e 13.Aaron Mooy; 7.Matthew Leckie, 23.Tom Rogić (22.Jackson Irvine ↑82′) e 10.Robbie Kruse (17.Daniel Arzani ↑68′); 11.Andrew Nabbout (9.Tomi Jurić ↑75′). Técnico: Bert van Marwijk

… França 1 x 0 Peru


(Imagem: FIFA.com)

O primeiro lance de perigo foi da França, aos doze minutos. Pogba dominou e girou na intermediária e arriscou de muito longe. A bola passou muito perto, assustando o goleiro Gallese.

Na sequência, Griezmann cobrou escanteio e Varane apareceu para desviar na primeira trave, mas a bola foi para fora.

Pouco depois, Varane lançou de seu campo de defesa, Giroud escora e Griezmann bate forte de direita, para boa defesa do goleiro peruano.

A melhor chance do Peru veio aos 31′, com seu melhor jogador. Cueva carregou pela ponta esquerda e encontrou Guerrero na área. O centroavante do Flamengo girou sobre a marcação de Umtiti e chutou de esquerda, mas a bola foi em cima do goleiro Lloris, que fez uma ótima e importante defesa.

Dois minutos depois, Pogba fez um ótimo lançamento na área para Mbappé, mas o prodígio do PSG errou o calcanhar na bola. Seria um golaço. Mas logo ele teria outra chance de marcar.

No lance seguinte, Pogba rouba a bola de Guerrero e toca para Giroud dentro da área. O centroavante chuta, a bola bate em Rodríguez e sobe, tirando o goleiro da jogada. Ela cai na linha de gol para Mbappé completar para o gol vazio. A camisa 10 de Platini e Zidane parece não pesar para o jovem francês.

Les Bleus continuaram atacando. Mbappé começou a jogada pela direita, passou para Kanté, que deixou para Griezmann tocar de primeira para Lucas Hernández. O lateral esquerdo dominou e chutou forte de esquerda. Gallese defendeu e no rebote Hernández chutou mascado para fora.

Aos cinco minutos do segundo tempo, Farfán ajeitou para Aquino arriscar da intermediária. A bola pegou um efeito contrário e tocou na trave antes de sair. Seria um lindo gol.

Do lado francês, destaque para as alterações promovidas no time titular por Didier Deschamps. A entrada de Matuidi no lugar de Tolisso deu mais marcação, transição e velocidade pelo lado esquerdo. Giroud entrou na vaga de Dembélé e provou o quanto um centroavante fez falta no jogo anterior, contra a Austrália. Isso acabou dando liberdade a Griezmann, o deixando jogar livre, na posição em que mais produz.

A França dominou o primeiro tempo e perdeu oportunidades para fazer um placar maior. No segundo tempo, levou o jogo em “banho-maria”, esperando o apito final. O Peru até tentou pressionar. Teve mais posse de bola, sobrou vontade, mas faltou qualidade. Enquanto os franceses garantiram classificação antecipada, os peruanos estão eliminados.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — França 1 x 0 Peru
Data: 21/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Estádio Central (Ekaterinburg Arena) — Cidade: Ecaterimburgo (Rússia)
Público: 32.789
Árbitro: Mohammed Abdulla Hassan Mohamed (Emirados Árabes Unidos)
Gol: 34′ Kylian Mbappé (FRA)
Cartões Amarelos: 16′ Blaise Matuidi (FRA); 23′ Paolo Guerrero (PER); 81′ Pedro Aquino (PER); 86′ Paul Pogba (FRA)
França (4-3-3): 1.Hugo Lloris (C); 2.Benjamin Pavard, 4.Raphaël Varane, 5.Samuel Umtiti e 21.Lucas Hernández; 13.N’Golo Kanté, 6.Paul Pogba (15.Steven Nzonzi ↑89′) e 14.Blaise Matuidi; 10.Kylian Mbappé (11.Ousmane Dembélé ↑75′), 7.Antoine Griezmann (18.Nabil Fékir ↑80′) e 9.Olivier Giroud. Técnico: Didier Deschamps
Peru (4-2-3-1): 1.Pedro Gallese; 17.Luis Advíncula, 15.Christian Ramos, 2.Alberto Rodríguez (4.Anderson Santamaría ↑INTERVALO) e 6.Miguel Trauco; 23.Pedro Aquino e 19.Yoshimar Yotún (10.Jefferson Farfán ↑INTERVALO); 18.André Carrillo, 8.Christian Cueva (11.Raúl Ruidíaz ↑82′) e 20.Edison Flores; 9.Paolo Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca

… Argentina 0 x 3 Croácia


(Imagem: FIFA.com)

Em cerca de um ano de trabalho, nem o técnico Jorge Sampaoli sabe qual sistema tático usar na seleção e nem quais jogadores escalar. É um “bielsista”, mas só herdou as manias ruins de seu professor. Na primeira partida, um 4-4-2 quase em duas linhas de quatro. No segundo jogo, uma espécie do 3-4-3 de Bielsa, com apenas um zagueiro de ofício. No meio, dois alas lentos na recomposição, além de dois volantes prestes a se aposentar: Mascherano e Enzo Pérez. No ataque, Meza e Agüero ao lado de Messi.

Nem preciso dizer que não deu certo. A Croácia é uma seleção entrosada e com muita qualidade, e se aproveitou das fragilidades do sistema. Quem poderia equilibrar a partida pelo lado argentino seria Messi. Mas ele nem apareceu.

A primeira oportunidade de gol apareceu após meia hora de jogo. Acuña acreditou em uma bola perdida dentro da área, ganhou de Lovren e cruzou para o meio da área. Vida tirou mal e Enzo Pérez chutou para fora, já sem goleiro. Não se pode perder um gol feito como esse.

Três minutos depois, Perišić faz um lançamento para a área tentando achar Mandžukić. Ele desvia de cabeça, mas a bola acaba passando perto da trave, chegando a assustar.

Aos oito minutos do segundo tempo, Mercado atrasa a bola para Caballero. O goleiro tenta devolver por cima, mas repõe a bola fraca e ela fica fácil para Ante Rebić emendar o voleio. Um erro simplório e infantil para um goleiro de uma seleção como a Argentina.

Os albicelestes estiveram muito perto do empate onze minutos depois. Enzo Pérez encontra Higuaín dentro da área. Ele vai até a linha de fundo e cruza. Mas Meza finaliza em cima do goleiro Subašić. No rebote, Messi é travado por Vida, que evita o gol certo.

Aos 35′, Luka Modrić dominou com liberdade pouco antes da meia lua e cortou para os dois lados, fazendo Otamendi dançar. Depois, chutou forte, de longe, sem chances para Caballero. Um golaço.

O caixão foi fechado já nos acréscimos. A primeira tentativa de Rakitić foi uma cobrança de falta magistral, que tocou na junção da trave e do travessão. Um pecado.

Mas logo depois, em um contra-ataque mortal, Rakitić chuta e Caballero espalma. Na sobra, Kovačić devolve para Rakitić, já sem goleiro, só completar para o gol. Causou espanto ver a defesa argentina parada reclamando um impedimento não existente, ao invés de ir na disputa da jogada. Placar de 3 a 0 humilhante para a Argentina.

Sergio Romero seria o goleiro titular, mas se lesionou. Faz muita falta. Franco Armani é o melhor goleiro à disposição, mas Sampaoli preferiu Caballero incrivelmente por ser mais hábil com os pés. Não se podia prever uma falha horrorosa como essa do goleiro reserva do Chelsea.

Pelo que demonstraram na temporada, Paulo Dybala e Gonzalo Higuaín não podem ser reserva dessa Argentina, que escala Meza e Agüero.

O capitão Lionel Messi, ao invés de aparecer para decidir (ou ao menos para buscar jogo), se escondeu. O capitão, o melhor do mundo não pode ser covarde como foi. Nunca será Maradona! Ele não apareceu nem para tentar “arribar”, dar forças ao seu time e ao seu goleiro. Uma decepção nessa Copa, por enquanto. Espero queimar minha língua na próxima partida.

O camisa 10 do Real Madrid fez o jogo que se esperava do camisa 10 do Barcelona.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Argentina 0 x 3 Croácia
Data: 21/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 43.319
Árbitro: Ravshan Irmatov (Uzbequistão)
Gols: 53′ Ante Rebić (CRO); 80′ Luka Modrić (CRO); 90+1′ Ivan Rakitić (CRO)
Cartões Amarelos: 39′ Ante Rebić (CRO); 51′ Gabriel Mercado (ARG); 58′ Mario Mandžukić (CRO); 67′ Šime Vrsaljko (CRO); 85′ Nicolás Otamendi (ARG); 87′ Marcos Acuña (ARG); 90+4′ Marcelo Brozović (CRO)
Argentina (3-4-3): 23.Willy Caballero; 2.Gabriel Mercado, 17.Nicolás Otamendi e 3.Nicolás Tagliafico; 18.Eduardo Salvio (22.Cristian Pavón ↑56′), 14.Javier Mascherano, 15.Enzo Pérez (21.Paulo Dybala ↑68′) e 8.Marcos Acuña; 13.Maximiliano Meza, 10.Lionel Messi (C) e 19.Sergio Agüero (9.Gonzalo Higuaín ↑54′). Técnico: Jorge Sampaoli
Croácia (4-2-3-1): 23.Danijel Subašić; 2.Šime Vrsaljko, 6.Dejan Lovren, 21.Domagoj Vida e 3.Ivan Strinić; 7.Ivan Rakitić e 11.Marcelo Brozović; 18.Ante Rebić (9.Andrej Kramarić ↑57′), 10.Luka Modrić (C) e 4.Ivan Perišić (8.Mateo Kovačić ↑82′); 17.Mario Mandžukić (5.Vedran Ćorluka ↑90+3′). Técnico: Zlatko Dalić

… 20/06/2018 – O melhor do sétimo dia da Copa

Três pontos sobre…
… 20/06/2018 – O melhor do sétimo dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

Cristiano Ronaldo marca seu quarto gol na Copa e Portugal vence a brava seleção do Marrocos.
Luis Suárez aproveita o vacilo do goleiro e marca o Uruguai vence a Arábia Saudita em um jogo burocrático.
Diego Costa conta com a sorte e a Espanha derrota o bom time do Irã.
Três partidas que terminaram 1 x 0, mas o futebol é muito mais do que o gol.

… Portugal 1 x 0 Marrocos


(Imagem: UOL)

No começo, parecia que seria um massacre e, quiçá, um novo “hat-trick” de Cristiano Ronaldo. Logo aos quatro minutos, após escanteio curto, João Moutinho cruzou a bola para a área e CR7 apareceu como um foguete para fuzilar o goleiro Munir El Kajoui. Foi uma cabeçada fulminante e o quarto gol do capitão português na Copa – artilheiro isolado até agora.

Cinco minutos depois, Guerreiro avançou pelo meio e tocou para CR7 dentro da área. Ele puxou para o pé direito e chutou mascado à esquerda do gol.

Logo depois, Ziyech cobrou escanteio e Benatia cabeceou no chão com perigo para boa defesa de Rui Patrício.

Aos 39′, Ronaldo deixou Gonçalo Guedes na cara do gol, mas ele chutou em cima do goleiro marroquino. Gonçalo está se destacando por perder esse tipo de gol. Já tinham sido duas ocasiões desperdiçadas contra a Espanha. Por tudo que fez nas eliminatórias, André Silva deveria ser o titular.

No segundo tempo, aos 10′, Belhanda chutou forte da entrada da área, mas Rui Patrício segurou firme.

Dois minutos depois, Ziyech cobrou falta, Belhanda cabeceou e a bola ainda desviou em Cristiano Ronaldo. Rui Patrício voou como um gato (como diria Tadeu Schmidt no “Fantástico”) e buscou a bola no cantinho. Espetacular defesa! Talvez a mais difícil da Copa até agora.

Na sequência, foram dois lances muito parecidos. Duas faltas cobradas da intermediária para a área, com o capitão Benatia dominando bem e enchendo o pé, mandando a bola por cima do gol. Parecia replay, mas não era. Marrocos estava pressionando bastante nessas cobranças de falta.

Após um início promissor, Portugal foi completamente dominado por Marrocos. Não existe justiça em futebol, mas o placar mais justo seria (pelo menos) o empate. Se os lusos jogarem como hoje, talvez tenham dificuldade para se classificar diante do bravo Irã, treinado pelo patrício Carlos Queiroz.

Assim como na partida diante dos iranianos, Marrocos foi melhor que o adversário, mas pecou na bola parada defensiva e não conseguiu concretizar as oportunidades. Mesmo sendo o primeiro eliminado por antecipação, sai do Mundial de cabeça erguida após vinte anos da última participação.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Portugal 1 x 0 Marrocos
Data: 20/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Olímpico Luzhniki — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 78.011
Árbitro: Mark Geiger (Estados Unidos)
Gol: 4′ Cristiano Ronaldo (POR)
Cartões Amarelos: 40′ Mehdi Benatia (MAR); 90+2′ Adrien Silva (POR)
Portugal (4-2-3-1): 1.Rui Patrício; 21.Cédric, 3.Pepe, 6.José Fonte e 5.Raphaël Guerreiro; 14.William Carvalho e 8.João Moutinho (23.Adrien Silva ↑89′); 10.João Mário (16.Bruno Fernandes ↑70′), 11.Bernardo Silva (18.Gelson Martins ↑59′) e 17.Gonçalo Guedes; 7.Cristiano Ronaldo (C). Técnico: Fernando Santos
Marrocos (4-1-4-1): 12.Munir El Kajoui; 17.Nabil Dirar, 5.Medhi Benatia (C), 4.Manuel da Costa e 2.Achraf Hakimi; 8.Karim El Ahmadi (11.Fayçal Fajr ↑86′); 14.Mbark Boussoufa, 16.Nordin Amrabat, 10.Younès Belhanda (23.Mehdi Carcela ↑75′) e 7.Hakim Ziyech; 13.Khalid Boutaïb (9.Ayoub El Kaabi ↑70′). Técnico: Hervé Renard

 

… Uruguai 1 x 0 Arábia Saudita


(Imagem: FIFA.com)

O Uruguai foi protocolar em seu compromisso contra a Arábia Saudita. Fez o básico, venceu e se classificou para as oitavas de final. Mas em momento algum empolgou ninguém. Aliás, em duas partidas, foram duas vitórias por 1 x 0 e dois jogos chatos. O que se prometia, não está se cumprindo. É uma equipe chata, entediante, enfadonho…

O único gol do jogo saiu aos 23 minutos do primeiro tempo. Carlos Sánchez cobrou o escanteio e o goleiro Al-Owais saiu de soco, mas não conseguiu acertar a bola. E ela caiu justamente no pé esquerdo de um dos maiores artilheiros do mundo, “El Pistolero”, Luisito Suárez. O camisa 9 só completou para o gol.

Depois, o Uruguai diminuiu o ritmo. Ficou devagar, quase parando, só esperando o jogo acabar.

A Arábia Saudita mostrou que também sabe atacar, mesmo com suas muitas limitações. O lateral esquerdo Al-Shahrani foi à linha de fundo e cruzou para a área. Bahebri apareceu na pequena área, mas chutou por cima.

O restante do jogo foi ruim.

Aos seis minutos do segundo tempo, Luis Suárez cobrou falta da intermediária, a bola veio quicando, mas Al-Owais espalmou bem.

Aos 23′, Sánchez cruzou uma falta na área e Martín Cáceres cabeceou por cima.

A dez minutos do fim, Torreira chutou da intermediária, a bola desviou em Edinson Cavani e quase matou o goleiro saudita, mas foi para fora.

Pouco depois, Cavani arrancou, mas perdeu a bola para a zaga. Como o atacante mostrou sua garra ao insistir na jogada, roubar a bola e chutar cruzado. Mas o goleiro saiu bem e fechou o ângulo, defendendo com os pés.

Foi o sexto gol de Suárez em Copas, se tornando também o primeiro uruguaio a marcar em três Copas diferentes (2010, 2014 e 2018). Em 100 partidas, marcou 52 vezes e é o maior goleador da história da Celeste. Além disso, com 423 gols, se igualou a Fernando Morena como o maior artilheiro do futebol uruguaio em todos os tempos.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Uruguai 1 x 0 Arábia Saudita
Data: 20/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Arena Rostov — Rostov-on-Don (Rússia)
Público: 42.678
Árbitro: Clément Turpin (França)
Gol: 23′ Luis Suárez (URU)
Uruguai (4-4-2): 1.Fernando Muslera; 4.Guillermo Varela, 2.José Giménez, 3.Diego Godín (C) e 22.Martín Cáceres; 6.Rodrigo Bentancur, 15.Matías Vecino (14.Lucas Torreira ↑59′), 5.Carlos Sánchez (8.Nahitan Nández ↑82′) e 7.Cristian Rodríguez (17.Diego Laxalt ↑59′); 21.Edinson Cavani e 9.Luis Suárez. Técnico: Óscar Tabárez
Arábia Saudita (4-5-1): 22.Mohammed Al-Owais; 6.Mohammed Al-Breik, 3.Osama Hawsawi (C), 4.Ali Al-Bulaihi e 13.Yasser Al-Shahrani; 14.Abdullah Otayf, 7.Salman Al-Faraj, 17.Taisir Al-Jassim (16.Housain Al-Mogahwi ↑44′), 18.Salem Al-Dawsari e 9.Hattan Bahebri (12.Mohamed Kanno ↑75′); 19.Fahad Al-Muwallad (10.Mohammad Al-Sahlawi ↑78′). Técnico: Juan Antonio Pizzi

 

… Irã 0 x 1 Espanha


(Imagem: FIFA.com)

Era sabido que o Irã tem uma defesa muito bem postada e seria muito difícil de ser vazada. Mas, do outro lado havia a seleção espanhola, uma das melhores do mundo em furar retrancas, sempre com muita paciência.

O mesmo roteiro foi repetido durante todo a primeira etapa: os espanhóis tocavam a bola e os iranianos fechavam os espaços.

A primeira chance da Fúria só apareceu nos acréscimos do primeiro tempo, quando David Silva chutou de fora da área, mas a bola foi desviada pela zaga.

Aos 3′ da etapa final, Isco foi à linha de fundo e cruzou. A defesa afastou mal, Busquets chutou forte e o goleiro Beiranvand defendeu. Na sobra, Lucas Vázquez dividiu com o goleiro de forma faltosa.

Pouco depois, Amiri cobrou o lateral na área e a bola sobrou para Ansarifard chutar forte, na rede pelo lado de fora. Passou muito perto.

Aos nove minutos, o magistral Andrés Iniesta encontrou Diego Costa na área. O brasileiro se enrolou, mas teve sorte em uma dividida na qual a bola bateu nele e foi para o gol. Um gol chorado, que retrata bem como foi a partida.

Aos 17′, após cobrança de falta para a área, Ezatolahi recebe sozinho e empata para o Irã. Porém, o árbitro de vídeo participou bem ao anular o tento dos persas. Realmente, Ezatolahi estava impedido tanto no lançamento, quanto no desvio do companheiro de equipe dentro da área.

No minuto 25′, Isco cobrou o escanteio rasteiro para dentro da área, David Silva rolou para trás, mas Sergio Ramos não pegou em cheio na finalização.

A oito minutos do fim, Amiri passou a bola por baixo das pernas de Piqué e cruzou na segunda trave, mas Taremi cabeceou por cima, perdendo a chance mais clara do jogo.

O empate realmente seria mais justo, pelo que os iranianos jogaram. Agora, para se classificarem, jogam por uma vitória contra Portugal. Não é impossível.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Irã 0 x 1 Espanha
Data: 20/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Kazan — Cidade: Kazan (Rússia)
Público: 42.718
Árbitro: Andrés Cunha (Uruguai)
Gol: 54′ Diego Costa (ESP)
Cartões Amarelos: 79′ Vahid Amiri (IRA); 90+2′ Omid Ebrahimi (IRA)
Irã (4-1-4-1): 1.Alireza Beiranvand; 23.Ramin Rezaeian, 19.Majid Hosseini, 8.Morteza Pouraliganji e 3.Ehsan Haj Safi (C) (5.Milad Mohammadi ↑69′); 6.Saeid Ezatolahi; 9.Omid Ebrahimi, 11.Vahid Amiri, 10.Karim Ansarifard (18.Alireza Jahanbakhsh ↑74′) e 17.Mehdi Taremi (14.Saman Ghoddos ↑86′); 20.Sardar Azmoun. Técnico: Carlos Queiroz
Espanha (4-1-4-1): 1.David de Gea; 2.Dani Carvajal, 3.Gerard Piqué, 15.Sergio Ramos (C) e 18.Jordi Alba; 5.Sergio Busquets; 11.Lucas Vázquez (20.Marco Asensio ↑79′), 6.Andrés Iniesta (8.Koke ↑71′), 21.David Silva e 22.Isco; 19.Diego Costa (9.Rodrigo Moreno ↑89′). Técnico: Fernando Hierro

… 19/06/2018 – O melhor do sexto dia da Copa

Três pontos sobre…
… 19/06/2018 – O melhor do sexto dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

Pelo Grupo A, a Rússia praticamente garantiu vaga nas oitavas de final.
No Grupo H, os favoritos Colômbia e Polônia perderam para Japão e Senegal.
Veja todos os detalhes aqui.

… Colômbia 1 x 2 Japão


(Imagem: FIFA.com)

Em um grupo tão equilibrado como o H, vencer é necessário. E, mesmo não contando inicialmente com James Rodríguez (se recuperando de lesão, entrou no segundo tempo) a Colômbia ostentava o favoritismo, com estrelas como Radamel Falcao García e Juan Guillermo Cuadrado. Na Copa passada, os cafeteros haviam goleado os orientais por 4 x 1.

E o Japão não veio à Copa da Rússia em uma fase tão boa. Inclusive, precisou mudar de treinador no início de abril, com Akira Nishino no lugar do bósnio Vahid Halilhodžić. Mas ostentava seus destaques, como Kawashima, Yoshida, Nagatomo, Kagawa, além do oportunismo de Osako.

E o atacante nipônico se valeu dessa qualidade quando a partida ainda nem havia começado direito. Aos três minutos, após uma bola rebatida vinda da zaga japonesa, Yuya Osako ganhou a disputa de bola com Davinson Sánchez, avançou e bateu rasteiro para a defesa de Ospina. Na sobra, Kagawa tentou finalizar de primeira, mas Carlos Sánchez se pôs na frente da bola e esticou o braço. Pênalti claro e cartão vermelho para o volante. Primeira expulsão dessa Copa.

Após três minutos de reclamação dos colombianos, Kagawa cobrou com tranquilidade, deslocando o goleiro e inaugurando o marcador.

Foi o quarto pênalti mais rápido e a segunda expulsão mais precoce da história das Copas.

Com um homem a mais em campo, o Japão teve o controle total da partida. Continuou criando e desperdiçando chances, especialmente com Takashi Inui.

Aos 39′, em um lance isolado, Falcao sofreu falta. Juan Quintero foi esperto e cobrou por baixo da barreira. O goleiro fez a defesa somente quando a bola já tinha entrado. Gol legal, validado pela tecnologia da linha do gol.

O placar se manteve até os 28′ do segundo tempo. Keisuke Honda cobrou o escanteio, Osako subiu bem e fez o segundo do Japão.

A chance mais clara para a Colômbia empatar foi em uma finalização de James Rodríguez pelo lado direito, mas o gigante Osako foi firme na marcação e impediu o gol.

Logicamente o pênalti e a expulsão foram os momentos chaves do jogo. Mas poucos esperavam uma vitória japonesa, que acabou por embolar o grupo já sem favoritos. Além disso, foi marcante por ser a primeira vitória de uma seleção asiática sobre um adversário sul-americano em toda a história das Copas.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Colômbia 1 x 2 Japão
Data: 19/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Arena Mordovia — Cidade: Saransk (Rússia)
Público: 40.842
Árbitro: Damir Skomina (Eslovênia)
Gols: 6′ Shinji Kagawa (JAP)(pen); 39′ Juan Fernando Quintero (COL); 73′ Yuya Osako (JAP)
Cartões Amarelos: 64′ Wílmar Barrios (COL); 86′ James Rodríguez (COL); 90+4′ Eiji Kawashima (JAP)
Cartão Vermelho: 3′ Carlos Sánchez (COL)
Colômbia (4-2-3-1): 1.David Ospina; 4.Santiago Arias, 23.Davinson Sánchez, 3.Óscar Murillo e 17.Johan Mojica; 6.Carlos Sánchez e 16.Jefferson Lerma; 11.Juan Cuadrado (5.Wílmar Barrios ↑31′), 20.Juan Fernando Quintero (10.James Rodríguez ↑59′) e 21.José Izquierdo (7.Carlos Bacca ↑70′); 9.Radamel Falcao García (C). Técnico: José Pekerman
Japão (4-2-3-1):
1.Eiji Kawashima; 19.Hiroki Sakai, 22.Maya Yoshida, 3.Gen Shoji e 5.Yuto Nagatomo; 17.Makoto Hasebe (C) e 7.Gaku Shibasaki (16.Hotaru Yamaguchi ↑80′); 8.Genki Haraguchi, 10.Shinji Kagawa (4.Keisuke Honda ↑70′) e 14.Takashi Inui; 15.Yuya Osako (9.Shinji Okazaki ↑85′). Técnico: Akira Nishino

… Polônia 1 x 2 Senegal


(Imagem: FIFA.com)

Também pelo Grupo H, Polônia e Senegal fizeram um primeiro tempo de muita marcação e poucas chances de gol. Os astros Robert Lewandowski e Sadio Mané pouco fizeram durante todo o jogo.

Aos 37 minutos de partida, após bela troca de passes entre Niang e Mané, Gueye chutou para o gol. Provavelmente a bola iria fora, mas desviou no zagueiro Thiago Cionek, brasileiro naturalizado polonês, e tomou o caminho do gol.

A melhor chance de Lewandowski foi aos 5′ do segundo tempo, em cobrança de falta que o goleiro N’Ndiaye foi buscar em seu canto esquerdo.

Aos 15, Krychowiak estava em seu campo de ataque quando fez um péssimo recuo. Bednarek deixou para Szczęsny, mas Niang foi mais rápido e tirou do goleiro e ficou com o caminho livre para as redes.

A grande polêmica nesse gol é que Niang estava fora de campo quando foi autorizada a sua entrada pelo árbitro. Justamente nesse momento Krychowiak recuou e Bednarek não percebeu a presença do atacante senegalês. Os poloneses reclamaram com razão, mas o juiz acabou validando o tento. Dois gols sofridos em falta de atenção e/ou de sorte dos poloneses.

Eles ainda diminuíram o placar a quatro minutos do fim, com o próprio Krychowiak escorando de cabeça uma falta cobrada da intermediária por Grosicki. Mas era tarde demais. Nos últimos instantes, nem na base do desespero a Polônia conseguiu empatar.

Os “Leões de Teranga” foram os únicos africanos a vencer na primeira rodada da Copa. Com isso, dão um passo firme rumo às oitavas de final, como já fizeram na sua estreia em Mundiais, em 2002. Falando nisso, o técnico dos africanos é o ídolo Aliou Cissé, capitão daquela equipe histórica, que ainda contava com Tony Sylva, Omar Daf e Lamine Diatta, todos fazendo parte da atual comissão técnica da seleção senegalesa.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Polônia 1 x 2 Senegal
Data: 19/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Otkritie Arena (Spartak Stadium) — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 44.190
Árbitro: Nawaf Shukralla (Bahrein)
Gols: 37′ Thiago Cionek (SEN)(gol contra); 60′ M’Baye Niang (SEN); 86′ Grzegorz Krychowiak (POL)
Cartões Amarelos: 12′ Grzegorz Krychowiak (POL); 49′ Salif Sané (SEN); 72′ Idrissa Gueye (SEN)
Polônia (4-2-3-1): 1.Wojciech Szczęsny; 20.Łukasz Piszczek (18.Bartosz Bereszyński ↑83′), 4.Thiago Cionek, 2.Michał Pazdan e 13.Maciej Rybus; 19.Piotr Zieliński e 10.Grzegorz Krychowiak; 16.Jakub Błaszczykowski (5.Jan Bednarek ↑INTERVALO), 11.Kamil Grosicki e 7.Arkadiusz Milik (23.Dawid Kownacki ↑73′); 9.Robert Lewandowski (C). Técnico: Adam Nawalka
Senegal (4-4-2): 16.Khadim N’Ndiaye; 22.Moussa Wagué, 3.Kalidou Koulibaly, 6.Salif Sané e 12.Yassouf Sabaly; 13.Alfred N’Diaye (8.Cheikhou Kouyaté ↑87′), 5.Idrissa Gueye, 18.Ismaila Sarr e 10.Sadio Mané (C); 9.Mame Biram Diouf (11.Cheick N’Doye ↑62′) e 19.M’Baye Niang (14.Moussa Konaté ↑75′). Técnico: Aliou Cissé

… Rússia 3 x 1 Egito


(Imagem: FIFA.com)

Muitos apostavam que a Rússia cairia ainda na fase de grupos (eu inclusive). Pelo futebol apresentado na Copa das Confederações no ano passado, pelos amistosos e pela ausência por lesão de Aleksandr Kokorin (seu melhor atacante), pelo sistema de jogo indefinido, pelas inseguranças na defesa… Enfim… Motivos não faltaram para duvidarmos dessa seleção russa.

No início do jogo, os donos da casa tentaram se impor. Mas a melhor chance foi os egípcios em um lance isolado, onde Mohamed Salah dominou na entrada da área e virou batendo de esquerda. A bola não passou tão perto, mas assustou o goleiro Akinfeev. Mas a verdade é que o primeiro tempo foi muito ruim. Faltou futebol e emoção. Mas seria diferente no segundo tempo.

Logo aos dois minutos, Golovin cruzou da direita, a zaga rebateu e Zobnin chutou mascado para o meio da área. O capitão Ahmed Fathi se antecipou a Dzyuba, mas a bola bateu em sua canela e foi para o gol. Mais um dentre vários gols contra nesse Mundial. Pelo volume de jogo, a Rússia merecia a vantagem no placar.

Aos 14′, Mário Fernandes apareceu bem na linha de fundo e cruzou rasteiro para trás, onde Denis Cheryshev completou para o gol. É o terceiro gol do russo na Copa, se igualando a Cristiano Ronaldo na artilharia.

Três minutos depois, Kutepov fez um lançamento do campo de defesa. Dzyuba dominou no peito na entrada da área, passou pelo zagueiro e mandou para as redes. Um belo gol, premiando o melhor em campo.

No minuto 27, Mo Salah fez tabela e foi derrubado na área. Pênalti confirmado pelo VAR. O próprio camisa 10 egípcio cobrou com perfeição, no ângulo direito de Akinfeev.

A confirmação ainda não é matemática, mas a Rússia está praticamente classificada para as oitavas de final. O Egito está praticamente eliminado.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Rússia 3 x 1 Egito
Data: 19/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Krestovsky Stadium (Saint Petesburg Stadium) — Cidade: São Petesburgo (Rússia)
Público: 64.468
Árbitro: Enrique Cáceres (Paraguai)
Gols: 47′ Ahmed Fathi (RUS)(gol contra); 59′ Denis Cheryshev (RUS); 62′ Artem Dzyuba (RUS); 73′ Mohamed Salah (EGI)(pen)
Cartões Amarelos: 57′ Trezeguet (EGI); 84′ Fyodor Smolov (RUS)
Rússia (4-2-3-1): 1.Igor Akinfeev (C); 2.Mário Fernandes, 3.Ilya Kutepov, 4.Sergei Ignashevich e 18.Yuri Zhirkov (13.Fyodor Kudryashov ↑86′); 8.Yury Gazinsky e 11.Roman Zobnin; 19.Aleksandr Samedov, 17.Aleksandr Golovin e 6.Denis Cheryshev (7.Daler Kuzyayev ↑74′); 22.Artem Dzyuba (10.Fyodor Smolov ↑79′). Técnico: Stanislav Cherchesov
Egito (4-2-3-1): 23.Mohamed El-Shenawy; 7.Ahmed Fathi (C), 2.Ali Gabr, 6.Ahmed Hegazy e 13.Mohamed Abdel Shafy; 8.Tarek Hamed e 17.Mohamed Elneny (22.Amr Warda ↑64′); 19.Abdalla Said, 21.Trezeguet (14.Ramadan Soby ↑68′) e 10.Mohamed Salah; 9.Marwan Mohsen (11.Kahraba ↑82′). Técnico: Héctor Cúper

… 18/06/2018 – O melhor do quinto dia da Copa

Três pontos sobre…
… 18/06/2018 – O melhor do quinto dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A “ótima geração belga” atropelou o estreante Panamá.
A Inglaterra sofreu, mas venceu.
Os suecos, pragmáticos, venceram com um gol de pênalti apontado pelo VAR.

… Suécia 1 x 0 Coreia do Sul


(Imagem: FIFA.com)

Suécia e Coreia do Sul fizeram um jogo fraco tecnicamente. As melhores chances foram desperdiçados pelos suecos. E como eles erraram gols…

Aos vinte minutos de partida, Lustig chuta cruzado Toivonen toca para a pequena área e Marcus Berg conseguiu chutar em cima do goleiro Cho Hyun-woo.

Aos 29′, Larsson cobrou escanteio e a bola sobrou para Berg, mas ele chutou fraco em cima da zaga.

No fim da primeira etapa, Lusting cruzou bem, mas Claesson cabeceou para fora.

A melhor chance dos asiáticos foi aos sete minutos do segundo tempo, em um cruzamento que Koo Ja-cheol desviou com perigo, mas a bola saiu à direita do goleiro Olsen.

Quatro minutos depois, Larsson cobrou falta para o meio da área, Toivonen desviou para boa defesa do goleiro sul-coreano.

Aos 17′, após cruzamento na área, Kim Min-woo derrubou Claesson na área. O árbitro Joel Aguilar ficou na dúvida, mas recorreu ao VAR para marcar corretamente o pênalti. O brasileiro Sandro Meira Ricci era o principal árbitro de vídeo da partida.

O capitão Andreas Granqvist assumiu a responsabilidade e cobrou bem, batendo com frieza no canto esquerdo, deslocando o goleiro.

Já nos acréscimos, após cruzamento para a área sueca, Lee Jae-sung escora para o meio da área e Hwang Hee-chan cabeceia com perigo, mas a bola vai para fora.

Mesmo pragmática, a Suécia buscou mais o gol e mereceu vencer. Mas nenhuma dessas duas seleções devem dar trabalho para México e Alemanha se garantirem nas oitavas de final.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Suécia 1 x 0 Coreia do Sul
Data: 18/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 42.300
Árbitro: Joel Aguilar (El Salvador)
Gol: 65′ Andreas Granqvist (SUE)(pen)
Cartões Amarelos: 13′ Kim Shin-wook (COR); 55′ Hwang Hee-chan (COR); 61′ Viktor Claesson (SUE)
Suécia (4-4-2): 1.Robin Olsen; 2.Mikael Lustig, 18.Pontus Jansson, 4.Andreas Granqvist (C) e 6.Ludwig Augustinsson; 7.Sebastian Larsson (13.Gustav Svensson ↑81′), 8.Albin Ekdal (15.Oscar Hiljemark ↑71′), 17.Viktor Claesson e 10.Emil Forsberg; 20.Ola Toivonen (22.Isaak Kiese Thelin ↑77′) e 9.Marcus Berg. Técnico: Janne Andersson
Coreia do Sul (4-1-4-1): 23.Cho Hyun-woo; 2.Lee Yong, 20.Jang Hyun-soo, 19.Kim Yong-gwon e 6.Park Joo-ho (12.Kim Min-woo ↑28′); 16.Ki Sung-yueng (C); 17.Lee Jae-sung, 13.Koo Ja-cheol (10.Lee Seung-woo ↑73′), 11.Hwang Hee-chan e 7.Son Heung-min; 9.Kim Shin-wook (15.Jung Woo-young ↑66′). Técnico: Shin Tae-yong

 

… Bélgica 3 x 0 Panamá


(Imagem: FIFA.com)

Para o Panamá, o sonho já está realizado. Levou o nome de seu país para o mundo, mostrando a todos que não é só um canal que liga os oceanos Atlântico e Pacífico. E foi lindo ver a emoção dos atletas ao ouvirem e cantarem o hino nacional. Especialmente o capitão Román Torres, o herói, autor do gol que classificou sua seleção para o Mundial. Sua voz embargada pelo sentimento e uma lágrima caindo no rosto. Ah, eu te amo, Copa do Mundo! Só você para nos trazer histórias como essa!

Mas também teve futebol. A badalada “ótima geração belga” começou mostrando a que veio, com muito volume de jogo e criando situações de perigo. Aos sete minutos, Mertens chutou firme, para grande defesa do goleiro Jaime Penedo. Aos 21′, De Bruyne foi à linha de fundo e cruzou, mas Torres cortou antes de a bola chegar em Lukaku. E os panamenhos conseguiram segurar o zero no placar na etapa inicial.

Mas logo no início do segundo tempo, o domínio se converteu em gols. Logo aos dois, Mertens pega o rebote e emenda do bico direito da grande área. A bola encobre o goleiro Penedo e morre nas redes. Mais um entre os lindos gols dessa Copa.

Na única chance dos centro-americanos, Bárcenas acha Murillo passando pela direita. Ele domina e chuta, mas o Courtois saiu para fechar o ângulo e defender com os pés.

Aos 24′, o trio mais talentoso em campo apareceu. Hazard escapou pela esquerda e deixou com De Bruyne na entrada da área. De trivela, ele colocou a bola na cabeça de Romelu Lukaku, que mergulhou para fazer o segundo tento dos belgas.

Seis minutos depois, Hazard puxou contra-ataque pelo meio, viu Lukaku escapar pela esquerda e lançou para o centroavante. Como todo bom artilheiro, ele tocou mansamente por cima só para tirar do goleiro.

O Panamá não serve de parâmetro. Mas as estrelas da Bélgica apareceram e decidiram a partida. Venceram e convenceram.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Bélgica 3 x 0 Panamá
Data: 18/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Olímpico de Fisht (Fisht Stadium) — Cidade: Sóchi (Rússia)
Público: 43.257
Árbitro: Janny Sikazwe (Zâmbia)
Gols: 47′ Dries Mertens (BEL); 69′ Romelu Lukaku (BEL); 75′ Romelu Lukaku (BEL)
Cartões Amarelos: 14′ Thomas Meunier (BEL); 18′ Erick Davis (PAN); 45+2′ Edgar Bárcenas (PAN); 49′ Armando Cooper (PAN); 51′ Michael Murillo (PAN); 57′ Aníbal Godoy (PAN); 59′ Jan Vertonghen (BEL); 88′ Kevin De Bruyne (BEL)
Bélgica (3-4-3): 1.Thibaut Courtois; 2.Toby Alderweireld, 20.Dedryck Boyata e 5.Jan Vertonghen; 15.Thomas Meunier, 6.Axel Witsel (22.Nacer Chadli ↑90′), 7.Kevin De Bruyne e 11.Yannick Ferreira Carrasco (19.Mousa Dembélé ↑74′); 14.Dries Mertens (16.Thorgan Hazard ↑83′), 10.Eden Hazard (C) e 9.Romelu Lukaku. Técnico: Roberto Martínez
Panamá (4-5-1): 1.Jaime Penedo; 2.Michael Murillo, 5.Román Torres (C), 4.Fidel Escobar e 15.Erick Davis; 6.Gabriel Gómez, 11.Armando Cooper, 20.Aníbal Godoy, 8.Edgar Bárcenas (9.Gabriel Torres ↑63′) e 21.José Luis Rodríguez (10.Ismael Díaz ↑63′); 7.Blas Pérez (18.Luis Tejada ↑73′). Técnico: Hernán Darío Gómez

 

… Tunísia 1 x 2 Inglaterra


(Imagem: FIFA.com)

Na primeira meia hora de jogo, talvez a Inglaterra tenha tido a melhor atuação de uma equipe no Mundial até agora. Depois, se complicou sozinha em um jogo fácil e só fez o gol da vitória nos acréscimos.

Os destaques foram o grande volume de jogo do English Team no início da partida, com várias chances criadas. Começando aos dois minutos, quando Dele Alli rouba uma bola dentro da área e Jesse Lingard finaliza para uma excepcional defesa do goleiro Mouez Hassen.

Aos 11′, o massacre técnico se resultou na mudança do placar. Após cobrança de escanteio, Stones cabeceou forte, mas o arqueiro Hassen foi no ângulo buscar. A bola sobrou justamente nos pés de quem não poderia: Harry Keane emendou para as redes, inaugurando o marcador.

Infelizmente, o goleiro tunisiano – melhor em campo até então – teve que ser substituído aos XX minutos, por ter caído de mal jeito em outra defesaça, feita ainda antes do gol sofrido. Uma pena. Mas depois foi a vez de seu substituto, Ben Mustapha, passar a fechar o gol. Aos 18′, segurou firme um chute de longe de Jordan Henderson.

Mas como os ingleses não gostam de jogo fácil, em um lance isolado em sua própria área, Kyle Walker foi estúpido ao abrir os braços e acertar Ben Youssef [8]. Pênalti, que Ferjani Sassi cobrou com maestria, no canto direito de Pickford, que acertou o canto, mas não conseguiu fazer a defesa.

Aos 44′, Lingard voltou a perder gol feito, tirando a bola por cima de Ben Mustapha, mas mandando à direita do gol.

Depois disso, o jogo foi esfriando, com a Tunísia se fechando toda, com uma linha de cinco atrás, em uma espécie de 5-4-1. A Inglaterra até tentou, mas não conseguiu criar tantas chances claras como no primeiro tempo.

Quando parecia que o castigo viria, eis que aparece ele. Quem? Keane! Sempre ele! De novo aproveitando um escanteio. Trippier bateu o córner, Maguire desviou no meio e Harry Keane completou de cabeça para o gol. Um gol que fez justiça ao que a Inglaterra (até surpreendentemente) jogou.

O técnico Gareth Southgate deve conhecer melhor seus atletas do que todos nós. Mas eu juro que não compreendo o fato de Marcus Rashford ser reserva de Raheem Sterling. Nada contra o jogador do City, mas o atacante do United é um dos maiores talentos ingleses dos últimos tempos.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Tunísia 1 x 2 Inglaterra
Data: 18/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Volgogrado — Cidade: Volgogrado (Rússia)
Público: 41.064
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)
Gols: 11′ Harry Kane (ING); 35′ Ferjani Sassi (SUE)(pen); 90+1′ Harry Kane (ING)
Cartão Amarelo: 33′ Kyle Walker (ING)
Tunísia (4-1-4-1): 22.Mouez Hassen (1.Farouk Ben Mustapha ↑16′); 11.Dylan Bronn, 2.Syam Ben Youssef, 4.Yassine Meriah e 12.Ali Maâloul; 17.Ellyes Skhiri; 13.Ferjani Sassi, 9.Anice Badri, 8.Fakhreddine Ben Youssef e 23.Naïm Sliti (14.Mohamed Amine Ben Amor ↑74′); 10.Wahbi Khazri (C) (19.Saber Khalifa ↑85′). Técnico: Nabil Maâloul
Inglaterra (3-5-2): 1.Jordan Pickford; 2.Kyle Walker, 5.John Stones e 6.Harry Maguire; 12.Kieran Trippier, 20.Dele Alli (21.Ruben Loftus-Cheek ↑80′), 8.Jordan Henderson, 7.Jesse Lingard (4.Eric Dier ↑90+3′) e 18.Ashley Young; 10.Raheem Sterling (19.Marcus Rashford ↑68′) e 9.Harry Kane (C). Técnico: Gareth Southgate

… 17/06/2018 – O melhor do quarto dia da Copa

Três pontos sobre…
… 17/06/2018 – O melhor do quarto dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

Brasil e Alemanha decepcionam. Sérvia consegue sua primeira vitória.
Veja abaixo como foi o primeiro domingo da Copa do Mundo de 2018.

… Costa Rica 0 x 1 Sérvia


(Imagem: FIFA.com)

Foi uma partida sem muito brilho. Para falar a verdade, cumpriu as expectativas. E a Sérvia venceu uma estreia pela primeira vez com esse nome, após a separação das repúblicas da Iugoslávia. E a Costa Rica deixou claro que o espírito vencedor de 2014 não existe mais.

No primeiro tempo, embora os sérvios tenham ficado mais com a bola (62%) ninguém se arriscou. Foi morno.

Aos seis minutos da etapa final, Mitrović tabelou com Milinković-Savić, ficou na cara do gol e finalizou para excepcional defesa de Keylor Navas.

O goleiro do Real Madrid fechou o gol enquanto conseguiu, mas foi vazado aos 11′. O experiente Aleksandar Kolarov se valeu de sua especialidade: as cobranças de falta. Ele bateu no ângulo, sem chances para o arqueiro costarriquenho.

Depois, o técnico Ramírez até tentou deixar seu time mais ofensivo, lançando a campo os habilidosos Bolaños e Campbell, além do centroavante Colindres. Em vão. Embora equilibrasse e até passasse a ter mais posse de bola (53%), não conseguiu criar chances claras e muito menos empatar a partida.

Pelo que mostraram nesse confronto, nem Sérvia e nem Costa Rica serão páreos para Brasil e Suíça.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Costa Rica 0 x 1 Sérvia
Data: 17/06/2018 — Horário: 16h00 locais
Estádio: Cosmos Arena (Arena Samara) — Cidade: Samara (Rússia)
Público: 41.432
Árbitro: Malang Diedhiou (Senegal)
Gol: 56′ Aleksandar Kolarov (SER)
Cartões Amarelos: 22′ Francisco Calvo (COS); 56′ David Guzmán (COS); 59′ Branislav Ivanović (SER); 90+8′ Aleksandar Prijović (SER)
Costa Rica (4-5-1): 1.Keylor Navas; 16.Cristian Gamboa, 2. Johnny Acosta, 3. Giancarlo González, 6. Óscar Duarte e 15.Francisco Calvo; 20.David Guzmán (9.Daniel Colindres ↑73′), 5. Celso Borges, 10.Bryan Ruiz (C) e 11.Johan Venegas (7.Christian Bolaños ↑60′); 21.Marco Ureña (12.Joel Campbell ↑66′). Técnico: Óscar Ramírez
Sérvia (4-2-3-1): 1.Vladimir Stojković; 6.Branislav Ivanović, 15.Nikola Milenković, 3.Duško Tošić e 11.Aleksandar Kolarov (C); 4.Luka Milivojević e 21.Nemanja Matić; 10.Dušan Tadić (2.Antonio Rukavina ↑83′), 20.Sergej Milinković-Savić e 22.Adem Ljajić (17.Filip Kostić ↑70′); 9.Aleksandar Mitrović (8.Aleksandar Prijović ↑90′). Técnico: Mladen Krstajić

 

… Alemanha 0 x 1 México


(Imagem: FIFA.com)

Quando a seleção campeã do mundo entra em campo, é sempre a favorita contra qualquer adversário. Segundo a imprensa europeia, a equipe alemã atual é ainda melhor que a de 2014 e tem tudo para conquistar a Copa de 2018. Só esqueceram de combinar com o México.

Apesar da posse de bola alemã, desde o início os mexicanos passaram a arriscar de fora da área e tiveram vários contra-ataques. Em um deles, aos 35′, Chicharito segurou a bola e passou para Hirving Lozano, que cortou para o meio tirando a marcação e chutou com força, sem chances para Manuel Neuer. Segundo o instituto geológico do México, a comemoração do gol causou um pequeno terremoto na capital do país.

A torcida mexicana no estádio Luzhniki foi um espetáculo à parte, fundamental para catapultar seu país à vitória. Quando o placar ainda estava zerado, já gritavam “olé” a cada troca de passes.

A Alemanha pressionava, o México marcava bem, contra-atacava e perdia chances claras de ampliar (principalmente com Chicharito). Foi esse o roteiro do restante do jogo. O México esteve mais próximo de marcar o segundo gol do que a Alemanha de igualar o placar.

Quanto mais Joachim Löw colocava atacantes em campo, mais Juan Carlos Osorio lançava mão de volantes marcadores, para suportar a pressão. A Alemanha desesperada e desorganizada lutando pelo empate lembrou muito a seleção de antigamente, que vencia mas não convencia.

Discutivelmente, é a maior vitória do México em Copas do Mundo. A primeira em partidas oficiais sobre a Alemanha, que encaminha a classificação para as oitavas de final.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Alemanha 0 x 1 México
Data: 17/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Olímpico Luzhniki — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 78.011
Árbitro: Alireza Faghani (Irã)
Gol: 35′ Hirving Lozano (MEX)
Cartões Amarelos: 40′ Héctor Moreno (MEX); 83′ Thomas Müller (ALE); 84′ Mats Hummels (ALE); 90′ Héctor Herrera (MEX)
Alemanha (4-2-3-1): 1.Manuel Neuer (C); 18.Joshua Kimmich, 17.Jérôme Boateng, 5.Mats Hummels e 2.Marvin Plattenhardt (23.Mario Gómez ↑79′); 6.Sami Khedira (11.Marco Reus ↑60′) e 8.Toni Kroos; 13.Thomas Müller, 10.Mesut Özil e 7.Julian Draxler; 9.Timo Werner (20.Julian Brandt ↑86′). Técnico: Joachim Löw
México (4-2-3-1): 13.Guillermo Ochoa; 3.Carlos Salcedo, 2.Hugo Ayala, 15.Héctor Moreno e 23.Jesús Gallardo; 16.Héctor Herrera e 18.Andrés Guardado (C) (4.Rafael Márquez ↑74′); 7.Miguel Layún, 11.Carlos Vela (21.Edson Álvarez ↑58′) e 22.Hirving Lozano (9.Raúl Jiménez ↑66′); 14.Javier “Chicharito” Hernández. Técnico: Juan Carlos Osorio

 

… Brasil 1 x 1 Suíça


(Imagem: FIFA.com)

Falamos especialmente sobre essa partida neste outro texto.

… 17/06/2018 – Brasil 1 x 1 Suíça

Três pontos sobre…
… 17/06/2018 – Brasil 1 x 1 Suíça


(Imagem: FIFA.com)

● A Seleção Brasileira estreou na Copa do Mundo de 2018 com um frustrante empate por 1 a 1 com a Suíça. Se não se provou a favorita tão destacada quanto a mídia tenta nos fazer pensar, também não foi um fiasco. É a velha história do copo meio cheio ou meio vazio.

Minhas maiores críticas a Tite e à Seleção Canarinho fizeram sentido hoje. Não havia alternativas ao sistema tático 4-1-4-1. Antes da Copa, o próprio Tite afirmou que convocou os jogadores que ele pensou se encaixar melhor no esquema. Estava claro que ele não pensou em outra forma de atuar. E isso se refletiu hoje.

O que só justifica as substituições burocráticas, simplesmente trocando uma peça por outra. Mexeu no volante, saindo o amarelado Casemiro para a entrada de Fernandinho. Trocou Paulinho por Renato Augusto (sem qualquer ritmo de jogo). Mudou o atacante, com Roberto Firmino no lugar de Gabriel Jesus.

Não tinha um centroavante de área no banco (poderia ser Jô, Willian José ou outro). Não havia um meia de bom passe e boa saída de jogo (poderia ser o lesionado Fred, Arthur ou outro). Não tinha um bom atacante de infiltração (eu ouvi alguém falar o nome de “Luan”?!). Tite poderia ter tentado usar dois atacantes, com Firmino e Jesus juntos, mas nem treinou essa situação.

Os amistosos de preparação foram perfeitos, mas eles servem para testes, para saber como atuar em determinadas situações. E nos amistosos, o Brasil não sofreu como hoje. Agora, é pra valer. Não se admitem testes.


O Brasil jogou no sistema preferido de Tite, o 4-1-4-1. Com a bola, era um 4-3-3.


A Suíça foi escalada no 4-3-3. Na prática, sem a bola, era um 4-5-1.

● O Brasil esperava um jogo duro dos suíços, com eles se fechando bem na defesa e dificultando a penetração pelo meio. Mas o talento sul-americano poderia abrir o ferrolho a qualquer momento.

Tudo parecia protocolar, quando Philippe Coutinho pegou a sobra no lado esquerdo e, da entrada da área, chutou com curva no ângulo do goleiro Yann Sommer. Um belíssimo gol, aos 20 minutos de jogo.

A Seleção parecia ter o jogo sob controle no restante do primeiro tempo e até criou chances, mas não ampliou o marcador. No segundo, a situação se inverteu e a Suíça fez o que quis e marcação brasileira parecia frouxa, sem intensidade, demorando para recuperar a bola. Para piorar, a defesa intransponível de Tite falhou uma única vez, mas de forma crucial, permitindo o gol de empate aos 5′.

Steven Zuber subiu sozinho, no meio da pequena área, para cabecear para o gol. No lance, houve um contato do suíço nas costas de Miranda, mas o árbitro de campo considerou o lance normal.

O Brasil voltou a se sentir prejudicado pelas decisões da arbitragem quando Gabriel Jesus caiu ao ser segurado dentro da área.

Incrivelmente, em nenhum desses dois lances, o árbitro mexicano César Arturo Ramos foi ajudado pelo recurso do VAR (árbitro de vídeo). Em lances interpretativos como esses, isso deveria ser imperativo. Mas nada justifica o inesperado empate.

Nos acréscimos, o Brasil forçou nas bolas paradas, mas faltou alguém para mandar a bola para as redes. Mas foi mais no desespero do que na organização.

Com o empate, o Brasil sofreu um choque de realidade. Mas, se corrigir os defeitos apresentados na estreia, seguirá como um dos maiores favoritos ao título. Discutivelmente, o maior deles.


(Imagem: FIFA.com)

● Análises individuais:

— Alisson (Nota 5,5) – Praticamente não foi exigido, mas a bola na pequena área tem que ser do goleiro. E ele ficou estático na hora do gol.

— Danilo (Nota 5,0) – Tímido. Não sofreu muito na marcação, mas também não subiu ao ataque.

— Thiago Silva (Nota 5,5) – Foi relativamente bem, mas, todo o sistema defensivo falhou no gol de empate. E Thiago é o líder natural da defesa.

— Miranda (Nota 5,5) – O zagueiro experiente, que o Brasil sentiu falta na Copa passada, foi inocente hoje. Não se marca um zagueiro pela frente. Deve-se posicionar nas costas, se antecipando somente no momento da jogada e se for o caso. Deveria ter tido a malandragem de cair quando sentiu o contato.

— Marcelo (Nota 4,5) – Não acertou nada do que tentou. Talvez a faixa de capitão tenha pesado um pouco para ele. É um dos melhores jogadores do mundo e precisa mostrar mais. Sofreu um pouquinho para marcar no segundo tempo.


(Imagem: FIFA.com)

— Casemiro (Nota 6,0) – Recebeu cartão amarelo e Tite preferiu substituí-lo para não arriscar ficar com um jogador a menos.

— Paulinho (Nota 5,5) – Não faz uma boa partida desde a virada do ano e terminou a temporada muito em baixa no Barcelona e assim continuou na Seleção. Está jogando só com o nome. Seus avanços ao ataque não são mais surpresas e, às vezes, nem avanços. Perdeu um gol claro no início do jogo.

— Willian (Nota 6,0) – Como sempre, correu e tentou muito. Mas não conseguiu se criar para cima de Ricardo Rodríguez.

— Philippe Coutinho (Nota 7,0) – Não foi só pelo gol. Foi o melhor brasileiro em campo, aparecendo e buscando as jogadas pelo meio e pela esquerda.


(Imagem: FIFA.com)

— Neymar (Nota 6,0) – Foi muito bem marcado, até de forma mais dura do que a arbitragem deveria permitir. Mas sempre buscava as jogadas individuais pelo meio, facilitando a marcação. Com a bola nos pés, é único. Mas precisa de uma aula teórica de futebol, pra relembrar que é um esporte coletivo.

— Gabriel Jesus (Nota 5,0) – Ficou encaixotado no meio da defesa suíça. Sofreu um pênalti não marcado pela arbitragem. De resto, pouco apareceu.

— Fernandinho (Nota 6,0) – Experiente, manteve o nível de Casemiro. Nada mais.

— Renato Augusto (Nota 4,5) – Voltando de lesão, estava completamente fora de ritmo. Ele é muito bom, já foi importante para a Seleção e conta com a lealdade de Tite por isso. Mas, um jogador que vai para a China, praticamente abre mão do quesito técnico, já que involui. Por isso, nem deveria estar entre os 23. Muito menos entrar em campo.

— Roberto Firmino (Nota 6,) – Tentou um pouco mais do que o menino Jesus, mas pouco acrescentou.

— Tite (Nota 5,0) – Seu sistema não funcionou e não treinou alternativas, como já falamos.


(Imagem: FIFA.com)

— Suíça (Nota 7,0) – Foi mais do mesmo. Repetiu o que tinha feito em um amistoso contra a Espanha há quize dias: sofreu o gol em um chute de fora da área, achou o gol de empate e depois fechou o meio do campo. E isso, eles sabem fazer como poucos. No primeiro tempo, foi acuada, mas soube sofrer. No segundo tempo, Granit Xhaka e Valon Behrami controlaram o meio campo. Xherdan Shaqiri passou a aparecer bem para trocar passes e o jogo ficou mais prerigoso para o Brasil. No fim, conseguiu o que queria: um empate, contra o adversário mais difícil do Grupo E. Tem bola para ganhar da Sérvia e da Costa Rica.

— Arbitragem (Nota 4,0) – Pouco coibiu o excesso de faltas da Suíça e deixou de consultar o VAR em dois lances capitais, que interferiram bastante no resultado da partida: o empurrão em Miranda no gol suíço e o pênalti sofrido por Gabriel Jesus.


(Imagem: UOL)

FICHA TÉCNICA:

 

BRASIL 1 x 1 SUÍÇA

 

Data: 14/06/2018

Horário: 21h00 locais

Estádio: Arena Rostov

Público: 43.109

Cidade: Rostov-on-Don (Rússia)

Árbitro: César Arturo Ramos (México)

 

BRASIL (4-1-4-1):

SUÍÇA (4-3-3):

1  Alisson (G)

1  Yann Sommer (G)

14 Danilo

2  Stephan Lichtsteiner (C)

2  Thiago Silva

22  Fabian Schär

3  Miranda

5  Manuel Akanji

12 Marcelo (C)

13 Ricardo Rodríguez

5  Casemiro

10  Granit Xhaka

15 Paulinho

11  Valon Behrami

19 Willian

15  Blerim Džemaili

11 Philippe Coutinho

14  Steven Zuber

10 Neymar Jr

23  Xherdan Shaqiri

9  Gabriel Jesus

9  Haris Seferović

 

Técnico: Tite

Técnico: Vladimir Petković

 

SUPLENTES:

 

 

23 Ederson (G)

21  Roman Bürki (G)

16 Cássio (G)

12  Yvon Mvogo (G)

22 Fagner

3  François Moubandje

13 Marquinhos

4  Nico Elvedi

4  Pedro Geromel

6  Michael Lang

6  Filipe Luís

20  Johan Djourou

17 Fernandinho

17  Denis Zakaria

18 Fred (lesionado)

16  Gelson Fernandes

8  Renato Augusto

8  Remo Freuler

7  Douglas Costa

7  Breel Embolo

21 Taison

18  Mario Gavranović

20 Roberto Firmino

19  Josip Drmić

 

GOLS:

20′ Philippe Coutinho (BRA)

50′ Steven Zuber (SUI)

 

CARTÕES AMARELOS:

31′ Stephan Lichtsteiner (SUI)

47′ Casemiro (BRA)

65′ Fabian Schär (SUI)

68′ Valon Behrami (SUI)

 

SUBSTITUIÇÕES:

60′ Casemiro (BRA) ↓

Fernandinho (BRA) ↑

 

67′ Paulinho (BRA) ↓

Renato Augusto (BRA) ↑

 

71′ Valon Behrami (SUI) ↓

Denis Zakaria (SUI) ↑

 

79′ Gabriel Jesus (BRA) ↓

Roberto Firmino (BRA) ↑

 

80′ Haris Seferović (ARA) ↓

Breel Embolo (BRA) ↑

 

87′ Stephan Lichtsteiner (SUI) ↓

Michael Lang (SUI) ↑

Melhores momentos da partida:

… 16/06/2018 – O melhor do terceiro dia da Copa

Três pontos sobre…
… 16/06/2018 – O melhor do terceiro dia da Copa


Messi cobra pênalti e Halldórsson defende (Imagem: FIFA.com)

Foi uma maratona com quatro jogos.
O VAR e a Islândia debutaram em Copas do Mundo e se saíram vitoriosos.
França e Argentina deixaram a desejar e o Peru pagou pelo que não fez.
Veja abaixo como foram todas as partidas de hoje.

… França 2 x 1 Austrália


Griezmann ficou devendo hoje… (Imagem: FIFA.com)

A França venceu a Austrália “no piloto automático”. Com uma atuação ruim, Les Bleus não conseguiram trabalhar como um time e contaram com lances isolados para conseguir a vitória.

Dentro de suas limitações, a Austrália foi brava. Soube se fechar muito bem, mas faltou poder de fogo no ataque.

Mas quem foi realmente decisiva foi a tecnologia. O VAR marcou pênalti em Griezmann e ele mesmo converteu, aos 13′ do segundo tempo. Quatro minutos depois, o VAR confirmou que Umtiti meteu a mão na bola. Pênalti para os australianos, que o capitão Mile Jedinak mandou para as redes. Finalmente, a nove minutos do fim, Pogba fez tabela pelo meio e dividiu com Behich. A bola bateu no travessão e pingou dentro do gol. A tecnologia da linha do gol confirmou o tento e a vitória francesa.

É muito pouco para uma seleção tão talentosa e cotada como uma das favoritas ao título. Pogba e Griezmann (autores dos gols hoje) já provaram mais de uma vez que não são confiáveis para liderar essa geração. Mbappé já mostrou capacidade, mas é muito novo para isso. Mesmo com todas as polêmicas extracampo, a França vai sentir muita falta de alguém como Karim Benzema, acostumado a ser importante coletivamente no Real Madrid.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — França 2 x 1 Austrália
Data: 16/06/2018 — Horário: 13h00 locais
Estádio: Arena Kazan — Cidade: Kazan (Rússia)
Público: 41.279
Árbitro: Andrés Cunha (Uruguai)
Gols: 58′ Antoine Griezmann (FRA)(pen); 62′ Mile Jedinak (AUS)(pen); 81′ Aziz Behich (FRA)(gol contra)
Cartões Amarelos: 13′ Matthew Leckie (AUS); 57′ Joshua Risdon (AUS); 76′ Corentin Tolisso (FRA); 87′ Aziz Behich (AUS)
França (4-3-3): 1.Hugo Lloris (C); 2.Benjamin Pavard, 4.Raphaël Varane, 5.Samuel Umtiti e 21.Lucas Hernández; 13.N’Golo Kanté, 12.Corentin Tolisso (14.Blaise Matuidi ↑78′) e 6.Paul Pogba; 11.Ousmane Dembélé (18.Nabil Fékir ↑70′), 10.Kylian Mbappé e 7.Antoine Griezmann (9.Olivier Giroud ↑70′). Técnico: Didier Deschamps
Austrália (4-2-3-1): 1.Mathew Ryan; 19.Joshua Risdon, 5.Mark Miligan, 20.Trent Sainsbury e 16.Aziz Behich; 15.Mile Jedinak (C) e 13.Aaron Mooy; 7.Matthew Leckie, 23.Tom Rogić (22.Jackson Irvine ↑72′) e 10.Robbie Kruse (17.Daniel Arzani ↑84′); 11.Andrew Nabbout (9.Tomi Jurić ↑64′). Técnico: Bert van Marwijk

 

… Argentina 1 x 1 Islândia


Messi tentou, tentou e tentou. Mas não conseguiu passar pelos guerreiros vikings (Imagem: FIFA.com)

A Argentina é outra favorita que decepcionou. Até começou bem quando, aos 19′ de jogo, Kun Agüero aproveitou uma bola na área, girou bem e chutou forte de esquerda, no ângulo. Tudo no script até aí.

Mas quatro minutos depois, Finnbogason pega o rebote do goleiro Caballero e marca o primeiro gol da Islândia na história das Copas e empata o jogo.

Depois disso, a partida se tornou ataque contra defesa. E, incrivelmente, a defesa se sobressaiu. Em vários momentos, eram os onze atletas atrás da linha da bola. Liderada pelos volantes Gunnarsson e Hallfreðsson, a marcação em cima de Lionel Messi foi muito forte. Ele até teve suas chances, mas não conseguiu marcar.

A chance mais clara para o camisa 10 albiceleste foi em um pênalti, cometido por Magnússon em cima de Meza. Messi bateu à meia altura no canto esquerdo, mas o goleiro Halldórsson pulou certo e fez a defesa.

Messi participou muito do jogo, mas não estava em seus melhores dias. Ele, e toda a Argentina, insistiram muito pelo meio. Meza e Di María foram escalados para jogarem abertos, mas afunilavam demais. Pelo meio, a “parede de gelo” da Islândia resistiu aos ataques. E os vikings debutaram em Copas do Mundo com um empate contra a poderosa Argentina de Messi.

A Islândia não é surpresa e muito menos zebra. Quem acompanha mais de perto o futebol tem visto a evolução de seus jogadores e, consequentemente, de sua seleção.

Na próxima partida, contra a Croácia, a Argentina necessita da vitória. Caso contrário, pode ficar próxima de repetir o pesadelo de 2002.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Argentina 1 x 1 Islândia
Data: 16/06/2018 — Horário: 16h00 locais
Estádio: Otkritie Arena (Spartak Stadium) — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 44.190
Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia)
Gols: 19′ Sergio Agüero (ARG); 23′ Alfreð Finnbogason (ISL)
Argentina (4-2-3-1): 23.Willy Caballero; 18.Eduardo Salvio, 17.Nicolás Otamendi, 16.Marcos Rojo e 3.Nicolás Tagliafico; 14.Javier Mascherano e 5.Lucas Biglia (7.Éver Banega ↑54′); 13.Maximiliano Meza (9.Gonzalo Higuaín ↑84′), 11.Ángel Di María (22.Cristian Pavón ↑75′) e 10.Lionel Messi (C); 19.Sergio Agüero. Técnico: Jorge Sampaoli
Islândia (4-4-1-1): 1.Hannes Halldórsson; 2.Birkir Sævarsson, 14.Kári Árnason, 6.Ragnar Sigurðsson e 18.Hörður Magnússon; 17.Aron Gunnarsson (C) (23.Ari Freyr Skúlason ↑76′), 20.Emil Hallfreðsson, 7.Jóhann Berg Guðmundsson (19.Rúrik Gíslason ↑63′) e 8.Birkir Bjarnason; 10.Gylfi Sigurðsson; 11.Alfreð Finnbogason (9.Björn Sigurðarson ↑89′). Técnico: Heimir Hallgrímsson.

 

… Peru 0 x 1 Dinamarca


Cueva e Poulsen, os protagonistas da partida (Imagem: FIFA.com)

Foram 36 anos de espera para que o Peru voltasse a disputar uma Copa do Mundo. E começou com a corda toda, controlando as ações da partida e acuando o adversário. Mas este não era qualquer um. Era a Dinamarca, fria, calculista e efetiva.

Enquanto o Peru ficava com a bola e tentava criar chances para abrir o placar, os dinamarqueses pareciam ter o jogo sob controle. O goleiro Kasper Schmeichel honrou o sobrenome e fechou o gol nas melhores chances dos sul-americanos.

No finalzinho do primeiro tempo, o VAR apareceu, ajudando o árbitro gambiano Bakary Gassama a apitar um pênalti sofrido por Christian Cueva. O meia do São Paulo deslocou o goleiro, mas a bola foi por cima do gol. Goleiro bom tem que ter sorte, também.

Aos 14 minutos do segundo tempo, a Dinamarca saiu em um contra-ataque bem armado, até que a bola caiu nos pés de Christian Eriksen, o craque do time. Ele sabe o que faz. E fez de forma perfeita, ao conduzir a bola pelo meio e deixar Poulsen na cara do gol, para anotar o único tento da partida.

Paolo Guerrero (anistiado de suspensão apenas para jogar a Copa) entrou pouco depois. Até teve suas oportunidades, mas não conseguiu empatar. Mas mostrou que está em forma. Tecnicamente, é muito superior aos seus companheiros e deve ser titular nos próximos jogos.

A Dinamarca venceu o confronto direto mais importante. Deve vencer também a Austrália e, praticamente, se garantir na próxima fase.

Mesmo jogando melhor, o Peru perde a partida e se complica para a sequência da competição. Os pontos perdidos agora terão que ser recuperados contra a França, se quiserem continuar sonhando em avançar para as oitavas de final. Pelo que os franceses mostraram mais cedo, não é impossível.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Peru 0 x 1 Dinamarca
Data: 16/06/2018 — Horário: 19h00 locais
Estádio: Arena Mordovia — Cidade: Saransk (Rússia)
Público: 40.502
Árbitro: Bakary Gassama (Gâmbia)
Gol: 59′ Yussuf Yurary Poulsen (DIN)
Cartões Amarelos: 38′ Renato Tapia (PER); 86′ Thomas Delaney (DIN); 90+3′ Yussuf Yurary Poulsen (DIN)
Peru (4-2-3-1): 1.Pedro Gallese; 17.Luis Advíncula, 2.Alberto Rodríguez (C), 15.Christian Ramos e 6.Miguel Trauco; 13.Renato Tapia (23.Pedro Aquino ↑87′) e 19.Yoshimar Yotún; 18.André Carrillo, 8.Christian Cueva e 20.Edison Flores (9.Paolo Guerrero ↑62′); 10.Jefferson Farfán (11.Raúl Ruidíaz ↑85′). Técnico: Ricardo Gareca
Dinamarca (4-2-3-1): 1.Kasper Schmeichel; 14.Henrik Dalsgaard, 4.Simon Kjær (C), 6.Andreas Christensen (13.Mathias Jørgensen ↑81′) e 17.Jens Stryger Larsen; 7.William Kvist (19.Lasse Schöne ↑35′) e 8.Thomas Delaney; 20.Yussuf Yurary Poulsen, 10.Christian Eriksen e 23.Pione Sisto (11.Martin Braithwaite ↑67′); 9.Nicolai Jørgensen. Técnico: Åge Hareide

 

… Croácia 2 x 0 Nigéria


Pra variar, Modrić foi o destaque do jogo (Imagem: FIFA.com)

E a maratona de futebol deste sábado terminou com o pior dos quatro jogos. Confesso que fiquei com sono em grande parte do tempo. É incrível como a Nigéria consegue fazer jogos chatos. Foi assim também contra o Irã em 2014. Mas a culpa não é só dos africanos. O árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci pensou que estava no Brasil e não deixou o jogo correr, apitando tudo e tornendo o jogo mais feio ainda.

O técnico croata escalou uma equipe super ofensiva no papel e desentrosada na prática, com Rakitić e Modrić de volantes, Perišić na esquerda, Rebić na direita e Kramarić pelo meio se aproximando de Mandžukić.

A Nigéria é muita correria e nada mais. Uma decepção, se lembrarmos daquele time de 1998, com Okocha, Ikpeba, Amokachi e outros.

A dupla Modrić e Mandžukić decidiram a partida. Aos 32′, o camisa 10 do Real Madrid cobrou um escanteio, Mandžukić cabeceou e a bola bateu nas pernas do volante Etebo e morreu no fundo do gol de Uzoho. Gol contra.

Já aos 26 do segundo tempo, o zagueirão Troost-Ekong abraçou Mandžukić e o árbitro Sandro Meira Ricci apitou pênalto. Modrić cobrou com perfeição, para marcar pela primeira vez em Copas do Mundo.

Se jogar como estava treinando, com o meio mais fechado e Modrić se aproximando mais do ataque, a Croácia tem time para dificultar as coisas para a Argentina. Veremos na próxima quinta feira.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Croácia 2 x 0 Nigéria
Data: 16/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Baltika (Kaliningrado Stadium) — Cidade: Kaliningrado (Rússia)
Público: 31.136
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Brasil)
Gols: 32′ Oghenekaro Etebo (CRO)(gol contra); 71′ Luka Modrić (CRO)(pen)
Cartões Amarelos: 30′ Ivan Rakitić (CRO); 70′ William Troost-Ekong (NIG); 89′ Marcelo Brozović (CRO)
Croácia (4-2-3-1): 23.Danijel Subašić; 2.Šime Vrsaljko, 6.Dejan Lovren, 21.Domagoj Vida e 3.Ivan Strinić; 7.Ivan Rakitić e 10.Luka Modrić (C); 18.Ante Rebić (8.Mateo Kovačić ↑78′), 9.Andrej Kramarić (11.Marcelo Brozović ↑60′) e 4.Ivan Perišić; 17.Mario Mandžukić (20.Marko Pjaca ↑86′). Técnico: Zlatko Dalić
Nigéria (4-2-3-1): 23.Francis Uzoho; 12.Abdullahi Shehu, 5.William Troost-Ekong, 6.Leon Balogun e 2.Brian Idowu; 4.Wilfred Ndidi e 8.Oghenekaro Etebo; 11.Victor Moses, 10.John Obi Mikel (C) (13.Simeon Nwankwo ↑88′) e 18.Alex Iwobi (7.Ahmed Musa ↑62′); 9.Odion Ighalo (14.Kelechi Iheanacho ↑72′). Técnico: Gernot Rohr

… 15/06/2018 – O melhor do segundo dia da Copa

Três pontos sobre…
… 15/06/2018 – O melhor do segundo dia da Copa


(Imagem: O Jogo)

Duas partidas que tiveram seus respectivos vencedores conhecidos praticamente no último lance. Um jogaço, no qual ninguém perdeu e quem ganhou foi o espectador. Veja como foi o “Dia de Copa”.


… Egito 0 x 1 Uruguai


(Imagem: FIFA.com)

Houve uma evolução clara no nível técnico do meio campo uruguaio. Bentacur, Vecino, Nández e De Arrascaeta, além de jovens, possuem uma característica diferente, de mais qualidade na criação de jogadas, se comparados aos colegas que ocuparam a mesma posição em Mundiais anteriores (Diego Pérez, Arévalo Ríos, Walter Gargano, Álvaro González e outros).

Mas, embora tenham mantido a posse de bola com boas trocas de passes, esses meias não foram criativos o suficiente para levar os charruas à vitória. Tudo dependia da ótima dupla de frente: Luis Suárez e Edinson Cavani. Mas enquanto Luisito errou tudo o que tentou, o atacante do PSG parou nas mãos do goleiro El-Shenawy e, especialmente, na trave em cobrança de falta, na etapa final.

Quando parecia que persistiria o empate sem gols, a Celeste precisou se valer do que tem de melhor: a bola aérea. Foi na raça, na vontade e no bom cruzamento em cobrança de falta de Carlos Sánchez, que o zagueiro José Giménez subiu no terceiro andar e cabeceou no ângulo do goleiro egípcio, marcando o único gol do jogo.

O Egito foi valente e até tentou mostrar suas armas, principalmente a boa transição da defesa para o ataque, mas ficou nítido o quanto é dependente do talento e da ótima fase de Mohamed Salah. Ainda se recuperando de lesão sofrida na final da UEFA Champions League, o craque do Liverpool fez muita falta à sua seleção. Mas os Faraós mostraram um bom futebol. Tanto, que vamos profetizar: o Egito vencerá Rússia e Arábia Saudita, e se classificará para as oitavas de final.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Egito 0 x 1 Uruguai
Data: 15/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Estádio Central (Ekaterinburg Arena) — Cidade: Ecaterimburgo (Rússia)
Público: 27.015
Árbitro: Björn Kuipers (Holanda)
Gol: 89′ José Giménez (URU)
Cartões Amarelos: 90+6′ Ahmed Hegazy (EGI)
Egito (4-2-3-1): 23.Mohamed El-Shenawy; 7.Ahmed Fathi (C), 2.Ali Gabr, 6.Ahmed Hegazy e 13.Mohamed Abdel Shafy; 8.Tarek Hamed (5.Sam Morsy ↑50′) e 17.Mohamed Elneny; 22.Amr Warda (14.Ramadan Soby ↑82′), 19.Abdalla Said e 21.Trezeguet; 9.Marwan Mohsen (11.Kahraba ↑63′). Técnico: Héctor Cúper
Uruguai (4-4-2): 1.Fernando Muslera; 4.Guillermo Varela, 3.Diego Godín (C), 2.José Giménez e 22.Martín Cáceres; 6.Rodrigo Bentancur, 15.Matías Vecino (14.Lucas Torreira ↑87′), 8.Nahitan Nández (5.Carlos Sánchez ↑58′) e 10.Giorgian De Arrascaeta (7.Cristian Rodríguez ↑59′); 21.Edinson Cavani e 9.Luis Suárez. Técnico: Óscar Tabárez

 

… Marrocos 0 x 1 Irã


(Imagem: FIFA.com)

Possuir melhores jogadores nem sempre significa ter a melhor equipe e muito menos é garantia de vitória. Comparados aos iranianos, os atletas marroquinos são mais técnicos e possuem mais experiência no futebol europeu. E começaram a partida mostrando isso, dominando as ações e pressionando o adversário, mas sem conseguir chegar ao gol. E a melhor chance no primeiro tempo foi dos persas, em um belo contragolpe, quando Azmoun finalizou para uma grande defesa de El Kajoui – que ainda pegou o rebote de Jahanbakhsh.

Depois, o jogo esfriou até Belhanda preparar de cabeça para o chute de Ziyech de fora da área, mas o goleiro Beiranvand voou no canto direito para espalmar a bola.

Aos 49 minutos do segundo tempo, Haj Safi cobrou falta pela esquerda e Bouhaddouz foi infeliz ao cabecear para o próprio gol. No fim, não existe gol feio. Lindo, foi ver o Irã comemorar como um título mundial a sua segunda vitória na história das Copas. Em nove partidas até então, tinha vencido apenas o arqui-inimigo Estados Unidos, por 2 a 1, em 1998.

O Irã venceu a “sua Copa” paralela. Nenhuma dessas duas seleções devem ser páreo para Portugal e Espanha na sequência do grupo.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Marrocos 0 x 1 Irã
Data: 15/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Krestovsky Stadium (Saint Petesburg Stadium) — Cidade: São Petesburgo (Rússia)
Público: 62.548
Árbitro: Cüneyt Çakır (Turquia)
Gol: 90+5′ Aziz Bouhaddouz (IRA)(gol contra)
Cartões Amarelos: 10′ Masoud Shojaei (IRA); 34′ Karim El Ahmadi (MAR); 47′ Alireza Jahanbakhsh (IRA); 90+2′ Karim Ansarifard (IRA)
Marrocos (4-1-4-1): 12.Munir El Kajoui; 16.Nordin Amrabat (21.Sofyan Amrabat ↑76′), 5.Medhi Benatia (C), 6. Romain Saïss e 2.Achraf Hakimi; 8.Karim El Ahmadi; 14.Mbark Boussoufa, 10.Younès Belhanda, 7.Hakim Ziyech e 18.Amine Harit (4.Manuel da Costa ↑82′); 9.Ayoub El Kaabi (20.Aziz Bouhaddouz ↑77′). Técnico: Hervé Renard
Irã (4-1-4-1): 1.Alireza Beiranvand; 23.Ramin Rezaeian, 8.Morteza Pouraliganji, 4.Rouzbeh Cheshmi e 3.Ehsan Haj Safi; 9.Omid Ebrahimi (19.Majid Hosseini ↑81′); 7.Masoud Shojaei (C) (17.Mehdi Taremi ↑68′), 11.Vahid Amiri, 10.Karim Ansarifard e 18.Alireza Jahanbakhsh (14.Saman Ghoddos ↑85′); 20.Sardar Azmoun. Técnico: Carlos Queiroz

… Portugal 3 x 3 Espanha


(Imagem: FIFA.com)

Desde o sorteio, as expectativas eram altíssimas para essa partida. E a espera se pagou, com um dos melhores jogos das últimas Copas.

A Espanha nem teve tempo para impor seu ritmo, quando Cristiano Ronaldo pedalou para cima de Nacho dentro da área e sofreu pênalti discutível. Ele mesmo cobrou e converteu, após quatro minutos do apito inicial.

Depois, Gonçalo Guedes jogou fora duas chances claras para ampliar o marcador. Mas quem não faz…

Aos 24′, Diego Costa foi “Diego Costa”: em uma bola longa, foi sujo ao meter o braço na cara de Pepe (não é disputa por espaço, é agressão mesmo – normal, nas características de Diego). Na sequência, mostrou o que tem de melhor, chamando José Fonte para dançar, com dois belos cortes e o chute forte no cantinho direito de Rui Patrício. Um lindo gol, que não deveria ter sido validado pela equipe de arbitragem (e pelo VAR), já que houve a falta no início do lance.

A Espanha passou a jogar melhor e a controlar as ações. Mas, em um lance isolado, a bola sobrou para CR7 na meia lua. Do jeito que ela veio, ele chutou forte de esquerda, no meio do gol. Era uma defesa fácil para De Gea, mas ele se desconcentrou, preferindo reclamar com o bandeirinha ao pedir um impedimento inexistente. Acabou engolindo um frango, inaceitável para um dos melhores goleiros do mundo.

A Fúria voltou melhor também no segundo tempo e empatou o jogo aos 10′, após uma cobrança de falta ensaiada. David Silva cobrou no segundo pau, Busquets escorou para o meio e Diego Costa completou para o gol em cima da linha.

A merecida virada veio três minutos depois, quando uma bola rebatida pela defesa lusa sobrou para Nacho. O zagueiro/lateral do Real Madrid emendou de primeira, na veia, mandando um torpedo com efeito para o gol. A bola ainda bateu nas duas traves antes de entrar. Discutivelmente o mais bonito dos belos gols dessa partida.

A dois minutos do fim do tempo regulamentar, a Espanha continuava tendo a posse de bola e chances para ampliar, quando CR7 dominou uma bola na meia lua e sofreu falta tola de Piqué. O capitão português cobrou com maestria, colocando a bola por cima da barreira e tirando do alcance de De Gea. Uma cobrança perfeita, com alto grau de dificuldade, por causa da proximidade do gol. Cristiano tem seus truques e mostrou isso ao fugir de suas características para marcar seu “hat-trick”.

Ele chegou em seu melhor nível, descansando em vários jogos da temporada pelo Real Madrid. Com isso, entrou para a história dentre os jogadores que fizeram gols em quatro Copas do Mundo diferentes, igualando Pelé e os alemães Uwe Seeler e Miroslav Klose. O português havia marcado um gol em cada Copa que havia disputado (2006, 2010 e 2014). Agora, em uma partida já marca três e segue firme em busca da artilharia do Mundial. Outro feito importante foi ele ter marcado seu 84º gol pela seleção, se igualando ao húngaro Ferenc Puskás como o maior artilheiro de uma seleção européia em todos os tempos. Ambos perdem apenas para o iraniano Ali Daei e seus 109 gols.

Enquanto Portugal deixa claro que depende muito de seu maior craque, a Espanha mostra variações que não tinha mostrado até então, com um gol oriundo de lançamento longo, um de cobrança de falta ensaiada e um em chute de fora da área. Será que podemos falar em méritos de Fernando Hierro, estreando como técnico pela seleção? Muito cedo para isso, mas, se controlar o caldeirão dos vestiários, a Fúria deve seguir como uma das favoritas ao título da Copa de 2018.

Gols da partida:

● Ficha Técnica — Portugal 3 x 3 Espanha
Data: 15/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Olímpico de Fisht (Fisht Stadium) — Cidade: Sóchi (Rússia)
Público: 43.866
Árbitro: Gianluca Rocchi (Itália)
Gols: 4′ Cristiano Ronaldo (POR)(pen); 24′ Diego Costa (ESP); 44′ Cristiano Ronaldo (POR); 55′ Diego Costa (ESP); 58′ Nacho (ESP); 88′ Cristiano Ronaldo (POR)
Cartões Amarelos: 17′ Sergio Busquets (ESP); 28′ Bruno Fernandes (POR)
Portugal (4-2-3-1): 1.Rui Patrício; 21.Cédric, 3.Pepe, 6.José Fonte e 5.Raphaël Guerreiro; 14.William Carvalho e 8.João Moutinho; 16.Bruno Fernandes (10.João Mário), 11.Bernardo Silva (20.Ricardo Quaresma) e 17.Gonçalo Guedes (9.André Silva); 7.Cristiano Ronaldo (C). Técnico: Fernando Santos
Espanha (4-2-3-1): 1.David de Gea; 4.Nacho, 3.Gerard Piqué, 15.Sergio Ramos (C) e 18.Jordi Alba; 5.Sergio Busquets e 8.Koke; 6.Andrés Iniesta (10.Thiago), 21.David Silva (11.Lucas Vázquez) e 22.Isco; 19.Diego Costa (17.Iago Aspas). Técnico: Fernando Hierro

… 14/06/2018 – Rússia 5 x 0 Arábia Saudita

Três pontos sobre…
… 14/06/2018 – Rússia 5 x 0 Arábia Saudita


Denis Cheryshev bate forte e faz o segundo gol da partida (Imagem: FIFA.com)

● Pela fragilidade técnica das duas seleções, eram esperados poucos gols na partida de abertura da Copa do Mundo de 2018. Mas os 78.011 expectadores do estádio Luzhniki puderam assistir a cinco gols – alguns, para ver, rever e apreciar.

A Rússia não vencia uma partida desde 07/10/2017, quando bateu a Coreia do Sul por 4 x 2 em um amistoso. Desde então, eram quatro derrotas e três empates. Mas essa série foi quebrada justamente no momento mais importante: na partida inaugural da Copa do Mundo disputada em casa. E não foi uma vitória qualquer.

Os jogadores da Arábia Saudita não são fortes fisicamente. Era nítida a diferença em cada bola disputada, quando os russos (quase) sempre ganhavam no corpo. Mas a situação dessa quinta feira era ainda pior, pois o Ramadã acabou justamente hoje. E, apesar de respeitar e admirar muito esse aspecto religioso, é claro que o jejum deixa os atletas debilitados. Mas o Ramadã não justifica a ruindade dos sauditas.

Até o ano passado, dirigida pelo técnico Bert van Marwijk, a Arábia Saudita era um time que se fechava como podia e saía nos contra-ataques. Mas Juan Antonio Pizzi mudou completamente o estilo de jogo, com uma excessiva posse de bola estéril. E isso se repetiu hoje.

A Rússia tinha todos os contra-ataques à sua disposição. Aproveitou apenas alguns deles. E foi mais que o suficiente.


A Rússia jogou no 4-2-3-1, sistema mais utilizado no mundo atualmente


A Arábia Saudita povoou o meio campo com o sistema 4-5-1

● O volante Yury Gazinsky (surpresa na escalação titular) abriu o placar de cabeça, aproveitando uma bola cruzada na área após um escanteio aos doze minutos.

Aos 24′, Alan Dzagoev, experiente e expoente de talento, sentiu uma lesão muscular e deixou o campo para dar lugar a Denis Cheryshev.

E foi justamente Cheryshev quem ampliou aos 43′. Em um belo contragolpe puxado por Aleksandr Golovin (guardem esse nome!), Roman Zobnin deixou o camisa 6 em boa posição para finalizar. Ele se livrou de dois marcadores com um lindo corte pelo alto e chutou forte no ângulo do goleiro Al-Mayouf.

Depois, os anfitriões pararam de jogar e deixaram o tempo correr por todo o segundo tempo. Até que Artem Dzyuba entrou em campo a fim de fazer seu gol. E ele fez aos 26′, de cabeça, aproveitando cruzamento pelo alto de Golovin.

O placar de 3 x 0 já era maiúsculo. Mas no primeiro minuto de acréscimo, Cheryshev fez um golaço do bico esquerdo da área, com o lado externo do pé, encobrindo o goleiro saudita. Cheryshev só fez golaços.

No último lance do jogo, Golovin coroou sua atuação de ouro com um golaço de falta.

Para a FIFA, Cheryshev foi o melhor em campo. Nós preferimos dar esse prêmio a Golovin, com um gol e duas assistências.

Agora, tanto pela vitória quanto pelo placar, a Rússia coloca pressão nos demais adversários do Grupo A. Uruguai e Egito devem se digladiar amanhã para conseguir os três pontos. E os russos partem com moral para enfrentar os egípcios na próxima terça feira.

Essa foi a segunda maior goleada dentre todas as partidas de abertura das Copas do Mundo. A maior foi Itália 7 x 1 Estados Unidos, em 1934, como contamos aqui.


Denis Cheryshev marcou dois belíssimos gols na abertura do Mundial (Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

RÚSSIA 5 x 0 ARÁBIA SAUDITA

 

Data: 14/06/2018

Horário: 18h00 locais

Estádio: Olímpico Luzhniki

Público: 78.011

Cidade: Moscou (Rússia)

Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)

 

RÚSSIA (4-2-3-1):

ARÁBIA SAUDITA (4-5-1):

1  Igor Akinfeev (G)(C)

1  Abdullah Al-Mayouf (G)

2  Mário Fernandes

6  Mohammed Al-Breik

3  Ilya Kutepov

3  Osama Hawsawi (C)

4  Sergei Ignashevich

5  Omar Hawsawi

18 Yuri Zhirkov

13 Yasser Al-Shahrani

8  Yury Gazinsky

14 Abdullah Otayf

11 Roman Zobnin

7  Salman Al-Faraj

19 Aleksandr Samedov

17 Taisir Al-Jassim

9  Alan Dzagoev

18 Salem Al-Dawsari

17 Aleksandr Golovin

8  Yahya Al-Shehri

10 Fyodor Smolov

10 Mohammad Al-Sahlawi

 

Técnico: Stanislav Cherchesov

Técnico: Juan Antonio Pizzi

 

SUPLENTES:

 

 

12 Andrey Lunyov (G)

21 Yasser Al-Mosailem (G)

20 Vladimir Gabulov (G)

22 Mohammed Al-Owais (G)

5  Andrei Semyonov

2  Mansoor Al-Harbi

13 Fyodor Kudryashov

4  Ali Al-Bulaihi

14 Vladimir Granat

23 Motaz Hawsawi

23 Igor Smolnikov

9  Hattan Bahebri

7  Daler Kuzyayev

11 Abdulmalek Al-Khaibri

21 Aleksandr Yerokhin

12 Mohamed Kanno

15 Aleksei Miranchuk

15 Abdullah Al-Khaibari

16 Anton Miranchuk

16 Housain Al-Mogahwi

6  Denis Cheryshev

19 Fahad Al-Muwallad

22 Artem Dzyuba

20 Muhannad Assiri

 

GOLS:

12′ Yury Gazinsky (RUS)

43′ Denis Cheryshev (RUS)

71′ Artem Dzyuba (RUS)

90+1′ Denis Cheryshev (RUS)

90+3′ Aleksandr Golovin (RUS)

 

CARTÕES AMARELOS:

88′ Aleksandr Golovin (RUS)

90+3′ Taisir Al-Jassim (RUS)

 

SUBSTITUIÇÕES:

24′ Alan Dzagoev (RUS) ↓

Denis Cheryshev (RUS) ↑

 

64′ Abdullah Otayf (ARA) ↓

Fahad Al-Muwallad (ARA) ↑

 

64′ Aleksandr Samedov (RUS) ↓

Daler Kuzyayev (RUS) ↑

 

70′ Fyodor Smolov (RUS) ↓

Artem Dzyuba (RUS) ↑

 

72′ Yahya Al-Shehri (ARA) ↓

Hattan Bahebri (ARA) ↑

 

85′ Yahya Al-Shehri (ARA) ↓

Hattan Bahebri (ARA) ↑

Gols da partida:

… 14/06/1982 – Brasil 2 x 1 União Soviética

Três pontos sobre…
… 14/06/1982 – Brasil 2 x 1 União Soviética


(Imagem: Blog do Barath)

● A Copa do Mundo de 1982 foi a porta de entrada para muitos amantes do futebol. Se ela não faz parte das boas memórias de muitos brasileiros, deixou saudades nos amantes do esporte. Analisando friamente os Mundiais seguintes, chega-se à conclusão de que aquele foi o início do fim do belo futebol, com três ou quatro craques em várias equipes.

Existia um favorito destacado: o Brasil de Zico, Falcão, Sócrates, Cerezo, Júnior e companhia ilimitada. Mas havia várias outras seleções com muita técnica e elevado nível tático, como a França de Michel Platini, Rocheteau, Giresse e Tigana; a Itália, de Dino Zoff, Scirea, Bruno Conti e Paolo Rossi; a Polônia, de Lato, Boniek e Zmuda; a Alemanha de Rummenigge, Paul Breitner e Littbarski; a então campeã Argentina de Passarella, Ardiles, Mario Kempes e do jovem Maradona; a injustiçada Argélia de Madjer e Belloumi; a União Soviética do goleiro Dasayev e do atacante Oleg Blokhin. Isso sem falar em seleções tradicionais, como Inglaterra, Espanha, Iugoslávia, Bélgica, Áustria e Escócia.

Mesmo diante de todos esses enormes adversários, o futebol refinado da Seleção Brasileira se destacava e sua torcida esbanjava alegria e auto-confiança, também influenciada pelo ufanismo da imprensa nacional. Onde quer que o esquadrão de Telê Santana estivesse, estava junto uma caravana de torcedores fanáticos e barulhentos, proporcionando um verdadeiro carnaval.

Para nós, apaixonados por futebol, aquela Seleção encarnou como poucas o conceito de futebol-arte. A escalação está sempre fresca na memória. Porém, faltaram duas unanimidades: o goleiro Leão, por opção de Telê, e o centroavante Careca, que era titular da equipe, mas se lesionou a menos de um mês do início do Mundial.

Com um toque de bola refinado e objetivo, aquela equipe encantou o mundo. Tinha um goleiro experiente (Waldir Peres), uma dupla de zaga que se completava (Oscar e Luizinho), dois laterais ofensivos (Leandro e Júnior), dois volantes extremamente técnicos (Falcão e Cerezo), dois meias geniais (Zico e Sócrates) e dois atacantes fortes (Éder e Serginho). Todos dirigidos pelo Mestre Telê Santana.

O retrospecto antes da Copa referendava o favoritismo brasileiro: em 31 partidas, foram 23 vitórias, seis empates e apenas duas derrotas, com 75 gols marcados e 19 sofridos. Com tudo isso, o Brasil chegou à Espanha cheio de expectativas.


Taticamente, o Brasil foi a campo tendo o 4-3-3 como referência, com Dirceu escalado inicialmente como um falso ponta direita. Sem a bola, defendia em um 4-2-3-1. Com a bola, avançava em um 4-1-4-1, com Sócrates e Falcão se revezando na proteção à defesa.


A URSS também foi escalada baseada no 4-3-3. Sem a bola, a defesa e o meio fazia uma linha de quatro jogadores. Com a bola, Gavrilov era o jogador chave para emular o 4-3-1-2, se posicionando à frente de Bal’, Daraselia e Bessonov e sendo o principal articulador das tramas ofensivas. Mais avançados, Shengelia e Blokhin se movimentavam intensamente pelos dois lados do ataque.

● Finalmente havia chegado o dia 14 de junho! O país inteiro parou diante da TV para assistir à estreia brasileira na Copa do Mundo.

O time soviético havia vencido o Brasil dois anos antes, em pleno Maracanã. Era uma boa equipe, com jogadores de alto nível, como o goleiro Dasayev, o zagueiro e capitão Chivadze, os meias Dem’yanenko e Bessonov e, principalmente, o atacante Blokhin. Ainda assim, o mínimo que se esperava era um “baile” do Brasil.

Telê surpreendeu a todos já na escalação, ao colocar Dirceu na vaga do suspenso Toninho Cerezo, barrando Paulo Isidoro, que tinha passado quase toda a preparação no time titular.

Após o apito inicial, a Seleção Canarinho foi logo protagonizando uma bela troca de passes entre Falcão, Leandro, Dirceu e Sócrates.

Logo aos dois minutos, Dirceu roubou a bola de Chivadze e tocou para Zico, que avançou, passou por um adversário e chutou forte. Dasayev espalmou para escanteio, já mostrando logo de cara que seria muito difícil passar pela parede do goleiro soviético.

Aos 3′, Éder cobrou escanteio da direita, com muito efeito. Dasayev não conseguiu afastar e Serginho perdeu um gol feito ao furar a cabeçada.

Os soviéticos acordaram dois minutos depois. O perigosíssimo Oleg Blokhin passou como quis por Leandro e cruzou para Bal’ cabecear com perigo.

No lance seguinte, Zico arrancou com liberdade e passou para Júnior, que avançava pela meia esquerda. O lateral brasileiro finalizou, mas Dasayev fez uma defesa segura.

Aos 8, Sócrates lançou Chulapa no costado da zaga, mas o camisa 9 pegou mal na bola e chutou por cima do gol.


A defesa soviética estava sempre muito fechada e atenta (Imagem: Blog do Ramon Paixão)

Aos 18, Luizinho deu uma mostra do seu nervosismo pela estreia. Ele puxou Shengelia dentro da área. Pênalti claríssimo, ignorado pelo árbitro espanhol Augusto Lamo Castillo.

Era uma belíssima partida, muito intensa. A URSS saía para o jogo e o Brasil fazia transições ofensivas rápidas, em contra-ataques perigosos.

Mas era muito difícil que as duas equipes mantivessem o ritmo forte e o jogo teve uma queda no nível, mas a Seleção Brasileira continuou controlando melhor as ações.

Porém, aos 34 minutos de jogo, depois de uma troca de passe soviética na intermediária ofensiva, Bal’ arriscou um chute despretensioso, da intermediária. A bola foi fraca, no meio do gol, em cima de Waldir Peres. Mas ele não a segurou, deixando escapar para esquerda e entrar no gol. Waldir engoliu um dos maiores frangos da história das Copas. Injusto com a história desse grande goleiro, mas uma falha indesculpável para seu nível.

Aos 36′, a bola bateu no braço de Baltacha dentro da grande área russa. Depois da grande reclamação dos brasileiros, especialmente de Sócrates, Castillo resolveu marcar apenas a jogada perigosa do zagueiro, ao invés de pênalti.

Aos 42, grande chance perdida pelos soviéticos. A defesa brasileira falhou e Bessonov perdeu um gol feito ao chutar na trave o rebote de um cruzamento.


O capitão Sócrates foi fundamental para que o Brasil pudesse virar o marcador (Imagem: Anotando Fútbol)

Telê não gostou muito do que viu de Dirceu em campo e o substituiu por Paulo Isidoro no intervalo. Essa nova formação era mais próxima técnica e taticamente da que fora treinada e testada nos dois anos anteriores ao Mundial. Com isso, o Brasil passou a trabalhar melhor a bola e pressionar mais no segundo tempo.

Aos 15 minutos, a superioridade dos sul-americanos era clara. Mas mesmo com o domínio territorial e físico, o Brasil abusava dos chuveirinhos na área em busca de uma finalização de Serginho, em vez de seguir seu próprio estilo de troca de passes. Era um time nervoso e ansioso para definir logo as jogadas.

A URSS se fechava toda e mantinha praticamente nove jogadores entrincheirados dentro de sua intermediária defensiva. Com o perdão do trocadilho, era uma “Cortinha de Ferro” difícil de ser ultrapassada. Assim, mesmo com toda a qualidade técnica e posse de bola, o Brasil só conseguia assustar com tiros de longa distância.

Leandro parou nas mãos de Dasayev e depois em um desvio do capitão Chivadze. Éder primeiro chutou perigosamente, mas por cima. Depois, aos 25′, o canhão do camisa 11 obrigou Dasayev a desviar para escanteio.

Enquanto a URSS segurava o placar, o Brasil tentava igualar e o tempo passava rápido. Estava claro qual seria a solução para os brasileiros: uma jogada de um de seus gênios e finalização de fora da área.


Sócrates passa por dois adversários e chuta forte para empatar a partida (Imagem: Memória Globo)

Foi o que aconteceu aos 30 minutos. A defesa vermelha afastou um cruzamento de Éder. Sócrates ficou com a sobra, passou por dois marcadores e chutou da intermediária. Foi um verdadeiro “pombo sem asas”, que morreu no ângulo direito do grande goleiro soviético, que dessa vez nada pôde fazer. A quinze minutos do fim, finalmente a partida estava empatada.

Aos 32′, enfim Serginho ganhou uma bola pelo alto da zaga rival e ajeitou para Zico na pequena área. O Galinho, mesmo desequilibrado, se esticou todo e finalizou com o bico da chuteira e a bola passou rente a trave direita de Dasayev.

Aos 36′, o ansioso Luizinho cometeu novo pênalti, novamente não marcado pelo juiz. Ele cortou com a mão um lançamento longo de Blokhin. Os equívocos da arbitragem ajudavam o Brasil: dois graves erros a favor e apenas um contra.

Os soviéticos voltaram a assustar e marcaram um gol em impedimento, mas desta vez o árbitro acertou ao invalidar logo o lance.


Éder decidiu a partida, com um foguete de fora da área (Imagem: Blog do Barath)

A dois minutos do apito final, enquanto o comentarista da TV Globo Márcio Guedes tentava justificar o empate, o Brasil atacava. Paulo Isidoro dominou na direita e tocou para o meio. O genial Falcão abriu as pernas, fazendo o corta-luz. Da meia-lua, Éder já dominou levantando a bola e, sem a deixar cair, emendou um petardo no contrapé do goleiro. Desaev teve a lucidez de notar que não havia nada a fazer.

Era a virada. Agora estava 2 a 1 para a Seleção que não merecia perder nunca.

Dasayev pegou tudo que deu. Entre defesas difíceis e cruzamentos interceptados, foram 18 intervenções.

Mas ainda havia tempo para mais. Serginho fez uma grande jogada, passando pelo seu marcador e batendo cruzado. Zico tentou chegar de carrinho, mas não alcançou a bola.

Foram dois minutos de acréscimos, nos quais Luciano do Valle, então na TV Globo, narrava dramaticamente os instantes finais da estreia brasileira. Justamente quando Falcão entrava cara a cara com o goleiro russo, o péssimo árbitro Lamo Castillo encerrou a partida. Provavelmente seria o terceiro gol do Brasil.

De qualquer forma, apesar do aparente nervosismo de alguns jogadores, valeu pela vitória de virada e pela demonstração de que o Brasil era, sim, o grande favorito ao título da Copa de 1982.

Ficaram alguns questionamentos. Waldir Peres sofreu um gol ridículo. Leandro não conseguiu parar Blokhin. Luizinho cometeu dois pênaltis. Serginho cansou de perder gols.


Éder comemora o gol da virada (Imagem: Blog do Ramon Paixão)

● Falcão fez um belo trabalho cobrindo as subidas dos dois laterais. Dirceu e Paulo Isidoro preencheram bem o lado direito, dando equilíbrio ao time. Nas partidas seguintes, com a volta de Toninho Cerezo ao time titular e sem ninguém de ofício na posição, o lado direito ficou fragilizado e esse equilíbrio não existiu mais.

Sobre essa partida, Zico fez algumas ponderações para o excelente livro “Sarriá 82”, de Gustavo Roman e Renato Zanata:

“Eu sei que naquele jogo deu pena do Serginho, porque ele teve tantas oportunidades, desperdiçou tantos gols. Nós entramos massacrando a União Soviética, Dasayev pegou tudo, e aí os caras foram lá e fizeram um gol. Dasayev foi o melhor jogador em campo, e, para vazá-lo, só mesmo daquela forma que os gols acabaram saindo. Aconteceu o lance dos pênaltis (não marcados em favor da URSS). Eu acho que o mais vergonhoso foi o do segundo tempo. De onde eu estava, não vi direito. Depois é que eu vi na televisão e falei ‘não é possível’, foi muito vergonhoso. No primeiro tempo acho que o cara (Shengelia) forçou um pouquinho.”

Telê Santana confessaria também: “Sofri muito, mas este foi um dos maiores jogos que vi na minha vida”.

Falcão (Roma, Itália) e Dirceu (Atlético de Madrid, Espanha) foram oficialmente os dois primeiros jogadores que atuavam fora do Brasil a serem convocados para uma Copa do Mundo. Em 1934, Patesko e Luiz Luz atuavam no Nacional, do Uruguai, mas foram inscritos como atletas da CBD, porque naquela época o Brasil só permitia amadores na Seleção e os times uruguaios eram profissionais.

A Roma, inclusive, exigiu que a CBF fizesse um seguro de 5 milhões de dólares para que Falcão pudesse atuar na Copa. Felizmente ele não teve nenhum problema físico e seria um personagem fundamental em seu clube na temporada 1982/83, liderando a Roma na conquista da Serie A.

Curiosamente, nessa vitória brasileira sobre a URSS, os travessões do estádio Sánchez Pizjuán, em Sevilha, estavam 2,5 centímetros mais baixos que o estipulado pelas regras do futebol (2,44 metros). O problema foi detectado por um ex-goleiro iugoslavo no dia seguinte à partida e o estádio só foi utilizado novamente na semifinal entre Alemanha e França, já com as traves corrigidas.

Enquanto seus principais concorrentes passavam apuros, o Brasil dava show. Foram exibições de gala e gols antológicos na sequência do Grupo 6 da primeira fase, quando golearia a Escócia por 4 a 1 e a Nova Zelândia por 4 a 0. No Grupo C da segunda fase, a Seleção deu um show na vitória por 3 a 1 sobre a Argentina e jogaria por um empate contra a Itália. Ah, Itália! Com três gols do eterno carrasco Paolo Rossi, os italianos venceram os brasileiros por 3 a 2 na “Tragédia do Sarriá” e seguiram caminho rumo ao seu tricampeonato.

A União Soviética ficou em segundo 6. Após a derrota para o Brasil, venceu a Nova Zelândia (3 x 0) e empatou com a Escócia (2 x 2). No Grupo A da fase seguinte, venceu a Bélgica por 1 a 0 e empatou sem gols com a Polônia. Ficou fora das semifinais apenas no saldo de gols, pois a Polônia havia vencido a Bélgica por 3 a 0.


Gol de empate do Brasil, marcado por Sócrates (Imagem: Marco Sousa / Fox Sports)

FICHA TÉCNICA:

 

BRASIL 2 x 1 UNIÃO SOVIÉTICA

 

Data: 14/06/1982

Horário: 21h00 locais

Estádio: Ramón Sánchez Pizjuán

Público: 68.000

Cidade: Sevilha (Espanha)

Árbitro: Augusto Lamo Castillo (Espanha)

 

BRASIL (4-3-3):

UNIÃO
SOVIÉTICA (4-3-3):

1  Waldir Peres (G)

1  Rinat Dasayev (G)

2  Leandro

2  Tengiz Sulakvelidze

3  Oscar

3  Aleksandr Chivadze (C)

4  Luizinho

5  Sergei Baltacha

6  Júnior

6  Anatoliy Dem’yanenko

15 Falcão

12 Andriy Bal

8  Sócrates (C)

8  Vladimir Bessonov

10 Zico

13 Vitaly Daraselia

21 Dirceu

9  Yuri Gavrilov

9  Serginho Chulapa

7  Ramaz Shengelia

11 Éder

11 Oleg Blokhin

 

Técnico: Telê Santana

Técnico: Konstantin Beskov

 

SUPLENTES:

 

 

12 Paulo Sérgio (G)

22 V’yacheslav Chanov (G)

22 Carlos (G)

21 Viktor Chanov (G)

13 Edevaldo

4  Vagiz Khidiyatullin

14 Juninho Fonseca

14 Sergey Borovskiy

16 Edinho

20 Oleg Romantsev

17 Pedrinho Vicençote

18 Yuri Susloparov

5  Toninho Cerezo

17 Leonid Buryak

18 Batista

10 Khoren Oganesian

7  Paulo Isidoro

19 Vadim Yevtushenko

19 Renato Pé Murcho

16 Sergey Rodionov

20 Roberto Dinamite

15 Sergey Andreyev

 

GOLS:

34′ Andriy Bal‘ (URSS)

75′ Sócrates (BRA)

88′ Éder (BRA)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Dirceu (BRA) ↓

Paulo Isidoro (BRA)

 

74′ Yuri Gavrilov (URSS) ↓

Yuri Susloparov (URSS)

 

89′ Ramaz Shengelia (URSS) ↓

Sergey Andreyev (URSS)

Gols e lances polêmicos do jogo:

Melhores momentos da partida (em português):

Gol marcado por Sócrates:

Gol marcado por Éder: