Três pontos sobre…
… Paulo Henrique Ganso
(Imagem: CBF)
● Quando em 2005 o “Messias” Giovanni levou do seu Pará para o Santos um jovem meia canhoto, muitos pensaram se tratar de apenas mais um apadrinhado. Ao ver aquele moleque alto correr meio desajeitado, o roupeiro do clube disse: “Iiiihh, lá vem mais um ganso”, que era como o funcionário chamava os pernas de pau. O talento do menino provou que ele não era um ganso. Era “O Ganso”. Paulo Henrique de Chagas Lima hoje completa 27 anos e já tem história. Dentre outros títulos, é campeão da Libertadores 2011, Copa do Brasil 2010 e tri paulista 2010/11/12, pelo Santos e venceu a Copa Sul-Americana pelo São Paulo em 2012.
● Embora sempre cotado para a Seleção Brasileira, nunca disputou uma Copa do Mundo. Apesar do clamor popular, foi apenas um dos sete suplentes em 2010. Em má fase, disputou a Copa América de 2011 e as Olimpíadas de 2012. Esteve também na Copa América de 2016, mas sem receber chances. Nesta temporada recém iniciada (2016/17) foi em busca do sonho do sucesso na Europa, assinando com o Sevilla até junho de 2021. No começo, foi escalado de forma controversa pelo técnico argentino Jorge Sampaoli, como um meia mais recuado ou como um ponta pela esquerda, longe da posição em que se destaca mais. Mas depois, foi perdendo espaço completamente. Após treinar por muito tempo separado de seus companheiros, esperando alguma proposta para sair do Sevilla, Ganso foi emprestado ao pequeno Amiens, da França, no início da temporada 2018/19.
● Besta ou bestial? Ioiô, que sobe e desce? Jogador elegante; camisa 10 à moda antiga; talento raro de um futebol técnico e maduro; o maestro de sua geração; capacidade única de “tirar coelhos da cartola”… Nos faz esperar 90 minutos por um lance ímpar, mas que nem sempre aparece. Expectativa frustrada. Às vezes é estático, sem dinamismo algum, dando a ligeira impressão que o time joga com um a menos. Qual o verdadeiro Ganso?