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… 29/06/1986 – Argentina 3 x 2 Alemanha Ocidental

Três pontos sobre…
… 29/06/1986 – Argentina 3 x 2 Alemanha Ocidental


(Imagem: Telegraph / AP)

● Na Argentina, ou se é “menottista” ou se é “bilardista”. Vencer com um futebol de toque de bola envolvente ou vencer a qualquer custo?

César Luis Menotti, fumante inverterado, gostava do jogo coletivo, baseado no “toco e me voy”, com tabelas e ultrapassagens.

Carlos Salvador Bilardo, técnico da seleção entre 1983 e 1990, era a antítese do treinador campeão mundial em 1978. Bilardo era meio campista do Estudiantes de La Plata, tricampeão da Taça Libertadores da América (1968, 1969 e 1970), um time em que a catimba e o jogo sujo prevalecia. Valia tudo para ser campeão, até espetar os adversários com um prego, como Bilardo era acusado de agir. Não que ele tenha usado essas artimanhas em sua vitoriosa passagem pela seleção de seu país. Ele só queria vencer e tinha uma equipe disposta a lhe proporcionar isso. Eram estilos antagônicos.

Sem Maradona nas eliminatórias, a Argentina perdia para o Peru no Monumental de Núñez por 2 x 1 até os 30 do segundo tempo. O vexame da eliminação foi evitado no fim da partida, com um gol de Ricardo Gareca (técnico que levou o Peru à Copa de 2018, após 36 anos).

Poucos dias depois de sofrer para se classificar ao Mundial, a revista El Gráfico perguntou ao técnico qual era a melhor equipe do mundo. Bilardo, em um misto de premonição com presunção, respondeu: “Vejo a Alemanha na final da Copa”. “E a Argentina?”, questionou o repórter. O treinador afirmou: “Eu a vejo campeã do mundo”.

De qualquer forma, Bilardo, um médico de 47 anos, era quase unanimidade em seu país: 80% dos argentinos não confiavam em seu trabalho. Foi duramente criticado pelo antecessor, Menotti, que o chamou de “uma piada”, e até pelo presidente do país, Raúl Alfonsín.


(Imagem: Telegraph / Rex)

● A decisão que Bilardo previa ocorre no dia 29 de junho de 1986. A 13ª final de Copa do Mundo reúne a Argentina, campeã em 1978, e a Alemanha Ocidental, bicampeã mundial (1954 e 1974) e vice da última Copa. O chanceler alemão, Helmut Kohl, está entre os quase 115 mil expectadores no belíssimo estádio Azteca, para assistir a um confronto de gigantes. Era a terceira final da Argentina e a quinta da Alemanha. Embora inegavelmente possuíssem bons times, ambas não estavam entre os principais favoritos à conquista do Mundial e chegaram à decisão de maneiras distintas.

A Argentina estava invicta. No Grupo A da primeira fase, venceu a Coreia do Sul (3 x 1), empatou com a Itália (1 x 1) e bateu a Bulgária (2 x 0). Nas oitavas de final, bateu o Uruguai por 1 a 0, no clássico sul-americano. Nas quartas de final, venceu a Inglaterra por 2 a 1, na vingança da “Guerra das Malvinas”. Nas semifinais, contou com a genialidade de Maradona para passar pela surpreendente Bélgica por 2 a 0.

Os alemães não podiam contar com Rummenigge em sua melhor forma e se arrastaram em quase toda a Copa, sofrendo muito para chegar à decisão. Na primeira fase, se classificou em segundo lugar no Grupo E, com três pontos: empatou com o Uruguai (1 x 1), venceu a Escócia (2 x 1) e perdeu para a Dinamarca (2 x 0). Nas oitavas, penou para passar pelo Marrocos (1 x 0). Nas quartas, passou sufoco, vencendo o México apenas nos pênaltis por 4 a 1, após um empate sem gols. Fez seu melhor jogo na semifinal, vencendo a favorita França por 2 a 0.

Por tudo isso, era muito difícil prever o desfecho final. Mas se as duas seleções e seus principais craques repetissem o futebol das partidas anteriores, a Argentina era favorita. Isso não ajudava em nada, pois nas finais anteriores a Alemanha Ocidental derrotou adversários muito melhores que ela (a Hungria, em 1954, e a Holanda, em 1974).


Na Copa em que a Dinamarca apresentou o 3-5-2 ao mundo como novidade tática, outras equipes utilizaram o mesmo sistema de forma mais discreta. Na Argentina, Bilardo começou o Mundial com o ofensivo e talentoso lateral direito Clausen, do Independiente. Mas já na segunda partida o trocou por Cuciuffo, um zagueiro improvisado como terceiro homem de defesa, a fim de liberar o outro lateral, Olarticoechea, pela esquerda. Não era um 3-5-2 tão ortodoxo, mas a verdade é que o lado direito marcava para o esquerdo atacar. Enquanto isso, o meio campista Giusti cobria o lado direito, enquanto Batista e Enrique cobriam o meio campo, fazendo o balanço defensivo e a transição para o ataque. Os mais talentosos, Maradona e Burruchaga, tinham liberdade total em campo. E a inteligência de Valdano era decisiva no ataque, liberando espaço para quem viesse de trás.


A Alemanha jogava no mesmo sistema, um falso 4-4-2 em um misto de 3-5-2. Mas, ao contrário dos argentinos, o lateral esquerdo era o marcador que fazia o terceiro zagueiro, Briegel. Do lado direito, Berthold apoiava um pouquinho mais, fazendo o contra-peso do meia esquerda Brehme. Matthäus era o “todo-campista” indo de área a área. Eder marcava para Magath armar as jogadas para o centroavante Klaus Allofs e para o craque Rummenigge.

Maradona entrou no gramado do estádio Azteca com seu ritual: fazendo o sinal da cruz e dando pulos sobre a perna direita, com a mágica perna esquerda encolhida.

Rummenigge e Klaus Allofs deram a saída.

Ciciuffo ficou preso na lateral direita, marcando Klaus Allofs. Ruggeri ficou à esquerda, colado em Rummenigge. Com a bola, Valdano demonstrava toda sua inteligência tática, abrindo espaço para os que vinham de trás. Sem a bola, ele era o encarregado de não deixar o gigante Briegel avançar.

Thomas Berthold retornava de suspensão e entrou no lugar de Wolfgang Rolff. Com isso, coube a Matthäus a responsabilidade de marcar Maradona individualmente, da mesma forma que seu técnico Franz Beckenbauer tinha feito em Bobby Charlton na final de 1966, e Berti Vogts tinha sido a sombra de Johan Cruijff na decisão de 1974. E até conseguiu parcialmente. Mas ele também neutralizou Mattthäus. Às vezes, Maradona avançava tanto e arrastava Matthäus, de forma que parecia que a Alemanha tinha quatro defensores centrais. Com isso, os alemães perderam a criatividade e Magath ficou isolado, participando pouco do jogo.

Mas, ao contrário do que se dizia, a Argentina era mais do que apenas Maradona, e não se deixou intimidar. Todavia, nos primeiros minutos, foram os alemães que tomaram a iniciativa da partida, mas sem assustar.

Mesmo mais comprometida defensivamente, a Argentina passou a ser melhor na partida e mais ofensiva. O primeiro susto para o goleiro Schumacher foi um escanteio cobrado por Maradona, que Burruchaga desviou na primeira trave.

A Alemanha respondeu rápido. Eder entregou a bola a Briegel, que literalmente se jogou na entrada da área. Só o árbitro brasileiro Romualdo Arppi Filho viu a falta e marcou. Rummenigge rolou para Brehme chutar para o gol, mas Pumpido encaixou a bola com segurança.

Enquanto isso, Maradona só reclamava sem parar. Romualdo controlou o jogo ao advertir o capitão argentino com o cartão amarelo logo aos 17′. O camisa 10 sofreu sete faltas em toda a partida, sem contar outras três não apitadas pelo juiz. Mas foi marcado de forma leal e implacável. “Matthäus me marcou sem dar espaços nem patadas”, diria Diego depois.

Logo depois, Maradona dá um passe perfeito para Burruchaga, mas Brehme estava firme na marcação. Ele deu um carrinho e impediu a bola de chegar em condições para o portenho. A Argentina continuou controlando a posse de bola.

Cuciuffo engana Rummenigge e passa a Maradona. O capitão devolve de calcanhar e é derrubado por trás. Romualdo dá a vantagem, mas Cuciuffo leva uma rasteira de Matthäus na sequência. E foi nesse lance que a Argentina inaugurou o marcador. Burruchaga cobrou a falta pela ponta direita, em direção à pequena área. A Alemanha tinha sete jogadores dentro da área, mais o goleiro, contra quatro da Argentina, sendo um deles o baixinho Maradona. Contra todas as expectativas, Schumacher saiu “catando borboletas” e deixou o gol aberto para a cabeçada fulminante de Brown. O sucessor do legendário Daniel Passarella põe a Argentina na frente. Depois, ele deu um beijo na bola e agradeceu Burruchaga pela assistência perfeita. A Argentina abre o placar aos 23 minutos de jogo.

Ainda no primeiro tempo, Maradona teve duas boas chances para marcar seu gol. A primeira surgiu em uma cobrança de falta, defendida pelo goleiro. A segunda foi quando ele recebeu a bola na cara do gol e Schumacher saiu bem e o desarmou, em uma dividida com os pés.

O esquema cauteloso da Alemanha não funcionava. Agora, com a derrota parcial, os germânicos tinham que atacar e a final seria um jogo mais aberto, do jeito que Maradona e Burruchaga gostavam.

Em um lance no campo de ataque, Berthold toca de cabeça, mas Rummenigge chega atrasado e Pumpido segura.

Até o intervalo, nota-se um padrão. A Alemanha Ocidental, que nos jogos anteriores recorreu à bola parada e à decisão por pênaltis para avançar, apela para a interrupção das jogadas, tentando parar Maradona de qualquer forma. Mas estava com a desvantagem no placar e não conseguia nenhum ataque efetivo ao gol argentino. Próximo ao intervalo, os alemães reclamaram de um pênalti, mas o árbitro apontou de forma correta que a infração foi 10 cm fora da grande área.

Após 45 minutos, a Argentina vencia por 1 a 0. Não foi um bom primeiro tempo, com muitas faltas e poucas jogadas bonitas. Mas, felizmente, o que veríamos na etapa final seria muito diferente.


(Imagem: UOL)

● Beckenbauer voltou com Rudi Völler no lugar de Klaus Allofs, que tinha sido engolido pela marcação de Cuciuffo.

A Argentina voltou ainda melhor para a segunda etapa, começou com tudo e fez 2 a 0 aos 10 minutos. Maradona toca para Héctor Enrique. “El Negro”, puxa a jogada pelo meio e lança na medida para Jorge Valdano, livre de marcação. O atacante recebe, avança pela esquerda, entra na área e toca mansinho, na saída do goleiro Schumacher, fazendo a alegria da maioria da torcida presente no estádio.

Jogando com muita confiança na defesa, os sul-americanos não dão espaço para os atacantes rivais e ainda criam oportunidades de contra-ataque. Jorge Valdano teve uma outra chance, mas a cabeçada foi para fora.

Na metade do segundo tempo, Enrique partiu livre para marcar o terceiro, mas o bandeirinha costarriquenho Berny Ulloa assinalou um dos impedimentos mais absurdos da história.

Depois, achando que a partida já estava ganha, os argentinos amoleceram. Mas nunca se deve subestimar os metódicos alemães. Maradona diria depois: “Até que recebam o atestado de óbito, os alemães não se entregam. Não temem nada. Na entrada dos times, nós acostumávamos a gritar, bater no peito. Isso metia medo em todos os rivais. Menos neles”.

E então Matthäus foi parcialmente dispensado de suas obrigações ofensivas e a Alemanha Ocidental começou a jogar, tentando reagir a qualquer custo. Aos 17′, Beckenbauer trocou o apagado meia Magath (que foi muito bem marcado por Giusti) pelo atacante Dieter Hoeneß, bom nas bolas altas.

As bolas aéreas deveriam ser a especialidade argentina. Bilardo se preocupava tanto com a bola parada defensiva que entrou no quarto de Oscar Ruggeri às quatro horas da manhã do dia da final e perguntou ao defensor, meio dormindo e desorientado, quem ele deveria marcar nos escanteios. Ruggeri respondeu: “Rummenigge”, provando ao técnico que ele estava suficientemente focado.

Porém, aos 29′, com Brown sentindo dores por uma pancada no ombro, Ruggeri não conseguiu cumprir sua função. Brehme bate um escanteio, Völler desvia de cabeça para a pequena área e Rummenigge aparece entre os zagueiros e completa de carrinho para as redes. Com 2 a 1 no marcador, o jogo ganha nova vida.

Dois minutos depois, Maradona domina a bola de chaleira, mas chuta sem direção. O “Pibe” tenta controlar mais a bola, mas Matthäus é a sua sombra. Rummenigge recua para o meio de campo, para armar as jogadas.

E o inimaginável acontece aos 35′. Matthäus avança e cruza na cabeça de Dieter Hoeneß, mas Pumpido espalma, cedendo novo escanteio. Brehme cobra e ergue para a área. Berthold apara pelo alto e Rudi Völler se antecipa a Pumpido e cabeceia para o gol. Völler, que já tinha sido fundamental no gol anterior, agora marcava o seu. Ele entrou no segundo tempo e mudou a partida.

A Alemanha empatou em duas cobranças de escanteio nas quais a zaga portenha serviu apenas de plateia.


(Imagem: Pinterest)

● A dez minutos do fim, o jogo estava empatado em 2 a 2 e havia no estádio o temor de que o melhor futebol não fosse premiado com a taça. Visivelmente desgastada pelo sol de rachar do México, a Alemanha tentava diminuir o ritmo. Maradona diria: “Até fiquei com receio da prorrogação depois do gol de empate. Mas quando olhei aquele touro do Briegel com as pernas vermelhas, falei pro Burruchaga que era só fazer a bola correr que a gente ganhava”.

A decisão se encaminhava para a prorrogação, mas, entusiasmados pela reação, os alemães afrouxaram a marcação e acabaram deixando espaço atrás de sua linha de defesa.

Aos 38′, Maradona recebeu a bola em seu próprio campo e, cercado por dois alemães, viu Burruchaga escapar em condição legal por trás da defesa alemã, que estava incrivelmente adiantada. Foi um belo lançamento do camisa 10. Burruchaga avançou, ganhou na velocidade do ex-decatla Briegel, e tocou com muito sangue frio para o gol, na lenta saída de Schumacher.

O camisa 7 Burruchaga emulou o Jairzinho de 16 anos antes, se ajoelhou para comemorar o gol e o título no estádio Azteca. “Foi o pique mais longo e emocionante de minha vida. Achei que não aguentaria. Mas tive a sorte de ver claramente o Schumacher, que estava todo de uniforme amarelo, brilhando. Vi o quanto estava longe da meta quando recebi a bola, e pude mais facilmente definir o lance. O plano era encobri-lo, mas acabei tocando entre suas pernas. Eu não vi que Valdano estava correndo ao meu lado pelo meio, nem ouvi Briegel atrás de mim. Estava esgotado demais para perceber tantas coisas.”

Era o gol do título! Era o gol da justiça com Maradona e com o próprio futebol.

Nos instantes finais, o talentoso trio Valdano, Maradona e Burruchaga ainda infernizava a vida dos alemães.

No finzinho, Maradona passa por dois adversários e é atingido por Schumacher dentro da área. Romualdo não marca pênalti, mas apenas falta para a Argentina. Maradona cobra forte, rasteiro, na esquerda do goleiro, que espalma para a lateral.

Burruchaga foi substituído para ser ovacionado pela torcida e festejar antes com os companheiros do banco.

A essa altura, tudo estava decidido. Oito anos depois de sua primeira conquista, os argentinos são novamente campeões do mundo. Dessa vez, de maneira incontestável.

A loucura toma conta do estádio Azteca, como 16 anos antes, no tricampeonato da Seleção Brasileira de Pelé. O gramado estava tão lotado, que Maradona e seus companheiros nem conseguiram dar a volta olímpica.

Enquanto todos os argentinos comemoravam, com a taça nas mãos, o perfeccionista Bilardo ficou horas chateado, se perguntando como seu time tinha levado dois gols de estanteio depois de treinar tanto.

Na tribuna, um cumprimento seco entre Maradona e João Havelange, o eterno presidente da FIFA. Diego recebeu a taça das mãos do presidente do México, Miguel de la Madrid, a beijou e a levantou para a posteridade.


(Imagem: Pinterest)

● O alemão Rummenigge é até hoje o único capitão de uma seleção nacional a perder duas finais de Copa, diante da Itália em 1982 e da Argentina em 1986.

O prêmio dos argentinos, campeões mundiais, foi de 50 mil dólares. Se ficassem com a taça, os brasileiros receberiam 130 mil dólares.

“Todos estavam contra a gente. O governo, muitos argentinos, os rivais. Éramos visitantes até no Estádio Azteca. A torcida era maior pelos alemães. No fim do jogo, só os argentinos no estádio berravam. Em nosso país, sabia que tínhamos virado o jogo. E os que mais nos criticavam seriam os primeiros a subir no carro da vitória na Argentina. Pena que um título mundial não baixe o preço do pão. Se pudéssemos resolver os problemas do nosso país com dribles…” — Maradona

Maradona foi fundamental para que a Argentina conquistasse o título. Muitos dizem que ele “ganhou o título sozinho”, o que é impossível em um esporte coletivo como o futebol. Mas é fato que nenhum jogador desequilibrou tanto em um Mundial desde Garrincha, que liderou o Brasil na conquista de 1962. Pela sua liderança e singularidade, com o título, Maradona entrou de vez no “Olimpo do futebol”.

Dieguito não teve desempenho semelhante nas outras três Copas que disputou. Não fez parte do elenco campeão em 1978, segundo o técnico Menotti, por ser “jovem demais” (tinha 17 anos e 7 meses). Em 1982, ainda um garoto, chegou com status de craque e decepcionou, sendo expulso depois de um coice no brasileiro Batista. Em 1990, liderou sua seleção até a final. Mas, com dores no tornozelo, esteve irregular e até perdeu um pênalti. Em 1994, fez duas belas partidas antes de ser flagrado em um exame antidoping.

O capitão da Copa de 1978, Daniel Passarella, estava presente no elenco campeão em 1986, mas ele prefere não colocar esse título no seu currículo, por não ter jogado um minuto sequer na campanha, devido à desavenças e conflito de egos com Maradona, que não queria sequer a convocação do desafeto. De qualquer forma, Passarella é o único jogador presente nos dois títulos mundiais dos portenhos.

A seleção argentina fez sua preparação em Tilcara, um povoado de seis mil habitantes, que fica na província de Jujuy, extremo norte do país, nas fronteiras com o Chile e com a Bolívia. O local foi escolhido por ser uma região de clima árido e altitude considerável, um pouco semelhante ao que veriam no México. Alguns jogadores fizeram uma promessa à Virgem de Punta Corral, padroeira do vilarejo: caso conquistassem o Mundial, esses atletas voltariam ao lugar para agradecer à santa. O título aconteceu, mas eles não cumpriram sua promessa. Alguns fanáticos creditam a seca atual de títulos da seleção ao não cumprimento da promessa.


(Imagem: UOL)

FICHA TÉCNICA:

 

ARGENTINA 3 x 2 ALEMANHA OCIDENTAL

 

Data: 29/06/1986

Horário: 12h00 locais

Estádio: Azteca

Público: 114.600

Cidade: Cidade do México (México)

Árbitro: Romualdo Arppi Filho (Brasil)

 

ARGENTINA (4-4-2):

ALEMANHA OCIDENTAL (4-4-2):

18 Nery Pumpido (G)

1  Harald Schumacher (G)

9  José Luis Cuciuffo

14 Thomas Berthold

19 Oscar Ruggeri

4  Karlheinz Förster

5  José Luis Brown

17 Ditmar Jakobs

16 Julio Olarticoechea

2  Hans-Peter Briegel

2  Sergio Batista

6  Norbert Eder

14 Ricardo Giusti

8  Lothar Matthäus

12 Héctor Enrique

3  Andreas Brehme

7  Jorge Burruchaga

10 Felix Magath

10 Diego Armando Maradona (C)

19 Klaus Allofs

11 Jorge Valdano

11 Karl-Heinz Rummenigge (C)

 

Técnico: Carlos Bilardo

Técnico: Franz Beckenbauer

 

SUPLENTES:

 

 

15 Luis Islas (G)

12 Uli Stein (G)

22 Héctor Zelada (G)

22 Eike Immel (G)

6  Daniel Passarella

15 Klaus Augenthaler

8  Néstor Clausen

5  Matthias Herget

13 Oscar Garré

16 Olaf Thon

20 Carlos Daniel Tapia

13 Karl Allgöwer

21 Marcelo Trobbiani

21 Wolfgang Rolff

3  Ricardo Bochini

18 Uwe Rahn

4  Claudio Borghi

7  Pierre Littbarski

17 Pedro Pasculli

20 Dieter Hoeneß

1  Sergio Omar Almirón

9  Rudi Völler

 

GOLS:

23′ José Luis Brown (ARG)

56′ Jorge Valdano (ARG)

74′ Karl-Heinz Rummenigge (ALE)

81′ Rudi Völler (ALE)

84′ Jorge Burruchaga (ARG)

 

CARTÕES AMARELOS:

17′ Diego Armando Maradona (ARG)

21′ Lothar Matthäus (ALE)

62′ Hans-Peter Briegel (ALE)

77′ Julio Olarticoechea (ARG)

81′ Héctor Enrique (ARG)

85′ Nery Pumpido (ARG)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Klaus Allofs (ALE) ↓

Rudi Völler (ALE) ↑

 

62′ Felix Magath (ALE) ↓

Dieter Hoeneß (ALE) ↑

 

90′ Jorge Burruchaga (ARG) ↓

Marcelo Trobbiani (ARG) ↑


(Imagem: Imortais do Futebol)

Reportagem da TV Globo sobre a final:

Gols da partida:

Partida completa (em inglês):

… 28/06/2018 – O melhor do 15º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 28/06/2018 – O melhor do 15º dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A primeira fase está encerrada. Agora, já conhecemos os 16 classificados.
Japão e Senegal empataram em tudo, mas os africanos foram eliminados por terem dois cartões amarelos a mais.
Teve também vitória da “ótima geração belga”, Colômbia, Polônia e Tunísia.


… Senegal 0 x 1 Colômbia


(Imagem: FIFA.com)

Senegal se classificaria com um empate. A equipe do técnico-ídolo Aliou Cissé joga um futebol pragmático. Mas hoje apelou diante da Colômbia. Praticamente não quis jogar. Ficou cozinhando a partida em “banho-maria” até que o tempo passasse. Mas foi duramente castigada.

Para não depender do resultado da outra partida do grupo, a Colômbia tinha que vencer. Mas também não acelerava. Por isso se tornou um jogo lento e de pouquíssimas emoções.

E a primeira chance do jogo foi colombiana, aos doze minutos. Juan Fernando Quintero cobrou falta da meia direita e obrigou Khadim N’Ndiaye a fazer uma defesa difícil. A bola ainda quicou no chão antes de chegar ao goleiro.

Aos 16′, Keita Baldé faz boa jogada e encontra Sadio Mané livre na entrada da área. Ele avança e é travado antes de finalizar. O árbitro sérvio Milorad Mažić marcou pênalti. O VAR interferiu e o árbitro anulou a penalidade ao ver no vídeo que Davinson Sánchez pegou apenas na bola. De vez em quando o VAR faz justiça.

James Rodríguez sentiu uma lesão e teve que abandonar o campo aos 31 min, dando lugar a Luis Muriel.

No 20º minuto do segundo tempo, Quintero cobrou falta para a área e a bola sobrou para Muriel chutar no canto, mas Kalidou Koulibaly tirou para a linha de fundo.

Aos 28′, Quintero cobrou escanteio e Yerri Mina apareceu como um foguete para cabecear forte e para baixo, sem chances para o goleiro senegalês. Segundo gol de Mina na Copa. Com esse resultado, a Colômbia se garantia na próxima fase.

Depois de sofrer o gol, Senegal acordou e tentou criar algumas chances de empatar, mas não conseguiu. O mais perto disso, foi aos 31′, em jogada trabalhada pela direita, que M’Baye Niang chutou forte para a boa defesa de David Ospina.

Senegal se despede da Copa com aquela sensação de que poderia ter feito mais se não fosse pragmático. O país sempre teve um futebol bonito e envolvente. Mas ao invés de jogar como sabe, tentou garantir o empate. O merecido e doloroso castigo veio com a eliminação.

A Colômbia foi a líder do Grupo H. Ganhou de presente a chance de enfrentar a Inglaterra valendo uma vaga nas quartas de final. Jogo duro.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Senegal 0 x 1 Colômbia
Data: 28/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Cosmos Arena (Arena Samara) — Cidade: Samara (Rússia)
Público: 41.970
Árbitro: Milorad Mažić (Sérvia)
Gol: 74′ Yerri Mina (COL)
Cartões Amarelos: 45′ Johan Mojica (COL); 51′ M’Baye Niang (SEN)
Senegal (4-4-2): 16.Khadim N’Ndiaye; 21.Lamine Gassama, 6.Salif Sané, 3.Kalidou Koulibaly e 12.Yassouf Sabaly (22.Moussa Wagué ↑74′); 8.Cheikhou Kouyaté, 5.Idrissa Gueye, 18.Ismaila Sarr e 10.Sadio Mané (C); 20.Keita Baldé (14.Moussa Konaté ↑80′) e 19.M’Baye Niang (15.Diafra Sakho ↑86′). Técnico: Aliou Cissé
Colômbia (4-2-3-1): 1.David Ospina; 4.Santiago Arias, 23.Davinson Sánchez, 13.Yerri Mina e 17.Johan Mojica; 6.Carlos Sánchez e 15.Mateus Uribe (16.Jefferson Lerma ↑83′); 11.Juan Cuadrado, 20.Juan Fernando Quintero e 10.James Rodríguez (14.Luis Muriel ↑31′); 9.Radamel Falcao García (C) (19.Miguel Borja ↑89′). Técnico: José Pekerman

… Japão 0 x 1 Polônia


(Imagem: FIFA.com)

O Japão não estava garantido na próxima fase da Copa. Por isso, causou estranheza a ideia do técnico Akira Nishino, de poupar mais da metade do time.

Decepcionada pela eliminação precoce, a Polônia jogava para se despedir com uma vitória.

Aos 13′, Yoshinori Muto arriscou rasteiro de fora da área, mas Fabiański foi buscar, fazendo uma excelente defesa.

No minuto 32, Bereszyński cruzou da direita e Grosicki cabeceou no cantinho para o gol. Era só sair para comemorar. Mas goleiro japonês, o veterano Eiji Kawashima, fez a defesa da Copa e uma das mais difíceis de todos os tempos. Um verdadeiro milagre.

Aos 14 minutos do segundo tempo, Kurzawa cobra falta da intermediária esquerda e o zagueiro Jan Bednarek completa para o gol. A Polônia estava vencendo e eliminando o Japão naquele momento.

E os polacos continuaram criando chances de gol. Zieliński lançou Grosicki na direita e ele cruzou para Robert Lewandowski, que escorregou e chutou mal, por cima do gol.

E o Japão contou com a sorte. A quinze minutos do fim a Colômbia abriu o placar diante de Senegal, voltando a dar sobrevida ao Japão.

E a partir daí os japoneses passaram a tocar a bola sem se arriscar, esperando o fim da partida. Foram vaiados pela torcida de Volgogrado. Um novo gol da Polônia os eliminaria, mas não aconteceu. O gol do empate de Senegal também eliminaria os nipônicos, mas não aconteceu.

Japão e Senegal empataram em todos os critérios: 4 pontos para cada; saldos de gols zerados; quatro gols marcados e quatro sofridos; empate por 2 x 2 no confronto direto. O critério que os desempatou foi o “Fair Play”. Por ter dois cartões amarelos a mais, os senegaleses voltaram para casa. Pela primeira vez na história, um critério tão subjetivo quanto um cartão amarelo, serviu para desempatar duas seleções em uma Copa do Mundo.

O Japão enfrenta a França nas oitavas de final. É o azarão dentre os 16 sobreviventes.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Japão 0 x 1 Polônia
Data: 28/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Arena Volgogrado — Cidade: Volgogrado (Rússia)
Público: 42.189
Árbitro: Janny Sikazwe (Zâmbia)
Gol: 59′ Jan Bednarek (POL)
Cartão Amarelo: 59′ Tomoaki Makino (JAP)
Japão (4-2-3-1): 1.Eiji Kawashima (C); 19.Hiroki Sakai, 22.Maya Yoshida, 20.Tomoaki Makino e 5.Yuto Nagatomo; 16.Hotaru Yamaguchi e 7.Gaku Shibasaki; 21.Gotoku Sakai, 9.Shinji Okazaki (15.Yuya Osako ↑47′) e 11.Takashi Usami (14.Takashi Inui ↑65′); 13.Yoshinori Muto (17.Makoto Hasebe ↑82′). Técnico: Akira Nishino
Polônia (3-4-3): 22.Łukasz Fabiański; 18.Bartosz Bereszyński, 15.Kamil Glik e 5.Jan Bednarek; 21.Rafał Kurzawa (17.Sławomir Peszko ↑79′), 10.Grzegorz Krychowiak, 6.Jacek Góralski e 3.Artur Jędrzejczyk; 19.Piotr Zieliński (14.Łukasz Teodorczyk ↑79′), 11.Kamil Grosicki e 9.Robert Lewandowski. Técnico: Adam Nawalka

… Inglaterra 0 x 1 Bélgica


(Imagem: FIFA.com)

Tanto ingleses quanto belgas foram a campo com os times reservas. Ninguém fazia nada para vencer a partida. Se o jogo terminasse empatado, o primeiro lugar do Grupo G seria decidido pelo critério de menor número de cartões amarelos. Àquela altura, a Inglaterra tinha menos cartões.

Se teve alguém que quis vencer, foi a Bélgica. Logo no início, aos 6′, Youri Tielemans encheu o pé de fora da área e deu trabalho para Jordan Pickford, goleiro do Everton.

Pouco depois, Adnan Januzaj entrou na área e cruzou para Marouane Fellaini, que cabeceou em cima do goleiro. Com a bola ainda em jogo, Michy Batshuayi ganhou a dividida e a mandou para o gol. Mas eis que surgiu Gary Cahill com seu pé salvador, em cima da linha, impedindo o gol dos Diables Rouges.

Nos primeiros instantes do segundo tempo, Jamie Vardy roubou a bola no campo de ataque e Marcus Rashford bateu com perigo, à esquerda de Thibaut Courtois.

Aos seis minutos, Tielemans abriu na direita para Januzaj. Ele deu um drible curto em Danny Rose e chutou de esquerda em diagonal, no canto direito de Pickford. Um belo gol. Um colírio para uma partida tão sonolenta.

Aos 21′, Harry Maguire encontra Vardy, que toca de primeira para Rashford sair cara a cara com Courtois. O garoto esperou para definir a jogada e chutou no canto, mas o goleiro foi na bola e impediu o empate.

A sete minutos do fim, Danny Welbeck pegou a sobra de um escanteio e chutou cruzado, mas a zaga belga afastou.

Essa é a segunda vez que a Bélgica consegue terminar a fase de grupos com 100% de aproveitamento. A primeira foi há quatro anos, no Brasil.

Foi a segunda vez em toda a história que a Bélgica venceu a Inglaterra. A primeira foi por 3 x 2 em 09/05/1936, há 82 anos, em um amistoso em Bruxelas. Agora, em 22 partidas disputadas, são 15 vitórias inglesas, 5 empates e 2 vitórias belgas.

Mas agora, por ter sido líder do Grupo G, a Bélgica se coloca no chaveamento mais difícil da Copa, do lado de Brasil, Argentina, França, Uruguai e Portugal.

Os ingleses festejam, pois tem uma vida mais fácil até a semifinal, onde poderá enfrentar a Espanha.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Inglaterra 0 x 1 Bélgica
Data: 28/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Arena Baltika (Kaliningrado Stadium) — Cidade: Kaliningrado (Rússia)
Público: 33.973
Árbitro: Damir Skomina (Eslovênia)
Gol: 51′ Adnan Januzaj (BEL)
Cartões Amarelos: 19′ Youri Tielemans (BEL); 33′ Leander Dendoncker (BEL)
Inglaterra (3-5-2): 1.Jordan Pickford; 16.Phil Jones, 5.John Stones (6.Harry Maguire ↑INTERVALO) e 15.Gary Cahill; 22.Trent Alexander-Arnold (14.Danny Welbeck ↑79′), 21.Ruben Loftus-Cheek, 4.Eric Dier (C), 17.Fabian Delph e 3.Danny Rose; 19.Marcus Rashford e 11.Jamie Vardy. Técnico: Gareth Southgate
Bélgica (3-4-3): 1.Thibaut Courtois (C); 23.Leander Dendoncker, 20.Dedryck Boyata e 3.Thomas Vermaelen (4.Vincent Kompany ↑74′); 22.Nacer Chadli, 17.Youri Tielemans, 19.Mousa Dembélé e 16.Thorgan Hazard; 8.Marouane Fellaini, 18.Adnan Januzaj (14.Dries Mertens ↑86′) e 21.Michy Batshuayi. Técnico: Roberto Martínez

… Panamá 1 x 2 Tunísia


(Imagem: FIFA.com)

Duas equipes já eliminadas, que lutavam apenas pela honra de se despedir com uma vitória.

A Tunísia começou melhor. Aos dezenove minutos de jogo, após cobrança de escanteio, Wahbi Khazri cruzou da direita e Rami Bedoui cabeceou fraco, nas mãos do goleiro Jaime Penedo.

Mas depois da metade do primeiro tempo, o Panamá começou a atacar também. No 33º minuto, José Luis Rodríguez tabelou com Román Torres próximo da área e chutou de esquerda. A bola desviou em Yassine Meriah e tirou qualquer chance de defesa do goleiro tunisiano Aymen Mathlouthi. O segundo gol panamenho na história das Copas foi contra. Não importa! Festa total da torcida!

Pouco depois, Oussama Haddadi cruzou da esquerda e Fakhreddine Ben Youssef cabeceou bem, rente à trave esquerda de Penedo.

Aos seis minutos do segundo tempo, Ghailene Chaalali fez boa jogada, abriu na direita para o capitão Khazri, que cruzou de primeira para Ben Youssef completar para o gol. Foi uma bela trama coletiva.

A vidada quase veio no lance seguinte. Khazri foi lançado, ganhou da zaga em velocidade e foi derrubado. O árbitro deu vantagem, mas Ben Youssef chutou cruzado para boa defesa de Penedo com os pés.

Mas aos 21′, Oussama Haddadi invadiu a área pela esquerda e só rolou na segunda trave para Wahbi Khazri completar para o gol vazio.

Aos 27 a torcida panamenha chegou a comemorar o empate, em um belo chute de Edgar Bárcenas, mas o árbitro bareinita já havia apitado uma falta de ataque antes da finalização.

O Panamá perdeu as três partidas, mas a qualificação para a disputa do Mundial será festejada ainda por muitos anos. Essa geração já está bem envelhecida, mas fez por merecer e chegou ao ápice de disputar uma Copa do Mundo.

A Tunísia também festeja sua primeira vitória em Copas desde 1978. Se mostrou uma equipe de bom toque de bola, liderada por Wahbi Khazri.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Panamá 1 x 2 Tunísia
Data: 28/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Mordovia — Cidade: Saransk (Rússia)
Público: 37.168
Árbitro: Nawaf Shukralla (Bahrein)
Gols: 33′ Yassine Meriah (PAN)(contra); 51′ Fakhreddine Ben Youssef (TUN); 66′ Wahbi Khazri (TUN)
Cartões Amarelos: 44′ Ferjani Sassi (TUN); 71′ Anice Badri (TUN); 78′ Ricardo Ávila (PAN); 80′ Gabriel Gómez (PAN); 90+3′ Ghailene Chaalali (TUN)
Panamá (4-5-1): 1.Jaime Penedo; 13.Adolfo Machado, 5.Román Torres (C) (18.Luis Tejada ↑56′), 4.Fidel Escobar e 17.Luis Ovalle; 6.Gabriel Gómez, 20.Aníbal Godoy, 19.Ricardo Ávila (16.Abdiel Arroyo ↑81′), 8.Edgar Bárcenas e 21.José Luis Rodríguez; 9.Gabriel Torres (3.Harold Cummings ↑INTERVALO). Técnico: Hernán Darío Gómez
Tunísia (4-1-4-1): 16.Aymen Mathlouthi (C); 21.Hamdi Nagguez, 6.Rami Bedoui, 4.Yassine Meriah e 5.Oussama Haddadi; 17.Ellyes Skhiri; 8.Fakhreddine Ben Youssef, 20.Ghailene Chaalali, 13.Ferjani Sassi (9.Anice Badri ↑INTERVALO) e 23.Naïm Sliti (15.Ahmed Khalil ↑77′); 10.Wahbi Khazri (C) (18.Bassem Srarfi ↑89′). Técnico: Nabil Maâloul

Veja os confrontos das oitavas de final da Copa do Mundo de 2018:


(Imagem: Folha / UOL)

… 27/06/2018 – O melhor do 14º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 27/06/2018 – O melhor do 14º dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A tetracampeã mundial Alemanha sucumbe e é eliminada na primeira fase.
Suécia mostra força ao golear o México.
Costa Rica marca seus primeiros gols na Copa.
Brasil vence Sérvia sem sustos.


… Coreia do Sul 2 x 0 Alemanha


(Imagem: FIFA.com)

Provavelmente aqueles foram os minutos mais desastrosos da história da vitoriosa seleção alemã. Nem vamos relembrar a derrota para o México e nem a vitória na bacia das almas sobre a Suécia. Bastava a Alemanha vencer a Coreia do Sul para se classificar. Uma tarefa claramente possível para os atuais campeões do mundo.

Como uma pequena mostra do que veríamos, a primeira chance foi sul-coreana, aos dezenove minutos. Jung Woo-young cobrou falta da intermediária, no meio do gol. Neuer espalmou para o meio da área e precisou dividir com Son Heung-min para evitar o gol.

Seis minutos depois, Lee Yong cruzou da direita, a zaga desviou e a bola sobrou para Son chutar por cima, muito perto da trave. A Alemanha precisava vencer, mas as duas primeiras chances foram dos asiáticos.

Somente aos 39′, os germânicos assustaram. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Mats Hummels, mas o goleiro Cho Hyun-woo foi mais esperto e ficou com ela.

No início do segundo tempo, Kimmich levantou a bola para boa cabeçada de Goretzka, mas o goleiro foi buscar. Chance clara, que não deve ser desperdiçada em uma partida dessa importância.

Aos 6′, Özil tabelou com Reus, foi à linha de fundo e cruzou para trás. Timo Werner emendou um sem-pulo e a bola passou tirando tinta da trave.

A Alemanha tentava, mas não conseguia pressionar. Aos 42′ min, Özil cruzou e Hummels cabeceou por cima.

Aos 47 minutos do segundo tempo, Son cobrou escanteio rasteiro. Toni Kroos tentou afastar, mas deu a bola de presente para o zagueiro Kim Yong-gwon fazer o primeiro gol do jogo.

A incredulidade tomou conta de todos, mas ficaria ainda pior aos 51′. O goleiro, capitão e irresponsável Manuel Neuer tentou driblar na meia esquerda e perdeu a bola. Ju Se-jong chutou de esquerda, tentando marcar o gol de muito longe. Son Heung-min partiu em corrida de seu próprio campo, alcançou a bola e a conduziu ao gol.

Um verdadeiro fiasco da seleção alemã. De maior favorita a eliminada ainda na primeira fase, em um grupo que não parecia ser dos mais difíceis. É a primeira vez em toda a história que a Alemanha é eliminada na fase de grupos do Mundial.

A culpa pode e deve ser creditada ao técnico Joachin Löw. Ele se apegou à gratidão aos jogadores que lhe deram o título quatro anos atrás. Não adianta ter nome. Pra jogar em uma seleção de nível mundial, precisa estar na melhor forma física, técnica e psicológica. [Ouviu essa, Tite?!] Löw deu repetidas e infundadas chances a Sami Khedira, Mesut Özil e Thomas Müller. Enquanto isso, Leroy Sané ficou assistindo o Mundial do sofá de casa.

Mas isso não é exclusividade da Alemanha. Ele não é o primeiro técnico agarrado a medalhões campeões do mundo, que caíram na primeira fase da Copa seguinte. Isso aconteceu com a França em 2002, a Itália em 2010 e a Espanha em 2014.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Coreia do Sul 2 x 0 Alemanha
Data: 27/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Arena Kazan — Cidade: Kazan (Rússia)
Público: 41.835
Árbitro: Alireza Faghani (Irã)
Gols: 90+3′ Kim Yong-gwon (COR); 90+6′ Son Heung-min (COR)
Cartões Amarelos: 9′ Jung Woo-young (COR); 23′ Lee Jae-sung (COR); 48′ Moon Seon-min (COR); 65′ Son Heung-min (COR)
Coreia do Sul (4-2-3-1): 23.Cho Hyun-woo; 2.Lee Yong, 5.Yun Young-sun, 19.Kim Yong-gwon e 14.Hong Chul; 15.Jung Woo-young, 20.Jang Hyun-soo, 18.Moon Seon-min (8.Ju Se-jong ↑69′) e 17.Lee Jae-sung; 13.Koo Ja-cheol (11.Hwang Hee-chan ↑56′) (22.Go Yo-han ↑79′) e 7.Son Heung-min. Técnico: Shin Tae-yong
Alemanha (4-2-3-1): 1.Manuel Neuer (C); 18.Joshua Kimmich, 5.Mats Hummels, 15.Niklas Süle e 3.Jonas Hector (20.Julian Brandt ↑78′); 6.Sami Khedira (23.Mario Gómez ↑58′) e 8.Toni Kroos; 14.Leon Goretzka (13.Thomas Müller ↑63′), 10.Mesut Özil e 11.Marco Reus; 9.Timo Werner. Técnico: Joachim Löw

 

… México 0 x 3 Suécia


(Imagem: FIFA.com)

Com seis pontos nas duas primeiras rodadas e pelo bom futebol que havia apresentado, o México era favorito contra a Suécia. Só uma catástrofe tirava La Tri das oitavas de final. E ela quase aconteceu. De quase classificados, os mexicanos foram salvos pela incompetência da Alemanha.

Aos 17′, a Suécia errou a saída de bola e Lozano tocou para Vela chutar no canto esquerdo, mas a bola foi para fora, assustando o goleiro Olsen.

Aos 31′, após cobrança de escanteio, Lustig cruzou de voleio e Berg finalizou para boa intervenção do goleiro Ochoa.

A Suécia abriu o placar aos cinco minutos da etapa complementar. Larsson abriu na direita com Berg, que chutou cruzado. Claesson furou e Augustinsson emendou de esquerda, fuzilando Ochoa, que chegou a tocar na bola.

Cinco minutos depois, Berg avançou em contra-ataque e foi derrubado dentro da área. O capitão Granqvist cobrou o pênalti forte, no ângulo direito do goleiro mexicano.

Com 2 a 0 contra, o México seria eliminado caso a Alemanha vencesse a Coreia do Sul.

E tudo ficou pior aos 29′. Lustig arremessou o lateral dentro da área, Thelin desviou para trás e Toivonen tentou alcançar sem conseguir. Mas a bola bateu no braço do lateral Edson Álvarez e entrou no gol. Outro gol contra, na Copa dos gols contra.

Nos acréscimos, mesmo perdendo de 3 a 0, a torcida mexicana era só festa em Ecaterimburgo, comemorando os gols da Coreia do Sul contra a Alemanha.

Com esse resultado, a Suécia se classifica em primeiro lugar do grupo e enfrentará a Suíça. Com essa derrota, o México ficou no caminho do Brasil.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — México 0 x 3 Suécia
Data: 27/06/2018 — Horário: 19h00 locais
Estádio: Estádio Central (Ekaterinburg Arena) — Cidade: Ecaterimburgo (Rússia)
Público: 33.061
Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)
Gols: 50′ Ludwig Augustinsson (SUE); 62′ Andreas Granqvist (SUE)(pen); 74′ Edson Álvarez (SUE)(contra)
Cartões Amarelos: 16” Jesús Gallardo (MEX); 26′ Sebastian Larsson (SUE); 61′ Héctor Moreno (MEX); 86′ Miguel Layún (MEX); 88′ Mikael Lustig (SUE)
México (4-2-3-1): 13.Guillermo Ochoa; 21.Edson Álvarez, 3.Carlos Salcedo, 15.Héctor Moreno e 23.Jesús Gallardo (8.Marco Fabián ↑65′); 16.Héctor Herrera e 18.Andrés Guardado (C) (17.Jesús Manuel Corona ↑75′); 7.Miguel Layún (19.Oribe Peralta ↑89′), 11.Carlos Vela e 22.Hirving Lozano; 14.Javier “Chicharito” Hernández. Técnico: Juan Carlos Osorio
Suécia (4-4-2): 1.Robin Olsen; 2.Mikael Lustig, 3.Victor Lindelöf, 4.Andreas Granqvist (C) e 6.Ludwig Augustinsson; 7.Sebastian Larsson (13.Gustav Svensson ↑57′), 8.Albin Ekdal (15.Oscar Hiljemark ↑80′), 17.Viktor Claesson e 10.Emil Forsberg; 20.Ola Toivonen e 9.Marcus Berg (22.Isaak Kiese Thelin ↑68′). Técnico: Janne Andersson

 

… Suíça 2 x 2 Costa Rica


(Imagem: FIFA.com)

A Suíça estava praticamente classificada. A chance de ficar fora era meramente matemática. Por isso entrou em campo em ritmo lento, ao contrário dos costarriquenhos, que até então era a única seleção que não havia marcado gols nesse Mundial.

Aos seis minutos de jogo, Oviedo cruza da esquerda e Celso Borges cabeceia forte e rasteiro, no canto direito. Mas o goleiro suíço Yann Sommer faz um milagre para evitar o gol e a bola ainda toca na trave.

Quatro minutos depois, Colindres ganha disputa de bola com Shaqiri, entra na área e chuta bem, mas a bola toca no travessão e não entra.

A Costa Rica começou o jogo com tudo, querendo se despedir de forma honrosa. E o técnico da Suíça, Vladimir Petković, pedia calma para sua equipe, que não parecia ser a mesma das duas partidas anteriores, tamanha desconcentração.

Mas em seu primeiro ataque, a Suíça abriu o placar, aos 19 min. Lichtsteiner cruzou da direita, Embolo escorou de cabeça para o meio da área e Džemaili chutou forte para o fundo do gol.

Aos onze minutos do segundo tempo, Campbell cobrou escanteio na cabeça de Waston, que mandou para o gol.

Aos 33′, Embolo cruzou da ponta direita e Drmić cabeceou na trave.

A três minutos do fim, Zakaria cruzou rasteiro da direita e Drmić chegou chutando para o gol, no cantinho esquerdo de Keylor Navas.

Já nos acréscimos, aos 47′, Campbell avançou pela esquerda, entrou na área e foi derrubado por Zakaria. Pênalti claro. O capitão Bryan Ruiz cobrou, a bola foi no travessão, voltou nas costas do goleiro Sommer e entrou no gol. Gol contra.

Bryan contou com uma alta dose de sorte para dar o único ponto da Costa Rica na Copa de 2018.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Suíça 2 x 2 Costa Rica
Data: 27/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 43.319
Árbitro: Clément Turpin (França)
Gols: 31′ Blerim Džemaili (SUI); 56′ Kendall Waston (COS); 88′ Josip Drmić (SUI); 90+3′ Yann Sommer (COS)(contra)
Cartões Amarelos: 11′ Cristian Gamboa (COS); 29′ Joel Campbell (COS); 37′ Stephan Lichtsteiner (SUI); 75′ Denis Zakaria (SUI); 83′ Fabian Schär (SUI); 89′ Kendall Waston (COS)
Suíça (4-2-3-1): 1.Yann Sommer; 2.Stephan Lichtsteiner (C), 22.Fabian Schär, 5.Manuel Akanji e 13.Ricardo Rodríguez; 11.Valon Behrami (17.Denis Zakaria ↑60′) e 10.Granit Xhaka; 23.Xherdan Shaqiri (6.Michael Lang ↑81′), 15.Blerim Džemaili e 7.Breel Embolo; 18.Mario Gavranović (19.Josip Drmić ↑69′). Técnico: Vladimir Petković
Costa Rica (4-5-1): 1.Keylor Navas; 16.Cristian Gamboa (4.Ian Smith ↑90+3′), 2. Johnny Acosta, 3. Giancarlo González, 19.Kendall Waston e 8.Bryan Oviedo; 20.David Guzmán (14.Randall Azofeifa ↑90+1′), 5. Celso Borges, 10.Bryan Ruiz (C) e 9.Daniel Colindres (13.Rodney Wallace ↑81′); 12.Joel Campbell. Técnico: Óscar Ramírez

 

… Brasil 2 x 0 Sérvia


(Imagem: FIFA.com)

Falamos especialmente sobre essa partida neste outro texto.

… 27/06/2018 – Brasil 2 x 0 Sérvia

Três pontos sobre…
… 27/06/2018 – Brasil 2 x 0 Sérvia


(Imagem: FIFA.com)

● Das três partidas da Seleção Brasileira na Copa 2018, essa certamente foi a melhor. Embora tenha sido mais exigida na defesa, não passou sustos em momento algum e matou o jogo na hora certa.

Era uma partida decisiva para as pretensões brasileiras. Ainda não era a fase de mata-mata, mas se perdesse hoje, a eliminação era certa.

A Seleção soube se impor diante de um adversário de qualidade. Foi um time mais parecido com aquele que passeou nas eliminatórias, do que aquele nervoso dos dois primeiros jogos na Rússia.


Sem a opção de Douglas Costa, lesionado, Tite mandou ao campo a mesma formação que venceu a Costa Rica. Em poucos minutos, Marcelo sentiu lesão e deu lugar a Filipe Luís, mais defensivo.


O técnico sérvio Mladen Krstajić escalou uma formação mais ofensiva, com Rukavina no lugar de Ivanović na lateral direita. No meio, Milinković-Savić atuou em posição mais defensiva, dando vaga a Ljajić como meia-atacante.

● E já começou se sentindo “em casa” logo na execução dos hinos nacionais. Assim como aconteceu na Copa das Confederações de 2013 e na Copa do Mundo de 2014, o nosso hino foi cantado a capela pela torcida. É sempre emocionante.


E começou criando chance no primeiro minuto, quando Philippe Coutinho chutou de fora da área e carimbou Gabriel Jesus, que estava impedido.

E com apenas sete minutos jogados, um lamento: Marcelo sentiu uma dor na lombar e teve que ser substituído. Filipe Luís é não é uma potência no ataque como Marcelo, mas cumpre melhor os fundamentos defensivos. Mas a mudança de características do lado esquerdo não comprometeu a atuação da equipe. Resta torcermos para que Marcelo se recupere o mais breve possível. Além da qualidade técnica, o camisa 12 é uma das grandes lideranças no elenco.

Aos 25 minutos de jogo, Neymar passou fácil por Milinković-Savić e abriu na esquerda para Gabriel Jesus. Já dentro da área, o camisa 9 se enrolou com a bola e Neymar chegou chutando de esquerda na pequena área, mas o goleiro Stojković impediu o gol certo.

Aos 36′, Philippe Coutinho viu bem o deslocamento de Paulinho e fez um lançamento primoroso. Pressionado por Stojković e por três adversários, o jogador do Barcelona tocou por cobertura, na saída do goleiro. Um golaço!

Próximo ao intervalo, Filipe Luís tocou para Neymar e ele chutou do bico esquerdo da área. A bola fez uma curva e passou por cima do gol.


(Imagem: FIFA.com)

● Precisando da vitória, a Sérvia teve mais iniciativa no segundo tempo. O técnico sérvio Mladen Krstajić errou ao recuar Sergej Milinković-Savić, o melhor do time, nessa partida de hoje. O jogador da Lazio consegue produzir muito mais próximo ao gol adversário do que vindo de trás. Assim, sem criação no meio, os europeus tentavam atacar principalmente pelos lados do campo.

Aos onze minutos do segundo tempo, Ljajić cruzou para a área e Miranda tirou do jeito que deu, quase mandando a bola para o próprio gol.

Cinco minutos depois, Tadić fez boa jogada pela direita e Rukavina chegou cruzando. Alisson saiu mal do gol, mas Mitrović cabeceou a sobra em cima de Thiago Silva, bem posicionado.

Pouco depois, Mitrović teve outra chance ao subir mais do que Fagner e cabecear para a boa defesa de Alisson.

Tite reforçou a marcação com Fernandinho no lugar de Paulinho. O camisa 15 pode ter feito um golaço, mas novamente não fez uma boa partida. Não marca, não arma, não cruza e não chuta. Se continuar aparecendo como elemento surpresa, resultando em gols, ótimo. Mas talvez fosse o caso de pensar em uma outra alternativa ao jogador do Barcelona.

O experiente Thiago Silva não ajudou apenas na defesa, mas também deu uma contribuição fundamental no ataque. Na metade da etapa complementar, Neymar cobrou escanteio fechado e o camisa 2 cabeceou para o gol. A bola ainda bateu em Milenković antes de entrar.

Stojković fez uma ótima defesa em um belo chute de Filipe Luís de fora da área, após o rebote de um escanteio.

No último lance da partida, Neymar tentou driblar Stojković, mas o goleiro foi mais esperto.

Falando em Neymar, após críticas do mundo todo, ele caiu menos e reclamou menos. Pode não ter sido o principal protagonista nessa partida, mas foi importantíssimo nas transições em velocidade pelo lado esquerdo e pelo meio.

Se não foi uma partida sensacional da Seleção Brasileira, foi a melhor exibição possível. Enche a torcida de confiança diante de um bom resultado contra o México na próxima segunda-feira, às 11 da manhã.


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

BRASIL 2 x 0 SÉRVIA

 

Data: 27/06/2018

Horário: 21h00 locais

Estádio: Otkritie Arena (Spartak Stadium)

Público: 44.190

Cidade: Moscou (Rússia)

Árbitro: Alireza Faghani (Irã)

 

BRASIL (4-1-4-1):

SÉRVIA (4-2-3-1):

1  Alisson (G)

1  Vladimir Stojković (G)

22 Fagner

2  Antonio Rukavina

2  Thiago Silva

15 Nikola Milenković

3  Miranda (C)

13 Miloš Veljković

12 Marcelo

11 Aleksandar Kolarov (C)

5  Casemiro

21 Nemanja Matić

19 Willian

20 Sergej Milinković-Savić

15 Paulinho

10 Dušan Tadić

11 Philippe Coutinho

22 Adem Ljajić

10 Neymar Jr

17 Filip Kostić

9  Gabriel Jesus

9  Aleksandar Mitrović

 

Técnico: Tite

Técnico: Mladen Krstajić

 

SUPLENTES:

 

 

23 Ederson (G)

12 Predrag Rajković (G)

16 Cássio (G)

23 Marko Dmitrović (G)

14 Danilo (lesionado)

6  Branislav Ivanović

13 Marquinhos

5  Uroš Spajić

4  Pedro Geromel

3  Duško Tošić

6  Filipe Luís

14 Milan Rodić

17 Fernandinho

4  Luka Milivojević

18 Fred

7  Andrija Živković

8  Renato Augusto

16 Marko Grujić

7  Douglas Costa (lesionado)

18 Nemanja Radonjić

21 Taison

19 Luka Jović

20 Roberto Firmino

8  Aleksandar Prijović

 

GOLS:

36′ Paulinho (BRA)

68‘ Thiago Silva (BRA)

 

CARTÕES AMARELOS:

33′ Adem Ljajić (SER)

48′ Nemanja Matić (SER)

70′ Aleksandar Mitrović (SER)

 

SUBSTITUIÇÕES:

10′ Marcelo (BRA) ↓

Filipe Luís (BRA) ↑

 

66′ Paulinho (BRA) ↓

Fernandinho (BRA) ↑

 

75′ Adem Ljajić (SER) ↓

Andrija Živković (SER) ↑

 

80′ Philippe Coutinho (BRA) ↓

Renato Augusto (BRA) ↑

 

82′ Filip Kostić (SER) ↓

Nemanja Radonjić (SER) ↑

 

89′ Aleksandar Mitrović (SER) ↓

Luka Jović (SER) ↑

Melhores momentos da partida:

… 26/06/2018 – O melhor do 13º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 26/06/2018 – O melhor do 13º dia da Copa


(Imagem: Getty Images)

A Argentina sofre muito e consegue sua classificação a poucos minutos do fim.
França e Dinamarca não quiseram jogar e protagonizaram a primeira partida sem gols da Copa.
A Croácia mostra a força de seu elenco e, mesmo com o time reserva, vence a Islândia.
O Peru volta para casa com a sensação de dever cumprido.

… Dinamarca 0 x 0 França


(Imagem: FIFA.com)

O empate era um bom resultado para ambos. A Dinamarca se classificava independentemente do resultado entre “Austrália x Peru”. A França garantiria o primeiro lugar do Grupo C. E em uma partida que ninguém precisa vencer, não há como ser diferente: foi o primeiro jogo sem gols da Copa do Mundo de 2018.

Pouco aconteceu durante a partida. Mesmo sem levar perigo, a França foi mais perigosa.

Aos 15 minutos do primeiro tempo, Nzonzi abre na esquerda e Hérnández faz tabela com Giroud dentro da área. O centroavante francês finaliza fraco e Schmeichel espalma.

Aos 29′, Delaney lança na ponta esquerda para Cornelius, que cruza para o meio da área. Christian Eriksen vinha na corrida, mas não alcança a bola. Ele pede pênalti, mas o árbitro ignora.

Quatro minutos depois, Dembélé arrisca da intermediária e a bola passa assustando o arqueiro dinamarquês.

Aos 9 min do segundo tempo, Eriksen cobra falta de muito longe e Mandanda defende em dois tempos.

No minuto 25, Lemar toca para Fekir e ele chuta forte, mas a bola bate nas redes pelo lado de fora.

Aos 37′, Mbappé toca para Fekir que, de novo, chuta bem, mas Schmeichel espalma para o lado.

Nos acréscimos, Mbappé avança pela direita e toca para o meio da área, mas a zaga dinamarquesa afasta o perigo.

No segundo tempo, a torcida presente no estádio Luzhniki vaiou as equipes, que pouco faziam.

Nas oitavas de final, a França vai enfrentar a Argentina, enquanto a Dinamarca encara a Croácia. Um bom castigo para as duas seleções que não quiseram nada hoje, mas agora vão precisar jogar muito.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Dinamarca 0 x 0 França
Data: 26/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Olímpico Luzhniki — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 78.011
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Brasil)
Cartão Amarelo: 45+3′ Mathias Jørgensen (DIN)
Dinamarca (4-1-4-1): 1.Kasper Schmeichel; 14.Henrik Dalsgaard, 4.Simon Kjær (C), 13.Mathias Jørgensen e 17.Jens Stryger Larsen; 6.Andreas Christensen; 11.Martin Braithwaite, 10.Christian Eriksen, 8.Thomas Delaney (18.Lukas Lerager ↑90+2′) e 23.Pione Sisto (15.Viktor Fischer ↑60′); 21.Andreas Cornelius (12.Kasper Dolberg ↑75′). Técnico: Åge Hareide
França (4-2-3-1): 16.Steve Mandanda; 19.Djibril Sidibé, 4.Raphaël Varane (C), 3.Presnel Kimpembe e 21.Lucas Hernández (22.Benjamin Mendy ↑50′); 13.N’Golo Kanté e 15.Steven Nzonzi; 11.Ousmane Dembélé (10.Kylian Mbappé ↑78′), 7.Antoine Griezmann (18.Nabil Fekir ↑68′) e 8.Thomas Lemar; 9.Olivier Giroud. Técnico: Didier Deschamps

 

… Austrália 0 x 2 Peru


(Imagem: FIFA.com)

Devido ao bom futebol que exibia nos amistosos dos últimos meses, o Peru prometia ser uma das sensações da Copa do Mundo. Mas foram duas derrotas nos dois primeiros jogos e a frustrante eliminação precoce. Perdeu, mesmo tento sido melhor que a Dinamarca e encarando a França em boa parte do tempo.

Mas a vitória que não vinha há 36 anos, veio hoje.

Eram jogados 18 minutos quando Guerrero, já dentro da área, faz a inversão da esquerda para a direita. André Carrillo emenda de primeira, com a bola ainda no ar, e faz um golaço. Primeiro gol peruano em Copas do Mundo desde 1982.

Aos 27′, Rogić fez fila dentro da área e chuta firme, mas Gallese defendeu com os pés.

Sete minutos depois, Rogić tocou para Kruse, que entrou na área e cruzou para o meio. Mas Advíncula estava lá para impedir que a bola chegasse a Leckie.

Aos cinco minutos do segundo tempo, Cueva fez das suas e encontrou Guerrero dentro da área. O capitão peruano virou chutando e fez o segundo de sua seleção. Um gol muito emblemático, se lembrarmos toda a trama e o trauma que Paolo Guerrero tem sofrido nos últimos meses, suspenso por doping. Mas ele teve a punição suspendida para jogar essa Copa do Mundo e fez o gol que dele se esperava. A bola ainda desviou no zagueiro Miligan antes de entrar.

Depois, a Austrália passou a assustar em cobranças de escanteio, mas não conseguiu seu gol. Em uma delas, Tim Cahill teve a chance de marcar o gol e se tornar o primeiro australiano a anotar gols em quatro Copas do Mundo diferentes, mas a defesa peruana não permitiu que essa lenda alcançasse esse feito.

Mesmo sendo a lanterna do Grupo C, a Austrália merece os parabéns por ter vendido caro a derrota para a França e por ter empatado com a Dinamarca, embora merecesse vencer. Em uma chave difícil, acabou saindo de cabeça erguida.

Ao Peru, fica a euforia pela vitória e a frustração pela não classificação. E se Christian Cueva tivesse convertido aquele pênalti na primeira partida, contra a Dinamarca quando o placar ainda estava zerado?! Provavelmente os incas estariam em festa hoje, ao invés de estarem voltando para casa.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Austrália 0 x 2 Peru
Data: 26/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Olímpico de Fisht (Fisht Stadium) — Cidade: Sóchi (Rússia)
Público: 44.073
Árbitro: Sergei Karasev (Rússia)
Gols: 18′ André Carrillo (PER); 50′ Paolo Guerrero (PER)
Cartões Amarelos: 10′ Mile Jedinak (AUS); 45′ Yoshimar Yotún (PER); 60′ Daniel Arzani (AUS); 66′ Tom Rogić (AUS); 79′ Paolo Hurtado (PER); 88′ Mark Miligan (AUS)
Austrália (4-2-3-1): 1.Mathew Ryan; 19.Joshua Risdon, 20.Trent Sainsbury, 5.Mark Miligan e 16.Aziz Behich; 15.Mile Jedinak (C) e 13.Aaron Mooy; 7.Matthew Leckie, 23.Tom Rogić (22.Jackson Irvine ↑72′) e 10.Robbie Kruse (17.Daniel Arzani ↑58′); 9.Tomi Jurić (4.Tim Cahill ↑53′). Técnico: Bert van Marwijk
Peru (4-2-3-1): 1.Pedro Gallese; 17.Luis Advíncula, 15.Christian Ramos, 4.Anderson Santamaría e 6.Miguel Trauco; 13.Renato Tapia (7.Paolo Hurtado ↑63′) e 19.Yoshimar Yotún (23.Pedro Aquino ↑INTERVALO); 18.André Carrillo (16.Wilder Cartagena ↑79′), 8.Christian Cueva e 20.Edison Flores; 9.Paolo Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca

 

… Nigéria 1 x 2 Argentina


(Imagem: FIFA.com)

Em um sinal de desespero, segundo a imprensa argentina, o técnico Jorge Sampaoli seguiu o pedido dos jogadores e não inventou. Escalou uma equipe parecida com a finalista do Mundial quatro anos atrás, com Lionel Messi partindo da ponta direita para o meio, como rende mais.

E foi assim que ele abriu o placar aos 14 minutos. Éver Banega fez um ótimo lançamento para Messi. O gênio dominou, trouxe para a perna direita e chutou cruzado no alto, sem chances para o goleiro Uzoho. Primeiro gol de Messi na Copa.

No minuto 34, Di María foi derrubado na entrada da área. Messi bateu bem, mas a bola tocou na trave e saiu.

A Nigéria voltou para o segundo tempo assustando. Logo aos cinco munitos, Mascherano agarrou Balogun dentro da área. Pênalti marcado por Cüneyt Çakır e confirmado pelo VAR. Victor Moses nem tomou distância e bateu com enorme categoria, no canto esquerdo do goleiro Armani.

Depois, a Argentina ficava com a bola, mas não sabia o que fazer. O experiente Javier Mascherano, líder inconstestável da equipe, estava colocando tudo a perder. Mas Sampaoli seguiu o exemplo de Joachim Löw na Alemanha: foi tirando lateral e meio campistas, lançando atacantes em campo.

Mas o caldo quase entornou de vez aos 30 minutos, quando Musa recebeu um lançamento e avançou na esquerda. Quando ele cruzou, a bola desviou no carrinho de Mascherano e subiu. Tagliafico tentou cabecear para trás e a bola bateu em seu braço esquerdo. Mas dessa vez o árbitro se acovardou e não marcou o segundo pênalti para as “Super Águias”. Na sobra, Ighalo perdeu uma chance claríssima ao finalizar para fora, com muito perigo.

Àquela altura, a Argentina estava sendo eliminada. Mas aos 41′, Mercado cruzou da direita e Rojo emendou um torpedo de pé direito para o gol. Um zagueiro que joga pelo lado esquerdo, canhoto, finalizou de pé direito, e estufou as redes de Uzoho. Seria e foi o gol da classificação!

Agora, a Argentina vai encarar a França nas oitavas de final e as dificuldades tendem a ser maiores. A chance dos argentinos é a genialidade de Messi. Caso contrário, já pode comprar a passagem de volta no próximo sábado.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Nigéria 1 x 2 Argentina
Data: 26/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Krestovsky Stadium (Saint Petesburg Stadium) — Cidade: São Petesburgo (Rússia)
Público: 64.468
Árbitro: Cüneyt Çakır (Turquia)
Gols: 14′ Lionel Messi (ARG); 51′ Victor Moses (NIG)(pen); 86′ Marcos Rojo (ARG)
Cartões Amarelos: 32′ Leon Balogun (NIG); 49′ Javier Mascherano (ARG); 64′ Éver Banega (ARG); 90+1′ John Obi Mikel (NIG); 90+4′ Lionel Messi (ARG)
Nigéria (3-5-2): 23.Francis Uzoho; 6.Leon Balogun, 5.William Troost-Ekong e 22. Kenneth Omeruo (18.Alex Iwobi ↑90′); 11.Victor Moses, 8.Oghenekaro Etebo, 10.John Obi Mikel (C), 4.Wilfred Ndidi e 2.Brian Idowu; 7.Ahmed Musa (13.Simeon Nwankwo ↑90+2′) e 14’Kelechi Iheanacho (9.Odion Ighalo ↑INTERVALO). Técnico: Gernot Rohr
Argentina (4-4-2): 12.Franco Armani; 2.Gabriel Mercado, 17.Nicolás Otamendi, 16.Marcos Rojo e 3.Nicolás Tagliafico (19.Sergio Agüero ↑80′); 14.Javier Mascherano, 15.Enzo Pérez (22.Cristian Pavón ↑61′), 7.Éver Banega e 11.Ángel Di María (13.Maximiliano Meza ↑72′); 10.Lionel Messi (C) e 9.Gonzalo Higuaín. Técnico: Jorge Sampaoli

 

… Islândia 1 x 2 Croácia


(Imagem: FIFA.com)

A Croácia poupou nove de seus titulares. Apenas Luka Modrić e Ivan Perišić começaram jogando hoje. Apenas um desastre tiraria a primeira colocação dos croatas e ele não aconteceu. Pelo contrário: terminou a primeira fase com 100% de aproveitamento.

E os reservas de Zlatko Dalić mostraram um nível muito bom, conseguindo envolver o adversário com trocas de passes, embora não conseguisse furar o bloqueio defensivo com facilidade.

E a Islândia, uma boa equipe, mas que possui claras limitações, sonhava com a classificação. Precisaria vencer e torcer ao menos para um empate da Argentina contra a Nigéria.

No minuto 40′, Guðmundsson roubou uma bola na intermediária, tabelou com Gylfi Sigurðsson e chutou para fora, assustando o goleiro Kalinić.

Nos acréscimos da etapa inicial, Guðmundsson avançou pela direita e rolou para trás. O capitão Gunnarsson chegou batendo com muito perigo e Kalinić defendeu bem.

Aos sete minuto do segundo tempo, Badelj arriscou de longe e a bola ainda tocou no travessão antes de sair.

No minuto seguinte, o camisa 19 da Croácia não perdoou. Ele mesmo começou a jogada, abrindo na esquerda para Pivarić. O lateral esquerdo cruzou, a bola desviou em um adversário e subiu, ficando na medida para Badelj chutar bonito, de cima para baixo.

Aos dez minutos, Gunnarsson cobrou lateral para o meio da área. Hallfreðsson subiu para dividir com o goleiro croata e Ingason cabeceou sozinho, para boa defesa do goleiro. Na sequência, Gylfi Sigurðsson cobrou o escanteio e o mesmo Ingason cabeceou a bola no travessão.

Aos 30′, Guðmundsson e Gylfi Sigurðsson tabelam na área e a bola bate no braço de Lovren. O próprio Gylfi foi para a cobrança para não repetir seu erro contra a Nigéria. Ele cobrou alta, no meio do gol, devolvendo as esperanças de classificação à Islândia.

Mas no derradeiro minuto, Perišić recebeu a bola na esquerda e chutou cruzado, anotando o segundo tento da Croácia.

A seleção da Islândia deixa um legado de simpatia à Copa. Embora seja eliminada na primeira fase, fez uma ótima partida diante da Argentina. O mundo do futebol torce para que a Islândia esteja na Copa de 2022, no Qatar.

A Croácia está no auge de seu potencial e vem forte para enfrentar a Dinamarca. Será um belo duelo entre os envolventes croatas e os pragmáticos dinamarqueses.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Islândia 1 x 2 Croácia
Data: 26/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Rostov — Cidade: Rostov-on-Don (Rússia)
Público: 43.472
Árbitro: Antonio Mateu Lahoz (Espanha)
Gols: 53′ Milan Badelj (CRO); 76′ Gylfi Sigurðsson (ISL); 90′ Ivan Perišić (CRO)
Cartões Amarelos: 14′ Marko Pjaca (CRO); 59′ Emil Hallfreðsson (ISL); 64′ Alfreð Finnbogason (ISL); 83′ Tin Jedvaj (CRO); 84′ Birkir Sævarsson (ISL)
Islândia (4-2-3-1): 1.Hannes Halldórsson; 2.Birkir Sævarsson, 5.Sverrir Ingi Ingason, 6.Ragnar Sigurðsson (9.Björn Sigurðarson ↑70′) e 18.Hörður Magnússon; 17.Aron Gunnarsson (C) e 20.Emil Hallfreðsson; 7.Jóhann Berg Guðmundsson, 10.Gylfi Sigurðsson e 8.Birkir Bjarnason (21.Arnór Ingvi Traustason ↑90′); 11.Alfreð Finnbogason (4.Albert Guðmundsson ↑85′). Técnico: Heimir Hallgrímsson
Croácia (4-2-3-1): 12.Lovre Kalinić; 13.Tin Jedvaj, 5.Vedran Ćorluka, 15.Duje Ćaleta-Car e 22.Josip Pivarić; 19.Milan Badelj e 10.Luka Modrić (C) (14.Filip Bradarić ↑65′); 20.Marko Pjaca (6.Dejan Lovren ↑70′), 8.Mateo Kovačić (7.Ivan Rakitić ↑81′) e 4.Ivan Perišić; 9.Andrej Kramarić. Técnico: Zlatko Dalić

… 25/06/2018 – O melhor do 12º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 25/06/2018 – O melhor do 12º dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

O choro iraniano pela eliminação precoce diante do empate com Portugal.
O sufoco espanhol com a correria dos marroquinos.
O show do Uruguai contra a Rússia.
O recorde de jogador mais velho de todas as Copas, quebrado pelo goleiro egípcio Essam El-Hadary (que ainda defendeu pênalti).


… Uruguai 3 x 0 Rússia


(Imagem: FIFA.com)

Desde o apito inicial, o Uruguai se impôs como um campeão mundial deve fazer. Mesmo atuando contra os donos da casa, não passou sufoco em momento algum e se classificou em primeiro lugar do Grupo A, com 100% de aproveitamento.

A esperança da torcida russa por um bom resultado se foi logo aos dez minutos, quando Betancur sofreu uma falta quase na linha da grande área. Luisito Suárez cobrou com muita força, no canto do goleiro. Podemos colocar um pouquinho da culpa em Akinfeev, já que um goleiro não deveria sofrer um gol de falta no canto que ele próprio está cobrindo, do outro lado da barreira. Como atenuantes, a proximidade da bola e a força do chute.

Logo na sequência, Akinfeev fez um lançamento quase de área a área. Dzyuba fez o pivô escorando de cabeça e Cheryshev chutou de direita (o pé ruim) da entrada da área, mas o goleiro Muslera defendeu e Godín chutou o rebote para longe.

O segundo gol foi aos 23′. Diego Laxalt pegou a sobra de um escanteio e chutou de esquerda. No meio do caminho a bola desviou em Cheryshev e tirou qualquer chance do goleiro Akinfeev.

Cinco minuto depois, Suárez deixou Bentancur na cara do gol, mas ele chutou em cima do goleiro russo. Na sobra, Zobnin chegou antes de Cavani para aliviar o perigo.

Aos 36′, Igor Smolnikov foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo, dessa vez por um duro carrinho por trás em Laxalt. Se o jogo já estáva fácil para os uruguaios, agora a vitória seria questão de tempo.

Aos 45 min do segundo tempo, Cristian “Cebolla” Rodríguez chutou forte de fora da área, mas Akinfeev estava atento para espalmar por cima.

Na cobrança desse escanteio, Godín subiu mais alto que os adversários e cabeceou firme no canto, mas o arqueiro foi buscar. Mas na sobra, Cavani foi mais esperto e completou para o gol.

Um placar de 3 a 0 com muita autoridade, que deixa o Uruguai com um leve favoritismo contra Portugal nas oitavas de final.

Em seu primeiro teste de respeito, a Rússia foi reprovada. Agora, enfrentará a Espanha, uma das favoritas à conquista do título. Os anfitriões terão que jogar mais do que hoje, se quiserem sonhar com as quartas de final.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Uruguai 3 x 0 Rússia
Data: 25/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Cosmos Arena (Arena Samara) — Cidade: Samara (Rússia)
Público: 41.970
Árbitro: Malang Diedhiou (Senegal)
Gols: 10′ Luis Suárez (URU); 23′ Denis Cheryshev (URU)(contra); 90′ Edinson Cavani (URU)
Cartões Amarelos: 9′ Yury Gazinsky (RUS); 27′ Igor Smolnikov (RUS); 59′ Rodrigo Bentancur (URU)
Cartão Vermelho: 36′ Igor Smolnikov (RUS)
Uruguai (4-4-2): 1.Fernando Muslera; 22.Martín Cáceres, 19.Sebastián Coates, 3.Diego Godín (C) e 17.Diego Laxalt; 8.Nahitan Nández (7.Cristian Rodríguez ↑73′), 15.Matías Vecino, 14.Lucas Torreira e 6.Rodrigo Bentancur (10.Giorgian De Arrascaeta ↑63′); 21.Edinson Cavani (18.Maxi Gómez ↑90+3′) e 9.Luis Suárez. Técnico: Óscar Tabárez
Rússia (4-2-3-1): 1.Igor Akinfeev (C); 23.Igor Smolnikov, 3.Ilya Kutepov, 4.Sergei Ignashevich e 13.Fyodor Kudryashov; 8.Yury Gazinsky (7.Daler Kuzyayev ↑INTERVALO) e 11.Roman Zobnin; 19.Aleksandr Samedov, 15.Aleksei Miranchuk (10.Fyodor Smolov ↑60′) e 6.Denis Cheryshev (2.Mário Fernandes ↑38′); 22.Artem Dzyuba. Técnico: Stanislav Cherchesov

 

… Arábia Saudita 2 x 1 Egito


(Imagem: UOL)

Essa partida ficou marcada na história das Copas. Aos 45 anos e 5 meses, o goleiro egípcio Essam El-Hadary se tornou o jogador mais velho a disputar um Mundial. E, como veremos, ele não se limitou a ser coadjuvante no jogo. Ele não entrou em campo apenas para bater o recorde. Ele, que estreou na seleção em 1996, ainda mantém um bom nível técnico, que o faz ser um dos melhores de seu país e, merecidamente, ser convocado. Inclusive, tinha sido titular em cinco dos oito jogos do Egito nas eliminatórias no ano passado.

Seu time começou vencendo. Aos 22 minutos de jogo, Abdalla Said fez um lindo lançamento para Mohamed Salah. O atacante do Liverpool dominou e tocou por cobertura sobre o goleiro saudita. Um lindo gol, no estilo Mo Salah que nos acostumamos a ver na temporada recém terminada.

A partida começava com “cheiro” de goleada egípcia, porque a jogada se repetiu logo no minuto seguinte. Salah recebeu passe ao se deslocar por trás da zaga e fez uma linda enfiada para o camisa 10. Sozinho, ele novamente tocou por cima do goleiro Yasser Al-Mosailem, mas a bola caprichosamente foi para fora. Um pecado!

Aos 39′, Yasser Al-Shahrani tentou cruzar na área e Ahmed Fathi tocou com a mão na bola. Pênalti para a Arábia Saudita. Fahad Al-Muwallad bateu forte no canto direito, mas a bola foi à meia altura, possibilitando a defesa de El Hadary. A bola ainda explodiu no travessão antes de ser tirada pela defesa.

Já nos acréscimos, uma nova penalidade para “Os Falcões Verdes”. Ali Gabr segurou Al-Muwallad na área. O VAR ratificou a marcação do árbitro colombiano Wilmar Roldán. Dessa vez a cobrança ficou a cargo de Salman Al-Faraj, que bateu rasteiro no canto esquerdo, deslocou o goleiro e empatou a partida.

No segundo tempo, aos 25 min, Al-Faraj fez um belo lançamento da intermediária e Al-Mogahwi cabeceou bem, à queima roupa, mas El Hadary fez um novo milagre.

Nos acréscimos, a Arábia Saudita tocava a bola esperando o apito final. E foi tocando a bola, trabalhando até a área, quando Abdullah Otayf tocou para Salem Al-Dawsari chutar cruzado, quase sem ângulo. A bola tocou no pé da trave e entrou. Era a virada saudita no último ato da partida!

O Egito era cotado para ser uma das surpresas do Mundial. Possui um técnico experiente (Héctor Cúper), um dos melhores jogadores do mundo atualmente (Mo Salah), além de bons coadjuvantes. Mas foi uma decepção. Cair na primeira fase era possível e até provável. Mas não da forma como foi, sem conseguir somar pontos nem contra a frágil rival de hoje.

Na Arábia Saudita, os méritos totais dessa vitória podem recair sobre o técnico argentino/espanhol Juan Antonio Pizzi. Foi ele quem introduziu no time a paciência e o toque de bola, que envolveu os egípcios hoje.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Arábia Saudita 2 x 1 Egito
Data: 25/06/2018 — Horário: 17h00 locais
Estádio: Arena Volgogrado — Cidade: Volgogrado (Rússia)
Público: 36.823
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)
Gols: 22′ Mohamed Salah (EGI); 45+6′ Salman Al-Faraj (ARA)(pen); 90+5′ Salem Al-Dawsari (ARA)
Cartões Amarelos: 45+5′ Ali Gabr (EGI); 86′ Ahmed Fathi (EGI)
Arábia Saudita (4-5-1): 21.Yasser Al-Mosailem; 6.Mohammed Al-Breik, 3.Osama Hawsawi (C), 23.Motaz Hawsawi e 13.Yasser Al-Shahrani; 14.Abdullah Otayf, 7.Salman Al-Faraj, 16.Housain Al-Mogahwi, 18.Salem Al-Dawsari e 9.Hattan Bahebri (20.Muhannad Assiri ↑65′); 19.Fahad Al-Muwallad (8.Yahya Al-Shehri ↑79′). Técnico: Juan Antonio Pizzi
Egito (4-2-3-1): 1.Essam El Hadary (C); 7.Ahmed Fathi (C), 2.Ali Gabr, 6.Ahmed Hegazy e 13.Mohamed Abdel Shafy; 8.Tarek Hamed e 17.Mohamed Elneny; 19.Abdalla Said (22.Amr Ward ↑45+7′), 21.Trezeguet (11.Kahraba ↑81′) e 10.Mohamed Salah; 9.Marwan Mohsen (14.Ramadan Sobhi ↑64′). Técnico: Héctor Cúper

 

… Espanha 2 x 2 Marrocos


(Imagem: FIFA.com)

Não sei se é só a mudança de treinadores ou se é mérito dos adversários. Mas a Espanha não vem confirmando seu favoritismo em campo. Fez um ótimo jogo e mereceu vencer Portugal. Depois, contou com a sorte contra o Irã e sofreu para empatar com Marrocos. Mesmo assim, terminou como líder do Grupo B.

Aos 14 minutos de jogo, a Espanha fazia sua troca de passes característica, quando Iniesta e Sergio Ramos “esqueceram da bola”. O centroavante marroquino Khalid Boutaïb ficou com ela, correu a metade do campo em alta velocidade e tocou de esquerda, no meio das pernas de De Gea.

Cinco minuto depois, Isco começa a jogada na intermediária ofensiva e Diego Costa abre com Iniesta na ponta esquerda. O ídolo espanhol avança e toca para trás. Dentro da pequena área, Isco domina e fuzila, sem chances para o goleiro Munir El Kajoui. Um gol no melhor estilo espanhol.

Aos 25′, em cobrança de lateral rápida, Boutaïb correu sozinho e ficou cara a cara gol o goleiro (de novo), mas adiantou demais e chutou em cima de De Gea.

Aos dez minutos do segundo tempo, Nordin Amrabat chutou forte quase do bico direito da área. A bola fez uma curva, tocou no travessão e quicou sobre a linha, mas não entrou no gol.

Aos 36′, após cobrança de escanteio, Youssef En-Nesyri subiu mais que todo mundo, ganhou de Sergio Ramos e testou forte para dentro do gol.

Aos 46 minutos da etapa final, Carvajal bateu cruzado e Iago Aspas mandou de letra para o gol. O bandeirinha levantou seu instrumento no mesmo instante e o árbitro uzbeque Ravshan Irmatov assinalou o impedimento. Mas o VAR entrou em ação e confirmou a legalidade do gol. No momento do passe, Aspas estava na mesma linha de Boussoufa, o penúltimo defensor.

A Espanha precisa jogar mais bola. E tem um potencial enorme para isso, talvez o maior da competição. Só que o que vale são os gols e as vitórias. Contra uma Rússia empurrada pela torcida, vai ter que provar que a primeira fase foi um ponto fora da curva e que essa curva é ascendente.

Marrocos sai com a cabeça erguida. O técnico Hervé Renard tinha prometido que iria dificultar as coisas para a Fúria. Prometeu e cumpriu. E quase venceu a partida. Ameaçou mais e esteve mais perto da vitória do que os espanhóis. Talvez tenha merecido.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Espanha 2 x 2 Marrocos
Data: 25/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Arena Baltika (Kaliningrado Stadium) — Cidade: Kaliningrado (Rússia)
Público: 33.973
Árbitro: Ravshan Irmatov (Uzbequistão)
Gols: 14′ Khalid Boutaïb (MAR); 19′ Isco (ESP); 81′ Youssef En-Nesyri (MAR); 90+1′ Iago Aspas (ESP)
Cartões Amarelos: 21′ Karim El Ahmadi (MAR); 29′ Nordin Amrabat (MAR); 31′ Manuel da Costa (MAR); 31′ Mbark Boussoufa (MAR); 88′ Munir El Kajoui (MAR); 90+3′ Achraf Hakimi (MAR)
Espanha (4-2-3-1): 1.David de Gea; 2.Dani Carvajal, 3.Gerard Piqué, 15.Sergio Ramos (C) e 18.Jordi Alba; 5.Sergio Busquets e 10.Thiago (20.Marco Asensio ↑74′); 21.David Silva (9.Rodrigo Moreno ↑84′), 22.Isco e 6.Andrés Iniesta; 19.Diego Costa (17.Iago Aspas ↑74′). Técnico: Fernando Hierro
Marrocos (4-1-4-1): 12.Munir El Kajoui; 17.Nabil Dirar, 4.Manuel da Costa, 6.Romain Saïss e 2.Achraf Hakimi; 8.Karim El Ahmadi; 14.Mbark Boussoufa, 16.Nordin Amrabat, 10.Younès Belhanda (11.Fayçal Fajr ↑63′) e 7.Hakim Ziyech (20.Aziz Bouhaddouz ↑85′); 13.Khalid Boutaïb (19.Youssef En-Nesyri ↑72′). Técnico: Hervé Renard

 

… Irã 1 x 1 Portugal


(Imagem: UOL)

Foi um sufoco, mas Portugal está classificado para as oitavas de final da Copa do Mundo de 2018. O Irã teve sua melhor atuação na competição e poderia ter vencido.

Portugal passou toda a etapa inicial trocando passes, tentando ultrapassar a barreira defensiva iraniana.

E só conseguiu no último minuto da etapa inicial. Ricardo Quaresma tabelou com Adrien Silva e chutou de trivela, uma jogada muito característica dele. A bola encobriu o goleiro Beiranvand e morreu no fundo das redes.

Aos cinco minutos do segundo tempo, Cristiano Ronaldo invade a área e é derrubado. O árbitro Enrique Cáceres esperou a confirmação do VAR para apitar o pênalti. CR7 bateu mal, à meia altura, facilitando para a defesa goleiro iraniano em dois tempos. Cristiano repetia Messi e também perdia um pênalti na Copa 2018.

Para piorar, aos 38′, Cristiano Ronaldo revidou uma provocação e poderia ter sido expulso, mas o juiz paraguaio “amarelou” e só mostrou mesmo o cartão amarelo ao craque.

Já nos acréscimos, em bola na área portuguesa, o árbitro á avisado pelo VAR que uma bola cabeceada por Azmoun tocou no braço aberto de Cédric dentro da área. O experiente Ansarifard bateu no ângulo esquerdo, sem chances de defesa para Rui Patrício.

Depois, o Irã ainda perdeu uma chance clara de virar o jogo e se classificar. Após lançamento longo, Azmoun desviou de cabeça, Ghoddos teve o chute desviado e a bola cobrou limpa para Mehdi Taremi. O camisa 17 finalizou de esquerda e a bola balançou as redes pelo lado de fora. Uma oportunidade claríssima, que não pode ser desperdiçada em uma Copa do Mundo.

Com o gol de empate da Espanha diante de Marrocos saindo quase simultaneamente ao gol do Irã contra Portugal, a classificação mudou. A Espanha ficou com o primeiro lugar do grupo, para enfrentar a Rússia. Com isso, Portugal vai enfrentar o Uruguai, em um duelo imprevisível.

Todos os méritos da boa competição do Irã devem ir para o técnico português Carlos Queiroz. Já são sete anos treinando os persas. Ele conseguiu estruturar um sistema defensivo muito consistente, um time participativo e até criativo, com muitas opções de ataque. É a melhor seleção da Ásia atualmente e, talvez, uma das melhores de todos os tempos no continente.

No fim, o choro. O choro de Taremi que errou o gol da classificação. O choro emblemático de vários jogadores e torcedores – em especial o da foto de capa dessa matéria. O choro de quem sabe que podia ir mais longe, impedido por detalhes.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Irã 1 x 1 Portugal
Data: 25/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Mordovia — Cidade: Saransk (Rússia)
Público: 41.685
Árbitro: Enrique Cáceres (Paraguai)
Gols: 45′ Ricardo Quaresma (POR); 90+3′ Karim Ansarifard (IRA)(pen)
Cartões Amarelos: 33′ Raphaël Guerreiro (POR); 52′ Ehsan Haj Safi (IRA); 54′ Sardar Azmoun (IRA); 64′ Ricardo Quaresma (POR); 83′ Cristiano Ronaldo (POR); PÓS-JOGO Cédric (POR)
Irã (4-1-4-1): 1.Alireza Beiranvand; 23.Ramin Rezaeian, 19.Majid Hosseini, 8.Morteza Pouraliganji e 3.Ehsan Haj Safi (C) (5.Milad Mohammadi ↑56′); 6.Saeid Ezatolahi (10.Karim Ansarifard ↑76′); 17.Mehdi Taremi, 18.Alireza Jahanbakhsh (14.Saman Ghoddos ↑70′), 9.Omid Ebrahimi e 11.Vahid Amiri; 20.Sardar Técnico: Carlos Queiroz
Portugal (4-4-2): 1.Rui Patrício; 21.Cédric, 3.Pepe, 6.José Fonte e 5.Raphaël Guerreiro; 14.William Carvalho, 23.Adrien Silva, 10.João Mário (8.João Moutinho ↑84′) e 20.Ricardo Quaresma (11.Bernardo Silva ↑70′); 9.André Silva (17.Gonçalo Guedes ↑90+6′) e 7.Cristiano Ronaldo (C). Técnico: Fernando Santos

… 24/06/2018 – O melhor do 11º dia da Copa

Três pontos sobre…
… 24/06/2018 – O melhor do 11º dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A Inglaterra massacra, mas quem faz a festa é o Panamá, que marcou seu primeiro gol na história das Copas.
Japão e Senegal mediram forças e provaram o equilíbrio do Grupo H.
Polônia decepciona e é eliminada com goleada para a Colômbia por 3 a 0.

… Inglaterra 6 x 1 Panamá


(Imagem: FIFA.com)

A Inglaterra fez uma partida meramente protocolar e mesmo assim venceu o Panamá por 6 a 1. É a maior goleada da Copa até agora e a maior vitória da Inglaterra na história dos Mundiais.

O Panamá até esboçou um bom início, tentando levar a bola para o campo de ataque, mas é uma equipe com pouca qualidade técnica. Talvez e provavelmente a pior seleção dessa Copa.

John Stones abriu o placar de cabeça após cobrança de escanteio, logo aos sete minutos.

Aos 19′, Lingard foi derrubado na área por Escobar. Harry Keane cobrou alta e forte, no canto direito do goleiro Penedo, que até foi nela, mas não teve chances.

No minuto 36, Lingard arriscou um chute de fora da área. A bola fez uma curva e entrou no canto esquerdo. Um belo gol.

Aos 40′, uma jogada ensaiada fantástica em cobrança de falta da intermediária ofensiva. Trippier tocou na meia lua, Henderson cruzou para a segunda trave, Harry Keane escorou de cabeça para o meio da pequena área e Sterling finalizou de cabeça. Penedo ainda defendeu, mas Stones completou o rebote de cabeça para o gol. Uma bela trama coletiva, que culminou com outro tento dos ingleses. Não percam as contas: 4 a 0.

O quinto saiu ainda no primeiro tempo, já nos acréscimos, quando Murillo agarrou Stones ao mesmo tempo em que Keane era agarrado por Godoy. O árbitro poderia escolher qual pênalti marcar. Harry Keane foi para a cobrança e repetiu a batida anterior. Dessa vez, Penedo pulou no outro canto.

Na etapa final, a Inglaterra ficou tocando para passar o tempo. Seriam mais 45 minutos desnecessários para o English Team.

Aos 17′, Loftus-Cheek chutou mascado de fora da área, a bola bateu em Keane e tomou o caminho do gol. Mesmo meio sem querer, era o “hat trick” do capitão inglês. Somado aos dois gols da estreia contra a Tunísia, Harry Keane agora é o novo artilheiro do Mundial, com cinco gols. Ele ultrapassou o português Cristiano Ronaldo e o belga Romelu Lukaku, que têm quatro.

A torcida panamenha ficou em êxtase quando sua seleção fez o seu gol. A honra de marcar o primeiro gol do Panamá na história das Copas do Mundo coube a um jogador muito emblemático. Felipe Baloy é o sexto jogador mais velho dessa edição do Mundial. Já passou por várias equipes de seu país, da Colômbia e do México. No Brasil, atuou por Grêmio e Atlético Paranaense. Sua moral na seleção é tanta, que disputou sua 101ª partida hoje e, quando foi a campo no lugar de Gabriel Gómez, recebeu de cara a braçadeira de capitão, que estava com Román Torres.

E foi aos 33′ que Ávila cobrou falta da esquerda, para a marca do pênalti e Baloy esticou a perna para completar para o fundo do gol de Jordan Pickford. Um gol que pouco diminui a goleada sofrida, mas que será comemorado por muito tempo até que o Panamá possa repetir esse feito em Copas diante de um campeão mundial.

Se quisessem, os ingleses poderiam ter feito uma goleada histórica, dentre as maiores das Copas. Mas foram burocráticos, esperando o jogo acabar durante todo o segundo tempo.

Essa vitória inglesa definiu os classificados no Grupo G. Inglaterra e Bélgica estão garantidas nas oitavas de final e rigorosamente empatadas em primeiro lugar da chave. O líder será decidido no confronto direto, na próxima quinta-feira. Por enquanto, a Inglaterra lidera por ter recebido um cartão amarelo a menos que os belgas.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Inglaterra 6 x 1 Panamá
Data: 24/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Cidade: Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 43.319
Árbitro: Gehad Grisha (Egito)
Gols: 8′ John Stones (ING); 22′ Harry Keane (ING)(pen); 36′ Jesse Lingard (ING); 40′ John Stones (ING); 45+1′ Harry Keane (ING)(pen); 62′ Harry Keane (ING); 78′ Felipe Baloy (PAN)
Cartões Amarelos: 10′ Armando Cooper (PAN); 24′ Ruben Loftus-Cheek (ING); 44′ Fidel Escobar (PAN); 72′ Michael Murillo (PAN)
Inglaterra (3-5-2): 1.Jordan Pickford; 2.Kyle Walker, 5.John Stones e 6.Harry Maguire; 12.Kieran Trippier (3. Danny Rose ↑70′), 21.Ruben Loftus-Cheek, 8.Jordan Henderson, 7.Jesse Lingard (17. Fabian Delph ↑63′) e 18.Ashley Young; 10.Raheem Sterling e 9.Harry Kane (C) (11. Jamie Vardy ↑63′). Técnico: Gareth Southgate
Panamá (4-1-4-1): 1.Jaime Penedo; 2.Michael Murillo, 5.Román Torres (C), 4.Fidel Escobar e 15.Erick Davis; 6.Gabriel Gómez (23.Felipe Baloy ↑69′); 8.Edgar Bárcenas (16.Abdiel Arroyo ↑69′), 11.Armando Cooper, 20.Aníbal Godoy (19.Ricardo Ávila ↑62′) e 21.José Luis Rodríguez; 7.Blas Pérez. Técnico: Hernán Darío Gómez

 

… Japão 2 x 2 Senegal


(Imagem: FIFA.com)

Antes de começar o Mundial, o Japão parecia ser a seleção mais fraca do equilibrado Grupo H, ainda mais depois da mudança recente de treinador. Mas, ajudado por um pênalti no início do jogo, venceu a favorita Colômbia.

Senegal possui bons talentos individuais com experiência em clubes europeus, mas seu rendimento era uma incógnita. Estreou vencendo a Polônia por 2 x 1.

No início da partida, a velocidade e força física dos senegaleses pareciam prevalecer sobre o toque de bola rápido e envolvente dos japoneses.

Aos onze minuto de jogo, Wagué cruzou para a área, Sakai tentou cortar e a bola caiu nos pés de Sabaly, que bateu para o gol. O experiente goleiro Kawashima tentou tirar de soco, mas acabou jogando a bola em cima do joelho de Sadio Mané. Era o primeiro gol da partida, quando Senegal já jogava melhor.

Aos 34′, um longo lançamento encontrou Nagatomo na esquerda da área. Ele dominou tirando dois adversários e deixou com Inui. O camisa 14 ajeitou o corpo e chutou rasteiro, no cantinho esquerdo do goleiro Khadim N’Ndiaye. Em um momento difícil do jogo, os japoneses empatavam.

No fim do primeiro tempo, os senegaleses jogaram melhor, criaram chances, mas não as traduziu em vantagem no placar.

Aos 15 minutos do segundo tempo, Haraguchi abriu para Shibasaki na direita e ele cruzou para a pequena área, mas Osako furou na hora de definir.

Quatro minutos depois, em novo contra-ataque dos samurais, Osako dominou na entrada da área e tocou de calcanhar para Inui que passava na esquerda. Ele bateu bonito, tirando do goleiro, mas a bola tocou no travessão e saiu.

Aos 26′, Sabaly cruzou, Niang deixou passar e Moussa Wagué chutou cruzado, alto e forte para o gol, sem chances para Kawashima. Wagué é o afriano mais jovem a marcar na história das Copas, com 19 anos e oito meses.

Mas sete minutos depois, Osako cruzou na área pelo alto e o goleiro senegalês saiu mal. Inui cruzou a sobra da ponta esquerda e Honda, sem goleiro, finalizou para o gol. Tudo empatado em Ecaterimburgo, como ficaria até o final.

Os senegaleses saíram com uma sensação de derrota, pois ficaram na frente do placar por duas vezes. Para se classificar, o Japão precisa apenas empatar com a já eliminada Polônia. Senegal também precisa de um empate para se classificar diante da Polônia. Com uma derrota, torce para que o Japão também perca por mais gols de diferença.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Japão 2 x 2 Senegal
Data: 24/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Estádio Central (Ekaterinburg Arena) — Cidade: Ecaterimburgo (Rússia)
Público: 32.572
Árbitro: Gianluca Rocchi (Itália)
Gols: 11′ Sadio Mané (SEN); 34′ Takashi Inui (JAP); 71′ Moussa Wagué (SEN); 78′ Keisuke Honda (JAP)
Cartões Amarelos: 59′ M’Baye Niang (SEN); 68′ Takashi Inui (JAP); 90′ Yassouf Sabaly (SEN); 90+1′ Cheick N’Doye (SEN); 90+4′ Makoto Hasebe (JAP)
Japão (4-2-3-1): 1.Eiji Kawashima; 19.Hiroki Sakai, 22.Maya Yoshida, 3.Gen Shoji e 5.Yuto Nagatomo; 17.Makoto Hasebe (C) e 7.Gaku Shibasaki; 8.Genki Haraguchi (9.Shinji Okazaki ↑75′), 10.Shinji Kagawa (4.Keisuke Honda ↑72′) e 14.Takashi Inui (11.Takashi Usami ↑87′); 15.Yuya Osako. Técnico: Akira Nishino
Senegal (4-3-3): 16.Khadim N’Ndiaye; 22.Moussa Wagué, 3.Kalidou Koulibaly, 6.Salif Sané e 12.Yassouf Sabaly; 13.Alfred N’Diaye (8.Cheikhou Kouyaté ↑65′), 5.Idrissa Gueye e 17.Badou N’Diaye (11.Cheick N’Doye ↑81′); 18.Ismaila Sarr, 19.M’Baye Niang (9.Mame Biram Diouf ↑86′) e 10.Sadio Mané (C). Técnico: Aliou Cissé

 

… Polônia 0 x 3 Colômbia


(Imagem: FIFA.com)

Pela rica história que tem, a Polônia seria a favorita do grupo. Mas foi um fiasco.

Depois de uma estreia apagada e decepcionante contra o Japão, a Colômbia mostrou sua força ao vencer a Polônia com autoridade por 3 a 0. Desde o princípio, tocou melhor a bola e fez uma marcação feroz em cima de Robert Lewandowski, um dos melhores atacantes do mundo – mesmo que não esteja em boa fase.

Mas a primeira chance de gol aconteceu só aos 37′. James Rodríguez abriu na direita com Cuadrado. Já dentro da área, ele passou facilmente por Rybus e Krychowiak, perdeu o ângulo e chutou em cima do goleiro Szczęsny.

Três minutos depois, James cobrou escanteio curto com Cuadrado, que passou para Quintero, que devolveu para James. O camisa 10 cruzou de primeira e o gigante Yerri Mina se antecipou a Szczęsny para desviar de cabeça. O zagueiro ex-Palmeiras tinha sido reserva na primeira partida, porque praticamente nem jogou nesse semestre, desde que se transferiu ao Barcelona (quando jogou, foi um fiasco). Agora, em sua estreia em Copas, ele fez o gol que deu mais tranquilidade à sua seleção no restante da partida.

A melhor chance da Polônia foi aos 14′ do segundo tempo, quando Bednarek fez um espetacular lançamento praticamente de área a área. Lewandowski dominou de esquerda, mas na hora de finalizar foi abafado por Ospina. O goleiro colombiano saiu bem e fechou o espaço, impedindo o empate.

Aos 30′, Quintero deu uma ótima enfiada de bola para Falcão García. O capitão colombiano dominou e bateu rasteiro, cruzado, com o lado externo do pé, para fazer seu primeiro gol em Copas do Mundo. Vale lembrar que ele não participou do Mundial passado, pois sofreu uma séria contusão quando estava justamente na melhor fase de sua carreira. Agora, com quatro anos de atraso, ele provou no maior palco do mundo o poder de definição que o consagrou nos gramados sul-americanos e europeus. Esse gol matou o jogo e as esperanças polonesas.

Cinco minutos depois, em uma rápido contra-ataque, James fez um lançamento rasteiro sensacional da esquerda para o meio, onde se infiltrava Cuadrado. Ele avançou com a bola, ganhou de velocidade de Pazdan e chutou no canto esquerdo de Szczęsny. 3 a 0 no marcador. Festa dos colombianos nas arquibancadas.

A dois minutos do fim, Lewandowski, o único a tentar causar algum perigo pelo lado polonês, foi buscar a bola na meia esquerda e chutou forte. Ospina estava bem posicionado e espalmou por cima do gol.

A Polônia se tornou a primeira cabeça de chave e a primeira seleção europeia eliminada antecipadamente desta Copa. Uma verdadeira decepção, em um grupo que se previa ser muito equilibrado e bastante acessível.

Com a vitória, a Colômbia entrou de vez na briga por uma vaga nas oitavas de final. E só depende de si. Se vencer Senegal na próxima quinta-feira, se classifica.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Polônia 0 x 3 Colômbia
Data: 24/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Arena Kazan — Cidade: Kazan (Rússia)
Público: 42.873
Árbitro: César Arturo Ramos (México)
Gols: 40′ Yerri Mina (COL); 70′ Radamel Falcao García (COL); 75′ Juan Guillermo Cuadrado (COL)
Cartões Amarelos: 61′ Jan Bednarek (POL); 85′ Jacek Góralski (POL)
Polônia (3-4-2-1): 1.Wojciech Szczęsny; 20.Łukasz Piszczek, 5.Jan Bednarek e 2.Michał Pazdan (15.Kamil Glik ↑80′); 18.Bartosz Bereszyński (14.Łukasz Teodorczyk ↑72′), 10.Grzegorz Krychowiak, 6.Jacek Góralski e 13.Maciej Rybus; 19.Piotr Zieliński e 23.Dawid Kownacki (11.Kamil Grosicki ↑57′); 9.Robert Lewandowski (C). Técnico: Adam Nawalka
Colômbia (4-2-3-1): 1.David Ospina; 4.Santiago Arias, 23.Davinson Sánchez, 13.Yerri Mina e 17.Johan Mojica; 8.Abel Aguilar (15.Mateus Uribe ↑32′) e 5.Wílmar Barrios; 11.Juan Guillermo Cuadrado, 20.Juan Fernando Quintero (16.Jefferson Lerma ↑73′) e 10.James Rodríguez; 9.Radamel Falcao García (C) (7.Carlos Bacca ↑78′). Técnico: José Pekerman

… 23/06/2018 – O melhor do décimo dia da Copa

Três pontos sobre…
… 23/06/2018 – O melhor do décimo dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

A Alemanha vence a Suécia com um gol aos 50 minutos do segundo tempo e se salva da eliminação precoce.
O México vence a Coreia do Sul e fica muito próximo das oitava de final.
A “ótima geração belga” dá novo show e goleia a Tunísia.

 

… Bélgica 5 x 2 Tunísia


(Imagem: FIFA.com)

Foi uma partida muito movimentada desde o início. A Bélgica partiu com tudo para fazer logo o placar. E conseguiu. Logo aos seis minutos de bola rolando, Eden Hazard é derrubado na linha da grande área. O árbitro marcou pênalti, ratificado pelo VAR. O próprio capitão belga converteu, marcando seu primeiro gol no Mundial.

Dez minutos depois, em um contragolpe, Dries Mertens abre para Romelu Lukaku na esquerda. Ele ajeita o corpo chuta cruzado, sem chances para o goleiro Ben Mustapha.

Quem esperava um jogo fácil, foi surpreendido logo na sequência. O capitão Wahbi Khazri (um dos melhores em campo) cobrou falta na cabeça de Dylan Bronn, que só testou para o gol.

Logo depois, a Tunísia começou a ter posse de bola e tentar atacar. Fazia uma falsa pressão, mas a defesa continuava falhando nas saídas de jogo. E começou o drama das lesões: dois defensores precisaram ser substituídos antes do intervalo, o que deixaria o time ainda mais fraco tecnicamente e “morto” fisicamente no segundo tempo.

Nos acréscimos da etapa inicial, a pressão alta fez a Bélgica roubar a bola no campo de ataque. Meunier ficou com ela, tabelou com De Bruyne e fez um passe genial, na medida para Lukaku tocar de direita por cima do goleiro. 3 a 1 no placar.

No início do segundo tempo, aos 6′, Toby Alderweireld lançou Eden Hazard em velocidade, pegando a defesa tunisiana desprevenida. O camisa 10 avançou, tirou do goleiro e tocou para o gol.

Com a partida resolvida, Roberto Martínez passa a poupar suas estrelas, substituindo o trio de ataque: Lukaku, Hazard e Mertens.

E começa a sina de Michy Batshuayi. Em 25 minutos em campo, foi o que mais chutou a gol em toda a partida. Ele queria seu gol de qualquer forma. E seria recompensado aos 45′, quando aproveitou um cruzamento de Tielemans e esticou a perna para completar para o gol.

Mesmo com a derrota elástica, a Tunísia não jogou mal. Foi surpreendente a postura de tentar pressionar a favorita Bélgica em diversos momentos. E o placar ficou mais justo quando Wahbi Khazri marcou seu gol nos últimos lances da partida, completando cruzamento de Nagguez.

Agora, falta só a confirmação matemática. Se a Inglaterra vencer o Panamá amanhã, os próprios panamenhos e a Tunísia estarão eliminados. Inglaterra e Bélgica estariam classificados e disputariam o primeiro lugar do grupo na próxima quinta-feira. Mas como o futebol não vive de hipóteses, vamos aguardar.

Enquanto não tem nenhum teste de verdade, a “ótima geração belga” segue dando show.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Bélgica 5 x 2 Tunísia
Data: 23/06/2018 — Horário: 15h00 locais
Estádio: Otkritie Arena (Spartak Stadium) — Cidade: Moscou (Rússia)
Público: 44.190
Árbitro: Jair Marrufo (Estados Unidos)
Gols: 6′ Eden Hazard (BEL)(pen); 16′ Romelu Lukaku (BEL); 18′ Dylan Bronn (TUN); 45+3′ Romelu Lukaku (BEL); 51′ Eden Hazard (BEL); 90′ Michy Batshuayi (BEL); 90+3′ Wahbi Khazri (TUN)
Cartão Amarelo: 14′ Ferjani Sassi (TUN)
Bélgica (3-4-3): 1.Thibaut Courtois; 2.Toby Alderweireld, 20.Dedryck Boyata e 5.Jan Vertonghen; 15.Thomas Meunier, 6.Axel Witsel , 7.Kevin De Bruyne e 11.Yannick Ferreira Carrasco; 14.Dries Mertens (17.Youri Tielemans ↑86′), 10.Eden Hazard (C) (21.Michy Batshuayi ↑68′) e 9.Romelu Lukaku (8.Marouane Fellaini ↑59′). Técnico: Roberto Martínez
Tunísia (4-2-3-1): 1.Farouk Ben Mustapha; 11.Dylan Bronn (21.Hamdi Nagguez ↑24′), 2.Syam Ben Youssef (3.Yohan Benalouane ↑41′), 4.Yassine Meriah e 12.Ali Maâloul; 17.Ellyes Skhiri e 13.Ferjani Sassi (23.Naïm Sliti ↑59′); 8.Fakhreddine Ben Youssef, 7.Saîf-Eddine Khaoui e 9.Anice Badri; 10.Wahbi Khazri (C). Técnico: Nabil Maâloul

 

… Coreia do Sul 1 x 2 México


(Imagem: FIFA.com)

Primeiramente vamos destacar o que foi mais lindo durante a partida. Os mexicanos sempre são um show à parte onde estiverem. Mas nesse sábado, a Arena Rostov parecia um “puxadinho” da Cidade do México. A torcida cantando a tradicional música “Cielito Lindo” foi impagável e ficará na memória, assim como foi na heroica vitória sobre os alemães.

Na vitória sobre a Alemanha, o México foi reativo durante quase toda a partida. Marcava bem e saía forte nos contra-ataques. Foi assim que fez o gol do jogo e cansou de perder vários. Mas dificilmente essa estratégia daria certo contra a Coreia do Sul. Por isso tudo mudou. Ao invés de esperar o adversário, o México teria que ser proativo. Teria que “propor o jogo” e fez isso muito bem.

Mesmo com a defesa sul-coreana fechada e sem dar espaços, La Tri tocava a bola, buscando o ataque. Em um lance isolado, aos 26′, Guardado tentou cruzar a bola da esquerda. Já dentro da área, o zagueiro Jang Hyun-soo tentou cortar, mas tocou com a mão na bola. E braço aberto dentro tocando dentro da área é pênalti. O árbitro nem titubeou e marcou sem precisar da confirmação do vídeo. Carlos Vela cobrou bem, deslocou o goleiro e marcou o primeiro do México.

Agora, a Coreia do Sul teria que sair para o ataque em busca do empate. E o México passou a jogar como gosta, com rápidas transições entre a defesa e o ataque. Com o perdão do trocadilho, Vela estava “aceso” no jogo. Mas o primeiro tempo terminou 1 a 0, nesta Copa que felizmente insiste em ter ao menos um gol por jogo.

Aos 21 minutos do segundo tempo, Hirving Lozano puxou o contragolpe com maestria, passou por dois marcadores e tocou para Chicharito na esquerda. E aí ele destilou o seu veneno: dominou, tirou o marcador e chutou de canela. A bola morreu no fundo do gol de Cho Hyun-woo.

Já nos acréscimos, só para estragar o meu palpite no bolão, Son Heung-min fez um lance de craque. Dominou já avançando na meia direita, cortou para a perna esquerda e bateu com curva, tirando qualquer chance do goleiro Ochoa.

Um Golaço, com “G maiúsculo”, próprio de um jogador como Son. Infelizmente o restante do time está bem abaixo do nível dele. Mas vale lembrar que a Coreia do Sul viajou à Rússia desfalcada por oito jogadores que estariam entre os 23. Não é desculpa e o time é ruim mesmo. Mas vale destacar a melhora de toda a equipe em comparação com a derrota para os suecos.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Coreia do Sul 1 x 2 México
Data: 23/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Arena Rostov — Cidade: Rostov-on-Don (Rússia)
Público: 43.472
Árbitro: Milorad Mažić (Sérvia)
Gols: 26′ Carlos Vela (MEX)(pen); 66′ Chicharito Hernández (MEX); 90+3′ Son Heung-min (COR)
Cartões Amarelos: 58′ Kim Yong-gwon (COR); 63′ Lee Yong (COR); 72′ Lee Seung-woo (COR); 80′ Jung Woo-young (COR)
Coreia do Sul (4-2-3-1): 23.Cho Hyun-woo; 2.Lee Yong, 20.Jang Hyun-soo, 19.Kim Yong-gwon e 12.Kim Min-woo (14.Hong Chul ↑84′); 16.Ki Sung-yueng (C) e 8.Ju Se-jong (10.Lee Seung-woo ↑64′); 18.Moon Seon-min (15.Jung Woo-young ↑77′), 11.Hwang Hee-chan e 17.Lee Jae-sung; 7.Son Heung-min. Técnico: Shin Tae-yong
México (4-3-3): 13.Guillermo Ochoa; 21.Edson Álvarez, 3.Carlos Salcedo, 15.Héctor Moreno e 23.Jesús Gallardo; 7.Miguel Layún, 16.Héctor Herrera e 18.Andrés Guardado (C) (4.Rafael Márquez ↑68′); 11.Carlos Vela (10.Giovani dos Santos ↑77′), 14.Javier “Chicharito” Hernández e 22.Hirving Lozano (17.Jesús Manuel Corona ↑71′). Técnico: Juan Carlos Osorio

 

… Alemanha 2 x 1 Suécia


(Imagem: FIFA.com)

E a Alemanha permanece mais viva que nunca na Copa do Mundo de 2018! Em um jogo não recomendado para cardíacos, a Nationalelf conseguiu a vitória de virada, já aos 50 min do segundo tempo.

Joachim Löw resolveu fazer quatro mudanças no time titular em relação à péssima partida contra o México. Mats Hummels estava com problemas físicos e deu lugar a Antonio Rüdiger. Jonas Hector voltou a ser titular depois de se recuperar de uma lesão, no lugar de Marvin Plattenhardt. As demais mudanças foram técnicas: saiu a dupla consagrada Sami Khedira e Mesut Özil, para a entrada de Sebastian Rudy e Marco Reus.

Já nos primeiros instantes, a Alemanha começou a pressionar demais. Mas não foi uma pressão de qualquer jeito. Foram jogadas trabalhadas, articuladas, de movimentação dos meia-atacantes. Coisa de quem sabe o que deve fazer em campo, sem desespero. Mas a defesa sueca estava muito bem postada, como em quase todos os momentos de todos os jogos.

E aos 12′, quando a partida ainda estava empatada sem gols, a Suécia foi claramente prejudicada pela arbitragem. Em uma bola roubada e contra-ataque rápido, Marcus Berg ficou cara a cara com o goleiro Neuer, mas Boateng o alcançou na velocidade e o deslocou com a mão no ombro, além de uma pequena alavanca com o pé. O time sueco inteiro reclamou, mas tanto o árbitro quando o VAR decidiram que era lance normal. Mas se eles assistirem novamente o lance, vão ficar com vergonha dessa decisão. Para que serve o VAR, se não para a revisão desses lances subjetivos?!

Mas a Suécia não se intimidou e abriu o placar aos 32′. O detalhe é que dos 25 aos 31, a Alemanha estava com um jogador a menos, devido a um choque casual entre a chuteira de Toivonen e o nariz de Rudy. O jogador alemão foi atendido, mas com suspeita de fratura no nariz e sangramento contínuo, teve que deixar o campo. Mas enquanto Rudy era atendido, a Suécia pressionava. E no minuto seguinte da entrada de Gündoğan, Toni Kroos errou um passe (ele também erra passe!). Berg recuperou a bola, passou para Claesson, que lançou no alto para Ola Toivonen dentro da área. O camisa 20 dominou bonito e tocou por cobertura sobre Manuel Neuer. A bola ainda desviou em Boateng e tomou o caminho do gol.

Depois, a Suécia passou a fechar a “casinha” ainda mais. E a Alemanha pressionava. No intervalo, Joachim Löw trocou o nulo Julian Draxler por Mario Gomez, homem de área. Aliás… é burra essa insistência em Draxler. Ele não resolvia no Schalke 04, no Wolfsburg e não resolve no PSG. Jogador superestimado. Leroy Sané está fazendo muita falta nessa Alemanha.

E logo aos 3′ do segundo tempo, Timo Werner (que passou a jogar na ponta esquerda) chutou cruzado, Mario Gomez tentou alcançar a bola sem conseguir e Marco Reus finalizou do jeito que deu, um misto de joelho com canela. Pouco importa. Importante foi o gol de empate.

E dá-lhe blitz para cima dos suecos. A pressão passou a ser mais intensa ainda. E a Suécia foi cansando. Mesmo depois que Boateng foi expulso por receber justamente o segundo cartão amarelo, a Suécia não conseguia contra-atacar, tampouco atacar.

Em um cruzamento de Kroos da esquerda, Mario Gomez cabeceou com perigo, mas o goleiro Olsen fez uma excelente defesa, embora a bola tenha vindo em cima dele.

Com pouco a fazer, Löw tirou o lateral Hector e colocou o meia-atacante Julian Brandt. Em um de seus primeiros lances, ele recebeu fora da área, cortou para a perna esquerda e bateu bem. A bola explodiu na trave. Na volta, Timo Werner estava impedido, mas nem assim acertou o gol.

A Alemanha ainda lutava, não se contentando com o empate. E aos 49′ do segundo tempo, Durmaz fez uma falta muito idiota no lado direito de sua área. Uma bola que normalmente seria cruzada. Mas qual equipe no mundo possui um talento como Toni Kroos, que coloca a bola onde quer?! E foi isso que o jogador do Real Madrid fez. Em uma jogada de dois lances com Marco Reus, Kroos bateu bonito, com curva, no ângulo esquerdo do goleiro Olsen. Um gol e uma partida para ficar para a história.

Agora, a Alemanha praticamente depende de si mesma para se classificar. Se vencer a Coreia do Sul, preferencialmente por um bom placar, dificilmente não se classifica.

Vamos nos preparar, meus amigos… estou sentindo cheiro de Brasil x Alemanha nas oitavas de final!

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Alemanha 2 x 1 Suécia
Data: 23/06/2018 — Horário: 21h00 locais
Estádio: Olímpico de Fisht (Fisht Stadium) — Cidade: Sóchi (Rússia)
Público: 44.287
Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia)
Gols: 32′ Ola Toivonen (SUE); 48′ Marco Reus (ALE); 90+5′ Toni Kroos (ALE)
Cartões Amarelos: 52′ Albin Ekdal (SUE); 71′ Jérôme Boateng (ALE); 90+7′ Sebastian Larsson (SUE)
Cartão Vermelho: 82′ Jérôme Boateng (ALE)
Alemanha (4-2-3-1): 1.Manuel Neuer (C); 18.Joshua Kimmich, 16.Antonio Rüdiger, 17.Jérôme Boateng e 3.Jonas Hector (20.Julian Brandt ↑87′); 19.Sebastian Rudy (21.İlkay Gündoğan ↑31′) e 8.Toni Kroos; 13.Thomas Müller, 7.Julian Draxler (23.Mario Gómez ↑INTERVALO) e 11.Marco Reus; 9.Timo Werner. Técnico: Joachim Löw
Suécia (4-4-2): 1.Robin Olsen; 2.Mikael Lustig, 3.Victor Lindelöf, 4.Andreas Granqvist (C) e 6.Ludwig Augustinsson; 7.Sebastian Larsson, 8.Albin Ekdal, 17.Viktor Claesson (21.Jimmy Durmaz ↑74′) e 10.Emil Forsberg; 20.Ola Toivonen (11.John Guidetti ↑78′) e 9.Marcus Berg (22.Isaak Kiese Thelin ↑90′). Técnico: Janne Andersson

… 22/06/2018 – O melhor do nono dia da Copa

Três pontos sobre…
… 22/06/2018 – O melhor do nono dia da Copa


(Imagem: FIFA.com)

Suíça vence a Sérvia na primeira vidada da Copa.
Nigéria traz a Islândia de volta à realidade.
Brasil vence, mas não convence.


… Brasil 2 x 0 Costa Rica


(Imagem: FIFA.com)

Falamos especialmente sobre essa partida neste outro texto.

 

… Nigéria 2 x 0 Islândia


(Imagem: FIFA.com)

Foi um primeiro tempo difícil de assistir. A Islândia até tentava, mas claramente faltava qualidade. Só a vontade não bastava. A Nigéria ficava com a bola, mas não deu um chute a gol nos primeiros 45 minutos iniciais. A Islândia ao menos deu um chute a gol, logo aos três minutos, quando Gylfi Sigurðsson bateu uma falta perigosa buscando o ângulo, mas Francis Uzoho foi na bola para espalmar.

No fim do primeiro tempo, Finnbogason desviou uma cobrança de falta, que passou com perigo, próximo à trave.

Aos quatro minutos do segundo tempo, Victor Moses arranca pela direita e cruza para a área. Ahmed Musa consegue um domínio de craque, com a ponta do pé, já ajeitando para bater forte de primeira. Um golaço, sem chances para o goleiro Halldórsson.

A Islândia precisava sair para buscar o empate, mas é uma equipe que não tem essa característica criativa. Pelo contrário, atua de forma mais reativa.

Aos 29, Musa recebeu a bola pelo lado esquerdo da entrada da área e bateu colocado, mas a bola explodiu no travessão.

Logo na sequência, Musa (sempre ele!) recebeu um lançamento pela esquerda, passou na velocidade por Kári Árnason, driblou o goleiro Halldórsson e mandou para as redes. Dentre os belos gols do Mundial, esse se destaca por ser um misto de potência física e qualidade técnica.

A Islândia tentava atacar, mas não conseguia. Em um lance isolado, aos 33′, após nova tentativa frustrada, o zagueiro Omeruo se atrapalhou e perdeu a bola dentro de sua própria área e Ebuehi acabou derrubando Sigurðarson, que vinha em velocidade. Um pênalti sem necessidade, quase na linha de fundo, confirmado pelo VAR. A cobrança ficou a cargo de Gylfi Sigurðsson, o camisa 10 e craque do time. Mas ele bateu mal, por cima, isolando a bola.

Independente do sistema tático utilizado pelo técnico alemão Gernot Rohr (o 4-2-3-1 da derrota para os croatas ou o 3-5-2 da vitória hoje), a Nigéria funcionou mais com a velocidade dupla de ataque Ahmed Musa e Kelechi Iheanacho, do que com os lentos Odion Ighalo e Alex Iwobi.

Com três pontos, as Super Águias jogam por um empate contra a Argentina, para se classificar e eliminar os sul-americanos, desde que a Islândia não venca os croatas. A Islândia precisa vencer e torcer para que a Argentina não tire o saldo de gols negativo sobre os nigerianos. A Croácia já está classificada.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Nigéria 2 x 0 Islândia
Data: 22/06/2018 — Horário: 18h00 locais
Estádio: Nizhny Novgorod Stadium — Nizhny Novgorod (Rússia)
Público: 40.904
Árbitro: Matthew Conger (Nova Zelândia)
Gols: 49′ Ahmed Musa (NIG); 75′ Ahmed Musa (NIG)
Cartão Amarelo: 44′ Brian Idowu (NIG)
Nigéria (3-5-2): 23.Francis Uzoho; 22. Kenneth Omeruo, 5.William Troost-Ekong e 6.Leon Balogun; 11.Victor Moses, 8.Oghenekaro Etebo (18.Alex Iwobi ↑90′), 10.John Obi Mikel (C), 4.Wilfred Ndidi e 2.Brian Idowu (21.Tyronne Ebuehi ↑INTERVALO); 7.Ahmed Musa e Kelechi Iheanacho (9.Odion Ighalo ↑85′). Técnico: Gernot Rohr
Islândia (4-4-2): 1.Hannes Halldórsson; 2.Birkir Sævarsson, 14.Kári Árnason, 6.Ragnar Sigurðsson (5.Sverrir Ingi Ingason ↑65′) e 18.Hörður Magnússon; 17.Aron Gunnarsson (C) (23.Ari Freyr Skúlason ↑87′), 10.Gylfi Sigurðsson, 19.Rúrik Gíslason e 8.Birkir Bjarnason; 22.Jón Daði Böðvarsson (9.Björn Sigurðarson ↑71′) e 11.Alfreð Finnbogason. Técnico: Heimir Hallgrímsson

 

… Sérvia 1 x 2 Suíça


(Imagem: FIFA.com)

Logo aos cinco minutos, Tadić tocou da ponta direita para o meio e Milivojević cruzou para a cabeçada de Mitrović. O goleiro suíço Yann Sommer voou na bola para espalmar.

No minuto seguinte, Tadić driblou Ricardo Rodríguez e cruzou da direita. Dessa vez, Milivojević cabeceou sem chances para Sommer. A Sérvia estava na frente do placar, mas cometeu o grande pecado de quem começa vencendo: recuar a deixar de pressionar o adversário.

Aos 30, Xhaka toca para Zuber e o camisa 14 encontra Džemaili dentro da pequena área. Ele desvia, mas o experiente goleiro Stojković estava esperto para desviar para escanteio.

Quase no intervalo, Tadić cobrou escanteio para a área, mas Tošić não conseguiu acertar em cheio a cabeçada. A bola ainda tocou em um companheiro seu antes de sair.

Aos sete minutos do segundo tempo, Zuber avança em contra-ataque e abre na direita. Shaqiri tenta bater para o gol, mas a bola toca na zaga. Na volta, ela se oferece para Xhaka pegar de primeira e balancar a rede. Duas coisas chamaram muito a atenção nesse gol. A primeira foi a liberdade que tiveram para bater Shaqiri e Xhaka. A segunda foi a curva que a bola fez antes de chegar ao gol.

Aos 13′, Shaqiri faz um giro pela direita, se livra de dois adversários e chuta. A bola toca na trave e sai. Lindo lance.

No minuto final, em um contragolpe, a Suíça sai tocando de pé em pé, até que Gavranović lançou em profundidade para Shaqiri, que disparou, ganhou na velocidade de Tošić e tocou na saída do goleiro Stojković. Outro belo gol. No momento em que a defesa sérvia estava desarrumada, Shaqiri partiu de seu próprio campo na hora do passe e não tinha adversários à frente. A exibição do camisa 23 já estava merecendo esse gol. Ele já tinha sido um dos melhores em campo contra o Brasil.

Essa vitória da Suíça foi a primeira de virada da Copa do Mundo de 2018.

Na rodada final, Brasil e Sérvia se enfrentam diretamente por um duelo na próxima fase, sendo que os sul-americanos jogam por um empate. A Suíça tentará garantir o primeiro lugar contra a Costa Rica. Se tanto Brasil quanto Suíça empatarem ou vencerem seus jogos, a definição do primeiro colocado será no saldo de gols. Por mais que o Brasil seja favorito, a Sérvia mostrou que tem bola para vencer o Brasil. Não está fácil para ninguém. Só para a Rússia.

Melhores momentos da partida:

● Ficha Técnica — Sérvia 1 x 2 Suíça
Data: 22/06/2018 — Horário: 20h00 locais
Estádio: Arena Baltika (Kaliningrado Stadium) — Cidade: Kaliningrado (Rússia)
Público: 33.167
Árbitro: Felix Brych (Alemanha)
Gols: 5′ Aleksandar Mitrović (SER); 52′ Granit Xhaka (SUI); 90′ Xherdan Shaqiri (SUI)
Cartões Amarelos: 34′ Sergej Milinković-Savić (SER); 39′ Luka Milivojević (SER); 42+2′ Nemanja Matić (SER); 87′ Aleksandar Mitrović (SER); 90+1′ Xherdan Shaqiri (SUI)
Sérvia (4-2-3-1): 1.Vladimir Stojković; 6.Branislav Ivanović, 15.Nikola Milenković, 3.Duško Tošić e 11.Aleksandar Kolarov (C); 4.Luka Milivojević (18.Nemanja Radonjić ↑81′) e 21.Nemanja Matić; 10.Dušan Tadić, 20.Sergej Milinković-Savić e 17.Filip Kostić (22.Adem Ljajić ↑64′); 9.Aleksandar Mitrović. Técnico: Mladen Krstajić
Suíça (4-2-3-1): 1.Yann Sommer; 2.Stephan Lichtsteiner (C), 22.Fabian Schär, 5.Manuel Akanji e 13.Ricardo Rodríguez; 11.Valon Behrami e 10.Granit Xhaka; 23.Xherdan Shaqiri, 15.Blerim Džemaili (7.Breel Embolo ↑73′) e 14.Steven Zuber (19.Josip Drmić ↑90+4′); 9.Haris Seferović (18.Mario Gavranović ↑INTERVALO). Técnico: Vladimir Petković

… 22/06/2018 – Brasil 2 x 0 Costa Rica

Três pontos sobre…
… 22/06/2018 – Brasil 2 x 0 Costa Rica


(Imagem: FIFA.com)

Venceu? Sim! Convenceu? Não.

Para não repetir o fisco de sua vizinha Argentina, o Brasil precisava ganhar da Costa Rica de qualquer jeito. E ganhou mesmo de “qualquer jeito”. Se não conseguiu na técnica, foi na raça mesmo.


O Brasil jogou no sistema preferido de Tite, o 4-1-4-1. Com a bola, era um 4-3-3.


A Costa Rica foi escalada no 5-4-1, que se tornou tradicional por lá há algum tempo e deu certo na Copa de 2014.

A “Titebilidade” mais uma vez não funcionou e, no primeiro tempo, o Brasil foi presa fácil para a marcação da Costa Rica. Méritos dos Ticos, que se fechavam com uma linha de cinco homens atrás e quatro no meio, deixando apenas um na frente para tentar importunar os zagueiros brasileiros. Deu certo até os acréscimos.

Mas em certos momentos foi muito feio o anti-jogo dos costarriquenhos. Jogadores caíam em profusão e a “obrigatoriedade” do fair play era um abuso naquele momento. O árbitro compensou com seis minutos de acréscimos (que eu achei até pouco).

Já no fim do jogo, Neymar até sofreu um pênalti marcado pelo árbitro. Mas, o VAR, maior inimigo do Brasil, anulou corretamente a penalidade.

No fim, quem não quis jogar acabou castigado.

Aos 46 minutos do segundo tempo, após lançamento na área, Roberto Firmino escorou de cabeça, Gabriel Jesus tentou dominar e Philippe Coutinho chegou com tudo para mandar a bola para o gol. Foi de bico mesmo, quase uma dividida. Valeu pelo gol.


(Imagem: FIFA.com)

No último lance do jogo, já aos 52′, com a defesa costarriquenha desmontada, Douglas Costa avançou pela direita e cruzou para Neymar completar para o gol.

Após o apito final, foi emblemática a cena de Neymar sozinho e sentado, chorando no meio do campo. O emocional da Seleção Brasileira ainda está abalado e não se recuperou daquele 7 a 1. Neymar ainda recupera sua forma física e seu ritmo de jogo, após ficar mais de três meses sem jogar por lesão. Ele precisava desse gol, para dar a confiança que ele precisa para liderar sua seleção.


(Imagem: FIFA.com)

Tite precisa fazer alguns ajustes. Paulinho não marca, não arma, não chuta e não está sendo o elemento surpresa. Eu não vejo como ele continuar no time titular – só Tite mesmo. Douglas Costa entrou melhor e com mais fome de jogo do que Willian. Creio que merece mais chances, talvez até no time titular.

No desespero, serviu até para colocar dois atacantes juntos, coisa que Tite não testou nenhuma vez nos amistosos.

Valeu pela vitória. Só isso. Ganhar é bom. Ganhar no sufoco, nem tanto…


(Imagem: FIFA.com)

FICHA TÉCNICA:

 

BRASIL 2 x 0 COSTA RICA

 

Data: 22/06/2018

Horário: 15h00 locais

Estádio: Krestovsky Stadium (Saint Petesburg Stadium)

Público: 64.468

Cidade: São Petesburgo (Rússia)

Árbitro: Björn Kuipers (Holanda)

 

BRASIL (4-1-4-1):

COSTA RICA (5-4-1):

1  Alisson (G)

1  Keylor Navas (G)

22 Fagner

16 Cristian Gamboa

2  Thiago Silva

3  Giancarlo González

3  Miranda

2  Johnny Acosta

12 Marcelo (C)

6  Óscar Duarte

5  Casemiro

8  Bryan Oviedo

15 Paulinho

5  Celso Borges

19 Willian

20 David Guzmán

11 Philippe Coutinho

11 Johan Venegas

10 Neymar Jr

10 Bryan Ruiz (C)

9  Gabriel Jesus

21 Marco Ureña

 

Técnico: Tite

Técnico: Óscar Ramírez

 

SUPLENTES:

 

 

23 Ederson (G)

18 Patrick Pemberton (G)

16 Cássio (G)

23 Leonel Moreira (G)

14 Danilo (lesionado)

4  Ian Smith

13 Marquinhos

19 Kendall Waston

4  Pedro Geromel

15 Francisco Calvo

6  Filipe Luís

22 Rónald Matarrita

17 Fernandinho

17 Yeltsin Tejeda

18 Fred

14 Randall Azofeifa

8  Renato Augusto

7  Christian Bolaños

7  Douglas Costa

13 Rodney Wallace

21 Taison

12 Joel Campbell

20 Roberto Firmino

9  Daniel Colindres

 

GOLS:

90+1′ Philippe Coutinho (BRA)

90+7′ Neymar Jr (BRA)

 

CARTÕES AMARELOS:

81′ Neymar Jr (BRA)

81′ Philippe Coutinho (BRA)

84′ Johnny Acosta (COS)

 

SUBSTITUIÇÕES:

INTERVALO Willian (BRA) ↓

Douglas Costa (BRA) ↑

 

54′ Marcos Ureña (COS) ↓

Christian Bolaños (COS) ↑

 

68′ Paulinho (BRA) ↓

Roberto Firmino (BRA) ↑

 

75′ Cristian Gamboa (COS) ↓

Francisco Calvo (COS) ↑

 

83′ David Gusmán (COS) ↓

Yeltsin Tejeda (COS) ↑

 

90+3′ Gabriel Jesus (BRA) ↓

Fernandinho (BRA) ↑

Melhores momentos da partida: